Três Jogadas – Capítulo 46

Três Jogadas.

Capítulo 46.

“Lágrimas não são argumentos.”

Machado de Assis

Cena 1. Rio de Janeiro – Delegacia / Dia

Continuação imediata da cena anterior.

Alice, ao telefone, entra no carro: Atende! Atende!

Soninha, ao telefone: Fala Alice. Não tenho paz não?

Alice, ao telefone, com sangue nos olhos: Parte para a Revista e começa nosso plano de explodir aquilo. Vou duas carnes saborosas para fazer churrasco com o fogo! – ela diz, se referindo a Júlia e Luíza.

A mulher desliga o telefone e o taca no banco do carona.

Alice com olhar fulminante: Hora de cantar pra subir. Desgraçadas!

Alice liga o carro e arranca com tudo.

Do outro lado…

Júlia e Luíza correm desesperadas, cansadas. Elas entram numa rua e Alice aparece com o carro. Luíza olha para trás desesperada.

Luíza: O CARRO DA ALICE! ELA ENCONTROU A GENTE! NÃO PARA!

As duas continuam correndo. Alice acelera o carro a todo e dá uma arrancada. As duas jovens entram numa rua deserta, onde tem uma floresta. Alice freia o carro bruscamente e cerca as jovens. A mulher pega a arma e salta do carro. Júlia e Luíza se abaixam e Alice dispara um tiro. Elas correm para dentro da floresta e Alice segue elas, disparando os tiros.

Alice para: EU VOU ACHAR VOCÊS DUAS! E EU VOU ACABAR COM VOCÊS DUAS! VOCÊS ME PAGAM!

Na floresta…

As jovens correm incansavelmente, para fugir de Alice.

 Cena 2. Rio de Janeiro – Rua / Dia

Neto corre e percebe que o carro da polícia entra na rua. Ele dá meia volta e corre em direção contrária. Vendo que o carro se aproxima cada vez mais. Ele dispara um tiro para o alto e os carros da rua se congestionam e param, os motoristas largam os carros e correm. Neto entra no carro e arranca.

Dentro do carro da polícia…

Simone saca a arma: SE APROXIMA BARROS! COLA NO CARRO DESSE DESGRAÇADO.

Barros dirige freneticamente, atrás de Neto, que por sua vez costura os carros, causando um grande tumulto no trânsito.

Simone abre o vidro, coloca a mão pra fora do carro e começa a disparar tiros contra o carro de Neto.

Dentro do carro de Neto…

Neto se abaixa: DESGRAÇADAAAAAAAAAAA!

Ele dirige freneticamente, costurando os carros, apreensivo. O homem saca a arma e com uma mão no volante, ele coloca a outra para fora do carro começa a disparar tiros para trás, onde está o carro da polícia.

Eles começam a trocar tiros. Neto vê um heliporto e um helicóptero fazendo seu pouso. Ele entra para outra pista e corta os carros, causando um acidente. Barros faz o mesmo.

No heliporto…

Neto invade com tudo o heliporto, que só estava protegido por uma grade. Ele desce do carro e atira nos homens que acabaram de sair do helicóptero. O homem entra no helicóptero e sobe.

Dentro do carro da polícia…

Barros freia o carro bruscamente quando percebe que Neto conseguiu fugir.

Barros dá um soco no volante: DROGA! DROGA! INFELIZ!

Simone furiosa: PARTE PARA O HELIPORTO BARROS. EU NÃO VOU SOSSEGAR ENQUANTO NÃO COLOCAR ESSE HOMEM DE VOLTA À CADEIA.

Barros arranca com o carro.

Cena 3. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Dia

Gisele está sentada no sofá. Gioconda faz a limpeza na casa, bem atenta a tudo.

Luigi chega em casa furioso: ALICE! CADÊ VOCÊ DESGRAÇADA?!

Gioconda lendo revista: Saiu!

Ela fecha a revista e guarda. Luigi aparece na sala.

Luigi furioso: VOCÊ SABE!

Gisele dá um pulo do sofá: Que susto garoto! Tá falando comigo?

Luigi segura Gisele pelo pescoço: NÃO SE FAÇA DE DESENTENDIDA. FALA DE UMA VEZ POR TODAS! ONDE É QUE ESTÁ A ALICE? ELA PASSOU AQUI?!

Gisele sem ar: ME SOLTA! – Luigi a solta. – ASSASSINO!

Luigi nervoso: FALA DA ALICE!

Gisele se afasta: EU NÃO SEI ONDE ELA ESTÁ. Ela saiu daqui cedo, foi à delegacia.

