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Três Jogadas

Três Jogadas – Capítulo 49

Três Jogadas.

Capítulo 49

“Um pouco de desprezo economiza bastante ódio.”

Jules Renard

Cena 1. Rio de Janeiro – Lagoa / Bar do Lelo / Noite

Continuação imediata da cena anterior.

Alice entra no carro e arranca. Ela coloca o carro em frente ao bar e salta. A mulher abre a porta de trás. Júlia está de costas para a rua. A vilã chega por trás e coloca o lenço com éter no nariz de Júlia.

Júlia se debatendo: ME SOLTA! ME SOLTA!

A jovem desmaia. Alice pega ela no colo e joga no banco de trás do carro. Luíza e Luigi saem do banheiro.

Luíza desesperada: LUIGI! A ALICE!

Alice entra no carro e arranca.

Luigi correndo: JÚLIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

Luíza desesperada: VAMOS ATRÁS DELA LUIGI!

Os dois partem para o carro apressados. Luigi liga o carro e arranca com tudo, perseguindo a mulher. Alice começa a costurar os carros da pista e Luigi faz o mesmo. O carro em alta velocidade. Tempo na perseguição.

Na Revista…

Soninha joga o galão na lixeira e sai da Revista.

Soninha impaciente: Cadê você Alice… Que demora!

Na Pista…

Os carros ainda em alta velocidade. Alice fugindo de Luigi e no banco de trás Júlia desmaiada.

Dentro do carro de Alice…

Alice olha pelo retrovisor: Que lindinha dormindo. – ela ri maléfica.

Na Revista…

Soninha mexe no celular até que o carro de Alice entra na calçada da revista e dá uma freada brusca. A mulher desce do carro e abre;

Alice apressada: Me ajuda aqui! Rápido antes que o idiota do Luigi chega.

Soninha correndo: Ele te viu?!

Alice pega Júlia com ajuda de Soninha: CLARO! E anda logo que ele já está vindo. Ele e a vagabunda da Luíza.

As duas colocam Júlia no chão da Revista.

Soninha acende o fósforo: Hora de o bebê cantar pra subir.

Alice dá um tapa na mão de Soninha: DERRUBA LOGO ISSO!

O fósforo cai e logo começa o incêndio. As duas saem correndo da Revista. Soninha puxa a porta e tranca. Luigi estaciona o carro e salta apressado, juntamente com Luíza.

Luigi correndo: PARAAAAA! CADÊ A JÚLIA!

Soninha guarda a chave: JÁ ERA! TUA NAMORADINHA JÁ MORREU.

Luigi empurra Alice: VAGABUNDA! EU VOU ACABAR COM A TUA VIDA!

Alice cai no chão.

Alice se levanta: NÃO OUSE ME ENFRENTAR! AGORA VOCÊ SABE DO QUE EU SOU CAPAZ DE FAZER!

Luíza toma a frente: Quem vai te enfrentar sou eu!

Alice ri: Você?! Enquanto vocês estão perdendo tempo discutindo comigo a princesinha de vocês está dentro do castelo morrendo!

Luíza segura Alice: PEGA A CHAVE COM LUIGI!

Alice tentando se soltar: CORREEEEE SONINHA!

A mulher tenta correr, mas Luigi é mais rápido. No instante o telefone da mulher cai.

Luigi furioso: ME DÁ A CHAVE!

Soninha pega uma pedra: ME SOLTAAA! – ela acerta com a pedra na cabeça do jovem.

Luigi cai com um corte na cabeça.

Luíza desesperada: LUIGI!

Alice dá um chute em Luíza: ME SOLT INFELIZ!

Luíza cai, mas logo se levanta. Alice tenta fugir, até que Luíza a puxa pelo cabelo. Soninha entra no carro.

Luíza joga Alice no chão: VAGABUNDA! – ela se ajoelha por cima da mulher. – ESSA É POR MIM! – e dá um tapa na cara da vilã. – MALDITA! – e dá outro.  – PELA MINHA MÃE! – e dá outro tapa. – PELA JÚLIA! – e dá outro tapa. – E ESSE AQUI VALE POR TODOS SEUS CRIMES! – Luíza dá uma sequencia de tapas na cara de Alice.

