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Três Jogadas

Três Jogadas – Capítulo 47

Três Jogadas.

Capítulo 47

“Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa lhe parece a existência.”

Arthur Schopenhauer

Cena 1. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Dia

Alice desesperada: Meu Deus! O que foi que eu fiz.

Gioconda trêmula: Você ainda pergunta?!

Alice a olha: Gioconda! Você viu tudo?!

Gioconda perplexa: Vi! Você matou as duas cruelmente! FRIA! ASSASSINA!

Alice larga a arma: Eu não queria! Eu juro que eu não queria! Me ajuda, Gioconda!

Gioconda: Eu não sei como posso te ajudar. Eu não vou me juntar a você. Não sou assassina!

Alice se afasta dos corpos: Eu não queria ter feito isso! Eu não sei o que me deu. Eu não sou uma assassina! EU PRECISO DE AJUDA!

Gioconda: PRECISA MESMO! PRECISA IR PARA UM HOSPÍCIO! LOUCA!

Alice nervosa: Para de me acusar e me ajuda! Gioconda você trabalha comigo tanto tempo.

Gioconda: E nunca tive o reconhecimento que sempre quis! Sempre fui humilhada.

Alice chorando: Mentira! Mentira! A gente esconde os corpos e ninguém descobre de nada. Não me nega isso!

Gioconda: Eu não posso!

Alice limpa as lágrimas e se ajoelha: Eu faço o que você quiser. Viro sua escrava! Mas não deixa ninguém descobrir isso. A polícia já está desconfiando de mim. Eu não queria ter feito isso! Me ajuda por favor!

Alice segura às pernas da empregada, lhe implorando, Gioconda não responde, mas sorri, vendo a patroa se humilhar.

Mais tarde…

Cena 2. Rio de Janeiro – Catete / Apt. da Adriana / Tarde

Stacy e Adriana assistem a um filme juntas. A campainha toca.

Stacy se levanta: Eu atendo.

Adriana pausa o filme e senta-se no sofá. Stacy abre a porta.

Stacy surpresa, irônica: Gustavo! Amanda! Que surpresa boa.

Gustavo a olha: Eu queria conversa com você. Quer dizer, eu e a Amanda queremos conversar.

Stacy ri, disfarçando o choro: Já não bastou a conversa no hospital e a conversa de hoje mais cedo?

Adriana intervém: Stacy! – a jovem a olha. – Ouve o que ele tem pra dizer

Amanda sem graça: Se foi uma hora ruim para vir a gente vai embora e volta outra hora.

Stacy olha para Amanda: Não! – ela abre a porta. – Entrem.

Adriana pega as coisas: Eu vou deixar vocês conversarem sozinhos. Qualquer coisa eu estou no quarto.

Adriana sai. Os dois entram.

Gustavo: Você já deve imaginar o motivo da conversa.

Stacy sonsa: Não, não sei não. Aconteceu alguma coisa?

Gustavo a olha: Não faz esse jogo. Eu sei que pelo menos passa pela sua cabeça o que trouxe eu e a Amanda aqui.

Stacy: Assumir o relacionamento de vocês?! Você não precisava ter sido tão baixo a ponto de querer me humilhar ainda mais.

Amanda intervém: Na verdade a ideia foi minha. Eu acho que você tem o direito de saber primeiro do que todo mundo. Melhor você saber pela gente do que por outra pessoa.

Stacy ri: Ah claro! O sofrimento vai ser menor, né? Afinal, sinceridade, lealdade e verdade é o que vocês sempre foram! Tem que manter.

Gustavo: Sem ironias. Eu estou tentando bancar uma conversa sem ironias e a mais clara possível.

Amanda: Foi uma péssima hora para a gente vir.

Stacy: Não! Foi uma ótima hora. Vocês me pegaram num ótimo humor! Sentem-se.

Amanda e Gustavo se entreolham, mas logo sentam no sofá. Stacy logo em seguida.

Amanda sem graça: Eu acho que essa conversa não teria como ser de outra maneira. O clima é desconfortável, mas a conversa é necessária. Acho que antes de assumir alguma coisa precisamos esclarecer tudo e acabar de uma vez por todas com esses ressentimentos.

