Vernissage – Capítulo 16
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VERNISSAGE – CAPÍTULO 16:
Continuação imediata do capítulo anterior.
CENA 01 – DIA – APARTAMENTO DE BRUNO.
Bruno e Fernanda estão tomando café e conversam:
Fernanda: Que ódio daquela Helena. Não vejo a hora de me casar com o Daniel e acabar logo com isso
Bruno: Calma, meu amor. Ta chegando o nosso dia. Daqui a pouco você estará livre desse povo todo.
Fernanda: É… Mas vou me livrar um pouco antes da Helena
Bruno: Como assim?
Fernanda: Espere e verás.
Bruno: Ih. Não to gostando desse tom.
Fernanda: E não é pra gostar mesmo. Aquela Helena vai ter o que merece.
Bruno: Olha lá hein, Fernanda. Veja bem o que você vai fazer. As coisas estão se encaminhando, vê se não estraga tudo.
Fernanda: Bruno, cala a boca. Isso não tem nada a ver com o nosso plano. Só vou mostrar pra aquela Helena que não se mete comigo.
Bruno e Fernanda se olham e continuam a tomar café.
CENA 02 – DIA – CASA DOS BARRETO:
Joana e Jéssica tomam café.
Jéssica: E aí, Jô?! Dormiu bem?
Joana: É. Até que consegui dormir. Mas acordei cedo. Mais até que o normal. Mandei o Olavo pra escola.
Jéssica: E ele? Como o Olavo está diante dessa situação?
Joana: Pois é. Ainda não parei para conversar com ele. Ele disse que me apoia, que me ama, mas a cabeça dele deve estar tão confusa… Acho que no fundo quem mais sofre nessa historia toda é ele.
De repente o telefone toca.
Joana o atende: Alô?
Médico, do outro lado da linha: Dona Joana Barreto? Aqui é o doutor Renato, do hospital Miguel Arcanjo.
Joana: Ah, oi, doutor. Alguma novidade.
Médico, do outro lado da linha: Sim. O resultado dos exames do Olavo Barreto já estão prontos e eu gostaria que você viesse busca-los.
Joana: Doutor, é algo grave?
Médico, do outro lado da linha: Olha, Dona Joana, eu preferiria que a senhora viesse até o consultório para conversarmos. De preferencia sem a presença do Olavo.
Joana: Tudo bem, doutor. Em meia hora eu chego ai.
Médico, do outro lado da linha: Estarei aguardando. Tenha um bom dia.
Joana: Igualmente.
Ela desliga o telefone e se senta novamente à mesa com expressão de preocupada.
Jessica: O que houve? Quem era no telefone?
Joana: O doutor Renato. Ele disse que já saiu o resultado dos exames do Olavo.
Jessica: E aí? O que ele falou?
Joana: Ele quer a minha presença no consultório. Ai, minha irmã, to com tanto medo!
Jessica, abraçando-a: Calma, calma, Jô. Vai dar tudo certo. Seja o que for, vai se resolver. Quer que eu vá contigo?
Joana: Não, obrigada, meu amor. Você precisa ir pra casa, cuidar do seu filho e do seu marido. Eu vou sozinha. – Ela se levanta e vai para o quarto.
CENA 03 – DIA – APARTAMENTO DE ARISTIDES E OFÉLIA.
Aristides e Ofélia tomam café e conversam.
Aristides: Então, meu amor, o dia da Exposição da galeria está chegando né?!
Ofélia: Pois é… Mas, mudando de assunto, me diz uma coisa, Ari… A casa de campo da Helena, lá em Verdes Campinas, está desocupada né?
Aristides: Sim, meu amor. Inclusive, ela está toda reformada. Lembro-me da época em que ela reformou para se mudar para lá com o Daniel e os filhos, mas aí eles se separaram né, e a casa está desocupada.
Ofélia: Sabe, Ari, vou falar com ela e… O que acha de nos mudarmos pra lá?
Aristides: É uma ideia ótima, meu amor. Tem meu total apoio. Só precisamos saber se ela não vai embora pra lá depois de se desfazer da galeria né
Ofélia: Sim, vou conversar com ela. Mas se ela for pra lá, não haverá problema algum, moraremos com ela.
Aristides: Acho que aí já não seja uma boa ideia, pois com certeza ela vai querer privacidade. Mas converse com ela. Se formos pra lá, ficarei muito feliz.
Ofélia: que bom, meu amor.
Os dois continuam a tomar café.
CENA 04 – GALERIA ART VIDA / SALA DE ADMINISTRAÇÃO – DIA
Francisco está no telefone cuidando da distribuição dos convites para o vernissage.
Francisco, ao telefone: …ok… Será uma honra tê-lo em nossa vernissage, Sr. Prefeito… O convite está sendo mandado pelo email de sua secretária, ok… Mais uma vez, muito obrigado… Um abraço, tchau, tchau.
Ele desliga o telefone e o coloca na base. Ele volta a mexer em seu computador e minimiza a tela, quando, na área de trabalho, aparece uma foto dele com Joana e Olavo, sorrindo felizes. Francisco olha para foto por alguns momentos, com um semblante triste.
