Três Jogadas – Capítulo 50 (PARTE II) – QUEM MATOU?

Três Jogadas.

Capítulo 50 – Quem Matou?

“Para quê preocuparmo-nos com a morte? A vida tem tantos problemas que temos de resolver primeiro.”

Confúcio

Cena 1. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Dia

Continuação imediata da cena anterior.

Clarice vai até a sala: Acho que chegou a hora do nosso acerto de contas! É o nosso último embate antes da morte.

Alice sem entender: Morte de quem?!

Clarice debochada: A tua! Surpresa?

Alice ferve de ódio e Clarice a olha com olhar debochado e um sorriso no canto da boca. As duas se enfrentam.

Alice furiosa reage: Se você veio até aqui me ameaçar, perdeu seu tempo. Se você não sair daqui agora eu chamo a polícia. Invasão domiciliar é crime!

Clarice ri: Você sabe que quem vai sair presa daqui vai ser você, né?! Eu não vou nem perder meu tempo discutindo com você. Eu vou direto ao assunto. Prometo ser breve.

Alice: Eu espero que seja mesmo. Eu tenho pressa.

Clarice senta-se, folgada: O que eu te falei?!

Alice sem paciência: Tanta coisa. Não vou ficar lembrando agora. Até por que nossas conversas sempre foram desprezíveis e eu me recuso a lembrar.

Clarice se irritando: Eu mandei você se afastar da minha família. E você cumpriu?! NÃO!

Alice “vira” os olhos: Eu estou sem paciência nenhuma para lição de moral. Tenho muito mais o que fazer.

Clarice se levanta: QUEM MANDOU VOCÊ TOCAR NA MINHA FILHA?!

Alice furiosa: ABAIXA O TOM! AQUI DENTRO QUEM MANDA SOU EU!

Clarice furiosa: Você não foi capaz de me respeitar e eu que não vou cumprir regras vindas principalmente de você. Minha vontade é te matar, sua desgraçada. Se minha filha tivesse morrido eu ia acabar com a tua vida!

Alice provoca: Vontade não falta, né?! Então vem! Pode vir. Eu vou ficar paradinha enquanto você me mata. – Clarice a olha furiosa. – CADÊ?! ESTOU ESPERANDO! FRACAAAAAAA! VOCÊ É FRACA!

Clarice irritada: VOCÊ NÃO ME PROVOCA! VOCÊ NÃO SABE DO QUE EU SOU CAPAZ!

Alice ri: Você sempre fala isso e nunca fala nada. Até hoje só foi capaz de matar tua própria irmã. Eu já até perdi as contas de quantas pessoas já matei. Você só vai ser mais uma.

Clarice: Você está me ameaçando?! Eu não vejo a hora de te colocar atrás das grades. MALDITA! Você vai pagar na justiça!

Alice gargalha: Que justiça?! Essa justiça do Brasil?! É FALHA! É PODRE! PODRE IGUAL VOCÊ. Diferente de você, eu nunca precisei passar por cima de ninguém para conseguir o que quero.

Clarice segura à mulher pelo braço: Eu te avisei pra se afastar da minha família e você tentou matar a minha filha! E AINDA MATOU O JORDAN!

Alice surpresa: Tinha mais gente além da Júlia lá?! O JORDAN?! – ela gargalha. – Gente, como é que são as coisas, né?!

Clarice furiosa: DESGRAÇADA!

Alice se irrita e se solta: Que foi? Tá com peninha do teu maridinho, é?! Coitada da Paloma… Nem teve oportunidade de conhecer o pai. – ela gargalha maleficamente.

Clarice assustada: Você é má! Como é que você consegue ser tão ruim assim?!

Alice sorri: A gente aprende com a vida. Todo mundo tem seu outro lado. Eu também fui mocinha nessa história toda. Poxa, não deixa eu carregar o posto de vilã sozinha.

Clarice com olhar fulminante: Eu vou fazer um ato de dignidade pra sair como vilã também. – ela sorri. – Fica tranquila. Não vou deixar você garantir esse posto sozinha.

Alice ri: Ah é?! Vai fazer o quê?!

Clarice trêmula: Acabar com a tua vida! Eu vou te matar!

Alice provoca: Eu vou pagar pra vê.

Clarice segura Alice pelo pescoço: NÃO ME PROVOCA!

Alice sem ar: FINALIZA! FINALIZA! VAI QUE TÁ POUCO! NÃO PARA!

Clarice solta Alice.

Alice no chão, ri: Fraca! Você não consegue matar ninguém.

Clarice se afasta: Eu não consigo ser tão má quanto você.

Alice se levanta e sorri: Falta incentivo! – ela dá um tapão na cara de Alice. – AGORA VEM! DEIXA O ÓDIO TOMAR CONTA DE VOCÊ!

Clarice se recupera do tapa: Maldita!

Clarice empurra Alice, que vai parar longe, caindo por cima dos móveis e levando tudo no chão. Gioconda aparece na escada e sorri.

Clarice avança em Alice: EU VOU ACABAR COM VOCÊ! – ela sobe em cima de Alice. – CACHORRA! – ela dá um tapa. – POR TER MATADO MEU PRIMO! – ela dá mais um tapa. – ESSE AQUI VAI POR VOCÊ TER ENGANADO O LUIGI! – e dá outro. – SUA DESGRAÇADA! – e começa a dar tapas na cara da mulher.

