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Trilhas da Vida

Trilhas da Vida – Capítulo 18

CI - Trilhas da Vida

CENA 1-COLÉGIO RUBÉN/INT./SALA DA DIRETORA/MANHÃ

Gabriela se ajoelha no chão.

GABRIELA (chorando)-Por favor diretora, não faça isso comigo, não me expulse do colégio, essa é a única esperança pra minha mãe, ela sonha com a minha formatura! Por favor! Eu te peço!

THAMARA-Levanta! Não posso voltar atrás e nem quero, você está expulsa. Não posso permitir uma ladra dentro do meu colégio.

GABRIELA-Tenta investigar, é a Carolina que colocou seu colar na minha bolsa, ela não gosta de mim.

THAMARA-Você está expulsa e ponto final! Não vou voltar atrás. Pode se retirar, pegar suas coisas no armário e ir embora.

GABRIELA-Diretora por favor, meu sonho é se formar aqui esse ano!

THAMARA-Sinto muito, vai ter se formar em outro colégio, pois nesse colégio não aceitamos ladrões e o que você fez é imperdoável.

GABRIELA-Quando você descobrir a verdade verá que eu fui injustiçada.

Gabriela sai da sala da diretora.

BERNARDO-Você não acha que foi muito cruel com ela?

THAMARA-Não! Acho que foi bem feito, é uma ladra.

CENA 2-COLÉGIO RUBÉN/EXT./TARDE

O sinal toca e todos começam a sair.

Gabriela está chorando do lado de fora sentada na escada.

Carolina chega perto dela.

CAROLINA-Foi expulsa do colégio né?

GABRIELA-Foi você quem colocou o colar da diretora na minha bolsa. Foi tudo culpa sua!

CAROLINA-Não sei do que você está falando.

GABRIELA-Você tem raiva de mim, só porque eu sou negra! Mais eu tenho pena de você. Vai ver que não tem ninguém que aguente ficar perto de você! Você vai terminar sozinha!

CAROLINA-Todo preto é ladrão e abaixa o tom pra falar comigo senão eu te coloco no tronco, sua escrava.

Gabriela dá um tapa na cara de Carolina.

GABRIELA-Isso que você merece. O que é? Não gostou? Eu só falei verdades! Ninguém suporta ficar perto de você.

CAROLINA-Cala a boca garota, você já está falando de mais, para com essa ladainha!

GABRIELA-Sabe o que você é? Vaca, pilantra!

Todos os alunos se reúnem em volta das duas e começam a gritar: Briga! Briga!

GABRIELA-Não está contente com o fora que recebeu do seu ex e fica chorando porque nenhum homem te quer porque não te suporta.

CAROLINA-Você me paga!

Carolina tenta dar um tapa na cara de Gabriela, mas erra.

Gabriela acerta um soco na barriga de Carolina que cai no chão.

A diretora vê e grita: Parem!

THAMARA-Já não bastava roubar meu colar?

GABRIELA-É isso que ela merece. Foi ela quem roubou o seu colar e colocou na minha bolsa.

THAMARA-Você ainda insiste nisso? Já chega! Se você não sumir daqui eu vou ligar para a polícia!

GABRIELA-Espero que um dia você se arrependa dessa injustiça diretora. Essa surra foi muito pouca pra essa vadia! Vai ter mais. Ela vai se arrepender, vai queimar no fogo do inferno essa desgraçada. Para todos que não sabiam, essa vaca e a outra amiga dela que está ali me agrediram, só porque sou negra! Essa vadia deveria ir pra cadeia. Espero que um dia a senhora diretora se arrependa de tudo e você Carolina, tem que começar a se preocupar porque agora chegou o fim pra você, vai ter mais!

Gabriela vai embora.

CAROLINA-Me ajudem a levantar!

THAMARA-Você está bem Carolina?

CAROLINA-Mais é claro que não! Olha o que aquela maluca fez comigo.

THAMARA-Vamos para a infermaria.

CAROLINA-Não precisa, eu me cuido em casa, com licença.

Carolina vai embora.

Bruna vai atrás dela.

BRUNA-Carolina!

Carolina para e vira para atrás.

CAROLINA-O que você quer? Veio me zoar?

BRUNA-Não, só vim pelo que a Gabriela falou.

CAROLINA-E o que ela falou que te deixou com essa cara de ameixa seca?

BRUNA-Ela falou sobre a surra que eu e você damos nela.

CAROLINA-Não tem nada a ver isso, ninguém acreditou naquela maluca.

BRUNA-Só te falo uma coisa, eu não quero me responsabilizar pelos seus planos.