Alice sem força: Me deixa em paz e vai salvar tua amiguinha! – ela ri, mas sente dor. – Se bem que essa hora a princesa já virou churrasco.

Luíza se levanta: MALDITAAAAA! – ela dá um chute em Alice. – VOCÊ VAI PAGAR CARO POR TUDO ISSO! VOCÊ VAI ACABAR NO INFERNO!

Alice se levanta fraca e com dor: Eu acabo com vocês antes!

O vidro da Revista explode. Alice anda apressada e entra no carro. Ela sai com tudo.

Luíza puxa Luigi: LUIGI ACORDA! ACORDA!

Luigi zonzo: Cadê a Júlia?!

Luíza ajuda o rapaz a levantar: A GENTE PRECISA TIRAR A JÚLIA LÁ DE DENTRO! O FOGO JÁ COMEÇOU A SE ALASTRAR.

Luigi ainda tonto: Tenta abrir a revista!

Os dois vão até a porta e percebem que está trancada.

Luíza frustrada: E agora?!

Os dois se entreolham, tensos.

Cena 2. Rio de Janeiro – Catete / Rua / Noite

Fernanda se afasta da grade de proteção, apavorada com o que acabou de fazer.

Na pista…

Os carros param para ajudar o corpo. Uma aglomeração de pessoas ao redor do corpo.

Na passarela…

Mulher: ASSASSINA! VOCÊ MATOU A MULHER!

Fernanda apavorada: Eu não! – ela começa a se bater. – FOI O ESPÍRITO! EU NÃO!

Mulher apontando o dedo na cara: ASSASSINA! ASSASSINA! VOCÊ VAI PRESA!

Fernanda trêmula: NÃOOOOOOOOOOOOO!

A mulher corre.

Na clínica psiquiátrica…

Jairo pega os medicamentos na enfermaria: Estou procurando o medicamento da paciente Fernanda, do quarto 03.

Enfermeiro: Vê se é esse?! Eu peguei ele mais cedo para medicá-la e acabei esquecendo-se de colocar aqui de volta.

Jairo pega: O próprio! Deixa-me medicar logo a moça antes que fique mais tarde. Aliás, marca a hora pra mim. Tem que tomar no mesmo horário sempre.

Enfermeiro pega o telefone: Anotei.

Jairo sai.

No quarto de Fernanda…

Jairo destranca a porta e entra.

Jairo procurando: Fernanda?!

Ele não encontra a mulher e olha para a báscula. Ele percebe que está tudo aberto.

Jairo nervoso: Ela fugiu. Não acredito!

Cena 3. Rio de Janeiro – Catete / Apt. da Adriana / Noite

Stacy sem paciência: O que você veio fazer aqui?!

Jaqueline: Por favor! Me deixa conversar com você ao menos uma vez e tentar me explicar.

Stacy: Eu acho que tudo já ficou muito bem explicado. Eu fui feita de idiota por duas vezes enquanto tinha pessoas do lado de fora que se divertia enquanto eu era enganada.

Jaqueline ajeita a bolsa: Você sabe que não é bem assim.

Stacy ri indignada: Sei?!

Jaqueline: Esse local não é apropriado para conversar. Deixa eu entrar e a gente conversa com mais calma. – ela olha e vê Gustavo e Amanda. – Ah, você está com visita.

Stacy abre a porta: Eu vou te dá uma única oportunidade. Espero não me arrepender disso.

Jaqueline sorri: E não vai. Dá licença.

A mulher entra.

Gustavo se levanta: Acho que a gente já conversou o suficiente. É melhor irmos embora. Vamos, Amanda?!

Adriana chega apressada, tensa.

Adriana se assusta: Jaqueline?! Que surpresa te ver por aqui. Aconteceu alguma coisa?

Jaqueline abraça a mulher: Não! Eu vim conversar com a Stacy. Tentar me explicar sobre o que aconteceu.

Adriana: Eu infelizmente não vou poder participar dessa conversa.

Stacy se preocupa: Aconteceu alguma coisa?!

Adriana tensa: O Dr. Jairo me ligou agora da clínica e disse que a Fernanda fugiu. Eu vou atrás dela.

Gustavo intervém: Eu vou com você. Já está tarde da noite e você também está nervosa. Eu vou dirigindo. – ele olha para Amanda. – Vamos?

