Três Jogadas – Capítulo 50 (PARTE I)
Três Jogadas.
Capítulo 50 – Parte I
“Em um jogo a melhor estratégia é fazer seu maior rival apaixonar-se por você.”
Blair Waldorf
No dia seguinte…
Cena 1. Rio de Janeiro – Urca / Apt. da Eliane / Dia
Eliane chorando na cama. Melissa e Jaqueline ao lado da mulher.
Eliane chorando: Por que quê nada dá certo na minha vida?! Esse tormento não vai acabar nunca?!
Jaqueline abraça a irmã: Calma! Tudo logo vai se acertar. Já estamos chegando ao fim dessa era insuportável.
Eliane se levanta: Será que você não consegue se comover nem com o que acabou de acontecer?!
Jaqueline: Eu também fiquei triste pela explosão da Revista. Querendo ou não tinha um pedaço de mim nela e principalmente da nossa família.
Melissa entristecida: Não tive nem tempo de me despedir. Também ninguém imaginava que isso fosse acontecer. Será que tinha alguma coisa de errado na estrutura?
Jaqueline abraça Eliane: Qualquer problema de fiação elétrica pode causar isso. Só a perícia vai poder falar o que realmente aconteceu e o laudo demora muito. Vamos ter que ser pacientes.
A campainha toca.
Eliane se afasta: Está esperando alguém?!
Melissa estranha: Eu não. Ninguém sabe nem que eu to aqui. Só falta ser o Ferraz vindo atrás de mim.
Jaqueline: Será que ele descobriu o apartamento que você está? Gente, esse cara não para não?!
Eliane ajeita a roupa: Eu vou atender.
Eliane sai e as meninas vão atrás.
Na sala…
Eliane abre a porta: Luigi! – ela estranha. – Que surpresa você por aqui.
Luigi: Será que eu posso conversar com você? É importante.
Eliane entristecida: Claro. Entra. – Luigi a cumprimenta e ela fecha a porta. – Aconteceu algum problema?
Luigi: Deduzo que você já está sabendo do que aconteceu com a Revista.
Eliane chateada: Já estou sabendo. Saiu em todos os jornais possíveis. Senta Luigi. – o rapaz atende. – Mas o que você veio falar sobre a Revista?
Luigi tira um celular do bolso: O que você não deve saber é que esse acidente com a Revista não foi espontâneo. Foi programado e proposital!
Jaqueline chocada intervém: Do que você está falando?! Como é que você tem certeza disso?
Melissa: Calma Jaqueline. Deixa o menino falar. Continua Luigi.
Luigi: Vocês não devem saber um terço das maldades da Alice. Essa mulher é uma assassina! A Eliane já deve conhecer bem a minha história, todo mundo ficou sabendo. Mas essa história vai além. Ela é uma bandida e da piro espécie. Foi ela que explodiu a Revista. Ela com ajuda da Soninha.
Eliane furiosa: Desgraçada! As duas vieram aqui em casa, se fizeram de amigas e pareciam ter uma ótima intenção para com a Revista. Elas demonstravam que queriam cuidar do lugar.
Luigi a olha: De boas intenções o inferno está cheio, não é verdade?! Essa mulher ajudou um tal de Neto a fugir da cadeia.
Jaqueline assustada: Como é que é?! Você disse qual nome?
Luigi estranha: Neto!
Jaqueline nervosa: Não pode ser o que eu estou pensando. No dia da viagem que eu cheguei com o desgraçado do Neto eu o vi mandando uma mensagem e pouco depois ele deu uma saída. Logo depois ele tinha me dito que perdeu o dinheiro. É claro que ele foi se encontrar com ela! Eles já se conheciam há muito tempo e viam programando isso. DESGRAÇADOS!
Melissa assustada: Eu nunca me dei bem com a Alice, sempre desconfiei dela. Mas eu não imaginava que ela fosse capaz de tanta coisa.
Eliane se levanta: Essa mulher destruiu a minha Revista. Destruiu o patrimônio da minha família! Eu não vou perdoar nunca a Alice.