Stacy cabisbaixa: Eu por muito tempo acreditei no amor. Achei que vivia num conto de fadas. Até parar e perceber que conto de fadas é ilusão. Minha vida nunca foi lá essas coisas e eu confesso que de ilusão eu entendo e muito bem. De perdão também. Perdoar é muito mais difícil do que pedir perdão. Como dizem: quem bate esquece, mas quem apanha não.

Gustavo a olha: Eu sei que eu fiz errado em ter te enganado, em ter mentido. Mas depois eu tentei manter nosso relacionamento as claras. O que eu senti por você foi verdadeiro e por mais canalha que eu tenha sido, eu nunca quis te enganar dessa forma. Muito menos te magoar.

Stacy se levanta, chorando: Mas doeu! E da pior maneira possível. Você me magoou Gustavo! Muito!

Amanda intervém: Eu me sinto culpada também por isso. Eu tenho uma parcela de culpa por isso. Eu nunca tive a intenção de te machucar, até porque quando eu o conheci eu nem sabia que ele tinha namorada. Mas a gente não escolhe quem amar. E aos poucos eu fui me apaixonando.

Stacy enxuga as lágrimas: Eu também tive culpa nisso. Eu devia ter deixado de lado e entender, compreender que o Gustavo não queria mais nada comigo. Mas você já disse tudo: a gente não escolhe quem amar.

Adriana chega, sorrindo: Desculpa interromper a conversa de vocês. Vou pegar meus processos no quarto.

A mulher olha para Amanda, que se levanta.

FLASHBACK

Adriana tenta levantar sua blusa, que está rasgada. Amanda chega e tenta ajudar a mulher.

Amanda tensa: A senhora está bem?! – ela ajuda Adriana a se levantar.

Adriana se levanta: Só um pouco tonta. Esse idiota levou minha bolsa e de quebra ainda rasgou minha blusa.

A mulher tira a mão e a alça cai, deixando a mancha a mostra. Amanda olha sem parar para a mancha e fica sem saber o que responder. A garota fica perplexa e não consegue esboçar nenhuma reação.

FIM DO FLASHBACK

Amanda sorri e Adriana retribui o sorriso. Stacy olha as duas se encarando.

Gustavo se levanta: Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?! Vocês já se conhecem?!

https://www.youtube.com/watch?v=DX8FKO3aRUU

Cena 3. Rio de Janeiro – Leme / Apt. da Clarice / Tarde

Leandro e Kiara conversam no sofá. Paloma desce a escadaria da casa.

Paloma: Tio! Será que a gente pode conversar?!

Leandro olha para Paloma, estranhando: Claro! Aconteceu alguma coisa?

Paloma: Não. É sobre o Igor. É sério.

Leandro se levanta: Vem aqui no escritório.

Os dois saem. Kiara fica atenta.

No escritório…

Leandro entra preocupado: Aconteceu alguma coisa com o Igor? Fiquei preocupado.

Paloma fecha a porta: Eu vi o Igor com uma garrafa de bebida no quarto. Ele bebeu.

Leandro se entristece: De novo… Achei que a fase rebelde dele tinha passado.

Paloma: Alcoolismo não é fase. É doença! Eu achei que ele tinha conseguido parar de beber, mas só foi eu ir embora que ele voltou tudo de novo. Ele é jovem e já está se acabando nas bebidas. O vício começa desse jeito!

Leandro perambulando: Eu já bati e não adianta. Já conversei, já aconselhei. Parece que ele bebe para chamar atenção, para que todo mundo se volte a ele e ele se sinta amado.

Paloma: O Igor é carente. Ele acha que nunca recebeu a atenção necessária e essa vontade excessiva de querer ser sempre o centro da atenção explica o fato. Você sabe que dentro dessa casa eu sempre fui a pessoa mais próxima dele e eu me sinto no direito de tomar a decisão. A decisão que eu acho certa e que vai ajudar ele a melhorar.

Leandro: Que decisão?!

Paloma firme: Eu vou internar o Igor. Acho que agora é o que devemos fazer. Antes que isso tome uma proporção maior.

Leandro assustado: Eu confesso que acho algo bem radical. Mas você conhece ele melhor do que ninguém e se você acha que é o que ele precisa no momento, eu vou te apoiar. Pode contar comigo.