Alice recebendo os tapas: TÁ FRACO! BATE MAIS FORTE! TÁ FRACO!

Clarice batendo com mais vontade: MALDITA! CACHORRA! VAGABUNDA! – ela dá um sequência de tapas.

Clarice se levanta e pega Alice pelo cabelo. Ela joga a mulher longe, que se apoia na parede, com o rosto cortado. Clarice anda apressada e vira Alice, ficando cara a cara com ela.

Clarice dá um soco na barriga de Alice: VOCÊ INFERNIZOU A MINHA VIDA, MAS AGORA CHEGA! CHEGAAAAAA!

Clarice pega Alice e joga em cima da bandeja de água que fica em cima da bancada. A mulher cai no chão molhada e por cima dos vidros. Clarice pega ela e apoia as costas dela na parte de trás do sofá.

Clarice dando mais tapa: VOCÊ MEXEU COM MEU SILÊNCIO SEM SER CAPAZ DE SUPORTAR MEU BARULHO. AGORA VOCÊ VAI SE ARREPENDER DISSO!

Clarice continua a sequência de tapas. Ela se cansa e Alice cai sentada no chão, sem fôlego, toda machucada. As duas cansadas e Alice ainda sorri, como se nada tivesse acontecido.

Clarice dá um chute na mulher: Meu recado foi dado! Cuidado! Qualquer dia a morte bate na tua porta.

Clarice pega sua bolsa e vai embora. Gioconda assiste tudo e fica radiante. Alice ergue a cabeça, furiosa. Clarice vai embora e bate a porta forte. Alice continua caída no chão, exausta.

Cena 2. Rio de Janeiro – Leme / Apt. da Clarice / Dia

Paloma reagindo: Toda vez que a gente resolve conversar acaba em briga. E eu realmente não estou disposta a brigar hoje. Eu tive um dia exausto, acabei de descobrir que meu pai morreu e eu ao menos pude me despedir dele.

Kiara se levanta: Mas eu não tiro o teu direito de sentir essa dor. Só que eu não aguento mais sofrer com suas ignorâncias e seus desprezos. Eu sei que eu errei.

Paloma a olha: Que bom que você consegue reconhecer isso.

Kiara: É inevitável não reconhecer. Eu tentei te proteger tanto e acabei magoando a pessoa que eu mais amo na vida. Você não nasceu de mim, mas nasceu do meu coração. Eu me apaixonei no exato momento que te peguei no colo e que senti seu coração bater. Eu descobri naquele momento que você nasceu pra mim. Eu te amo tanto!

Paloma prendendo o choro: Por que você mentiu? Agora eu entendo o motivo de você sempre ser contra o meu namoro com o Igor.

Kiara cabisbaixa: Se vocês fossem só primos, eu não me importaria com isso.

Paloma chorando: Amor não vê parentesco, não vê diferenças e não só vê qualidades. Ele enxerga além de tudo. Amor é bondoso, é paciente e espera. Eu amo o Igor!

Kiara chorando: Não traz ele para esse assunto. Eu estou falando da nossa relação: de mãe e filha. Eu me sinto sua mãe.

Paloma a olha: Mas eu me sinto sua filha. Essas vezes que eu passei te rejeitando me doeu. E doeu muito! Mas a falta de perdão destrói o ser humano. Eu me revoltei sem ao menos entender o motivo do que levou a essas mentiras.

Kiara enxuga as lágrimas: Nada justifica uma mentira. Eu demorei muito a perceber isso. Mas eu tinha tanto medo de te perder. Minha vida toda eu nunca tinha sofrido por ninguém, até esse furacão chegar e eu saber o significado dessa palavra. Eu sei que fiz mal em ter te escondido, mas fiz isso por medo, por insegurança, por que sou ser humano, sou frágil, sou fraca. Eu só quero que você me perdoe por tudo isso.

Paloma sorri, chorando: Eu te perdoo! Mas eu também quero que você me perdoe. Eu te tratei tão mal esse tempo, fui rude e reconheço meu erro. Me perdoa?

Kiara puxa a filha e as duas se abraçam: É claro que eu te perdoo! Eu te amo tanto, tanto e eu só quero a sua felicidade, com quem seja ela!

As duas se abraçam emocionadas, chorando. Leandro desce a escada de casa.

Leandro sorrindo: Que cena linda! Fico feliz que vocês tenham se acertado. Brigar não adianta mais.

Igor entra na porta, apressado, sujo e desesperado. Ele está tenso e perturbado.

Leandro assustado: Igor?! Que estado é esse? Você dormiu fora de casa?

Igor chorando: Eu sou um monstro!

Paloma assustada: O que foi que você fez, Igor?

Igor desesperado aos prantos: Eu quero ir para uma clínica! Me ajudem! Pai, eu estou precisando de ajuda. Me socorre!

Cena 3. Rio de Janeiro – Urca / Casa da Vanessa / Dia

No quarto…

A mulher dorme. No instante, Vanessa começa a ser arrastada pelos pés, até cair da cama.