Luigi: Disso eu sei! Eu estive com ela, mas aconteceu uma confusão e quando eu voltei lá ela não estava. NEM ELA E NEM A LUÍZA E A JÚLIA.

Gisele sorri: Será que a Alice vai se livrar das bonitinhas?

Luigi taca um vaso na direção da mulher: CALA A BOCA! Você sabe sim onde é que a desgraçada da Alice está e não quer me falar. – ele olha para Gioconda. – GIOCONDA!

A empregada para seu serviço.

Gioconda com medo: Sim senhor.

Luigi: A Alice passou por aqui?

Gioconda olha para Gisele: Não apareceu não. Saiu cedo e até agora não voltou.

Luigi nervoso: Espero que você não tenha mentido Gisele. Acobertar criminosa também é crime!

Luigi sai furioso.

Gisele preocupada: O que será que a Alice fez dessa vez? Ou melhor, o que será que ele quis dizer com essa insinuação?

Cena 4. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Dia

Jordan para o carro em frente à Revista Luz e vê ela fechada. Com olhar triste, ele sorri, lembrando de alguns momentos que passou ali.

No apartamento de Eliane…

Jordan toca a campainha. Eliane abre a porta.

Eliane sorri: Jordan! – eles se cumprimentam. – Que surpresa boa.

Jordan sorri: Vim te buscar para o nosso almoço.

Eliane sem entender: Almoço?! Meu Deus! Agora que lembrei que eu tinha marcado com você de irmos almoçar. Me perdoa! Eu ainda nem me arrumei.

Jordan ri: Se você ainda não desistiu, eu te espero. Tá cedo também. Dá tempo.

Eliane sorri: Entra! Eu vou me arrumar. É que aconteceu um problema e eu tive que resolver.

Jordan preocupado: Algo que eu possa saber?

Eliane tranca a porta: Queria te avisar que comprei a passagem para o exterior. Em breve estarei embarcando.

Jordan entristecido sorri: Fico feliz por você ser feliz. Mas e o problema?

Eliane entristecida: Bom, o problema é com a Revista. Ela faliu de vez. Eu achei que ainda teria sorte, mas me enganei. A Jaqueline tirou hoje o extrato da conta bancária da revista e está zerada.

Jordan surpreso: Nossa! E vocês já sabem o que vão fazer? A Alice não tinha ganhado uma chance para reerguer a revista? Pelo menos foi isso que você tinha me falado.

Eliane senta-se ao lado do homem: Ainda não sei. Mas pelo visto vou ter que fechá-la. Acho difícil a Alice conseguir reerguer-lá.

Jordan sorri: Não custa tentar. Vai que ela consegue.

Eliane pensativa: Não sei. Alice tem um jeito de pensar totalmente diferente do que a Revista exige. Mas, se ela garante que vai conseguir. Vamos vê. – ela se levanta. – Agora deixa eu me arrumar antes que eu me atrase ainda mais. Não demoro.

Jordan ri: A frase mais mentirosa dita por todas as mulheres: não demoro!

Eliane ri: Bobo!

Cena 5. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Dia

Gisele termina de beber água

Gisele furiosa: Garoto mal educado. Achei que fosse me matar. Puxou espírito da mãe.

Gioconda pega o copo: Posso levar?

Gisele sem paciência: Já era pra ter levado muito tempo. Sem noção.

Gioconda sai. Alice entra apressada.

Alice furiosa: Acho que precisamos ter uma conversa.

Gisele sem entender: Primeiro é teu filho me atacando e agora é você? Não vem não. Essa briga é com vocês, não me mete no meio.

Alice: Luigi esteve aqui atrás de mim? Ótimo. Deixa ele pensar que eu sumi. E você está metida sim! Tua filha me traiu mais uma vez. Desgraçada!

Gisele com medo: Minha filha não! A Luíza não seria capaz disso. Eu coloquei juízo nela!

Alice nervosa: Parece que não funcionou muito. Me traiu! Entregou o plano para tirar o Neto da cadeia para aquela maldita delegada.

Gisele: Você deve ter se enganado, Alice.

Alice: ELA FALOU PRA MIM! TEVE A OUSADIA DE ME DESAFIAR E AINDA PERGUNTAR O QUE EU IA FAZER COM ELA! ISSO TUDO ESTÁ ACONTECENDO POR CULPA SUA! PELA SUA FALTA DE VOZ COM TUA PRÓPRIA FILHA. – ela saca uma arma e mira em Gisele. – Mas chegou a hora dessa incompetência acabar! Eu vou acabar contigo e com a tua filha.