Amanda: Claro! A gente te ajuda Adriana.

Adriana pega a bolsa: Eu nem sei como agradecer vocês. – ela dá um beijo em Stacy. – Boa conversa. Escuta o que ela tem pra falar! É importante e vai explicar tudo.

Stacy sorri.

Os três saem. Stacy fecha a porta.

Stacy olha para Jaqueline: Enfim, sozinhas. Agora a gente tem tempo suficiente para conversamos sem ninguém para interferir. Estou esperando.

Jaqueline tensa: A história é complicada. Eu vou te contar tudo. Não quero que você continue sendo enganada. Chegou a hora de você saber de toda a verdade.

Stacy séria: É bom mesmo. Eu cansei de mentiras.

Jaqueline coloca a bolsa no sofá: Eu e a Adriana sempre fomos muito amigas. Compartilhávamos todos os nossos segredos, sonhos, desejos e ambições. Não nos desgrudávamos nem por um segundo. A gente foi a primeira vez para Nova Iorque em 1992, eu tinha 18 anos e a Adriana já tinha 20. Por mais que estudamos em séries diferentes, sempre fomos muito amigas: morávamos na mesma rua. Quando eu cheguei lá eu conheci um homem chamado Chicago. Ele era agressivo, violento e sempre estava de mau humor, nunca tinha disposição para nada. Não passava pela minha cabeça que eu perderia minha virgindade com ele. Mas toda aquela pressão dos amigos por ser virgem aos 20 anos era insuportável. Mesmo morando dois anos fora, eu achei que jamais criaria minha independência e que meus pais sempre estariam do meu lado me vigiando. Até que eu decidi me rebelar e fiz uma festa para comemorar meus 20 anos. Onde eu bebi muito e fiz tudo o que eu nunca tinha feito antes: até transar. Foi quando eu engravidei de você. Eu era jovem demais, não tinha terminado minha faculdade e não tinha uma estabilidade financeira boa. Era uma garota no corpo de uma mulher.

Stacy: E onde é que a Adriana entra nessa história?!

Jaqueline continua: Calma! Eu pensava em tomar remédios para fazer o aborto e o Chicago chegou a comprar uns chás que na época o povo falava que matava a criança. Mas hesitava, mas logo desistia. Eu não tinha aquela coragem. Eu sabia que a criança não tinha culpa do meu fracasso pessoal. Os meses iam se passando e eu cada vez mais sem saber o que fazer. A Adriana concluiu a faculdade e foi onde eu tive a ideia de entregar a criança para ela cuidar. E ela aceitou. Quando você nasceu, eu a entreguei. Ela ligou para a Marta e comunicou que foi correndo para o exterior. Foi junto com um homem, padrasto dela.

Stacy senta-se: Eriberto. Eu cheguei a conhecê-lo.

Jaqueline senta também: Isso! Assim que você nasceu eu vim embora e deixei a Adriana pra lá. Mas a gente sempre se falava e ela já dizia que não aguentava mais tanta pressão dos pais. Até que ela te largou com a Marta, que morreu acreditando ser tua avó, e veio embora para o Brasil. Mas a gente não se encontrou. Quer dizer, nos reencontramos no ano seguinte, em 1994. Eu precisava retornar ao exterior em 1995 e como a Adriana já estava formada em advocacia, eu deixei ela no meu lugar. E parti. E esses dias eu descobri que em 1996 a Adriana retornou ao exterior e que quando voltou, disse para Eliane, minha irmã, que voltou pelo mesmo motivo da primeira vez. Mas até então a Eliane também acreditava que você era filha biológica da Adriana.

Stacy: Então a história do Durval era verdade! Ela não mentiu pra mim. Essa história do Durval realmente aconteceu só que com um diferencial: eu não era a criança que a Adriana esperava. Ela teve um filho biológico.

Jaqueline: Se formos parar pra pensar: sim. Só que dessa vez ela não teve a Marta, essa criança deve ter sido adotada por alguém e acreditou em qualquer história que foi lhe contada. – ela se sente aliviada. – Nem acredito que tirei esse peso todo das minhas costas. Eu não aguentava mais me enganar com toda essa história.

