Três Jogadas – Capítulo 52
Três Jogadas
Capítulo 52
“Três pessoas são capazes de guardar um segredo, se duas delas estiverem mortas.”
Benjamin Franklin
Cena 1. Rio de Janeiro – Urca / Casa da Vanessa / Noite
Continuação imediata da cena anterior.
Ela escuta um grito de socorro e resolve se aproximar. A mulher se assusta quando vê Vanessa se batendo, surtada.
Vanessa se batendo: PARAAAAA! SAI DAQUI! ME SOLTA! TIAGO! ME SOLTA!
Eliane segura à mulher: VANESSA?! O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
Vanessa apavorada: O Tiago! Ele tá me perseguindo.
Eliane sem entender: Não tem ninguém aqui! Cadê o Tiago? O que foi que aconteceu? DO QUÊ QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO?
Vanessa trêmula: EU MATEI O TIAGO!
Eliane assustada: Do que você está falando? Que brincadeira de mau gosto é essa?
Vanessa nervosa: É isso mesmo que você entendeu. Eu matei o Tiago! Eu matei. Empurrei ele da escada e agora o infeliz está me perturbando.
Eliane chocada: Eu não acredito. Por isso esse sumiço há tanto tempo. Como é que eu não desconfiei antes. Você é uma assassina!
Vanessa chorando: Não! Não! Eu não matei por que quis. ELE TENTOU ABUSAR DE MIM. TENTOU ME ESTUPRAR! Eu fiquei desesperada e acabei empurrando ele da escada. Só que agora eu já não aguento mais ser perturbada. Eu estou tendo alucinações direto. Eu preciso de ajuda!
Eliane ainda em choque: Eu não sei o que eu posso fazer para te ajudar. Olha teu estado. Você está descontrolada, louca. Eu não te conheço direito!
Vanessa chorando: Eu nunca quis te magoar e eu me arrependi. Me arrependi muito! Eu preciso de ajuda. Não me deixa aqui sofrendo e acabar morrendo de tanta perturbação. Eu sei que te traí e que não fiz mérito da tua amizade. Mas pelo amor que você sente ao ser humano: me ajuda! Eu preciso de você mais do que nunca! ME SOCORRE!
As duas se encaram. Eliane sem saber o que dizer.
No dia seguinte…
Cena 2. Rio de Janeiro – Catete / Apt. da Adriana / Dia
Stacy faz as malas com ajuda de Adriana.
Adriana sorri: Fico feliz que você tenha encontrado seu destino. Mas vou ficar tão triste sem você aqui.
Stacy fecha as malas: Eu adorei passar esse tempo aqui com você. Foi ótimo. – ela sorri. – Pelo menos pra mim.
Adriana sorridente: Pra mim também foi ótimo. Você me ensinou tantas coisas boas e eu aprendi muito. Cada ensinamento eu vou levar para o resto da vida. Mais uma vez: me perdoa por ter mentido por tanto tempo.
Stacy abraça Adriana: Passou já. Eu já te perdoei e já nos resolvemos por completo. E não precisa chorar de saudade. Eu vou me mudar por enquanto. Ainda não sei quando eu vou viajar.
Adriana emocionada: Mas eu já estou sofrendo por saudade. – ela limpa as poucas lágrimas. – Mas eu vou ser forte. Ao menos tentar. Desejo toda a felicidade do mundo pra você.
Amanda e Gustavo aparecem no quarto.
Gustavo sorri: Podemos entrar?
Stacy enxuga as lágrimas: Claro, Gus. Entra. Pode vir também Amanda.
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Gustavo sorri e pega nas mãos da garota: Eu fico feliz que você tenha encontrado seu rumo e seu destino e que finalmente vai acertar sua vida. Depois de tanto sofrimento… Você merece! Obrigado pelos ótimos momentos que vivemos juntos. Quero lembrar de você pra sempre!
Stacy sorri: Eu também quero lembrar de você pra sempre. Eu fui muito feliz ao seu lado e agora eu desejo toda a felicidade do mundo pra você e pra Amanda. E que venha o casório! – ela ri, em meio ao choro.
