Vernissage – Capítulo 10
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VERNISSAGE – CAPÍTULO 10:
CENA 01 – HORA DO ALMOÇO – RESTAURANTE BON’ APETIT:
Continuação imediata do capítulo anterior:
Daniel: E aí, Fernanda? Não vai me apresentar o seu primo?
Fernanda: Daniel? O que você está fazendo aqui?
Daniel: Ué? Aqui é um restaurante. Eu vim almoçar. Mas e aí? Me apresenta o seu primo!
Fernanda: Ah! Sim, claro. Este é Bruno. Meu primo que veio do interior. Bruno, este é Daniel, o meu namorado.
Daniel, com um olhar desconfiado: Muito prazer, Bruno.
Bruno, apreensivo: Prazer, seu Daniel. Bom, eu já estou de saída, até mais, Fernanda.
Fernanda: Até mais, Bruno.
Bruno: Ah… Seu Daniel, é que eu estou meio desprevenido, então, da pro senhor pagar a minha conta?
Daniel, olhando serio pra Fernanda: Claro. Porque não?
Bruno: Ta… Então… Obrigado. – ele sai apressado.
Daniel senta no lugar da Bruno e olha serio pra Fernanda. Ela tenta desviar o olhar mas não consegue.
CENA 02 – TARDE – HOSPITAL ARCANJO MIGUEL:
No quarto de Olavo, Francisco e Joana conversam com o menino.
Olavo: Mãe, por que eu tenho que ficar internado? O que eu tenho?
Joana: Oh, meu amor… Você não vai ficar internado. Não exatamente. Você só precisa fazer uns exames.
Olavo: Isso quer dizer que eu to doente? Que é grave?
Francisco: Não, filho, calma. São só alguns exames, ainda não quer dizer nada. Amanhã você já terá alta.
Joana: É, filho. Fica tranquilo, tá. Você logo, logo, vai ficar bem.
Joana olha pra Francisco, preocupada, e dá um sorriso forçado para Olavo.
CENA 03 – TARDE – APARTAMENTO DE ARISTIDES E OFÉLIA:
Helena almoça com os pais.
Ofélia: Ai filhinha, que bom que você veio almoçar conosco hoje. Fazia tempo que não vinha.
Helena: Pois é, mamãe. Eu precisava desse momento com vocês. Mas o motivo de eu estar aqui é que eu tenho um comunicado a fazer.
Aristides, soltando os talheres: Como assim, filhinha? Que comunicado?
Helena: Então… Eu pensei muito e decidi que vou vender a minha parte da galeria para o Daniel.
Ofélia: O quê? Mas por que?
Helena: Essa foi uma decisão difícil, pois eu aprendi a amar a arte através dessa galeria. Mas nesses últimos dias, muita coisa aconteceu, que me machucou muito, e essa galeria tem me feito sofrer demais. Tenho me irritado muito com o Daniel, então é melhor passar pra ele de uma vez.
Aristides: Concordo com você, filha, e fico muito feliz que você tenha tomado essa decisão.
Ofélia: Mas eu não. Filha, você tem se dedicado por anos a essa galeria, o seu dinheiro, e vai abrir mão assim, de mão beijada?
Helena: Mas mãe, eu estou ficando doente. Eu preciso desse momento pra mim. E já tomei essa decisão.
Aristides: Você está certíssima, filhinha. Eu te dou o meu maior apoio. Seja feliz.
Helena: Obrigado, pai.
Ofélia: Bom, como sempre, sou voto vencido né? Mas faça o que achar melhor, filhinha. Não concordo, mas você já é adulta, então… Deve saber o que está fazendo.
Eles continuam a almoçar.
CENA 04 – HORA DO ALMOÇO – RESTAURANTE BON’ APETIT.
Fernanda e Daniel estão almoçando.
Fernanda, quebrando o silêncio: E então, meu amor? Como foi a conversa com a Helena?
Daniel: Foi muito boa. Ela aceitou a minha proposta e vai vender a galeria pra mim.
Fernanda: Mas que notícia maravilhosa, meu amor! Fico muito feliz por isso.
Daniel: Pois é. Mas antes ela quer fazer uma ultima exposição com ela a frente e depois ela me passa a parte dela.
Fernanda: Ah… E você, por um acaso, concordou?