Luigi se levanta: Só que isso não acaba por aí. Eu fui até a Revista ontem. Ela sequestrou a Júlia e a jogou lá dentro enquanto pegava fogo, na tentativa de matá-la. Só que ela não imaginava que tinha outra pessoa lá. Acho que você tem o direito de saber. – ele entrega o telefone. – Eu vi vocês próximo lá na festa da Revista e acho que você tinha o direito de saber.
Eliane chorando: É o Jordan! ESSA DESGRAÇADA ACABOU COM A MINHA REVISTA E AINDA MATOU O JORDAN!
Jaqueline pega o telefone assustada.
Melissa chocada: Eu não consigo acreditar que ela foi capaz de fazer isso tudo.
Eliane nervosa: Eu vou acabar com essa desgraçada! Agora é só eu e ela!
Eliane pega sua bolsa e sai.
Jaqueline a puxa: Você está de cabeça quente! Não vai fazer nada!
Eliane furiosa: ME SOLTA! ELA ACABOU COM TUDO O QUE EU TINHA. AGORA QUEM VAI ACABAR COM ELA SOU EU!
Jaqueline: Espera um pouco. Se acalma! Depois você vai lá. Você precisa se acalmar primeiro!
Eliane e Jaqueline se encaram. A primeira está fervendo de ódio.
Cena 2. Rio de Janeiro – Leme / Apt. do Jordan / Dia
Paloma entra no apartamento, ao lado de Júlia.
Paloma chorando: Isso parece um pesadelo! Por que eu tenho que sofrer tanto?
Júlia fecha a porta: A gente não sofre mais do que a gente suporta. Paloma vamos sair daqui, esse lugar não vai te ajudar a esquecer desse dia.
Paloma passa a mão nos móveis: E quem disse que eu quero esquecer? Se você soubesse o ódio que eu estou dessa mulher. Ela matou meu pai!
Júlia: Eu sei que você está triste. Eu lamento muito. Só que ficar nesse apartamento lembrando-se do Jordan só vai te fazer sofrer mais.
Paloma senta no sofá aos prantos. Júlia faz o mesmo.
Paloma cabisbaixa: Eu estava me acostumando com a ideia ter um pai, sabe? Estava contente com essa ideia e começando a me aproximar dele. Queria entender um pouco mais da minha história e saber com quem eu me pareço mais.
Júlia abraça a meia-irmã: Eu disse que ia te proteger sempre. Prometi cuidar de você. – ela se afasta. – Mas você também precisa cooperar. Você tem uma família que te ama tanto. Sempre agimos como irmãs e sempre fomos tão unidas. Não deixa que isso tudo que vem passando pela nossa família nos afastar e principalmente: afastar você da gente.
Paloma enxuga as lágrimas: Eu não queria que isso tudo estivesse acontecendo. E eu reconheço que me afastei um pouco de vocês. Mas não era de se esperar menos depois de tudo o que aconteceu.
Júlia sorri: Procura a Kiara e conversa com ela. Tem a nossa mãe também. Elas merecem uma chance de se explicar. A gente não sabe o dia de amanhã e o amanhã pode ser tarde demais para resolver os problemas.
Paloma se levanta: Eu vou pensar sobre isso. Minha cabeça está a mil e fervendo como nunca. Estou tão confusa. Não sei mais o que pensar.
Júlia: Volta pra casa. Não faz mais sentido você continuar aqui sozinha. Sem contar que esse apartamento está cheio de lembranças. Se torturar pra quê? Volta comigo! A gente está te esperando de braços abertos. Volta?!
Paloma fica pensativa.
Cena 3. Rio de Janeiro – Catete / Rua / Dia
Fernanda desperta no meio da rua. Ela está suja e com alguns machucados. A mulher está rodeada de mendigos. As pessoas usando drogas, bebendo e se alimentando com as mãos. Fernanda chora ao vê tudo o que está lhe cercando.
Paralelo à cena… Apt. da Adriana.
Adriana preocupada: Eu estou realmente preocupada. Não consegui nem dormir direito. A gente passou à noite procurando ela e nada.
Gustavo senta-se: Não é hora de desespero. A gente precisa ter calma e paciência.