Paloma sorri: Eu sabia que podia contar com você.

Leandro sorri: Eu queria te agradecer por não ter contada nada a Clarice. Eu vou contar na hora certa. Obrigado.

Paloma: Eu não tenho direito de me intrometer nas suas decisões e o que diz respeito a você e ao seu casamento. Se você acha que é melhor a se fazer.

Leandro abraça a sobrinha: Obrigado!

Na sala…

Kiara, atende ao telefone: William! Você ainda tem a cara de pau de me ligar?

William, ao telefone, ri: Eu sei que você estava louca para ouvir a minha voz. Preciso encontrar-me com você mais tarde.

Kiara, ao telefone, levanta-se: Mais tarde?! Não dá. Tenho compromissos. Meu único horário disponível é agora. É pegar ou largar. E ah, aproveita que estou num bom humor.

William, ao telefone: Vou ficar de esperando no bar aqui perto da delegacia.

Kiara, ao telefone: Ainda vou ter que me deslocar do Leme até a Lagoa? Era só o que me faltava. Tá, tá bom! Daqui a pouco apareço aí.

Kiara desliga o telefone. Paloma e Leandro chegam.

Kiara sorri radiante: Filha! Será que agora a gente pode conversar?! Eu só quero ter a chance de te pedir perdão. Me perdoa!

Paloma pega sua bolsa: Depois conversamos mais, Leandro. Até!

Paloma sai sem responder.

Leandro: Calma Kiara! Cada coisa no seu tempo. Deixa essa fase passar. A menina está abalada com tudo isso. É só uma fase.

Kiara pega sua bolsa: Eu espero que seja só uma fase mesmo. Não vou ficar me humilhando para ninguém. Nunca fui disso. Pra quem nunca sofreu, isso tudo agora que está me machucando, virou castigo e o dos piores. Não gosto de sofrer. Experiência horrível.

Leandro ri: Mas fazer os outros sofrer pode?

Kiara o olha rindo: Quando me é conveniente. Por que não? Vou ter que sair. Logo retorno. Até.

Kiara sai.

Cena 4. Rio de Janeiro – Hospital / Tarde

Movimentação. Os médicos carregam Barros na maca, em estado grave. O homem está todo encubado e com balão de oxigênio. Simone vem ao lado, apressada, acompanhando a maca.

Simone desesperada: Faz alguma coisa doutor! Não deixa o Barros morrer! Por favor! – ela dá tapas de leve no homem. – Barros fala comigo! FALA COMIGO BARROS!

Os médicos entram na sala de cirurgia e interrompem a passagem de Simone.

Guilherme a segura: Daqui pra frente você não pode mais. A gente vai operar o paciente. Ele vai fazer uma série de exames e ninguém pode acompanhar.

Simone chorando: Não deixa o Barros morrer, doutor. Faz o possível e o impossível, mas traz o Barros de volta.

Guilherme calmo: Calma! Calma! Vai dá tudo certo. A cirurgia por mais que pareça complicada é um procedimento simples e rápido. Em pouco tempo ele estará aqui novamente.

Simone enxuga as lágrimas: Eu tenho tanto medo do que pode acontecer. Medo de que ele não volte.

Guilherme: Você confia em mim?! – Simone faz que sim – Então se acalma. Eu vou trazer o seu amigo de volta! Eu não vou deixar que nada de ruim aconteça ao teu amigo.

Simone preocupada: Eu posso esperar aqui no hospital? Eu quero ter notícias dele assim que ele sair do centro cirúrgico.

Guilherme coloca a máscara: Pode sim! Eu preciso ir. Ainda tenho que fazer os exames nele. Vai ficar tudo bem!

Guilherme sorri e sai. Simone chora, preocupada. O rádio da delegada toca.

Simone, ao telefone: Diga! Eu estou no hospital. Algum problema na delegacia?!

Gelado, ao telefone: Eu tentei ligar para o teu número, mas só dava fora de área. Aí liguei para o da delegacia. Tá podendo falar?

Simone, ao telefone: Eu perdi o meu no acidente de carro e ainda não fui comprar outro. Estou podendo falar sim.

Gelado, ao telefone: Encontraram um corpo na orla da praia. Ao que parece, é de um homem.

Cena 5. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Tarde

Sheyla entra em casa.

