Vernissage – Capítulo 30 (ÚLTIMOS CAPÍTULOS)

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VERNISSAGE – CAPÍTULO 30:

CENA 01 – GALPÃO ABANDONADO – TARDE:

 CONTINUAÇÃO IMEDIATA DO CAPÍTULO ANTERIOR:

Fernanda: Já voltamos, ta, meu amor? – ela dá um selinho no rapaz.

Eles saem. Os policiais estão a espreita e veem os dois saindo.

Delegado: Chegou a hora. Vamos.

Os policiais aparecem e apontam arma para os dois.

Delegado: Fernanda Muniz. Renda-se, você está presa.

Fernanda, desesperada: Aquele vagabundo chamou a polícia. Não pode ser!

Close no olhar desesperado de Fernanda. Ela e Bruno sacam uma arma e começam a atirar. Os policiais começam a atirar também. Dentro do galpão, Heloísa e Daniel se assustam com o tiroteio que se formou no lado de fora.

CENA 02 – APARTAMENTO DE HELENA / HELOÍSA – TARDE:

Rafael apareceu para conversar com Mirella.

Mirella: E então, Rafael? Veio me humilhar de novo?

Rafael: Não, calma Mirella. Me escuta. Eu to muito arrependido. Eu não deveria rer feito o que fiz e… – Mirella o interrompe.

Mirella: Deixa de ser cínico, Rafael. Eu não acredito mais em nenhuma palavra que saia dessa sua boca maldita.

Rafael, a agarrando: Boca que você ama, né.

Mirella, o esbofeteando: Me solta, seu ridículo! Eu te odeio, Rafael. Você arruinou a minha vida! Você acabou com os meu sonhos.

Rafael: Por favor, Mirella, me perdoa. Eu amo você, você me faz ser a pessoa mais feliz desse mundo. Me perdoa.

Mirella o esbofeteia novamente. Nessa hora, aparece Zoraide.

Zoraide: O que está acontecendo aqui, Mirella.

Mirella: Nada não, Zoraide. Nada não.

Zoraide: É esse o rapaz?

Mirella, o olhando com raiva: Sim.

Zoraide lhe dá outro bofetão.

Rafael: Aiii! Mas o que é isso? Sessão de tapas na minha cara? Se eu soubesse…

Zoraide, o interrompendo: Cai fora daqui. Humilha a minha menina e acha que vai ficar por isso mesmo? Fora daqui! – ela começa a enxotá-lo com uma vassoura. – Anda, anda. Cai fora!

O rapaz sai e Zoraide bate a porta. Ela e Mirella começam a rir.

Mirella, abraçando-a: Obrigada, Zoraide. Obrigada mesmo!

Zoraide: Imagina. Faço tudo pela sua felicidade, minha menina.

CENA 03 – GALPÃO ABANDONADO – TARDE:

 A troca de tiros ainda continua. Apesar de serem apenas dois contra uma equipe de policiais, Bruno e Fernanda não se rendem. Até que um dos tiros atinge Bruno na cabeça. Fernanda se desespera e larga a arma no chão.

Fernanda: Bruno, Bruno, por favor, meu amor. Por favor, acorda! Não me deixa.

Dentro do Galpão, Heloísa e Daniel percebem que o tiroteio cessou e se assustam.

Lá fora, novamente, Fernanda é rendida pelos policiais.

Delegado: Fernanda Muniz. Você está presa.

Fernanda não liga, só chora em cima do corpo de Bruno.

CENA 04 – HOSPITAL ARCANJO MIGUEL – TARDE:

 Joana e Francisco ainda esperavam quando aparece o doutor.

Joana, se levantando: E então, doutor?

Médico: O transplante foi um sucesso!

Francisco: Ai, Graças a Deus!

Joana: Minha Santa Rita de Cássia, muito obrigado! Doutor, eu quero vê-lo. Eu quero ver meu filho.

Doutor: isso não será possível, no momento, Dona Joana.

Joana: mas, porque, doutor?

Doutor: é que a nova medula do Olavo ainda não está produzindo plaquetas, portanto, o Olavo está vulnerável a infecções e doenças que podem agravar o quadro clínico dele. Por isso ele precisará ficar internado em regime isolado por um período de tempo, até que a medula se desenvolva corretamente.

Francisco: Mas isso demora muito, doutor?