Adriana o olha: Obrigada por tudo Gustavo. Passou à noite em claro comigo ontem procurando a Fernanda. Obrigada também, Amanda.
As duas se encaram sorrindo.
Stacy chega: Eu estou preparando um lanche pra vocês. Acho que é a única maneira de tentar ajudar.
Stacy e Adriana vão para um canto.
Adriana: Como é que foi sua conversa ontem com a Jaqueline? Vocês se acertaram?
Stacy sorri: Ela me contou a história verdadeira que aconteceu. Confesso que foi difícil, mas eu consegui escutá-la.
Adriana sorri: Fico feliz que vocês tenham se acertado.
Stacy olha para Amanda: Acho que agora está faltando um acerto com outra pessoa.
Adriana olha para Amanda: Do que você está falando?!
Stacy: Eu sei que no fundo você sabe que ela é que a tua filha. Fruto do teu romance com o Durval.
Adriana: E se for?! Com que cara eu vou chegar para conversar com ela agora? “Oi, eu sou tua mãe e fiquei sumida esse tempo todo”. Isso não vai me ajudar em nada. E eu nem tenho certeza se é ela.
Stacy: Mentir também não vai te ajudar. Tenta se aproximar conversar e quem sabe com um tempo o destino se encarrega disso.
Adriana ri: Pra quem não gostava da garota até que você está se saindo uma ótima ajudante.
Stacy sorri: Eu só não quero mais que os outros sofram com essa história toda. As pessoas a gente conquista. No fundo a Amanda é uma pessoa boa e eu tenho certeza que um dia poderemos nos acertar. Eu sofri demais com essa história toda. Não permite que isso aconteça de novo com outra pessoa.
Adriana sorri: Eu vou tentar.
Stacy séria: Tentar sempre é pouco. Eu vou pegar o lanche de vocês.
Stacy sai. Adriana se aproxima dos jovens.
Adriana: A Stacy foi pegar um lanche pra vocês. Eu ocupei tanto tempo de vocês. Devem estar com fome.
Gustavo ri: Eu confesso que estou com bastante.
Stacy chega com a bandeja de suco. No instante a garota, propositalmente, derruba suco em Amanda.
Amanda se levanta no susto: Ai!
Stacy pega um pano rápido: Meu Deus me desculpa! Foi sem querer Amanda. Vai lá ao banheiro tirar essa camisa e eu vou pegar outra pra você. Me perdoa!
Amanda se limpa rindo: Que nada. Acontece. Eu vou me trocar lá no banheiro.
Stacy olha para Adriana e sorri. Adriana entende.
No banheiro…
Amanda se limpa. Adriana chega.
Adriana sorrindo: Quer ajuda?
Amanda de cabeça baixa: Acho que não. Já consegui limpar a sujeira. Vou esperar só a blusa.
Adriana a olhando: Eu já peguei pra você. – ela entrega a blusa. – Aqui.
Amanda ergue a cabeça: Obrigada! – ela sorri. Adriana continua ali. – Mais alguma coisa?
Adriana desperta: Não! Só vim mesmo saber se você precisa de ajuda.
Amanda: Aquele nosso encontro não foi por acaso. O destino planejou alguma coisa para a gente e no fundo eu e você sabemos o que é.
Adriana com medo: Eu não sei do que você está falando.
Amanda tira a blusa: O Gustavo me contou sobre a história da Stacy e que você não é a mãe biológica dela. Eu e ela temos a mesma história, só que ela ainda teve a sorte de ser cuidada pela avó.
Adriana tensa: Eu continuo sem saber do que você está falando.
Amanda é direta: A gente tem uma mancha no mesmo lugar! – as duas se encaram. – Você que é a minha mãe que eu passei anos acreditando estar morta?!
As duas se encaram. Adriana sem reação.
Cena 4. Rio de Janeiro – Delegacia / Dia
Gelado trabalha na sala da delegada. Simone chega.
Simone tira os óculos: Bom dia!
Gelado ergue a cabeça: Bom dia. Chegou toda linda hoje. Ocasião especial?!
Simone ri: Tenho que me arrumar para os meus presos maravilhosos. Alguma novidade?