Sheyla coloca a bolsa no sofá: Alguém aí?!

Ela roda pela sala e não encontra ninguém.

Sheyla preocupada: Nossa! Que silêncio. Será que a paz voltou a reinar nessa casa?! Gioconda? Gisele? Luigi? Luíza? Ué gente. Cadê esse povo?

Na cozinha…

Sheyla chega apressada: Gioconda você viu a Alice?!

Não tem ninguém na cozinha.

Sheyla procurando pela cozinha: Gioconda! GIOCONDA! – a mulher se preocupa. – Será que o Joca sabe onde eles foram?

Na portaria do prédio…

Joca dorme. Sheyla chega apressada.

Sheyla dá um soco na bancada: OU!

Joca desperta: É ASSALTO! – ele esfrega os olhos. – É asfalto. Tá quente, né?! Estava aqui orando pedindo que Deus alivie o asfalto. Mas eu me excedi no ódio e acabei gritando com Jesus. Será que ele perdoa?

Sheyla sem paciência: Não era com Deus?!

Joca disfarça: Deseja alguma coisa?!

Sheyla: Cadê o pessoal do 603. Você viu se eles saíram?! Se bem que perguntar pra você é a mesma coisa que nada.

Joca sonolento: Se saíram foi pelos fundos, pelo portão de garagem. Aqui não saiu ninguém.

Sheyla furiosa: Você também dorme o dia inteiro e nunca pode ajudar alguém. Incompetente! Deixa que eu procuro.

A mulher vai à frente do prédio e de longe avista Kiara e William.

Sheyla tensa: Essa vagabunda está se aproximando aos poucos. Estou vendo que vou ter que executar meu plano o quanto antes.

No Bar…

William puxa a cadeira para Kiara: Como manda o figurino: um bom cavaleiro. Qual teu pedido?

Kiara se ajeita: Que você vá direto ao assunto. Não me chamou aqui do nada. Qual intuito?

William sorri: De quebrar esse clima pesado entre a gente. Está mais do que na hora de nos acertarmos.

Kiara: Eu podia até aceitar se essa palavra “acerto” fizesse parte do meu vocabulário. Eu não pretendo me acertar com você.

William sem entender: Então por que veio ao meu encontro?

Kiara: Por burrice. Você aceitou ir pelo caminho contrário no meu e é bom que isso fique bem claro. Parou de ir ver sua ninfetinha corada?

William nervoso: Não quero que você fique colocando apelidos nela.

Kiara ri de deboche: Vai defender a bonitinha?! Era só o que me faltava. – ela se levanta. – Eu não sou obrigada a ficar ouvindo suas decepções e ficar de conselheira amorosa. Eu pedi um tempo, mas respeitei esse tempo. Se algum dia nossa chance de voltar era 1% hoje está em 0%. Você já traçou seu destino.

William se levanta: Ao lado da Sheyla.

Kiara sorri falsa: Ótimo! Só não se esqueça do meu aviso. Eu não sei brincar de sedução! EU NÃO SEI!

A mulher sai exaltada. William fica com cara de tacho.

Cena 6. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Tarde

Soninha está em frente a Revista, dentro do carro. O carro de Jordan para em frente e o homem salta.

Dentro do carro de Soninha…

Soninha atenta: O que esse cara foi fazer ali. Sai daí! Não queria virar churrasquinho de Alice.

Do lado de fora…

Jordan pega a chave da Revista.

A mulher salta do carro e tira os sapatos, para evitar o barulho. Ela pega o telefone e filma. O homem entra na Revista e ela o segue. O homem entra no elevador e Soninha vai pela escadaria, logo ao lado.

Na Revista…

Jordan acende as luzes e vai até a sua sala. Ele abre a porta de sua sala e deixa a chave para o lado de fora. Soninha o vê e vai para o centro de operações da Revista. A mulher fecha todos os compartimentos e desliga os elevadores.

Na sala de Jordan…

Jordan está mexendo nas gavetas até que escuta um barulho.

Jordan pegando os documentos: Que barulho foi esse?!

O homem estranha.

Do lado de fora…

Soninha tranca a sala de Jordan e tira a chave. Ela guarda a chave no bolso e sai apressada.