Daniel: Claro que concordei. Ela merece. Não poderia negar esse pedido dela. Seria muita pretensão minha.
Fernanda: É… Você tem razão. Então, isso quer dizer que o nosso casamento está mais próximo.
Daniel: Como assim?
Fernanda: Sim! Você disse que assim que resolvesse a questão da galeria, iria se casar comigo.
Daniel: Fernanda, vamos devagar. Primeiro, a questão da galeria ainda não está totalmente resolvida. Depois vemos a nossa questão. Inclusive, eu peço que você não me atropele. Cada coisa ao seu tempo.
Fernanda, descontente: Ok. Claro. Eu como sempre fico em ultimo lugar. Mas tudo bem. Já estou acostumada.
Daniel: Fernanda, escuta, não é bem assim…
Fernanda: Tudo bem, Daniel. Eu já entendi tudo. E não quero mais falar sobre isso.
Os dois continuam a almoçar.
CENA 05 – TARDE – SHOPPING:
Rafael e Mirella almoçam juntos.
Rafael: E a festa? Foi boa né.
Mirella: Até que foi legal.
Rafael: Claro que foi. Afinal de contas, você dançou com o cara mais lindo da festa não é?!
Mirella: Mas olha, depois a convencida sou eu né? Mas foi legal dançar com você.
Rafael, pegando na mão de Mirella: Posso falar algo sério com você?
Mirella: O que houve??
Rafael: É que… Desde aquele dia eu to afim de você…
Mirella: Afim de mim?
Rafael: É… Eu brinco, e tal, mas a verdade é que eu to gostando de você e to afim de ter algo serio com você.
Mirella olha para o rapaz, sem reação.
CENA 06 – FINAL DA TARDE – APARTAMENTO DE BRUNO:
Bruno e Fernanda estão conversando.
Bruno: E aí, como foi lá com o Daniel?
Fernanda: Bruno, você não sabe da ultima…
Bruno: Se você não falar eu não vou ficar sabendo, mesmo…
Fernanda: A Helena vai vender a parte dela para o Daniel.
Bruno: Sério? Isso quer dizer que…
Fernanda: Isso mesmo. Que logo, logo tudo aquilo será nosso. – os dois se abraçam comemoram.
Bruno: E qual é o próximo passo?
Fernanda: Bom… Primeiro eu tenho que me casar com ele. Ele ainda tá relutando, mas isso é questão de tempo. E depois disso, eu vou fazer com que ele passe tudo pro meu nome. E, depois disso… Adeus, Daniel.
Bruno: Vai matar o cara???
Fernanda: Olha, não tinha pensado nesses extremos, mas… Por que não?
Bruno fica assustado. Close no olhar maléfico de Fernanda.
CENA 07 – FIM DE TARDE – PRAIA DOS ESPERANÇOSOS.
O por do sol na cidade traz uma vista muito bonita na praia. Imagens mostram pessoas caminhando, outras em seus carros retornando do serviço. De repente, foca em Helena caminhando na beira da praia, com fone de ouvido. Ela, então, se esbarra em uma cigana a praia.
Helena: Ai, desculpa, moça. Não foi minha intenção. Está tudo bem?
Cigana: Não foi nada. – a cigana olha profundamente para Helena. – moça, eu posso ler a sua mão?
Helena: Não, obrigado. Eu não acredito nessas coisas.
Cigana: Está com medo?
Helena, meio irritada: Não… Não é medo. Só não acredito nessas coisas.
Cigana: Se não tem medo, o que tem deixar eu ler a sua mão?
Helena, incomodada: Tudo bem… – ela estende a mão para a cigana.
Cigana, deslizando o dedo e olhando fixamente para a palma da mão de Helena: Hum… Vejamos… Olha, que lindo… Você dedica sua vida em prol da arte. Dona de uma galeria.
Helena: Ah, muito difícil ver isso, já que meu nome e meu rosto vivem estampados em diversos outdoors pela cidade.
Cigana, com um olhar sério: Moça. Algo de muito grave vai acontecer com você.
Helena, assustada: Como assim, algo grave? Mas…
Cigana, a interrompendo: Previna-se moça. Não deixe que tudo aquilo que você conquistou por anos se escape pelo vão de seus dedos. Previna-se!
Close no olhar assustado de Helena.
FIM DO CAPÍTULO 10