Gelado se levanta: Até agora nada. Já mandei a perícia para a Revista para avaliar o caso da explosão.
Simone apressada: Ótimo! Chama a Sheyla aqui.
Gelado: Ainda não desistiu dela?!
Simone senta-se em sua cadeira: Ela ainda não entregou a Alice, mas uma hora vai. É só apertar que ela conta tudo.
Gelado entrega uma foto: E não é só isso por hoje. Olha essa foto. É do corpo desacordado na praia.
Simone pega a foto: Isso aqui é o mordomo da Alice. É o Sérgio! Eu tenho certeza absoluta.
Gelado: Eu também desconfiei dele, mas não tinha certeza. A gente tentou ir atrás, mas não encontramos o homem. Ele fugiu.
Simone liga o computador: Depois a gente resolve esse problema. Agora pega a Sheyla pra mim.
Gelado sai.
Corte descontínuo.
Sheyla entra algemada. Gelado faz sua escolta.
Sheyla debochada: De novo doutora?!
Simone sorri: Sempre que eu precisar. Eu te dei uma chance e você não soube aproveitar.
Sheyla sem paciência: Eu já disse que ninguém me mandou pra fazer aquilo. Eu fiz por que tive vontade.
Simone a olha: Vou te dá uma nova chance de dizer o nome da pessoa que mandou você fazer isso. Vou aumentar tua recompensa.
Sheyla: Ah é? Vai melhorar em quê?
Simone sorri: Eu te ajudo no teu julgamento. Me ajuda que eu te ajudo. E então?
Sheyla séria: Não tem negociação.
Simone furiosa: Pode levar Gelado. Só grava uma coisa: eu vou fazer você morrer dentro dessa cadeia. Eu te dei tua última chance e você não soube aproveitar. Agora tu ganhou uma inimiga.
Sheyla se levanta debochada: Mais uma pra coleção.
Gelado sai carregando Sheyla.
Simone pensativa: Eu ainda vou te colocar na cadeia, Alice. Ah vou!
Cena 5. Rio de Janeiro – Leme / Apt. da Clarice / Dia
Júlia chega com Paloma. Clarice desce a escadaria da casa.
Clarice radiante: Júlia! – ela corre e abraça a filha. – Meu Deus como é bom te ver. Passei a noite ansiosa sem resposta sua. Onde é que você estava?!
Júlia: Na medida do possível estou bem. Acabei me desencontrando do Luigi. Ele foi à casa da Eliane conversar com a mulher.
Clarice não entende: O que aconteceu com a Eliane?
Júlia olha para Paloma: Pelo visto você acordou agora e não está sabendo de nada ainda.
Clarice: Não sei do que você está falando.
Júlia: A Alice tentou me matar mãe. Ela incendiou a Revista e me jogou lá dentro. A minha sorte foi que a Luíza e o Luigi conseguiram me salvar.
Clarice surtada: Como é que é?! ESSA MULHER PERDEU A NOÇÃO DO PERIGO?!
Júlia: Calma! O susto maior já passou. Eu não sei nem onde essa louca se enfiou. E nem quero saber. O Jordan também estava dentro da Revista. Só que ele não teve a mesma sorte que eu.
Clarice chocada: O Jordan morreu?! Meu Deus! Essa mulher está louca! Será que ela não vai parar nunca?
Júlia senta-se no sofá: Ela está descontrolada. É louca! Precisa ir para um hospício.
Paloma senta ao lado de Júlia: Hospício é pouco para essa mulher. Ela é psicopata. Doente! Precisa de tratamento.
Clarice pega a chave do carro.
Júlia se levanta: Onde é que você vai?!
Clarice: Acertas minhas contas! Agora é questão de honra acabar com essa mulher.
Clarice sai. Ela abre a porta e se depara com Luigi.
Luigi ri: Eu ia tocar a campainha agora mesmo. A Júlia está?
Clarice furiosa: Satisfeito com o que tua mamãezinha fez? Se afasta da minha filha! Não quero ela no meio desse ninho de cobras.
Luigi sem entender: Você se revoltar com a Alice eu até entendo, agora ter esse ódio por mim é inexplicável. Nunca te fiz nada e sempre tratei tua filha com maior respeito.