Vanessa desperta desesperada: SOCORRO! QUE BRINCADEIRA É ESSA?!

As coisas do quarto começam a cair e a mulher se desespera.

Vanessa sobe na cama: QUEM ESTÁ AÍ?! PARA COM A BRINCADEIRA!

O vidro da janela do quarto explode e a mulher dá um grito, assustada. Ela se encosta-se à parede, com medo. Vanessa desce pela parede, aos prantos. Ela sente que alguém está puxando sua perna.

Vanessa apavorada: SOCORRO! PARAAAA! ME SOLTA! ALGUÉM ME AJUDA!

A mulher cai no chão e bate a cabeça, fazendo um corte pequeno. O sangue começa a escorrer pelo rosto da mulher. Vanessa chora de soluçar. Ela volta pra cama e deita, se cobrindo com o edredom, tremendo de medo.

Voz maléfica: Eu vou te enlouquecer! Você vai morrer louca!

A voz continua falando e lhe chamando de assassina. Vanessa coloca travesseiro no rosto, na intenção de tampar os ouvidos, para parar de ouvir as vozes.

Cena 4. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Dia

Alice toma um copo de água. Gioconda desce com as malas da mulher.

Gioconda com peso: Nossa senhora. Que peso!

Alice com alguns cortes no rosto: Eu preciso que você me ajude a levar essas malas. Estou morrendo de dor.

Gioconda entrega as malas: Eu ouvi a gritaria e os tapas.

Alice a olha: Ouviu ou viu?

Gioconda prende o riso: Tem problema se eu falar que vi?

Alice sem paciência: Não! Agora você não trabalha mais pra mim. Pode humilhar à vontade.

Gioconda surpresa: Não?! Mas eu achei que a senhora fosse voltar.

Alice sorri: E vou. Mas uma hora eu volto para matar saudade dos velhos amigos.

Soninha entra apressada.

Soninha sorri: Ai como é bom ser livre. – ela se assusta com as malas de Alice. – Que malas são essas?!

Alice direta: Vou fugir.

Soninha surpresa: Fugir?! E não falou nada comigo por quê? Alias, você vai para onde? Eu vou com você.

Alice: Não, você fica. Eu não quero ninguém atrás de mim. Você fica e se vira.

Soninha não entende: Quê isso, Alice? Sempre fomos amigas. Vai me tratar desse jeito, agora? Eu vou com você sim!

Alice furiosa: VOCÊ NÃO VAI! Eu não preciso mais de você pra nada. Nossa parceria acabou.

Soninha entristecida: E nossa amizade?!

Alice nervosa: Pega essa sua amizade e enfia/ – ela é interrompida.

Soninha dá um tapa na cara da mulher: VOCÊ ME USOU ESSE TEMPO TODO, PRA QUÊ?! DESGRAÇADA!

Gioconda assustada: Gente, qual vai ser a próxima pessoa a bater nela?!

Alice saca uma arma: CALA A BOCA! – ela mira em Soninha. – Eu não preciso de você mais pra nada. Você prefere morrer ou passar o resto da tua vida na cadeia? A delegada vai te encontrar.

Soninha com medo: Para com isso! Sempre fomos amigas e nunca precisamos disso. Te ajudei a matar quem foi preciso e sempre estive do seu lado. Vai me trair agora?

Alice sorri: Trair faz parte do jogo. A melhor estratégia durante um jogo é manter nossos inimigos pertos. Burra foi você de ter acreditado que eu gostava de você.

Soninha chorando: Eu te mostrei confiança e você faz isso comigo. FALSA! FALSA!

Alice prepara a arma: Já que você não me respondeu sobre o que prefere eu tomo minhas próprias decisões.

Alice dispara um tiro em Soninha.

Gioconda horrorizada: AAAAAAAAAAAAAAAAH! SOCORRO!

Alice guarda a arma: ANDA LOGO GIOCONDA! Depois tu se livra desse corpo.

Soninha cai no chão, ainda em vida, mas fica agonizando por um tempo, até que fecha os olhos e morre. Alice passa com as malas por cima do corpo da mulher e sai, Gioconda vai também, tremendo.

 Cena 5. Rio de Janeiro – Catete / Rua / Dia

Adriana, Gustavo, Amanda e Stacy continuam procurando Fernanda.

Perto deles…

Fernanda está jogada no chão, chorando e seu olhar já diz tudo: ela implora por ajuda. A mulher come as migalhas que os demais mendigos vão deixando e chora, se lamentando pelo o que causou na sua vida. Ela está com a roupa rasgada e está bem suja, descabelada e com a pele toda suja, com terra e poeira.

No outro quarteirão…

Adriana preocupada: FERNANDAAAAAAAAAA!

Gustavo: Gritar não vai adiantar. A gente precisa se dividir. Vai cada um para o seu lado.

Stacy: A gente não foi na rua aqui do lado. Perto daquela passarela costuma ter bastante mendigos.

Amanda assustada: Você acha que ela estaria no meio dos mendigos?

Adriana: Eu não desconfio disso. A situação dela é precária e o primeiro lugar que ela se vê acolhida ela paralisa.

Gustavo para: Será que eles tratavam ela mal na clínica?! Por qual motivo ela fugiria assim?