Na sala de Jordan…

O homem larga os documentos e tenta sair da sala. Ele se desespera ao perceber que a sala está trancada.

Jordan batendo na porta: QUE BRINCADEIRA É ESSA?! EU NÃO ESTOU GOSTANDO! PARA COM ISSO AGORA! ABRE ESSA PORTA!

O homem começa a bater mais forte na porta e não tem resultado de nada.

Jordan desesperado: SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA! PAREM COM ISSO! ABRE ESSA PORTA! ALGUÉM!

Tempo no desespero de Jordan.

Mais tarde…

Cena 7. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Noite

Luíza chorando no sofá. Luigi abraça a prima.

Luíza chorando: Minha mãe! Eu não acredito que ela se foi.

Alice desce a escadaria da casa: Que chororô é esse?! Aconteceu alguma coisa?

Luíza se levanta furiosa: Foi você! DESGRAÇADA!

Alice olha para Gioconda: Posso saber o que está acontecendo aqui?!

Gioconda “entristecida”: Eu contei para a Luíza sobre o acidente da mãe dela com a dona Start.

Alice disfarça o sorriso: Eu sinto muito Luíza. Eu fiquei sabendo agora pouco do acidente. Lamento muito.

Luíza dá um tapa na cara de Alice: MENTIROSA!

Alice se ergue do tapa: Que ousadia é essa garota? Você chorar pela morte da tua mamãezinha querida tudo bem, mas me atacar? Isso não te dá o direito/ – ela é interrompida.

Luíza da outro tapa: FOI VOCÊ QUE MATOU A MINHA MÃE! – ela avança em Alice e começa a estapear, arranhar e bater na cara da mulher. – FOI VOCÊ QUE MATOU MINHA MÃE! SUA DESGRAÇADA! MALDITA! MALDITAAAAAAAA!

Alice desesperada: ALGUÉM TIRA ESSA LOUCA DE CIMA DE MIM!

Luigi puxa Luíza: CALMA! Não é hora para sujar nossas mãos com essa daí. Uma hora a cobrança chega!

Alice se levanta: Eu espero que isso não tenha sido uma ameaça! E saiba você Luíza que eu não tive NENHUM envolvimento com a morte da tua mãe.

Luíza furiosa: BANDIDA! ASSASSINA! ORDINÁRIA! VOCÊ ARQUITETOU TUDO PARA MATAR A MINHA MÃE E CONSEGUIU. MAS EU VOU ACABAR COM A TUA VIDA! EU ACABO COM VOCÊ!

Alice chorando: PARA! VOCÊ ESTÁ ME ACUSANDO DE ALGO QUE EU NÃO FIZ. SUA LOUCA. LOUCA!

Luíza se solta: Para você de fazer de vítima! Esse teatro seu não cola com mais ninguém. Tua máscara vai cair, Alice!

Luíza sai furiosa.

Luigi nervoso: Você vai pagar caro por isso! A cobrança uma hora chega e você não vai conseguir escapar.

Luigi sai furioso também.

Gioconda ajuda Alice a se levantar.

Alice se limpando: Desgraçada. Espero que você não tenha contado nada! Eu não vou aceitar traição de funcionário. Já basta o maldito do Sérgio.

Gioconda se afasta: Foi bom você ter tocado no nome dele.

Alice senta-se: É recado dele? Dispenso. Não quero nada que venha desse mordomo ingrato e traidor.

Gioconda continua: Ele morreu afogado.

Alice a olha assustada: O quê?!

Cena 8. Rio de Janeiro – Catete / Clínica Psiquiátrica / Noite

Sem diálogo…

https://www.youtube.com/watch?v=eTMknwt87QI

Fernanda, que está deitada na cama de seu quarto na clínica, desperta com um olhar apreensivo, assustado e arregalado. Ela vai se levantar, mas logo percebe que está amarrada na cama. Com olhar de dor, sentindo a tortura, ela chora e sacode os braços, na intenção de tirar a corda que amarra seus pulsos a cama, mas que nem apertada tão forte está. Colocando toda a sua força, puxando a corda, aos poucos a mesma vai rebentando e a mulher logo se vê livre. A corda arrebenta e com a mão livre, ela cai no chão, mas ainda presa pela outra mão. Com a mão livre e a boca, ela desamarra a outra.