Clarice sai apressada. Luigi entra juntamente com Luíza.
Júlia aliviada: Que bom que vocês vieram.
Luíza: Como que você está? Está mais calma?
Júlia: Estou tentando me acalmar.
Luigi a cumprimenta: Sua mãe passou pela porta e me destratou de uma maneira tão rude. A Luíza viu a forma que ela se referiu a mim, como se eu fosse um bandido.
Júlia: Ela está nervosa com tudo isso que está acontecendo. Não dê ouvidos.
Kiara chega animada, cantarolando. Ela percebe que todos estão bem abatidos.
Kiara assustada: Que foi gente?! Quem morreu?!
Júlia: O Jordan morreu e eu quase fui junto. A Alice me jogou dentro da Revista e colocou fogo nela.
Kiara chocada: Jesus! Eu ainda não sei como me surpreendo com as atrocidades dessa mulher. E onde é que o Jordan entra nessa história?
Júlia se levanta: Ele estava na Revista. Bom, eu vou subir para tomar um banho e tentar descansar. Vocês podem subir comigo.
Júlia, Luigi e Luíza saem.
Kiara sorri: Fico feliz em te rever.
Paloma a olha: Eu vou voltar a morar aqui. Não faz mais sentido eu continuar no apartamento do Jordan.
Kiara senta-se ao lado dela: Acho que a gente vai ter tempo para nos reaproximarmos e nos entendermos novamente. Me dá uma única chance de tentar conversar com você. Não me nega isso.
Paloma a olha.
Cena 6. Rio de Janeiro – Leme / Rua / Dia
Igor dorme no chão, perto de um quiosque.
Igor acorda zonzo: Meu Deus, onde é que estou?
Pezão o encara: É assim que eu gosto! Esse é o Igor que eu sempre conheci.
Igor se levanta assustado: Pezão! O que foi que vocês me deram?
Pezão ri: Um pouco de bebida e de algumas drogas básicas. Nada demais. Mas foi o suficiente para você fazer loucuras!
Igor assustado: Loucuras do tipo?
Pezão: Olha pra roupa que tu usou ali no chão. Acho que a resposta você encontra.
Igor pega as roupas e se assusta ao ver as marcas de sangue.
Igor assustado: De onde é isso?! O QUE FOI QUE EU FIZ?!
Pezão sorri: Não importa o que tu fez cara. O importante é que o chefe ficou feliz. Tá orgulhoso.
Igor se irritando: FALA LOGO O QUE EU FIZ!
Pezão recolhe as roupas: Cara se tu não lembra eu não posso fazer nada por ti. Eu que não vou contar.
Igor segura o homem pelo pescoço: FALA LOGO! EU NÃO VOU PERGUNTAR DE NOVO! O QUE FOI QUE EU FIZ?!
Pezão ficando sem ar: Você agrediu um homem até a morte. Tu matou um homem cara!
Igor trêmulo: MENTIRA! É MENTIRA SUA!
Pezão cada vez mais sem ar: Perguntas pro cara então. Agora me solta! Você está me sufocando.
Igor solta o homem e sai correndo. Ele começa a lembrar do que fez e as lembranças vão tomando conta da sua mente perturbada.
Cena 7. Rio de Janeiro – Catete / Rua / Dia
No banheiro…
Adriana não entende: Que pergunta é essa?! Acho que essa conversa já foi longe demais.
A mulher vai saindo, mas Amanda lhe puxa.
Amanda séria: Longe demais pra quem?! Pra você que sempre tenta fugir das suas responsabilidades, principalmente quando é de sua responsabilidade assumir seus atos? Eu te fiz uma pergunta. Responde!
Adriana com medo: Como é que eu posso te responder? Te garantir uma coisa que nem eu mesmo tenho a certeza? A gente tem algumas semelhanças. Mas não passa disso!
Amanda a solta: Pelo contrário! Vai além disso. Você no fundo sabe, mas tem medo. Qualquer mãe é capaz de reconhecer seu filho.