Adriana para também: Para encontrar sua liberdade. É tudo que ela precisa. Ela ainda carrega a culpa nas costas de ter matado os pais e não vai se perdoar nunca por isso. Quer dizer, ela precisa se perdoar para conseguir tirar essa culpa das costas dela.

Stacy: Então vamos nessa rua aqui perto. É o lugar mais provável que eu acredito que ela esteja.

Os quatros concordam e saem.

No outro quarteirão…

Fernanda jogada no chão. Na ponta da rua, atrás da moça, os quatros surgem. Adriana se emociona e se alivia ao reconhecer a prima.

Adriana chorando: FERNANDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

https://www.youtube.com/watch?v=tA-SV4MJlJo

A garota dá um sorriso em meio ao choro ao escutar a voz de Adriana e vira-se. Ela se levanta apressada e corre desesperada e dá um abraço apertado em Adriana.

Stacy se emociona com o abraço das duas.

Cena 6. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Dia

Na frente do prédio…

Eliane estaciona o carro apressada. Jaqueline e Melissa também estão dentro do carro. Alice desce com as malas ao lado de Gioconda. Eliane salta do carro apressada. Jaqueline e Melissa fazem o mesmo.

Eliane apressada: ESPERA SUA VAGABUNDA!

Gioconda assustada: Meu Deus! Mais uma.

Alice dá sinal para o táxi. Eliane corre. No instante que Alice vai entrar no taxi, Eliane a puxa pelo cabelo.

Eliane segurando Alice: Pode ir motorista. Ela tem uma pendência para resolver antes!

O motorista vai embora.

Alice furiosa: ME SOLTA SUA INÚTIL!

Eliane solta Alice: QUEM MANDOU VOCÊ MEXER COM A MINHA REVISTA?!

Alice se estressa: Até onde eu sei eu estava cuidando da Revista. Fiz o que bem entendi com ela! Trouxe a gangue pra quê?! Vão me agredir.

Melissa toma a frente: Você é muito ruim mesmo. Como é que você teve coragem de explodir a Revista e ainda tentou matar a Júlia e matou o Jordan. ASSASSINA!

Alice ri: Eu?! Imagina. Eles que entraram no teu caminho. E que ódio todo é esse Melissa? Não tenho culpa se tu não foi capaz de segurar teu marido!

Melissa entende tudo: Meu Deus como é que eu não imaginei isso? É CLARO QUE ELE ME TROCOU POR VOCÊ! CADÊ O FERRAZ? ELE ESTÁ COM VOCÊ NESSA TAMBÉM?

Alice gargalha: Só se for do inferno. Eu MATEI o Ferraz. Tá bom pra você?!

Melissa avança em Alice: VAGABUNDA! ASSASSINA!

Jaqueline puxa Melissa: Calma, não é hora! Deixa essa desgraçada pra lá. E não precisa partir pro meu lado. Eu já descobri sobre você e o Neto!

Alice sorri: Que bom. Agora me deixem ir em paz.

Eliane a puxa: Eu não vou deixar você ir sem antes pagar pelo o que fez. VOCÊ DESTRUIU MINHA REVISTA. MEU PATRIMÔNIO E AGORA EU VOU DESTRUIR VOCÊ! EU VOU TE MATAR!

Eliane joga as malas de Alice longe e as roupas caem no chão.

Alice furiosa: MINHAS ROUPAS SUA IDIOTA! – ela tenta pegar as roupas, mas desiste. – Tá nervosa assim por quê?! Não entendo esse ódio gratuito por mim. Não tenho culpa se você foi uma fracassada por não conseguir engravidar.

Eliane surta: CALA A BOCA SUA MALDITA! – ela dá um tapa na cara de Alice. – PIRANHAAAA! – e dá outro tapa. – EU VOU ACABAR COM A TUA VIDA! – e dá outro tapa.

Gioconda intervém: PARAAAA! A MADAME JÁ APANHOU DEMAIS HOJE!

Eliane joga Gioconda longe: APANHOU POUCO ENTÃO! TEM QUE APANHAR ATÉ A MORTE! – ela cai no chão com Alice e começa estapear a mulher.

Melissa: FAZ ALGUMA COISA JAQUELINE! ELAS VÃO SE MATAR.

Jaqueline radiante: DEIXA A ELIANE! Ela sabe o que está fazendo. E a Alice está merecendo essa surra.

Eliane continua surrando Alice no chão, que agora vai ficando roxa e com mais dores ainda.

Eliane estapeando a mulher: SUA DESGRAÇADA. CACHORRAAAA! MALDITA!

Jaqueline puxa Eliane: CHEGA! JÁ BATEU DEMAIS!

Melissa contém Eliane.

Alice se levanta e pega a passagem de avião que está no chão.

Alice furiosa: Eu vou voltar e vou acabar com vocês todos. A explosão da revista foi pouco!

Jaqueline segura Alice: Se afasta da gente! Espero nunca mais ter que olhar pra tua cara. Se eu te ver novamente, não vai prestar. Dá um sumiço, antes que eu suma com você!

Alice se solta, toda descabelada e machucada e dá sinal para o taxi. O taxi para e ela entra.