Os dois se abraçam. Amanda se aproxima da jovem.
Amanda sorri: Eu acho que também devo uma despedida. A gente começou tão mal a nossa história e nós mesmos complicamos tudo. Mas eu aprendi muito com essa história toda. Aprendi a respeitar, amar e principalmente: a entender que cada momento vem no seu tempo. E que há males que vem para o bem! Me perdoa por tudo que eu te fiz de errado.
Stacy emocionada: Eu também quero te pedir perdão por tudo. Acho que eu também devo isso. Eu demorei a perceber demais as coisas, mas entendi que a vida não é como a gente quer. Nem tudo que vem para o bem, faz bem. Acho que podemos começar uma grande amizade. – ela sorri. – Toda felicidade do mundo pra ti. Você merece!
As duas se abraçam emocionadas.
Corte descontínuo.
Stacy abre a porta do táxi: Foi um prazer cada segundo ao lado de vocês. Minha mãe adotiva. – ela ri. – Eu aprendi tanta coisa com você. Eu nunca vou esquecer os ensinamentos e as conversas. Manda um super beijo para a Fernanda. Todo meu carinho e amor pra vocês!
Ela manda um beijo e entra no táxi. Adriana chora e acena para a jovem, se despedindo. O táxi parte e de dentro do táxi, Stacy cola o rosto na janela, tentando acompanhar os dois. A jovem chora e acena para eles.
Cena 3. Rio de Janeiro – Catete / Clínica Psiquiátrica / Dia
Eliane chega com Vanessa à clínica. A garota é internada e Eliane sente um remorso.
Vanessa chorando: Obrigada! Você salvou a minha vida. Você é um exemplo de ser humano e de superação. Todo amor do mundo pra você. Você merece e ainda assim vai ser pouco. Eu vou ser eternamente grata a você. Obrigada!
Vanessa é levada pelos enfermeiros. Eliane se emociona. Jairo se aproxima.
Jairo sorri: Sua irmã?
Eliane o olha: Não! Não tenho nenhum grau de parentesco. É uma colega.
Jairo a olha: Ela vai receber o melhor dos tratamentos conosco. O que aconteceu com ela?
Eliane engole seco: Quase foi violentada pelo marido. Ele tentou abusar dela e ela acabou surtando.
Jairo: O número de mulheres que se internam por isso é enorme. Mania de perseguição. Não consegue olhar mais para alguém sem sentir ameaça, receio. Isso é super comum. Que bom que ela tenha com quem contar.
Eliane vê a mulher sendo jogada no quarto: Eu não vou poder ficar cuidando dela por muito tempo. Eu vou para o exterior, vou morar lá.
Jairo sorri: Eu acho que conheço você de algum lugar. Você não é dona da Revista Luz? A falecida Revista Luz…
Eliane sorri: Sou eu mesma. Eu estou indo ao exterior cuidar da Revista lá. Eu já tinha planos, depois da explosão da Revista minha expectativa só aumentou.
Jairo: A gente ganha à vida como pode. Pode ficar tranquila que sua colega vai ter o melhor dos tratamentos aqui.
Eliane se preocupa: Promete cuidar dela, doutor? Não deixa que nada de ruim aconteça com ela. Ela já sofreu demais quando causou sofrimento. O egoísmo corrói as pessoas.
Jairo sorri: Você é um exemplo para qualquer pessoa. Fico feliz que você pense dessa maneira.
Eliane sorri: Eu me preocupo até com meu inimigo. Principalmente com ele. Quem é que vai fazer o papel de me odiar?
Os dois sorriem.
Jairo rindo: Nunca pensei nessa possibilidade.
Eliane ajeita a bolsa: Pois deveria pensar. Agora eu realmente preciso ir. Já fiz minha cota de bondade. Prazer te conhecer e atende o meu pedido. Não deixa que nada de ruim aconteça com ela. Cuida dela pra mim.
Jairo sorri: Vou fazer o que posso sempre.
Eliane sorri: Obrigada! – eles se cumprimentam. – Até!
Eliane sai.