Start chega na hora.

Start surpresa: Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?

Gisele trêmula: Essa louca quer me matar. Egoísta! Te ajudei a matar a Célia e agora você faz isso comigo.

Alice furiosa: NÃO VAI DEMORAR MUITO PARA A POLÍCIA VIR ATRÁS DE MIM! SUA IMBECIL! – ela vira para Start. – Eu preciso fugir do país. Preciso de dinheiro!

Start larga a bolsa no sofá: E você vem falar isso comigo?

Alice: VOCÊ TEM DINHEIRO. EU PRECISO FUGIR!

Start ri: Falida você não está. Não conte comigo.

Alice aponta a arma para a mulher: Vagabunda! Te ajudei quando você precisou e agora você me nega uma ajuda. VAGABUNDAAAA!

Start furiosa: ME AJUDOU E DEPOIS ME ROUBOU?! QUE AJUDA! VOCÊ SE ENVOLVEU COM O ORLANDO SUA DESGRAÇADA! O NETO ME CONTOU TUDO!

Alice trêmula: MENTIRA! MENTIRA DAQUELE DESGRAÇADO.

Start com olhar fulminante: A ÚNICA MENTIROSA E DESGRAÇADA DAQUI É VOCÊ! Você sempre se fez de santa, de vítima, conseguiu enganar todo mundo, mas a mim não. A MIM NÃO! SE VOCÊ SER MÁ EU SEI SER PIOR AINDA! NÃO TENHO MEDO DE VOCÊ!

Gisele intervém: PARA VOCÊS DUAS!

Alice nervosa: POIS DEVIA! EU ACABAR COM A TUA VIDA!

Start a desafia: ENTÃO VAI! – ela abre os braços. – BEM AQUI NO PEITO! – Alice não atira. – Você não é mulher suficiente para isso!

Alice nervosa: VAI PRO QUINTO DOS INFERNOS!

Alice dispara três tiros em Start, que cai no chão, já morta. Gioconda aparece e observa tudo, assustada.

Gisele desespera: OLHA O QUE VOCÊ FEZ! – ela se ajoelha diante do corpo de Start. – START! FALA COMIGO! START!

A mulher não responde.

Gisele olha para Alice, aos prantos: ASSASSINA! ASSASSINA! AGORA SOU EU QUE VOU ACABAR COM A TUA VIDA!

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Gisele avança em Alice. As duas começam a disputar a arma. Um tiro é disparado. Ambas se assustam, com olhos arregalados se encaram. Gioconda fica horrorizada. Goteira de sangue.

Cena 6. Rio de Janeiro – Rua / Dia

Júlia e Luíza saem da floresta e vê que não estão mais sendo seguidas. Luigi encontra as duas e acelera o carro. Ele cerca as duas.

Luigi salta do carro apressado: JÚLIA! Eu estou feito um louco atrás de vocês duas! Cadê a Alice?!

Júlia o abraça: Eu não sei! Aquela louca perseguiu eu e a Luíza. Ela tentou matar a gente!

Luíza aproxima: Você não tinha ido atrás do Neto com a delegada?

Luigi solta Júlia: Eu fui, mas depois eu fui até a delegacia e a Alice não estava mais lá. Eu fui até em casa, achei que ela tivesse aparecido lá e a Gisele disse que ela não apareceu. Deduzi que ela estivesse atrás de vocês duas.

Luíza nervosa: Ela cercou a gente, mas desistiu quando entramos no meio desse matagal todo. Eu estou com medo de voltar pra casa, Luigi!

Luigi abraça a prima: Eu vou proteger vocês. Não vou deixar essa maluca fazer nada contra vocês. Nada!

Júlia com medo: É melhor cada um ir agora pra sua casa. Eu vou sozinha. Não é bom que andarmos juntos, fica mais fácil para ela localizar a gente.

Luigi solta Luíza: Tem certeza? Eu posso te levar em casa. É aqui perto.

Júlia sorri: Tenho. Se cuida Luíza.

Luigi: Me encontra no bar mais tarde. Pode ser o Bar do Lelo na Lagoa. A Alice não frequenta e nem conhece. É o mais escondido que eu conheço.

Júlia: Pode ser. Eu falo com vocês por telefone. Tudo que eu mais quero agora é esquecer esse dia. Até mais tarde!

Luigi e Luíza: Até.

Júlia vai embora, apressada. Luigi e Luíza entram no carro.