CAROLINA-Escuta aqui, se alguém por acaso vier abrir a boca, ou até ela mesmo falar pra polícia, eu não vou pra cadeia sozinha, você vai junto comigo por racismo! Agora se me der licença, adeus!

Bruna vai embora.

Carolina pega uma garrafa d’água e os remédios na bolsa e toma.

CAROLINA-Não posso me estressar senão vou voltar com a minha loucura.

CENA 3-MANSÃO DOS VILLARI/INT./SALA DE JANTAR/TARDE

Nanda, Enzo e Lorena estão almoçando.

LORENA-Nossa, esse almoço demorou pra sair hoje.

NANDA-Eu e seu irmão estávamos no hospital.

LORENA-Por que?

NANDA-Uma das empregadas desmaiou.

LORENA-Coitada.

NANDA-Bom, eu já vou indo.

ENZO-Mais já?

NANDA-Sim, tenho alguns compromissos.

ENZO-Que compromissos?

NANDA-Nada tão importante, mas tenho que ir. Já vou indo. – Beija Enzo. – Tchau Lorena.

Nanda sai da Mansão.

LORENA-O que aconteceu entre vocês dois?

ENZO-Não aconteceu absolutamente nada.

LORENA-Será? Vai ver ela está colocando um par de chifres na sua cabeça.

ENZO-Não começa! E o seu amorzinho? Vai ver que está colocando chifres em você, não é mesmo?

LORENA-O Norberto foi para os Estados Unidos resolver uma coisa muito importante.

ENZO-Sei… É melhor passar em todos os Moteis dos Estados Unidos pra ver se ele não está te colocando chifre.

LORENA-Idiota!

 

NOVA IORQUE – ESTADOS UNIDOS

CENA 4-BANCO CENTRAL/EXT./TARDE

Norberto sai com uma mala cheia de dinheiro.

NORBERTO (com sorriso)-Enganei aquela otária da Lorena direitinho. Agora vou me divertir aqui e gastar com mulheres.

 

SÃO PAULO – BRASIL

CENA 5-HOSPITAL DOS VILLARI/QUARTO DE LÉIA/TARDE

DENISE-Está se sentindo melhor?

LÉIA-Sim senhora.

ROBERTO-Sugiro que você não trabalhe mais, que não fique se preocupando muito também.

LÉIA-E a senhora Denise?

DENISE-Pode ir. Descanse. Sua parte você receberá.

LÉIA-Obrigada senhora, você me ajudou muito.

DENISE-De nada.

ROBERTO-Você já está de alta, felizmente foi apenas um susto.

LÉIA-Vou tomar cuidado, mas acho difícil, minha filha está contra mim dentro da minha própria casa.

ROBERTO-Que pena, mas lembre-se, não se estresse muito, isso pode ser fatal.

CENA 6-CASA DE NANDA/INT./QUARTO DE LÉIA/NOITE

Léia está deitada em sua cama.

ESTEVÃO-Está se sentindo melhor meu amor?

LÉIA-Sim, não se preocupe.

ESTEVÃO-Eu tenho que se preocupar sim.

LÉIA-E pensar que não vou poder mais trabalhar, vai ser um saco ter que ficar aqui em casa. E a Fernanda? Como está?

ESTEVÃO-Está bem, porém dormindo muito.

LÉIA-Tem que arrumar uma escola pra ela. Ela não pode ficar sem, senão não vai ser nada na vida.

ESTEVÃO-Já pesquisei, não tem nenhuma escola aqui perto, sendo só aquela particular, um tal de Colégio Rubén. Infelizmente as parcelas de lá são muito absurdas.

LÉIA-Mas ela precisa de estudos, senão não vai ganhar um emprego que preste, ou vai ter que fazer faxina igual eu.

ESTEVÃO-Não se preocupe muito com ela, pois a Nanda mudou, não é mais a mesma. Acho que é pela idade. O jovem vai chegando aos 18 anos achando que pode mandar em tudo.

LÉIA-Mudando de assunto, sobrou algum dinheiro do empréstimo?

ESTEVÃO-Sim, sobrou muito, vai dar pra gente reformar a casa todinha. – Ele sorri.

LÉIA (sorrindo)-Ai que bom. Me mostra?

ESTEVÃO-Claro que sim.

Estevão pega o dinheiro do empréstimo e se assusta.

LÉIA-O que foi?

ESTEVÃO-Não foi só esse dinheiro que eu deixei aqui.

LÉIA-Como assim? Você quer dizer que roubaram?

ESTEVÃO-Sim, eu já tenho minhas suspeitas. Desconfio que a Fernanda está pegando esse dinheiro para sair e se divertir fora de casa! Criamos uma ladrona. A nossa filha é uma ladra!

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