Cena 4. Rio de Janeiro – Leme / Clínica de Reabilitação / Dia
No quarto de Igor…
Paloma tira umas comidas da bolsa. Igor fica radiante.
Igor rindo: Não acredito que você trouxe pudim. É meu doce predileto!
Paloma sorri: Por isso que eu trouxe. Pedi a Janaína para preparar umas boas guloseimas para trazer. Tem se comportado direitinho. Até que merece.
Igor cabisbaixo: Esses dias que passei aqui foram terríveis.
Paloma estranha: Eles te tratam mal?
Igor ergue a cabeça sorrindo: Pelo contrário, me tratam como filho. Mas é tão difícil ficar longe da minha família, de quem eu amo… Longe de você.
Paloma sorri: Mas agora saudade já não é mais problema. Eu vou vim te visitar sempre. Até você ter alta. Eu conversei com o médico lá fora, ele disse que você está sendo um ótimo paciente e que logo que irá conceder tua alta.
Igor sorri: Minha namorada andou conversando com o médico sobre mim, é?
Paloma estranha: Namorada?!
Igor sério: Não foi isso que você falou para a tia Kiara. Que estávamos namorando.
Paloma cabisbaixa: Você sabe que aquilo foi só para provocar ela. A gente não tem mais condições de namorar.
Igor ergue a cabeça dela: E por que não? Por que somos meio-irmão? Desde quando existe rótulo de amor? A gente se ama e pronto! Não vai ser um grau de parentesco que vai acabar com o nosso amor de uma hora para outra.
Paloma sorri entristecida: E quem é que entende o amor?
Igor sério: Entender o amor é uma coisa, querer sentir é outra. Para de entender e só sente. Uma vez eu assisti um filme que dizia que o amor é como o vento: não podemos vê-lo e nem tocá-lo… só senti-lo.
Paloma se levanta: O problema não é o amor e sim o tipo de amor. Eu não quero que ninguém nos olhe com olhar de aberração.
Igor se levanta: E você liga para o que os outros pensam? O importa é o que a gente pensa! O que a gente sente! E eu quero te sentir todos os dias, a todo instante. Eu te amo, Paloma.
Paloma prende o choro: Eu também te amo. Só que agora tudo é mais complicado.
Igor se aproxima dela: Você que complica demais. A gente só precisa ser feliz do jeito que somos e deixa que os outros pensar o que quiser da gente. Eu vou ter minha consciência tranquila de que o amor sempre vence.
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Os dois se tocam.
Paloma chorando: Eu queria tanto que isso não tivesse acontecido. Que toda essa história fosse um tormento e que fosse tudo diferente.
Igor cola o rosto no dela: Então finge que pra gente é! Que nada disso aconteceu e que tudo era como antes e… Namora comigo? Eu só preciso dessa chance pra te fazer feliz.
Os dois se beijam.
Cena 5. Rio de Janeiro – Leme / Apt. da Clarice / Dia
Leandro está deitado na cama, ao telefone. Clarice em pé.
Leandro, ao telefone, faz algumas anotações: 500 pessoas? Certo. O cardápio eu posso te entregar por email e você decidir o que quer. Pode ser? – tempo. – Tudo bem então. Fechado. – tempo. – Até! Outro. Tchau.
Ele desliga o telefone.
Leandro sorrindo: Consegui fechar um contrato!
Clarice radiante: Não acredito! Parabéns, meu amor. – ela o abraça. – As coisas finalmente estão se acertando.
Leandro o olha: E a gente?
Clarice estranha: O que tem a gente?
Leandro mexendo no cabelo da mulher: Quando que a gente vai se acertar? Eu fiquei com tanto medo de te perder mais uma vez.
Clarice sorri: Você não vai me perder. A gente vai viver feliz eternamente. – ela sorri. – Até a morte nos separar.
Leandro ri: Já está pensando em morrer?
Clarice rindo: Pra morrer só basta estar vivo. Não é assim que falam? Então. Eu te amo tanto.
Leandro senta-se na cama: Você me perdoa pelo o que eu fiz? Eu quase acabei com a nossa família.