Cena 7. Rio de Janeiro – Catete / Apt. da Adriana / Dia

Adriana termina de fazer algumas anotações. Stacy aparece.

Stacy triste: Queria conversar um pouco. Será que você tem um tempo pra mim?

Adriana tira os óculos: Senta aqui. – ela sorri. – O Gustavo saiu daqui com uma cara nada boa. Vocês brigaram?

Stacy cabisbaixo: Terminamos. Cansei desse vai e vem de relacionamento. Não nasci pra ficar vivendo em um triângulo amoroso. Uma hora ele tá comigo, outra hora ele está com ela.

Adriana sorri: Fico feliz que você tenha aberto seus olhos em relação a isso. Eu gosto do Gustavo, mas esse chove e não molha dele já passou dos limites. Você tem que se amar primeiro.

Stacy ergue a cabeça: Ele disse que tinha uma dívida comigo. Dívida essa que era meu filho. Eu não conheço esse Gustavo de agora.

Adriana: Eu não vou defender o rapaz. Ele errou. Mas acho que ele precisa de um pouco de compreensão. Acabou de perder o irmão, que era o porto seguro dele. Dependia dele pra tudo. Essa morte repentina se tornou um baque na vida dele.

Stacy chorando: É pode ser. Mas ele sofrer não dava o direito de fazer outras pessoas sofrerem. Eu não sabia que ele seria tão egoísta a ponto de fazer isso.

Adriana: Eu não acredito que seja egoísmo. Ele precisa sofrer mais. Os religiosos costumam dizer que Deus não dá um fardo maior do que possamos suportar. Tanto o seu, o dele, o meu, o da Fernanda e de qualquer outra pessoa é suportável. Sofrimento é passageiro. Dias melhores virão.

Stacy enxuga as lágrimas: Espero que eu consiga suportar. Tudo está tão difícil. Quando eu penso que as coisas vão melhorar… Só pioram.

Adriana segura à mão da filha: Coloca um ponto final nessa história. Enquanto você não fizer isso, você vai ficar sempre lembrando e sofrer ainda mais. Você merece ser feliz. Esse furacão na tua vida já está perto de ir embora. Logo tudo se acerta!

As duas se encaram sorrindo.

Cena 8. Rio de Janeiro – Leme / Apt. da Clarice / Dia

No quarto de Igor…

Igor desperta. Paloma está sentada na poltrona, o olhando.

Igor assustado: Paloma! – ele esfrega os olhos. – Que susto. Você voltou pra casa?!

Paloma séria: Não! – ela se levanta. – Eu vim dá uma passada rápida aqui e pelo visto fiz bem.

Igor não entende: Aconteceu alguma coisa?

Paloma ri indignada: Ainda se faz de sonso. Eu não nem vou perguntar de quem é, pois a resposta já está clara. Eu só quero saber o porquê você fez isso.

Igor continua sem entender: Eu não sei do que você está falando.

Paloma se irrita: A GARRAFA DE BEBIDA!

Igor se levanta rápido, tenso: Não adianta eu falar o “eu posso explicar”. Como você disse tudo já está claro demais.

Paloma furiosa: Você disse que tinha parado de beber.

Igor pega a garrafa: Recaída. Eu precisava desabafar com alguém e/

Paloma o interrompe: E decidiu desabafar com a bebida?

Igor: Não dizem que ela é a nossa melhor amiga?

Paloma: Eu não sei o que eu faço com você. Quer dizer, sei o que eu vou fazer.

Igor a olha, com medo: O que você vai fazer?!

Paloma determinada: Eu vou te internar numa clínica de reabilitação.

Igor se assusta.

Cena 9. Rio de Janeiro – Urca / Restaurante Marco Prata / Dia

Eliane e Jordan terminam de almoçar.

Eliane sorri: Nosso almoço foi maravilhoso. Obrigada!

Jordan segura à mão da mulher: Fico feliz que você tenha gostado. Escolhi o melhor restaurante.

Eliane: Primeira vez que me divirto tanto depois da minha separação com o Tiago.

Jordan se incomoda: Não é hora para falarmos desse crápula, que graças a Deus deu um sumiço.

Eliane ri: Faz tempo que não o vejo. E desculpa! Prometo não falar dele. Eu comprei as minhas passagens. Talvez esse seja o nosso último encontro.

Jordan surpreso: Já?! Não esperava! Achei que fosse demorar mais um pouco.

Eliane: Eu também achei. Mas eu tenho pressa para sair daqui e a Jaqueline também. Eu te fiz um pedido lá na Revista. Eu não posso adiar mais um segundo.