Adriana: Talvez seja medo mesmo. E se for?! Você nunca sentiu medo na vida? Eu sou fraca! Tento me fazer de forte, mas me desmonto por qualquer coisa.
Amanda: E egoísta também! O direito que eu tenho de saber se você é ou não a minha mãe é um direito que cabe a mim, decidir se quero ou não. E eu quero! Eu tenho esse direito. Eu não estou te julgando, pelo contrário, estou tentando ter uma relação amigável com você.
Adriana: Como é que você quer que eu faça isso?! Eu não tenho como. Eu não lembro. Aconteceu há tanto tempo. As pessoas mudam.
Amanda: Existe teste de DNA. Se você não quiser, tudo bem, eu entro na justiça. É um direito meu!
Adriana chorando: Eu não aguento mais isso!
Amanda começa a chorar: Então fala de uma vez por todas! Você é ou não é a minha mãe?! Você sabe! Para de querer se enganar e querer enganar os outros.
Adriana enxuga as lágrimas: E vai ajudar se eu disser?
Amanda: É um peso que você tira das suas costas. Eu não vou te julgar se você disser que sim. Eu só quero me aproximar da minha mãe, sentir esse amor que todos dizem ser ótimo. Eu sempre passei o dia das mães sem ninguém. Na escola era a única que não escrevia carta e que não fazia questão de comemorar esse dia. Agora eu só sou uma garotinha no corpo de uma mulher, que ainda luta para encontrar sua mãe e só entender o motivo de tanto ódio.
Adriana chorando: Eu nunca senti ódio. Foi desespero! Dor! Não foi fácil pra mim.
Amanda enxuga as lágrimas: E você acha que pra mim foi? Está vendo! Mesmo que você não queira assumir, no fundo você sabe. Tanto sabe que está agindo como se estivéssemos num reencontro e numa conversa para uma pedir perdão à outra.
Adriana chorando: E se eu disser que sou sua mãe. O que vai mudar?!
Amanda emocionada: O meu amor! Eu vou te amar tanto! Eu só preciso de uma chance e de um sim para nutrir esse amor. Você consegue! Quebra esse orgulho pelo menos uma vez!
Adriana cabisbaixa: Esse teste de DNA só vai comprovar o que eu já sinto.
Amanda levanta a cabeça da mulher: E o que é que você sente?
Adriana emocionada: Que eu te amei desde o dia que eu te vi lá no shopping e que todo aquele nosso reencontro já estava escrito. E que dentro de mim nasceu um sentimento que eu achei que nunca pudesse existir: amor, afeto, carinho, afago. E criou sem te conhecer! Sem ao menos saber quem você é e se eu iria te rever de novo, mas com uma única certeza: eu estava diante da minha filha.
Amanda chorando: Isso foi um sim? Você vai aceitar fazer o teste de DNA?
Adriana chora: Só pra comprovar o que eu já sinto e o que nos une. Filha!
As duas se abraçam emocionadas.
https://www.youtube.com/watch?v=tA-SV4MJlJo
Cena 8. Rio de Janeiro – Delegacia / Dia
Na cela…
Sheyla está sentada no chão. Um carcereiro joga a quentinha das presas.
Sheyla se levanta: Não tem nem lugar pra gente comer?
Elenão ri: A gatinha tá querendo sala de jantar, é?! Isso aqui não é teus apartamentos de luxos não.
Sheyla pega a quentinha: Cadê os talheres? COMO É QUE VOU COMER ISSO!
Elenão irritada: Ou! Fala baixo! Tá achando que é quem pra ficar gritando assim? É com a mão mesmo que se come. Se não tá satisfeita come que nem cachorro! Enfia a cara na comida!
Sheyla irritada: Cala a boca! Cala essa boca! Eu ainda não dirigi a palavra a você.
Elenão dá a comida na mão de outra presa: Tá maluca é?! Aqui dentro ninguém precisa falar comigo pra eu ter que me intrometer não!
Sheyla ri: Se contigo funciona assim, eu só lamento. Eu tenho educação e a pessoa só responde quando eu falo com ela.
Elenão joga Sheyla na parede: Tu tá me chamando de mal educada, é?! Tem medo da morte não?