Stacy: Eu não vou dizer que te entendo. Você não tinha o direito de fazer os outros sofrer por conta do teu sofrimento. Mas eu já consigo tirar um ódio de mim. E principalmente a revolta de ter sido enganada e agora conhecer minha verdade.

Jaqueline sorri: Isso já é um grande passo. Eu fico muito feliz que a gente começou a se acertar.

Stacy ri: Só não peça que eu te chame de mamãe.

Jaqueline ri: Eu não vou te cobrar isso. No momento eu só quero uma coisa de você: um abraço. Posso?

Stacy abre os braços. Jaqueline corre e abraça a jovem. As duas se abraçam emocionadas. A mulher chora bastante ao sentir o calor da filha e de poder lhe abraçar novamente.

FLASHBACK

Adriana pega a criança no colo: Você tem certeza do que está fazendo?!

Jaqueline chorando: Eu sei que um dia isso vai me custar caro, mas é isso que eu preciso fazer no momento. Só deixa eu dá o último abraço na minha filha.

FIM

Stacy se emociona com o abraço. Jaqueline dá um beijo no rosto da jovem. Tempo nas duas emocionadas, se abraçando.

Cena 4. Rio de Janeiro – Leme / Apt. da Clarice / Noite

Leandro encara Clarice, com medo: Você não vai falar nada?!

Clarice assustada: E eu tenho alguma coisa para dizer? Eu acabo de descobrir que meu marido foi “seduzido” por uma vagabunda, me traiu e ainda perdeu todo o nosso dinheiro assinando um maldito documento. E pra completar eu descubro que vamos morar na rua por causa dele?! Acho que qualquer reação que eu esboce já será o suficiente para suprir quaisquer palavras já ditas aqui.

Leandro vira-se: Eu não tinha a intenção.

Clarice se levanta: As pessoas nunca tem a intenção de nada, né?! Sempre bem intencionadas! A dor que eu senti quando você me rejeitou é a dor que você sente agora. Se é que você sente algum remorso.

Leandro: Eu não queria ter feito isso. Ela me seduziu de tal maneira e eu tentei fugir por várias vezes. Mas ela começou a jogar chame, me deu bebida.

Clarice furiosa: E você caiu feito um idiota?! Como é que você pode ter sido tão burro?

Leandro vira-se e a olha: TENTA ME ENTENDER!

Clarice indignada: TENTAR TE ENTENDER?! É IMPOSSÍVEL.

Leandro: Você aponta o erro e joga ele na minha cara como se você fosse uma pessoa íntegra e que não tem um pecado. Como se nunca tivesse errado na vida. Santa Clarice!

https://www.youtube.com/watch?v=pl65Vp7RZjs

Clarice zonza: A gente estava bem agora pouco e do/ – ela é interrompida por uma tonteira e se apoia na cama.

Leandro a segura: Clarice?! CLARICE! Você está passando mal?!

Clarice se afasta ainda tonta: Me deixa em paz! Eu tive uma sensação ruim agora. Como se alguém da nossa família tivesse correndo perigo.

Leandro se aproxima: Deixa eu te ajudar.

Clarice o empurra leve: SAI DAQUI! Deixa eu respirar em paz. Eu não quero olhar para você tão cedo! Sai daqui!

No quarto de Igor…

Igor, ao telefone: Um encontro agora?! Eu estou fora dessa cara. Não conta comigo.

Homem, ao telefone: Que fora o quê cara! A gente está te esperando em frente ao quiosque de sempre. Hoje é dia de ataque e você está no vermelho com a gente. Faz tempo que tu não dá uma dentro!

Igor, ao telefone, se levanta: Eu disse que queria sair dessa. Eu não posso mais me envolver em parada errada.

Homem, ao telefone, furioso: Se tu não vir o chefe vai querer te apagar. Escuta o que eu tô falando! É coisa rápida! O chefe não deixou a meta alta não.

Igor, ao telefone, apreensivo: Eu vou vê o que eu faço aqui! Qualquer coisa apareço aí!

Homem, ao telefone, eleva a voz: Qualquer coisa não! Tu vai vir. E vê se não demora. 30 minutos é teu tempo limite! E não se fala mais nisso!

Igor, ao telefone, nervoso: Alô?! Alô?! – ele taca o telefone na cama. – Droga!

Corte descontínuo.

