Três Jogadas – Capítulo 41

Três Jogadas.

Capítulo 41

“O ódio é a vingança do covarde.”

George Bernard Shaw

Cena 1. Rio de Janeiro – Urca / Casa da Vanessa / Dia

Tiago está deitado na cama. Vanessa ao seu lado. A mulher desperta e senta-se na cama.

Tiago agarra a mulher: Deita aqui mais um pouco. Tá friozinho. – ele beija o braço da mulher. – Tempo para a gente ficar agarradinho, namorando.

Vanessa prende o cabelo: Não posso Tiago. Eu preciso encontrar emprego. Meu dinheiro uma hora vai acabar e eu não quero ir morar na rua.

Tiago a puxa: Daqui a pouco você vai. Vem! Deita aqui comigo.

Vanessa se levanta: Já disse que não. Que saco! Você tem uma mania de ficar insistindo nas coisas.

Tiago sem paciência: Eu não estou te entendendo. Sempre me evitando. Eu já avisei que não vou aguentar ficar muito tempo sem fazer e você sabe muito bem o quê.

Vanessa o olha: Problema teu. Em qualquer esquina você acha uma garota de programa. Eu pedi pra você me respeitar e respeitar o meu tempo.

Tiago se levanta: Eu tento. Juro que tento! Mas você não colabora. Eu não estou aguentando mais e eu não vou deixar você levantar. Você vai pra cama comigo.

Vanessa com medo: Você está me assustando. Para com isso, Tiago. Eu nunca te vi desse jeito.

Tiago: Nunca me viu porque sempre cedeu quando eu pedi. Só que agora eu cansei.

Vanessa dá uns passos para trás: Para com isso. – o homem vai andando em direção a ela. – Se afasta de mim ou eu vou gritar.

Tiago sorri: Grita! Grita vai. Eu fico com mais tesão assim.

Vanessa com medo: Você é um monstro! Psicopata.

A mulher tenta correr, mas Tiago é mais rápido e a puxa.

Tiago sorrindo: Achou que ia fugir de mim, é?!

Vanessa chorando: PARA TIAGO! PARA! VOCÊ ESTÁ ME ASSUSTANDO!

O homem a joga na cama e a agarra. A mulher começa lhe estapear, tentando se soltar, mas ele consegue imobilizar suas mãos e ela chora, com medo.

Cena 2. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Dia

Nos fundos do prédio…

Luíza e Luigi procuram a cova de Ferraz.

Luigi: Aqui! É obvio que alguém cavou um buraco aqui. Nem pra disfarçar a idiota foi capaz.

Luíza perplexa: Então era verdade. Eu ainda tinha um pingo de esperança que fosse tudo mentira.

Luigi se ajoelha: Essa mulher é um monstro, Luíza. Olha do que ela foi capaz de fazer.

Luíza: Sem contar a conversa estranha de ontem. Eu ouvi bem quando o Sérgio contou que ela saiu para matar uma pessoa.

Luigi se levanta: Alguém precisa parar essa mulher.

Luíza o olha: Juntos a gente vai conseguir. Eu não vou sossegar enquanto não colocar essa mulher na cadeia.

No apartamento de Alice…

Alice toma café com Soninha, Sheyla e Gisele.

Alice sorri: A noite de ontem foi excelente. Nunca me senti tão leve.

Sérgio a serve: Ah é?! Qual foi a novidade?

Gisele ri: Empregado fofoqueiro: pior espécie.

Sérgio furioso: Eu não sou empregado! Sou mordomo!

Gisele sem paciência: Ai gente. Dá no mesmo. Pega a fruta pra mim.

Sérgio atende: E eu não sou fofoqueiro. Sou curioso! Há uma grande diferença. Não posso saber onde minha madame esteve?

Sheyla abaixa a cabeça. Sérgio a olha e ela disfarça.

Alice sorri: Se você quer tanto saber. Senta pra não cair. – Sérgio senta. – Foi modo de dizer, folgado. Levanta!

Soninha: Alice… Você tem certeza do que está fazendo? Não lembra do aquela louca disse ontem?

Alice: Como você disse é uma louca. Eu confio no mordomo.

Sérgio sem entender: Quem é louca?!

Alice o olha: Célia! Conhece?!

Sérgio perplexo: Você esteve com ela?

Alice maléfica: Pela última vez!

Sérgio sem entender: Não estou entendendo.

Alice sorri: Eu matei a cachorrinha da Célia. – Sérgio fica horrorizado. – Enterrei a maldita viva. E fica calmo, não foi no quintal do prédio como eu fiz com o amante da Gisele.

Gisele se levanta: Eu ainda não te perdoei por isso!

Alice ri: Não preciso do teu perdão. Só dos teus favores.

Gisele sai apressada.

Sheyla a olha: Então quer dizer que no canteiro do prédio tem um homem enterrado?!

Corte descontínuo.

Nos fundos do prédio…

Alice e Sheyla chegam nos fundos do prédio. A primeira, ao perceber Luigi e Luíza, se esconde e puxa Sheyla.

Alice observando os dois, escondida: Essa garota está me desafiando. Vagabunda! Eu vou acabar com ela.

Sheyla sem entender: Quem é essa garota?