Clarice: Perdoo. – ela sorri. – Não quero mais brigar com você. A gente está vivendo uma fase tão boa. Não quero que nada estrague essa fase nossa.
Leandro: Promete pra mim que a gente não vai deixar nada acabar com o nosso amor. E que vamos compartilhar um com o outro nossas dúvidas, nossos sentimentos, nossas decepções… Promete pra mim.
Clarice sorri apaixonada: E precisa? Eu não quero que entre nós existam mais segredos, mistérios, diferenças… A gente se dá tão bem.
Leandro fogoso: E vamos nos dar sempre. Vamos aproveitar o silêncio da casa. Hein?
Leandro começa a beijar Clarice.
Clarice batendo nele de leve: Para! Para! – ela ri. – Tá todo mundo lá embaixo nos esperando para o café da manhã.
Leandro beijando Clarice: A gente pede o café no quarto.
Clarice consegue sair dos braços do homem: Pervertido! Estou te esperando lá embaixo. Vê se não demora.
Leandro manda beijos: Te amo!
Clarice bate a porta e sai. Leandro continua ali rindo.
Cena 6. Rio de Janeiro – Delegacia / Dia
No pátio…
As presidiárias tomam o famoso banho de sol. Sheyla sentada no banco.
Elenão se aproxima: Família não trouxe comida pra bonitinha, não?!
Sheyla sem olhar pra ela: Eu não tenho família.
Elenão irônica: Ai meu Deus coitada dela. Que dó. Que dó. Quer um carinho, quer?
Sheyla se levanta: Qual foi? Vai tirar tirando sarro da minha cara?
Elenão já se irritando: Sem mal criação, bebê. Mamãe aqui vai te dá um pouquinho de comida.
Sheyla furiosa: EU NÃO QUERO NADA DE VOCÊ. BRUXA!
Elenão pega uma quentinha e cospe na comida.
Elenão entrega para Sheyla: Pega! – ela sorri. – Comida para o bebê.
Sheyla tá um tapa na mão de Elenão: COME VOCÊ!
A comida cai toda no chão e Sheyla sai furiosa.
Elenão com raiva: VAGABUNDA! – ela se apressa e pega Sheyla pelo cabelo. – TU TÁ MALUCA?! QUEM MANDA AQUI DENTRO SOU EU E NINGUÉM FAZ ISSO COMIGO NÃO!
Sheyla furiosa: ME SOLTA! ME SOLTA! EU ESTOU MANDANDO TU ME SOLTAR!
Elenão joga Sheyla no chão e começa a chutar e socar a cara da mulher. As presidiárias começam a gritar radiantes com a briga.
Jandira correndo: PARAAAA! PARA ELENÃO! PARA!
Elenão se afasta. Sheyla já está caída no chão com alguns cortes na cara e com a boca sangrando.
Elenão cospe em Sheyla: TU FICA LONGE DE MIM HEIN! OU EU VOU TE MATAR!
Elenão vai embora furiosa.
Jandira ajuda Sheyla a se levantar: Você tá se metendo com a pessoa errada. Elenão não vai deixar isso barato. Todo mundo aqui dentro obedece ela.
Sheyla furiosa: Eu não sou todo mundo. Não vou ficar abaixando a cabeça para uma mulher que se encontra na mesma situação que eu. Eu vou revidar cada soco que ela me deu.
Jandira limpa Sheyla: Perca de tempo. O melhor que você tem a fazer é sumir daqui, desaparecer. Pede teu advogado para pedir tua transferência. Ou a Elenão vai acabar com você.
Sheyla com dor: E eu lá tenho advogado. Eu vou sumir daqui por conta própria. Me ajuda a fugir, Jandira.
Jandira surpresa: Fugir?!
Cena 7. Rio de Janeiro – Urca / Apt. da Eliane / Dia
Jaqueline abre a porta para Stacy.
Jaqueline sorrindo: Filha! – elas se abraçam. – Que bom que você já veio. Entra.
Stacy entra: Tínhamos combinado de comprar a passagem juntas.