Eliane furiosa: VAGABUNDA! VAGABUNDA! VOCÊ ME PAGA!

Cena 7. Rio de Janeiro / Dia

Sem diálogo as cenas vão se passando.

– Adriana chega em casa com Fernanda e Stacy. A jovem senta na sala e liga a tevê, enquanto Adriana e Fernanda partem para o banheiro. A advogada ajuda a prima a tomar banho, que chora se lembrando do que fez. No chão, uma água suja vai escorrendo.

– Clarice, Leandro e Paloma leva Igor para uma clínica de reabilitação. Clarice chora bastante ao ver o filho na maca, sendo dopado. Leandro também se emociona e Paloma acompanha o meio-irmão. Ela segura a mão de Igor, que chora, ao ver sua situação.

– Alice desce do carro apressada e entra no aeroporto. Enquanto ela passa, as pessoas veem a situação dela, completamente descabelada e com alguns cortes no rosto. Alice parte para o check-in, sem mala, sem nada, apenas com a bolsa de documentos.

Mais à noite…

– Eric e Kiara passam uma noite juntos. Os dois estão na cama do motel, com um pote de morango no meio deles e ambos com uma taça de champanhe. Eric morde um pedaço do morango e dá o outro pedaço para Kiara. Os dois se beijam e começam a rir.

– Amanda e Gustavo transam calmamente. Os dois bem apaixonados, trocam carícias e intercalam sorrisos com os beijos, enquanto se amam.

– Stacy, Adriana e Fernanda assistem um filme juntas. As três se divertem muito com o filme e comem pipoca. Adriana começa uma guerra de pipoca e Fernanda corre pela casa, fugindo. As três se divertem bastante.

02 dias depois…

– Luigi e Júlia tiram algumas fotos malucas no quarto e se divertem. Eles acabam brincando com guerrinha de água e Júlia acaba torcendo o pé, na hora de correr. Ela cai no chão e Luigi corre para ajudá-la. Os dois acabam se encarando e se beijam.

– Paloma visita Igor na clínica e ele está sozinho. Ele desabafa com ela e os dois começam a chorar. Por fim, eles dão um abraço forte e apertado e Paloma dá um beijo no canto da boca de Igor.

– Vanessa correndo pela casa, atormentada. As coisas de sua casa começam a cair e voar e a mulher grita apavorada, em desespero, aos prantos.

– Melissa embarca. Eliane e Jaqueline se despedem da mulher com sorrisos e dão tchau. Melissa entra no aeroporto feliz.

– Amanda coleta o sangue. Na cadeira ao lado, Adriana faz a mesma coisa. As duas se entreolham e sorriem.

– Paloma conversa com Clarice. As duas parecem exaltadas, mas logo vão abaixando o tom e se emocionam. Elas se abraçam aos prantos. Kiara vê a cena detrás da porta, emocionada.

– Elenão humilha Sheyla e arranca a roupa da mulher. Ela é humilhada e Elenão faz a mulher comer no chão novamente.

04 dias depois…

Cena 8. Rio de Janeiro – Leme / Igreja / Dia

Eliane e Jaqueline chegam de preto na porta da igreja. Elas descem entristecidas. No instante, Clarice, Kiara, Leandro, Paloma e Júlia descem também. Paloma já bastante emocionada.

Eliane cumprimenta Paloma: Eu sinto muito pela morte do seu pai. Eu e o Jordan nos aproximamos muito esses últimos dias e infelizmente ele teve um triste fim.

Paloma sorri: Obrigada! Eu também me aproximei dele há pouco tempo. Esperava que conseguisse passar mais tempo. Mas infelizmente não foi possível.

Eliane acena para Clarice: Tudo bem?

Clarice se aproxima: Na medida do possível. Eu lamento pela sua Revista. Que fim trágico.

Eliane emocionada: Sim! Infelizmente a Revista foi de mal a pior.

Jaqueline sorri: Tudo bom?

Clarice ri: Vocês são irmãs, né?! São bem semelhantes.

Jaqueline sorrindo: Somos sim. Irmãs e unidas sempre! Sou capaz de tudo para defendê-la.

Clarice puxa Kiara, que está conversando com Leandro: Essa daqui é minha irmã também. – ela cutuca Kiara. – Dá atenção. – sussurra.

Kiara sorri: Tudo bom? – ela cumprimenta as mulheres. – A Eliane eu já conhecia lá da festa. É um prazer te rever. Você sempre linda e elegante.

Eliane ri: Que nada. Peguei a roupa mais simples que encontrei no guarda-roupa. Sabe se vem mais algum familiar do Jordan?

Luigi chega com Luíza.

Luigi cumprimenta Júlia: Cheguei um pouco atrasado, mas cheguei. Estão aqui há muito tempo?

Júlia: Não. Chegamos agora pouco. Mas um pouco chegamos juntos. Tudo bom, Luíza?

Luíza a cumprimenta: Tudo ótimo. E você? Está melhor do trauma?

Júlia: Na medida do possível! – ela sorri. – Pai, que horas está marcada a missa?

Leandro: Já vai começar. Mas acredito que vá chegar mais gente.

Luíza: Ele tinha algum familiar próximo?