Igor sai de casa sem que ninguém perceba.

Cena 5. Rio de Janeiro – Urca / Casa da Vanessa / Noite

Vanessa desce a escada da casa e ajeita sua camisola. Ela vai até a cozinha e pega um copo de água. A mulher termina e coloca o copo dentro da pia de louças. Ela sai. No instante que ela vira-se de costas, uma panela cai no chão. Ela olha para trás apreensiva. Outra panela cai no chão e ela se afasta, com medo.

Vanessa com medo: Que brincadeira é essa?! Quem está aí?!

As panelas começam a cair e Vanessa se desespera. Ela começa a gritar com medo e chorar, se afastando. Os copos começam a quebrar e a mulher corre para o segundo andar da casa.

No quarto…

Vanessa entra correndo, desesperada e bate a porta forte. Ela encosta-se à porta, na tentativa de evitar que alguém entre. A mulher escorre pela porta, aos prantos.

Vanessa chorando: O que foi que eu fiz da minha vida?! O que foi que eu fiz?! BURRA! IDIOTA! Eu acabei com a minha vida! Assassina: isso que eu sou! Eu destruí a minha vida!

Vanessa chora, se lamentando. Tempo na tristeza da mulher.

https://www.youtube.com/watch?v=tA-SV4MJlJo

Cena 6. Rio de Janeiro – Urca / Casa da Vanessa / Noite

Simone chega com Sheyla à delegacia.

Simone entrega para Gelado: Algema e leva até a minha sala. Temos muito que conversar.

Sheyla furiosa: Eu não quero conversar contigo!

Simone séria: E quem disse que você tem algum querer?! Aqui dentro quem manda sou eu. Democracia comigo só funciona da porta pra fora.

Sheyla furiosa: Vagabunda!

Simone ri: Pode xingar! Xinga mesmo. Isso só complica ainda mais tua vida. Mas, como eu sou boazinha, a gente bate um papo e quem sabe eu alivio tua pena. Pensa nisso.

Na sala de Simone…

A delegada entra apressada e arruma a mesa.

Simone pega uma foto de William: A gente brigava quase sempre, mas eu nunca te desejei isso. Vai fazer falta!

Gelado entra: Pronto doutora. A meliante já está algemada.

Simone ri: Ficou mais linda ainda.

Sheyla senta: Eu não sou meliante.

Simone: Acho que temos muito que conversar. – as duas se encaram. – Pra quem era aquela armadilha?!

Sheyla a olha: Ainda pergunta? Óbvio que era pra você. Tua sorte foi que eu deixei pra jogar a gasolina tarde demais.

Simone: Foi burra. Nem pra arquitetar uma armadilha você sabe. Mas você não teve essa ideia do nada. Não chegou aqui no seu teatro se atirando pro William de uma hora pra outra. Quem foi o mandante?

Sheyla abaixa a cabeça: Foi ciúmes. Eu achei que vocês tivesse um caso.

Simone dá um soco na mesa: LEVANTA A CABEÇA! – Sheyla ergue a cabeça. – Eu não suporto mentiras e eu sei muito bem que você não chegou aqui sem intenção nenhuma. Foi tudo arquitetado e muito mal arquitetado! Eu posso aliviar tua situação.

Sheyla se interessa: Ah é?! Como?

Simone sorri: Fala quem foi que mandou você fazer isso. E ó: eu sou ótima como amiga, mas como inimiga eu sou melhor ainda. Pensa nisso.

As duas se encaram. Sheyla parece se interessar pela proposta.

Cena 7. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Noite

Luigi e Luíza forçam a maçaneta da porta, na tentativa de abrir a porta.

Luigi batendo na porta: JÚLIAAAAAAAAA! JÚLIAAAAAAAA!

Luíza forçando a maçaneta: Ficar gritando não adianta nada! PENSA EM ALGUMA COISA!

Dentro da Revista…

Júlia desperta. Ela ainda está zonza e tosse bastante, por conta da grande fumaça que tomou conta da revista.

Júlia tossindo: Onde é que eu estou?!

Ela ergue a cabeça e vê que está rodeada de labaredas de fogo.

Júlia desesperada: SOCORROOOOOOO! ALGUÉM ME TIRA DAQUI! SOCORRO!