Jaqueline fecha a porta: Na verdade eu vou comprar a sua passagem. Eu já remarquei a minha.
Stacy sorri: E quando é que a gente vai?
Jaqueline: Daqui a dois dias. Ainda tem tempo de você aproveitar o Rio e se despedir dos seus amigos. Não quis me precipitar tanto.
Stacy senta-se no sofá: Entendi. E a Eliane onde está? Aliás, ela vai com a gente?
Jaqueline senta também: Acredito que sim. Pelo menos foi o que ela disse. Mas a Eliane troca de opinião toda hora. Capaz de chegar em cima da hora e ela desistir.
Stacy ri: Sei. E a reserva do hotel quando chegarmos lá?
Jaqueline: Eu tenho uma casa lá. Esqueceu que morei anos lá? Ou você acha que eu fiquei morando esse tempo todo num hotel?
Stacy ri: Não! É que eu achei que como você voltou pra cá tivesse vendido a casa de lá.
Jaqueline: Vendi não. Está lá nos esperando. Eu quero que essa seja a sua melhor viagem e que você se divirta como nunca.
Stacy: Tenho certeza que será. Ir para Nova Iorque com a minha mãe, um lugar que ela tanto venera vai ser incrível. E ainda morar lá!
Jaqueline: Preparei tudo direitinho para você não se decepcionar. Chegar lá vou ligar para os empregados que trabalhavam comigo. Vou financiar um estudo pra você e te arrumar um emprego na Magazine Light. Claro, isso se você quiser.
Stacy radiante: Claro que eu quero. Trabalhar com a minha mãe na revista dela vai ser incrível. Eu só não entendo nada de moda.
Jaqueline: E nem precisa. A Melissa vai te ensinando cada detalhe e você logo vai aprendendo. Vai ser incrível. Prometo que você não vai se arrepender de estar indo morar comigo.
Stacy sorri: Tenho certeza que não vou.
Jaqueline abre os braços: Dá cá um abraço.
As duas se abraçam.
Cena 8. Rio de Janeiro – Delegacia / Dia
Sala de Simone…
Simone faz algumas anotações. Gelado entra.
Gelado com uma documentação: E então? Alguma novidade?
Simone o olha: Nada! Até agora nada.
Gelado guardando os papéis: Paduan reclamou que você tomou a frente da investigação. Disse que você também é uma suspeita e que se for à assassina, vai fazer de tudo para reverter o jogo.
Simone sem paciência: Ele fala isso por que sabe que nunca vai conseguir chegar aonde cheguei. Invejoso, se fez de amigo e me apunhalou pelas costas. Mas deixa que uma hora ele vai cair de cara no chão e eu não vou ajudar. Vai precisar de mim um dia.
Gelado senta-se na cadeira: Você tem certeza que não viu nenhuma movimentação estranha?
Simone: Tenho! Assim que acabou a Missa eu vim embora. Eu até esbarrei com a Alice, que provavelmente nessa hora estava indo ao banheiro.
FLASHBACK
Simone sai da Igreja mexendo na bolsa. Alice vem de frente, com um óculos escuro.
Simone esbarra em Alice: Ai! – elas se encaram. – Tinha que ser você. Tá fazendo o quê aqui? Você causou a morte dele!
Alice tira os óculos: Que prova você tem? Esse teu ódio todo por mim não vai te levar em lugar nenhum. Não pense você que eu me esqueci das tuas ameaças.
Simone sorri: E é bom que não esqueça.
Alice dá um sorriso falso e sai. Simone observa ela.
FIM
Simone tensa: E foi isso que aconteceu. Depois disso eu fui embora.
Gelado pega um papel: Me fala pelo menos os nomes de quem estava lá que tinha mais chances de ter matado a Alice.
Simone se levanta: Eu não lembro o nome de todo mundo.
Gelado a olha: Fala pelo menos dos que lembra.
Simone pensativa: Leandro, Clarice, Kiara, Júlia, Luigi, Eliane, a irmã dela e a advogada da Clarice. A prima do Luigi também. Luíza, né?