Leandro: Não sei. Ele nunca me falou de família. Ele só conhecia o Tóta e a Branca, mas que já partiram. Que Deus os tenham em um bom lugar!

De volta a Eliane…

Clarice reagindo: Não sei. Acho que os pais dele e toda a família continuam morando em São Paulo. – um taxi para um pouco distante dali. – Não pode ser o que eu estou pensando.

Jaqueline, Eliane e Kiara viram-se e se assustam. É Alice que voltou!

Jaqueline furiosa: O que essa desgraçada está fazendo aqui?!

Clarice ajeita a bolsa: É isso que eu vou descobrir!

Clarice sai apressada. Alice fecha a porta do taxi.

Alice sem paciência: Já vai me importunar? Eu vim aqui ser solidária com a morte do meu amigo. Me deixa em paz.

Clarice segura Alice pelos braços: Falsa! Vai embora daqui agora. Você não é bem vinda aqui!

As duas se encaram.

Cena 9. Rio de Janeiro – Hospital / Dia

Simone entra no quarto de Barros.

Barros sorrindo: Demorou pra vir! Já estava ficando com saudades.

Simone dá um beijo na bochecha do homem: Tantos problemas! Você deve ter visto as notícias sobre a Revista na televisão.

Barros se ajeita: Vi sim. Que trágico. Parece que esse tormento não acaba nunca. – ele olha a roupa da mulher. – Veio toda de preto por quê?! Eu ainda não morri.

Simone ri: Bobo! Eu vou na missa de sétimo dia do Jordan. Eu não o conhecia, mas acho que tenho que lá pelo menos ser solidária com a família. Aproveitei para dá uma passada rápida aqui.

Barros convencido: Sei! Confessa que estava com saudades de mim e arrumou esse pretexto.

Simone rindo: Quem sabe, quem sabe.

Barros sério: Eu não aguento mais ficar aqui. As dores já pararam, logo vou poder ir pra casa.

Simone sorri: Que bom. Fico feliz que tenha se recuperado rápido. Mas eu realmente preciso ir. Não quero chegar lá na hora do amém.

Simone lhe dá um beijo e sai.

Barros puxa a delegada: Espera! Você pensou na minha proposta?

Simone sorrindo: Pensei sim.

Barros com medo: E?

Simone se aproxima dele: E que eu estou disposta a tentar alguma coisa. Mas eu disse TENTAR. Vamos com calma. Agora deixa eu ir! Estou atrasada.

Barros não solta à mulher: E meu beijo?

Simone ri: Já está assim, é?! – ela dá um selinho no homem. – Pronto!

Barros ri: Foi pouco!

Simone rindo: É o que você merece. – ela se solta. – Tchau!

A delegada sai. Barros sorri, radiante.

https://www.youtube.com/watch?v=DX8FKO3aRUU

Cena 10. Rio de Janeiro – New York / CITI EMPLOYEE CAFETERIA / Dia

Melissa senta-se à mesa da cafeteria. A atendente chega.

Atendente, com bloco de notas: Good Day! You want something?

Melissa, olhando o cardápio: Um café, por favor!

A atendente não entende. Melissa ri, na hora que percebe que eles não entendem português.

Renato se aproxima rindo: Two coffee, please! – a atendente anota e sai. – Acho que tinha alguém com um problema.

Melissa furiosa: Não acredito! Você por aqui? O machismo continua! Eu sei falar em inglês, bonitão.

Renato senta-se rindo: Não parece. Mas estou brincando. Não precisa se irritar de novo!

Melissa ajeita a bolsa: É muito descarado mesmo. Você se acha, né?

Renato sorri: Eu não me acho, eu sou! – a atendente coloca os cafés. – Thanks!

Melissa pega o café: Eu podia ter agradecido. Você acha que nem isso eu sei?

Renato sorri e pega o café: Isso quem está dizendo é você. Eu não disse nada.

Melissa sorri: Mas pensou. E isso pouco me importa, ok? Quer dialogar em inglês?

Renato gargalha: Eu não acredito que você está me propondo isso. Você quer mesmo dialogar em inglês?

Melissa bebe o café: E por que não? Você era mais determinado quando eu te conheci na Revista. Eu jurei que quando você chegou fosse fazer o pedido do café pra mim.

Renato sério: Eu nunca fui racista. Tanto que te pedi desculpas, mas você foi bem mal educada. Aliás, que péssima funcionária do Tiago.

Melissa ri: Eu, péssima?! Eu posso te provar o contrário.

Renato sorri: Ah é?! Como?

Os dois se encarando sorrindo.

Cena 11. Rio de Janeiro – Leme / Igreja / Dia

Alice furiosa: Dá pra você me soltar? Eu vim à missa de sétimo dia do meu amigo. Fico onde eu bem entender.

Clarice a solta: A surra foi pouca, né?! Todo mundo aqui está louco pra acabar com você. Não vai querer arriscar, né?

De longe…

Leandro observa: Espera! Aquela dali não é a Alice?

Paloma furiosa: É a desgraçada! Agora ela vai ver só. Eu vou fazer ela se arrepender de ter matado meu pai.

Paloma sai apressada.

Leandro: Paloma, espera! Eu vou atrás dela.

Os dois saem apressados.