No segundo andar…

O fogo ainda não chegou ao local, mas a fumaça já tomou conta de todo o espaço. Inclusive da sala de Jordan.

Jordan desperta tossindo: Meu Deus! Que fumaça é essa?!

Ele olha pelo vidro e vê um fogaréu lá embaixo. O homem se desespera.

Jordan batendo na porta: ALGUÉM TIRA DAQUI! SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA!

O homem começa a socar a porta e tenta forçar a maçaneta, que acaba quebrando.

Jordan taca a maçaneta longe: INFERNO!

O homem começa a chutar a porta, que acaba emperrando. Ele começa a socar a porta. O homem olha para a cadeira e tira ela do lugar. Jordan pega a cadeira e lança com tudo na porta, que sai do lugar e acaba quebrando. Ele corre e dá um chute na porta que abre.

Jordan correndo: SOCORRO! ALGUÉM AÍ?! ME AJUDA! SOCORRO!

Ele tenta pegar o elevador e não consegue, já que a mulher bloqueou. Quando ele abre a porta da escadaria percebe que o fogo já está chegando ao segundo andar.

Jordan tremendo: Meu Deus me ajuda! O que eu faço?!

No lado de fora…

Luíza continua forçando a maçaneta.

Luigi limpa o rosto: Eu vou tentar achar alguma coisa no carro. Já volto! Continua aí.

Ele sai. No instante, ele acha o telefone de Soninha e pega. O jovem vê a filmagem que ela fez de Jordan e fica desesperado.

Luigi corre até Luíza: A Júlia não está sozinha aí dentro. Olha esse vídeo! O Jordan está aí dentro também.

Os dois se olham assustados.

Cena 8. Rio de Janeiro – Catete / Rua / Noite

Sem diálogo.

Amanda, Gustavo e Eliane procuram por Fernanda nas ruas. Os três resolvem saltar do carro e vai cada um para um lado, na tentativa de encontrarem mais rápido a mulher.

Próximo dali…

Fernanda chora desoladamente. Ela já está suja e com a roupa um pouco rasgada. A mulher anda sem rumo, como se estivesse perdida. Sem saber o que fazer e sem saber para onde ir, Nanda deita em um papelão que tem no canto da calçada e chora, pensando no que fez.

Começa uma ventania forte e Fernanda se levanta. Sua visão começa a rodar e um ruído longe começa a lhe perseguir, aumentando cada vez mais a intensidade e a força do ruído.

Fernanda olha para trás e se depara com a imagem de Branca. Ela se desespera. Ela vê Branca com a mesma roupa do dia do acidente que a matou e treme, com medo.

Cena 9. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Noite

Luigi e Luíza chutam a porta e tentam abrir, mas não obtém resposta.

Luigi puxa Luíza: JÁ SEI! ENTRA NO CARRO. EU VOU QUEBRAR A PORTA DA REVISTA COM O CARRO!

Luíza desesperada: ESTÁ MALUCO?! QUAL A CHANCE DISSO DÁ CERTO?!

Luigi correndo: Não custa arriscar! A gente tem duas vidas para salvar!

Luíza se afasta: Eu vou ficar aqui fora te esperando! Eu confio em você!

Luigi abraça a prima: Vai dá tudo certo! A gente vai conseguir salvar a Júlia e o Jordan.

Luíza dá um beijo na testa do primo: Cuidado! É perigoso.

Luigi sorri e sai apressado. O garoto entra no carro e se afasta, pegando distância da revista. Luíza assiste tudo, tensa.

Dentro da Revista…

Júlia desesperada: ALGUÉM ME AJUDA! TEM ALGUÉM AÍ?! SOCORRO!

O teto começa a cair e as lamparinas juntos. Os vidros das laterais começam a explodir e Júlia se desespera.

Do lado de fora…

Luigi arranca com o carro e invade a Revista com tudo. Ele salta do carro apressado.

Luigi desesperado: JÚLIAAAAAAAA! JÚLIAAAAAA!

Júlia corre: LUIGI! ME TIRA DAQUI, POR FAVOR!

Luigi pega a garota: Tem mais uma pessoa aqui dentro! O Jordan está preso na Revista. Eu não posso deixar ele morre. Sai da Revista que eu vou atrás dele.