Doutor: De três a quatro semanas.

Joana: Mas doutor! É muito tempo longe do meu filho!

Doutor: Eu sei, Joana, mas esse tempo realmente é necessário para a plena recuperação do seu filho. Mas fique tranquila. Ele será muito bem tratado e qualquer novidade nós avisaremos.

Joana: Tudo bem, doutor. Obrigado.

O doutor sai.

CENA 05 – APARTAMENTO DE HELENA / HELOÍSA – TARDE – QUARTO DE MIRELLA.

 Mirella está se arrumando para sair. Ela vai até a prateleira e dá falta do anel que João pegou.

Mirella: Ué? Cadê aquele anel?

Ela procura por todos os cantos e não o acha.

Mirella: Zoraideee.

A empregada aparece.

Zoraide: Sim, meu amor.

Mirella: Por um acaso você viu um anel meu, ele é dourado, de brilhantes. Tava aqui na minha prateleira e sumiu.

Zoraide: não vi nada, querida. Mas se eu ver eu te aviso, ok? Agora deixa eu ir pra cozinha.

Mirella se lembra de uma cena.

Flash Back:

Mirella: João, isso é cheiro de maconha. É isso mesmo? Você tá usando droga?

João: Claro que não, Mirella. Meus amigos usam e o cheiro fica impregnado na gente.

Mirella: Ah João, você pensa que eu sou boba mas eu não sou. Vai dizer que você põe o cigarro na boca dos seus amigos.

João: Ah, Mirella. Não enche o saco. Da minha vida cuido eu. E seu eu tivesse usando? Você não tem nada a ver com isso.

Fim do Flash Back.

 Mirella: Não, não pode ser! Meu irmão não pode ter chegado a esse estágio!

Close no olhar desesperado de Mirella.

CENA 06 – GALPÃO ABANDONADO – TARDE

 O IML está recolhendo o corpo de Bruno. Fernanda continua a chorar e é algemada pelos policiais e colocada no camburão. Dentro do galpão, Heloísa e Daniel são desamarrados por policiais. Os dois se abraçam.

Heloísa: Ai, meu amor. Esse pesadelo acabou, graças a Deus.

Daniel: Acabou. Acabou sim.

Delegado: Vou encaminha-los a um hospital para ver se não há ferimentos.

Daniel: e quanto aos dois?

Delegado: O Bruno foi baleado na cabeça e infelizmente faleceu. A Fernanda foi detida e encaminhada para uma delegacia feminina.

Daniel: O Bruno ainda faleceu. Meu Deus. A Fernanda arruinou a vida desse rapaz.

Heloísa: Tenho que ligar para casa, para avisar que estou bem.

Daniel: Sim, ligaremos quando chegarmos ao hospital.

Todos saem do galpão.

CENA 07 – APARTAMENTO DE HELENA / HELOÍSA – NOITE:

Mirella está sentada no sofá quando o telefone toca.

Mirella, atendendo: Alô… Tia Helo… como você tá?… ai que ótimo… ta bom!… Ai que Maravilha…. ok tia, beijo!

Aparecem Aristides e Ofélia, que ainda estavam esperando.

Ofélia: O que foi, Mirella? Alguma notícia da sua tia.

Mirella: Sim, vovó. Ela já está bem. Está no médico só pra fazer alguns exames mas ainda hoje volta pra casa.

Ofélia: Ai, obrigado, Senhor! Vamos, vamos para o hospital.

Mirella: Não, vovó, vamos aguardar, eles vão chegar daqui a pouco

Aristides: Sim. Vamos aguardar aqui, Ofélia.

Ofélia: Negativo. Não quero esperar nenhum minuto a mais pra ver minha filha.

Aristides: Então tá, e eu falo para o seu médico que você passou mal novamente e você fica por lá mesmo.

Ofélia: Não se atreveria.

Aristides: Quer pagar pra ver?

Ofélia: Está bem. Vamos esperar aqui

Todos aguardam no sofá.

CENA 08 – DELEGACIA FEMININA DE VERDES CAMPINAS – NOITE:

 Fernanda foi encarcerada. Lá, ela fica olhando por entre as grades e deixa uma lágrima rolar.

Fernanda: Eu ainda não perdi. Vocês ainda vão me pagar.

Close no olhar de raiva de Fernanda.

FIM DO CAPÍTULO 30