Júlia tensa: Eu não sei o que essa desgraçada está fazendo aqui.

Na Alice…

Paloma chega furiosa: Mas é muito cara de pau mesmo, né?! VOCÊ MATOU MEU PAI E AINDA TEM A CORAGEM DE APARECER AQUI?

Alice ri: Que prova você tem contra mim, garotinha mimada?!

Paloma ergue a mão: Minha vontade é acertar esse tempo na sua cara! Fazer você se arrepender de ter matado meu pai. Sai daqui! Eu não vou deixar você assistir a missa em homenagem a ele. SAI DAQUI!

Alice venenosa: Dá um tapa aqui! Vai! Puxou o espírito da tua mãe, né?! Barraqueira. Agressiva.

Paloma agarra Alice: VOCÊ TIROU O MEU PAI DE MIM! MINHA VONTADE AGORA É TIRAR A TUA VIDA! IMBECIL!

Clarice segura Paloma: Calma Paloma! Você precisa se controlar. Essa mulher ainda vai pagar pelo o que fez. Deixa que eu resolvo isso!

Paloma furiosa: Espero não te ver mais! Eu não sei do que eu sou capaz de fazer.

Paloma sai.

Leandro olha para Alice: Como é que você teve coragem de tamanha maldade? Monstro!

Alice sorri: Vocês ainda estão juntos?! Que pena! Achei que a Start fosse mais competente. Pelo menos ela tirou a fortuna de vocês.

Leandro surta: Foi você! CLARO QUE FOI VOCÊ SUA MALDITA! VOCÊ QUE MANDOU AQUELA VAGABUNDA PRA ME ROUPAR!

Clarice furiosa: Que golpe baixo!

Alice ri: Mas fica tranquilos. A conta de vocês não serão mexidas. Era um documento falso. Eu só queria ver o desespero. Foi ótimo a brincadeira! Eu já realizei minha vingança quando acabei com sua família, Clarice. De você eu não quero mais nada.

Leandro furioso: VOCÊ ACABOU COM A MINHA FAMÍLIA E EU VOU ACABAR COM VOCÊ!

Alice se afasta: Monstros! Essas ameaças vão custar caro a vocês! Agora me dá licença. A missa já deve começar.

Ela sai apressada. Adriana esbarra com ela.

Alice sorri: Adriana! Quanto tempo.

Adriana a olha: Alice! Quanto tempo. Achei que você tivesse sumido depois de todos os seus crimes.

Alice sorri: Crime é uma coisa que você não pode falar muito, né?! Será que abandonar uma filha dá cadeia? Mas apanhar do marido dá sim! Lei Maria da Penha.

Adriana dá um tapa na cara de Alice: IMBECIL!

Alice se ergue do tapa: Credo! Eu estava brincando. Agressiva. Sempre foi minha advogada predileta. Caiu no meu conceito.

Adriana ajeita a bolsa: Saiba que não gostei dessa brincadeira. E problema é teu! Sua amizade ou não pra mim dá no mesmo: insignificante.

Adriana sai apressada. Alice vai logo em seguida.

Corte descontínuo.

Todos participam da missa de sétimo dia de Jordan.

Cena 12. Rio de Janeiro – Leme / Praia / Dia

Gioconda chega apressada, olhando para trás com medo de estar sendo seguida.

Gioconda bate em Sérgio: IDIOTA! Eu achei que você tivesse morrido. Me deu um susto.

Sérgio tira o capuz: Eu precisa despistar a Alice. Não podia deixar muito na cara assim. E quais são as novidades?

Gioconda senta-se: A desgraçada fugiu. Mas levou uma surra daquelas da Clarice!

Sérgio ri: Era isso que eu queria. Eu imagino que o ódio mortal uma pela outra é grande. Imenso! Eu fiquei sabendo da explosão da Revista.

Gioconda: Foi ela! A desgraçada fez isso tudo. E ainda matou o Jordan.

Sérgio chocado: O Jordan morreu?!

Gioconda: Ele estava dentro da Revista e acabou incendiado. Nesse momento acontece a missa de sétimo dia do homem. Ele morreu na semana passada.

Sérgio interessado: Aqui no Leme? Naquela Catedral?

Corta o som. Os dois continuam conversando.

Mais tarde…

https://www.youtube.com/watch?v=SsLRUlIF_tE

Cena 13. Rio de Janeiro – Leme / Igreja / Dia

Na frente da Igreja…

Uma multidão de gente sai da Igreja, após o fim da Missa.

Nos fundos da Igreja/ No banheiro

Alice sai do banheiro e vai a pia do banheiro, lavar as mãos. A mulher está tensa e nervosa. Ela aproveita para lavar o rosto e abaixa a cabeça. Ela ergue a cabeça.

POV DO ESPELHO

Alice assustada olhando: Você! – ela vira-se assustada.

POV DO/A ASSASSINO/A

Alice desesperada: Abaixa essa arma! Ela pode matar. Você não será capaz de tamanha maldade. Não brinca com o quê mata! Abaixa essa arma.

FLASHBACK

Luigi transborda de ódio e pega Alice pelo pescoço: VAGABUNDA! EU VOU ACABAR COM VOCÊ! VOCÊ MATOU A MINHA MÃE! MALDITA! MALDITA!