Júlia com medo: É arriscado!

Luigi beija a garota: Eu não vou me perdoar nunca se acontecer alguma coisa com ele! A Luíza está lá fora. Corre e se salva. Deixa que eu vou atrás dele.

Luigi parte.

Júlia chorando: LUIGI CUIDADO! LUGI! – ela grita, mas não obtém resposta.

O garoto sobe a escada das laterais e consegue chegar ao segundo andar. Jordan entra na sala de segurança e quebra a janela com uma cadeira. O homem sobe em cima da cadeira e passa pela janela. Ele se apoia na marquise de dentro.

Luigi continua procurando Jordan. Ele desce a escadaria novamente.

Jordan anda pela marquise. O fogo explode as salas lá debaixo. Um cabo de aço das torres da recepção arrebenta e pega em Jordan, que é lançado longe.

Luigi chega ao momento: JORDAAAAAAAAAAAAAAAN!

Jordan cai em cima do carro, já morto e todo ensanguentado. O teto cai e o fogo se alastra pelos outros locais. A revista começa explodir os vidros.

Do lado de fora…

Júlia e Luíza abraçadas, rezando por Luigi.

Lá dentro…

Luigi corre e o fogaréu vem se aproximando dele. Ele chega perto do carro e ainda tenta tocar em Jordan, mas percebe que o homem está morto. O fogo chega ao carro e Luigi corre. Ele sai da Revista.

O carro explode e os vidros da Revista também. As marquises caem, pilastras e torres. É o fim da Revista.

Luigi corre e abraça as meninas.

https://www.youtube.com/watch?v=tA-SV4MJlJo

Fim do Capítulo 49!

Gabriel Adams

O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.

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Gabriel Adams

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3 comentários sobre “Três Jogadas – Capítulo 49

  • Adorei o início do capítulo, onde a Alice apanha igual uma condenada!! Deveria ter matado ela de uma vez por toda Luíza, pois essa mulher não vale o que come.
    Sabia que a Clarice não teria a melhor das reações, agora eu quero ver o que o Leandro fará para ela perdoá-lo.
    Eita, pelo visto o Igor se meteu em uma enrascada e das brabas.
    Adorei a reconciliação de Stacy e Jaqueline. Até rolou emoção nesse abraço aconchegante de ambas!!
    Sheyla se ferrou legal, agora Simone tá só tirando onda com a cara dela. Se lascou sua vacaaa.
    Fernanda está completamente surtada, e se Adriana não a achar logo… creio que boa coisa não vai acontecer 😯
    Será que a Vanessa ficará maluca igual a Fernanda? Não duvido nada.
    Jordan morreu, mas ao menos Júlia, Luigi e Luíza estão são e salvos.

  • Meu pai, é emoções a flor da pele nesse capítulo.
    Oriemrirmente ainda bem que a Jaqueline e a Stacy estão se dando bem.
    Fernanda, coitada , essa mulher so sofre com esses problemas psicológicos. e Vanessa não está longe disso não, ela já deu sinal de que sua vida está cada dia pior.
    Alice e Soninha só aprontarem barbáries. ainda bem que Luigi e Luiza conseguiu salvar a Júlia. Já o Jordan não teve a mesma sorte.
    Clarice e Leandro e a justa discussão em prol da bufunfa perdida. E parece que o coração de MÃE dela palpitou ali, mas se for so pela Júlia pode aliviar. Mas parecer que o Igor já se meteu em enrascada. Louco com essa reta final.: D

  • Finalmente! Pra começar peço desculpas pelos atrasos nos capítulos. Prometi postar ontem, mas acabei tendo um novo problema e tive que escrever os capítulos pelo celular e só tive tempo de postar hoje. Com esse problema, dessa vez na minha casa, não consegui escrever o 50, que é muito grande. Para não atrasar ainda mais os capítulos e nem me prejudicar, eu vou dividir o capítulo 50 em duas partes. A primeira parte eu vou fazer de tudo para postar ainda hoje. Acho que até 00h eu consigo terminar e postar. A segunda parte eu posto amanhã, com o capítulo 51 e o 52. Vale lembrar que o Quem Matou? acontecerá nesse capítulo 50, na segunda parte. Peço desculpas, mais uma vez. Até!

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