A jovem tenta sair, mas percebe que a porta está trancada. Ela olha para trás e vê uma báscula, mas que é bem estreita, o que poderia lhe machucar. Sem pensar duas vezes, ela levanta a “alavanca” da báscula, que levanta o vidro. Fernanda consegue destravar os pinos que seguram as grades e puxa a grade da báscula, liberando espaço suficiente para ela passar.

Ela passa pela báscula e sai. Já do lado de fora, ela passa pelo corredor sem provocar barulho. No instante, uma enfermeira sai da enfermaria com mais duas pessoas e ela se esconde atrás de uma pilastra. Quando as enfermeiras vão, ela sai e entra na enfermaria.

Corte descontínuo.

Fernanda sai da enfermaria com a roupa de enfermeira, arrumada como uma e com um prontuário embaixo do braço. Ela vai em direção a saída, mas percebe que está repleta de seguranças. A jovem então vai pelo pátio da clínica, passa pelo jardim e escala o muro da clínica. Ela foge da clínica e começa a ficar atormentada, as pessoas passam ao seu redor e ela logo olha desconfiada, com medo e com olhar apreensivo.

Paralelo à cena… No apartamento de Clarice.

Enquanto todos dorme, Kiara pega sua bolsa e sai apreensiva, tensa.

Paralelo à cena… No apartamento de Alice.

Sheyla pega sua bolsa e sai do apartamento, usando um óculos escuro.

Cena 9. Rio de Janeiro – Urca / Apt. da Eliane / Noite

Eliane e Melissa arrumam as malas, se divertindo.

Jaqueline chega: Que animação! – ela ri. – Fico feliz pela essa animação de vocês duas. Me dão um pouco?

Eliane para o que está fazendo: Eu não acredito que você ainda não começou a arrumar as suas malas. Eu vou colocar por enquanto as coisas que não uso aqui. Depois vou colocando as outras.

Jaqueline deita na cama: E se eu disser que não quero viajar agora?!

Melissa sem entender: Como assim?! Vai desistir?

Jaqueline: Não desistir. Mas não vou agora.

Eliane: Eu não acredito. Eu comprei a sua passagem e agora você desiste?

Jaqueline senta na cama: Claro que não. A passagem vale por um ano e eu posso alterar a data da viagem até lá. Ou então posso pedir o reembolso.

Eliane senta ao lado da irmã: E como é você vai sobreviver aqui?! Eu não sei se você se lembra, mas o Neto acabou com teu dinheiro. Você está falida!

Jaqueline se levanta: E ainda fali a Revista junto. Eu sou um fracasso de pessoa mesmo.

Melissa pega o telefone: Foi bom vocês terem tocado nesse assunto do Neto. Viram a notícia que saiu hoje cedo?

Jaqueline assustada: O que é que esse desgraçado aprontou dessa vez?!

Melissa entrega o telefone: Morreu! Aí a notícia. Parece que ele foi preso e na tentativa de fuga acabou morrendo num confronto.

Eliane surpresa: Gente! Que horror. Em pensar que tu ficou casada com esse mau-caráter por anos.

Jaqueline devolve o celular: Teve o fim que mereceu. Nunca desejei a morte de ninguém, mas ele só pagou pelo o que fez comigo. Uma hora a cobrança chega para cada um!

Eliane: Chega de coisa ruim! Vamos voltar ao assunto da viagem. O Neto não merece nossa comoção. Desistiu mesmo, Jaqueline?!

Jaqueline sorri: Desisti. Mas eu prometo que vou. Não vou ficar aqui por muito tempo. Eu só preciso resolver umas pendências antes.

Eliane sorri: Promete?

Jaqueline ri: Prometo!

Eliane e Jaqueline se abraçam.

Melissa rindo: Assim eu fico com ciúmes!

Eliane rindo: Tem abraço em trio? Tem! Vem!

Melissa corre e abraça as duas.

Cena 10. Rio de Janeiro – Hospital / Noite

Simone espera Barros na sala de espera. Guilherme sai do quarto.

Simone se levanta apreensiva: E então doutor? Como é que foi a cirurgia do Barros?