Luigi joga Alice longe, que acaba caindo em cima do rack e leva tudo no show.

Luíza contém Luigi: VOCÊ PRECISA SE ACALMAR!

Luigi fervendo de ódio: EU VOU MATAR ESSA DESGRAÇADA!

FLASHBACK

Júlia dá um tapa na cara de Alice: NÃO FALA DA MINHA MÃE! VOCÊ SE AFASTA DA MINHA FAMÍLIA E DA MINHA MÃE PRO TEU BEM. EU NÃO SEI DO QUE EU SOU CAPAZ DE FAZER COM VOCÊ. EU TE MATO!

Alice vai se erguer do tapa, mas Júlia dá mais um e a empurra.

Luíza puxa Júlia: CORRE JÚLIA!

Alice no chão: EU ACABO COM VOCÊS DUAS! SUAS DESGRAÇADAS!

FLASHBACK

Sérgio nervoso: DO JEITO QUE EU SEMPRE QUIS QUE VOCÊ ME OLHASSE. SÓ UMA BURRA FEITO VOCÊ PRA NÃO ENTENDER O QUE EU SEMPRE QUIS COM VOCÊ.

Alice sem entender: Mas você não é gay?!

Sérgio: Sempre criei essa máscara para você nunca descobrir quem eu sou. Afinal, eu não queria que a madame Alice descobrisse que eu, Sérgio Bulamarquê, veio cobrar uma dívida que ela me deve faz anos!

FLASHBACK

Clarice determinada: Júlia eu quero te pedir um favor. Faça o que for preciso e leve o Leandro e o Igor para longe daqui. Essa guerra já passou dos limites e eu vou esperar você fazer isso para fazer o que tenho para fazer.

Júlia sem entender: Eu te ajudo. Mas antes me fala o que você tem para fazer.

Clarice com sangue nos olhos: Acertos de contas! Alguém precisa parar essa mulher. E quem vai fazer isso sou eu. Nem que seja com a morte!

FLASHBACK

Kiara sorri: Só quando meu jogo de sedução passa dos limites. Nunca respondo pelos meus atos. Não confio na minha própria sombra! – ela se senta sorrindo. – Irmãzinha querida, na guerra ou você mata ou você morre.

As duas se encaram sorrindo, misteriosas.

FLASHBACK

Alice não entende: Desgraçado. Eu vou acabar com ele.

Simone guarda o gravador: Quem vai acabar com quem aqui sou eu. Eu tenho uma arma, sei atirar e não preciso da ordem de ninguém para fazer isso.

Alice: Você está me ameaçando de novo? O segundo da noite! – ela se levanta furiosa. – Mais um do dia. O próximo eu saio dessa sala e te denuncio pro maior dessa delegacia.

FLASHBACK

Adriana dá um tapa na cara de Alice: IMBECIL!

Alice se ergue do tapa: Credo! Eu estava brincando. Agressiva. Sempre foi minha advogada predileta. Caiu no meu conceito.

Adriana ajeita a bolsa: Saiba que não gostei dessa brincadeira. E problema é teu! Sua amizade ou não pra mim dá no mesmo: insignificante.

FLASHBACK

Alice furiosa: MINHAS ROUPAS SUA IDIOTA! – ela tenta pegar as roupas, mas desiste. – Tá nervosa assim por quê?! Não entendo esse ódio gratuito por mim. Não tenho culpa se você foi uma fracassada por não conseguir engravidar.

Eliane surta: CALA A BOCA SUA MALDITA! – ela dá um tapa na cara de Alice. – PIRANHAAAA! – e dá outro tapa. – EU VOU ACABAR COM A TUA VIDA! – e dá outro tapa.

FLASHBACK

Alice furiosa: Eu vou voltar e vou acabar com vocês todos. A explosão da revista foi pouco!

Jaqueline segura Alice: Se afasta da gente! Espero nunca mais ter que olhar pra tua cara. Se eu te ver novamente, não vai prestar. Dá um sumiço, antes que eu suma com você!

FLASHBACK

Leandro furioso: VOCÊ ACABOU COM A MINHA FAMÍLIA E EU VOU ACABAR COM VOCÊ!

FLASHBACK

Alice venenosa: Dá um tapa aqui! Vai! Puxou o espírito da tua mãe, né?! Barraqueira. Agressiva.

Paloma agarra Alice: VOCÊ TIROU O MEU PAI DE MIM! MINHA VONTADE AGORA É TIRAR A TUA VIDA! IMBECIL!

FLASHBACK

Alice se levanta: Eu espero que isso não tenha sido uma ameaça! E saiba você Luíza que eu não tive NENHUM envolvimento com a morte da tua mãe.

Luíza furiosa: BANDIDA! ASSASSINA! ORDINÁRIA! VOCÊ ARQUITETOU TUDO PARA MATAR A MINHA MÃE E CONSEGUIU. MAS EU VOU ACABAR COM A TUA VIDA! EU ACABO COM VOCÊ!

FIM DO FLASHBACK

Do lado de fora do banheiro…

Três tiros são disparados.

Dentro do banheiro…

Alice caída, morta, completamente ensanguentada.

Fim do Capítulo 50 – Quem Matou?