Gelado anota: Isso. Essa advogada da Clarice não é a tal Adriana? E a irmã da Eliane a gente pode achar na internet o nome.
Simone o olha: Você sabe quem é que tinha mais motivos de matar a Alice. Mais motivos e a mais corajosa dentre todos esses nomes. Então a gente começa pelo provável.
Gelado estranha: E quem seria o mais provável?
Simone: Clarice!
Os dois se encaram.
Cena 9. Rio de Janeiro – Motel / Dia
Kiara e Eric dormem no motel, abraçados um com o outro.
Corte descontínuo.
Kiara traz uma bandeja com frutas: Não acostuma não! Primeira vez na minha vida que levo uma bandeja de café da manhã na cama para alguém.
Eric sorri: Já posso me sentir especial.
Ela coloca a bandeja na cama e senta-se.
Kiara sorrindo: Eu nunca senti o que eu estou sentindo agora.
Eric pega uma fruta: E é um sentimento bom?
Kiara: Depende do que é bom pra você. Eu não quero me envolver sério com ninguém e nem pretendo. Não fui feita para casar.
Eric passa o morango no chocolate: Mas eu também não quero. – ele suja a boca de Kiara com chocolate. – Só quero me divertir. Só isso. Já não é o suficiente?
Os dois se beijam.
Kiara se afasta: Mas é que eu gosto de ficar perto de você. Me sinto bem… Protegida.
Eric ri: Isso não estava combinado.
Kiara se levanta: Você é casado?!
Eric gargalha: Que pergunta é essa agora? Eu já disse que não. Nunca fui casa. Nunca nem sequer namorei. Meus relacionamentos não passavam de uma semana. Sempre foi curtição e sempre será. Mas quem sabe que esteja disposto a engatar num relacionamento.
Kiara tensa: Mas eu não. Não gosto de compartilhar meus segredos.
Eric se ajoelha na cama: E você tem?
Kiara: Muitos!
Eric olha para a bolsa de Kiara: Eu vi uma arma ali dentro enquanto você tomava banho.
Kiara furiosa: Você mexeu nas minhas coisas sem a minha permissão?! Que invasão!
Eric sério: Você já matou alguém?
Kiara pega a bolsa: Como é que é?
Eric é direto: Eu perguntei se você já matou alguém. – Kiara fica sem saber o que responder. – Responde! Você já matou alguém?
Fim do Capítulo 52!
Eliane teve piedade da Vanessa e colocou a meia maluca numa clínica. Que ela se recupere saía de lá mais humana possível.
Stacy e Jaqueline estão se dando muito bem, agora as duas estão planejando tudo para irem juntas pra Nova Iorque, que tudo dê muito bem pra elas por lá.
Sheyla mesmo na pior não se rebaixa. Não sei pq mas sinto que ela está prestes a aprontar algo, vamos esperar…
Clarice agora está sendo a primeira da lista dos suspeitos pela morte de Alice, mas será que realmente foi ela?
Gente 😮 agora a Kiara está encurralada, será que ela vai responder a tal segunda do Eric?
O bom dessa história toda envolvendo Jaqueline, Amanda, Stacy e Adriana é que no fim das contas todas elas acabaram tendo um final feliz. Ninguém guardou mágoa de ninguém, todas se acertaram pacificamente… e assim caminha a humanidade.
Eu confesso que não sou muito a favor de que a Paloma e o Igor formem um par romântico depois de tudo o que aconteceu. Mas como sou uma pessoa que dá mais importância para o amor… então, estão aprovados kk
Simone ficou todo apreensiva ali com as perguntas de Gelado. Só tô vendo neguinho com medo… quero logo saber quem matou a megera.
Eliane mostrou que é um ser humano espetacular e ajudou a Vanessa. Ela merece uma salva de palmas por essa boa ação, pois não é qualquer um que sai ajudando uma pessoa que praticamente acabou com a sua vida.
Sabia que Clarice e Leandro acabariam se reconciliando no final das contas, até porque o casal merece… depois de tudo que passaram!!
Eric encurralou Kiara de uma tal forma, quero ver ela respondendo: “Matou o não matou?” 😯