– Flashback:
Francisco e Joana em um bosque, Joana está grávida. Os dois estão sentados na grama.
Francisco: esse filho só veio pra alegrar mais nossas vidas, não é, meu amor?
Joana, meio desconcertada: é, meu amor… seremos muito mais felizes quando o Olavo nascer.
Francisco: que cara é essa, meu amor?
Joana: nada não, é uma pequena indisposição, mas já está passando…
Francisco: Ah bom. Já fiquei preocupado aqui. – eles sorriem e se beijam.
– Continuação do Flashback, com cenas de Olavo crescendo. Andando pela primeira vez, sendo visto com alegria por Francisco e Joana; os dois o acompanhando no primeiro dia de aula; em uma festa de aniversário de 10 anos do Olavo, e, por ultimo, a cena em que ele descobre tudo:
Francisco: Joana, o que significa isso??
Joana, desesperada: Calma, meu amor, eu posso explicar, eu não podia te contar eu..
Francisco, nervoso: Você me traiu, Joana. E ainda mentiu pra mim. O Olavo não é meu filho! Como você teve coragem de viver todos esses anos como se nada tivesse acontecido?
Joana, chorando: Não, meu amor, eu não pude te contar, o seu irmão me seduziu, e eu cai na lábia ele, e no leito de morte ele me implorou pra que eu não te contasse, mas eu vivi todos esses dias da minha vida com esse sofrimento.
Francisco: Chega, Joana. O que você fez não tem perdão. Mentiu pra mim. Mentiu par o Olavo. Como pode?
Joana: Francisco, me perdoa. Tudo o que eu fiz foi por amor. Por amor a nossa família.
Francisco: Amor? Isso não é amor. Isso é doença. Acabou. Eu vou sair dessa casa.
– Fim do Flashback.
Francisco, passando a mão no rosto: Meu Deus do céu! Eu amava tanto a minha família, por que isso aconteceu comigo?
Close no olhar triste de Francisco.
CENA 05 – DIA – GALERIA ART’VIDA / ATELIÊR.
Helena e Daniel estão conversando e escolhendo os quadros para o vernissage, dando risada:
Helena: você lembra do dia em que pintou esse quadro lá na cachoeira? Um bando de vespas te atacaram, e você desesperado correndo em direção a água. – eles dão risada
Daniel, rindo: E você nem pra me ajudar né?! Saiu correndo feito uma louca, desvairada.
Helena: Claro, sobrevivência na selva, salve-se quem puder! – os dois continuam rindo.
Daniel: Esse outro aqui? Do dia que nós estávamos naquela montanha escorregadia, e você se torceu o pé e escorregou naquela lama. – ele ri – foi muito engraçado
Helena: HÁ-HÁ-HÁ engraçadinho. Eu poderia ter me machucado, sabe
Daniel: mas não se machucou e, cá entre nós, foi muito engraçado. – os dois riem
Fernanda chega, de repente, e observa os dois rindo e conversando. Ela fica incomodada.
Fernanda: Atrapalho alguma coisa? – Daniel e Helena olham para Fernanda. Helena não esconde o desgosto em sua face.
Helena: Não. Não atrapalha em nada. Só estávamos escolhendo os quadros para a exposição. Mas já estou de saída. – Helena sai. Elas se olham com certa raiva.
Fernanda olha sério para Daniel.
CENA 06 – DIA – SHOPPING ESPERANÇA – PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO:
Rafael e Mirella estão lanchando e conversando.
Rafael: e então sua mãe vai vender a parte dela na galeria para o seu pai
Mirella: pois então. Sabe, acho que ela faz bem. Ela precisa cuidar melhor da vida dela, sabe. Essa vida dela na galeria está muito turbulenta.
Rafael: Hum, sim… mas, mudando de assunto. E nós?
Mirella: Pois é. É sobre isso que eu quero falar com você. Eu pensei muito, conversei com a minha mãe, e… sem mais delongas, eu aceito namorar com você
Rafael, sorrindo de “felicidade”: não acredito!!!! Sério? Meu Deus. – eles se abraçam, se beijam e ele a ergue. – Eu vou te fazer muito feliz. Muito.
Mirella: Eu sei. Eu sinto isso! – eles voltam a se beijar.
CENA 07 – DIA – HOSPITAL ARCANJO MIGUEL:
Joana está aguardando na recepção, quando chega o Dr. Rento:
Dr. Renato: Dona Joana Barreto?!.
Joana: Sou eu, doutor..
Dr. Renato: Por favor, me acompanhe até o meu consultório.
Lá…
Joana: Desculpe o atraso, doutor, mas peguei um congestionamento no caminho pra cá.
Dr. Renato: Sem problemas. Bem, vamos ao resultado.
Joana: Sim, por favor. O que o meu filho tem?
Dr. Renato: Então, Dona Joana, a notícia que eu tenho não é muito animadora. O Seu filho foi diagnosticado com leucemia.
Joana, assustada: Leucemia?
Francisco: Sim. E precisará passar por um transplante de medula urgente.
Close no olhar desesperado de Joana.
FIM DO CAPÍTULO 16.