Jordan sorri: Eu faço qualquer coisa pra te ver feliz.

Os dois se encaram sorrindo.

Cena 10. Rio de Janeiro – Urca / Motel de Luxo Potázio / Dia

Eliane chega com Jordan.

Eliane nervosa: Acho que nunca fiquei tão nervosa em toda a minha vida.

Jordan fecha a porta: Não precisa! – ele sorri. – Relaxa. Eu prometo te fazer feliz pelo menos por esse dia.

Eliane sorri: Eu confio em você.

Jordan ri: Não devia!

Eliane ri: Bobo!

Os dois riem juntos e logo param. Os dois sorriem se encarando.

Jordan toca em Eliane a mulher fecha os olhos, sentindo. Lentamente o homem vai ao encontro de Eliane e os dois se beijam calmamente. Aos poucos, Jordan desce a alça da blusa de Eliane. O homem beija o pescoço e o ombro da mulher, que sorri, numa mistura de prazer e nervosismo.

Jordan coloca Eliane na cama e ajuda a mesma a tirar a blusa. Os dois se beijam e o homem passa a mão pelo corpo de Eliane.

Ele tira sua blusa e senta-se na cama. Ele puxa Eliane e os dois se abraçam sentados. O homem desabotoa o sutiã dela. A mulher arranha as costas de Jordan, enquanto o homem beija seu pescoço.

Jordan deita e puxa Eliane, que vai por cima dele. Ele se ergue e beija a mulher, que está sentada em seu colo.

Jordan sorri: Você foi a melhor coisa que me aconteceu depois de tanto tempo.

Tempo nos dois se amando.

Mais tarde…

Eliane está deitada no peitoral de Jordan, que por sua vez mexe no cabelo da mulher.

Eliane radiante: Obrigada! Eu nunca me senti tão realizada. – ela vira-se e o olha. – Eu não sei nem como te agradecer por isso tudo.

Jordan sorri: Eu queria tanto que você ficasse por aqui. Vou sentir sua falta.

Eliane sorri: Por que você não vem comigo?

Jordan: Tem tanta coisa que me prende aqui. Eu tenho aquele desfile de São Paulo para fazer. Mas, quem sabe que não vá depois.

Eliane o beija: Vou ficar esperando.

Jordan: Ah! Eu preciso pegar as papeladas desse desfile. Tem como você ir à Revista comigo?

Eliane senta-se na cama: Eu te dou a chave. Tenho que resolver uns problemas.

Jordan ri: Fica mais um pouco. Só mais um pouquinho.

Eliane sorri: Eu fico!

Os dois se beijam.

Cena 11. Rio de Janeiro – Rua / Dia

Neto pousa com o helicóptero numa pedra alta. Na pista, vários carros de polícia cercam o local. O helicóptero da polícia surge. O homem se esconde atrás do helicóptero, enquanto o da polícia faz o pouso. Neto começa a disparar tiro.

Dentro do helicóptero…

Simone abaixada: CUIDADO BARROS!

Barros salta do helicóptero e saca a arma. Simone faz o mesmo logo em seguida. Barros e Neto começam a trocar tiros. O helicóptero de Neto já com grande estrago, devido aos tiros.

Neto atirando: ME DEIXA FUGIR DESGRAÇADOS!

Barros atirando: VOCÊ SÓ SAI DAQUI MORTO!

Os dois continuam trocando tiros. Simone começa a disparar tiros contra Neto também. No momento da troca de tiros, Neto dispara um que acerta Barros. Neto para de atirar e entra no helicóptero.

Simone desesperada: BARROOOOOOOOOOOS! FALA COMIGO!

Barros com dor: NÃO DEIXA ESSE DESGRAÇADO FUGIR!

Barros puxa a arma e começa a atirar no helicóptero de Neto. Simone faz o mesmo. Um dos tiros acaba acertando as hélices. O veículo começa a perder a força.

Dentro do helicóptero de Neto…

Neto desesperado: FUNCIONAAAAAAA!

O homem começa a socar os botões. O helicóptero começa a tontear, até que a hélice bate numa árvore e acaba se quebrando. O helicóptero cai. Uma grande explosão sobe atrás de Simone e Barros, que olham assustados.

Paralelo à cena…

Gisele cai no chão ajoelhada, ensanguentada, pálida. A mulher cai de vez, já morta. Alice segurando a arma. Gioconda horrorizada.

https://www.youtube.com/watch?v=tA-SV4MJlJo

Fim do Capítulo 45!