Guilherme sorrindo: A cirurgia foi um sucesso. Logo ele poderá retornar para casa, mas: mantendo o repouso. A bala estava alojada perto do pulmão e deu um pouco de trabalho. Mas ele está ótimo e passa bem.

Simone aliviada: Graças a Deus! Muito obrigada, doutor! Será que eu posso visitar ele?

Guilherme: Ele vai precisar de um acompanhante. Você pode ficar com ele hoje à noite. Se você tiver disponibilidade, claro.

Simone sorri: Claro que fico! Sem problema nenhum.

Corte descontínuo.

Simone entra no quarto em que Barros está. A delegada se aproxima do homem aos poucos e toca na mão do homem, que dorme, ainda com efeito da anestesia. Tempo nela alisando o rosto dele e sorrindo. A mulher dá um selinho em Barros. O homem sorri de lado, sentindo Simone.

Cena 11. Rio de Janeiro – LOCAL NÃO IDENTIFICADO / Noite

Casebre abandonado. Da porta, segue-se um rastro de sangue.

https://www.youtube.com/watch?v=pl65Vp7RZjs

O rastro com algumas falhas, mesmo assim, é possível perceber que o sangue é novo, ou seja, está ali há poucos minutos. Seguindo o rastro, no centro do casebre, ainda sem mostrar o que se tem acima do chão, encontra-se uma faca de churrasco, essa por sua vez com bastante sangue. A partir daqui vai subindo e já é possível se revelar o que tem acima do chão. Primeiro uma cadeira, subindo mais, podemos ver a perna. Vai subindo e a cena é desfocada, abrindo diretamente no rosto da pessoa: é William.

Do alto podemos ver William com a cabeça baixa e todo sujo de sangue, completamente esfaqueado. O homem está completamente nu e sujo, uma mistura de terra e sangue.

Retorna ao chão, andando do centro, para o lado direito vemos uma cadeira e aparentemente uma pessoa sentada nela. Uma mulher. É possível ver o salto alto. Corta.

Fim do Capítulo 46!

Gabriel Adams

O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.

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Gabriel Adams

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2 comentários sobre “Três Jogadas – Capítulo 47

  • Alice se humilhando para Gioconda? Por essa eu não esperava, quem gostou disso foi a empregada que por alguns minutos se sentiu a patroa da situação kk
    E esse reencontro de Adriana e Amanda, hein? Promete. E pelo visto agora Stacy e Gustavo irão colocar logo um ponto final em toda essa frescura que eles vivem.
    Simone toda aflita com o estado de Barros, rolou até selinho. Shippo muito este casal, então tratem logo de ficarem juntos… por favor u.u
    Jaqueline mostrou que não sente nem falta de Neto. É isso aí!! E se eu fosse ela, viajava junto com Melissa e Eliane… chega de tormento na cidade maravilhosa.
    Alice pensou mesmo que conseguiria enganar Luíza? Acho que ela nunca conheceu a sobrinha que tem.
    Meu Deus, será que a Sônia irá matar o Jordan? É o que tudo indica, mas só saberemos nos próximos capítulos :'(
    Será que a internação é a melhor saída para que Igor se recupere do alcoolismo? Espero sinceramente que sim.
    Caramba, Fernanda está completamente surtada!! Conseguiu até mesmo fugir da clínica. Será que ela vai aprontar alguma loucura?
    William morreu… Kiara ou Sheyla? Qual de vocês mataram ele? Anda respondam!! 😯

  • Alice se arrependendo de ter matado Gisele e Start? Só pode ser alucinação. Mas o que será que ela fez com o corpo de ambas? Luiza não engoliu a história do acidente r partiu pra cima da megera.
    Leandro e Palomar decidiram mesmo pela internação de Igor. E enquanto isso a outra interna:Fernanda está fugindo da clínica.
    Amanda, Gustavo e Stacy e uma conversa definitiva. assim espero EU, e falar que pode sair muito mais do que se imagina dessa conversa.
    Jordan será a vítima da explosão 😮 pelo visto sim, a Soninha trancou o homem na sala, imagino o desespero dele até porque eu tenho claustrofobia.
    Pêra um pouco. gente o que foi essa cena final 😮 que horror! Um terror tomando conta da web, eu nunca achei que Sheyla chegaria a isso.
    Reta final cada vez mais QUENTE!

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