Sheyla furiosa: Eu matei meu marido, pra te matar aqui dentro pouco custa! Não tenho medo de você. Se as outras tem, problema é delas. Quero ver ter patente pra me enfrentar!
Elenão tira uma faca do bolso: REPETE!
Sheyla se afasta: Não brinca com isso! Abaixa essa mão.
Elenão encurrala Sheyla: Aqui dentro quem mandou sou eu! Aprende isso! Tu acabou de chegar e não vai sentar na janela achando que é madame não! Comigo o buraco é mais fundo! Eu mando, você obedece!
Elenão taca a comida de Sheyla no chão.
Sheyla: MINHA COMIDA!
Elenão ri: Vai ter que comer do chão agora! Teu castigo!
Sheyla se afasta: Nunca! Eu que não vou me sujar pra cumprir castigo de presidiária.
Elenão dá uma “banda” em Sheyla e a mulher cai.
Elenão a olha: Tem certeza?! COME AGORA!
A mulher coloca a faca no pescoço de Sheyla, que é obrigada a comer a comida do chão. As outras presas ficam rindo da situação de Sheyla.
Cena 9. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Dia
Alice pega as malas em cima do guarda roupa. Gioconda chega.
Alice apressada: Arruma tudo! Tenho que fazer uma viagem de emergência.
Gioconda pega as roupas: Viagem ou fuga?
Alice furiosa: NÃO QUESTIONA! FAZ O QUE EU ESTOU MANDANDO. E vê se faz isso rápido. Tenho pressa!
Alice sai do quarto. Ela desce a escada apressada.
Alice tensa: Cadê a Soninha! Que demora!
A campainha toca. Alice corre para atender.
Alice apressada: Deve ser ela.
Alice abre a porta e se depara com Clarice.
Clarice sorri: Quanto tempo, querida.
Alice tenta fechar a porta, mas Clarice é mais forte e abre a força.
Alice trêmula: O que é você está fazendo na minha casa?!
Clarice vai até a sala: Acho que chegou a hora do nosso acerto de contas! É o nosso último embate antes da morte.
Alice sem entender: Morte de quem?!
Clarice debochada: A tua! Surpresa?
Alice ferve de ódio e Clarice a olha com olhar debochado e um sorriso no canto da boca. As duas se enfrentam.
Fim da primeira parte do capítulo 50!
Nossa essa explosão da revista mexeu nem só com a família da Júlia, eu já tinha até esquecido de que a Eliane também ficaria triste com tufo isso. E olha só, Kiara e Palomar se dando bem, o que um trauma não faz?
Amanda e Adriana também estão dando super bem, pelo visto os panos foram cortados entre elas, vamos ao DNA.
Já Fernanda essa esta em um estado deplorável coitada, e o Igor está na mesma engajada. Esse menino so a Paloma mesmo para poder mudá-lo…
Sheyla comendo o PÃO que o Elenão obrigou hahahaha, bem feito. se tivesse colaborado com a JUSTIÇA…
Alice querendo fugir? Mas é muita cara de pau. ainda bem que a Clarice chegou a tempo que intercepta-la. Que de uns bons tapas nela uau
#TODOSCONTRAAALICE #RIPALICE
Agora eu senti a fúria no diálogo da Eliane!! Creio que a moça não deixará barato a Alice ter explodido a Revista da sua família e ainda matar Jordan à sangue frio.
Finalmente a conversa que mais esperei: Adriana e Amanda colocando os pingos nos “is”.
Agora que Paloma está de volta, pode ser que ela se acerte com a Kiara. E eu vou adorar se isto acontecer.
Sheyla quer bancar de boazuda para cima de todo mundo. Primeiro ela fica aí fazendo doce para não entregar a Alice, porém, a Simone já está por dentro de tudo. E agora quis desafiar Elenão e acabou indo comer no chão kkkk adorei!!
Igor seu louco, como é que você me faz uma coisa dessas? Garoto, cria juízo. Meu Deus, e agora? 😯 Totalmente escandalizado com esse rapaz u.u
Alice está em um beco sem saída, ainda mais agora que Clarice chegou para esquentar as coisas ainda mais!!!