Alice com olhar fulminante: Filha da Gisele. Essa garota é minha sobrinha. Ela resolveu se aliar ao Luigi e agora os dois vão querer bancar os justiceiros. O que é dela está guardado.

No apartamento de Alice…

Gisele está sentada no sofá. Alice entra apressada, ao lado, Sheyla.

Alice furiosa: Eu vou acabar com a tua filha.

Gisele se levanta, sem entender: Do que você está falando?

Alice nervosa: A desgraçada da tua filha descobriu a cova do Ferraz e está lá, ao lado do idiota do Luigi. Ou você dá um jeito na tua filha ou dou eu!

Gisele desafiando Alice: Você não ouse tocar um dedo na minha filha. Você não sabe do que eu sou capaz para proteger minha cria.

Alice não sente medo: Você que não ouse me desafiar! Eu acabo com você e com ela. Já deixei o recado: ou dá um jeito na tua filha, ou o destino dela será o mesmo que a Célia. No cemitério!

As duas se encaram, furiosas.

Cena 3. Rio de Janeiro – Catete / Clínica Psiquiátrica / Dia

Cena sem dialogo.

Fernanda é carregada por alguns médicos. A mulher faz um escândalo se debatendo e Adriana chora ao vê tudo. Os médicos chamam enfermeiros que vem, tentando ajudar. Fernanda se joga no chão e começa a se debater. Um enfermeiro aplica uma injeção na jovem, que vai se acalmando. Adriana chora, se lamentando.

Sala de Jairo…

Adriana bate na porta: Posso entrar?

Jairo se levanta: Claro. Entre. Fique à vontade. Você deve ter vindo conversar sobre a sua irmã.

Adriana sorri: Na verdade é minha prima. Mas é sobre ela sim.

Jairo ri: Desculpa. É que eu vi seu sofrimento enquanto ela estava sendo sedada.

Adriana senta-se: Eu e a Fernanda temos uma relação muito próxima. Já tínhamos, e depois da morte dos meus tios nos aproximamos ainda mais. Eu vim tentar buscar alguma explicação pra isso tudo.

Jairo: A situação da Fernanda é um pouco complicada. Você me contou sobre a morte dos pais dela. Eles morreram num acidente de carro,  onde ela dirigia, certo?

Adriana entristecida: Isso. Ela nunca superou a morte deles e disse que jamais se perdoaria por tal ato. Só que de uns dias pra cá ela começou a ouvir vozes, começou a ficar perturbada. Ela anda indecisa, com falta de vontade, quer sempre ficar deitada. Não tem mais ânimo. Ela sempre foi muito alegre, mas agora anda meio abatida. Sabe?

Jairo: Isso é um problema psicológico muito grave. O quadro dela é a depressão na esquizofrenia. É um caso raro, mas possível.

Eliane: Eu não sei como agir diante dessa situação. Medo de deixar ela aqui e os tratamentos só piorar a situação dela.

Jairo pega nas mãos de Eliane: Fique tranquila. O tempo que ela estiver aqui será bem cuidada e muito bem tratada.

Eliane sorri: Obrigada, doutor. Obrigada mesmo!

Eliane sorri agradecida.

Cena 4. Rio de Janeiro – Hospital / Dia

Start levanta-se da cama: Graças a Deus. Não aguentava mais ficar nesse inferno.

Leandro sorri: Eu prometi que iria vir te buscar assim que você saísse. Cumprido.

Start o olha: Ontem você disfarçou, disfarçou e não me respondeu se aceitaria me mostrar o Rio.

Leandro sem graça: Eu falei que sou casado. Eu não quero complicações no meu casamento.

Start “entristecida”: Você acha que eu sou interesseira, né?

Leandro ergue a cabeça da mulher: Não! Não é isso. É que eu acabei de me acertar com a minha mulher. Passamos por uma pequena turbulência e eu não queria que nada mais abalasse meu casamento.

Start ri “chateada”: Agora me chama de ameaça. Tudo bem. Eu não vou mais te importunar. Você já tomou sua decisão. Só sou grata a você por ter me ajudado.

Leandro sentindo-se culpado: Eu vou te levar para conhecer o Rio. Não é isso que você quer? Então… Podemos começar hoje mesmo. Agora se quiser.

Start radiante: Dizem que aqui tem ótimas lanchonetes. Quero conhecer cada uma delas!

Leandro sorri: Isso não será mais um problema.

Os dois se encaram, sorridentes.

Cena 5. Rio de Janeiro – Leme / Apt. da Clarice / Dia

Kiara e Clarice tomam café juntas. Na mesa, também estão Júlia, Igor e Paloma.

Kiara sorri: Dormiu bem, filha?!

Silêncio na mesa. Clarice olha para Kiara.

Paloma a olha: Falou comigo? Eu já disse que não sou sua filha.

Igor: Vocês não vão brigar agora, né?! Pelo menos o café da manhã a gente merece tomar em paz. Cadê papai, mãe?!

Clarice: Saiu logo cedo. Disse que tinha uns problemas para resolver.

Júlia limpa a boca: Paloma saiu a notícia sobre o curso. Nada. Parece que nenhum curso é capaz de aceitar a gente.

Paloma: Eu não sei mais se quero continuar com a carreira de modelo.

Kiara a olha: Minha filha/ – ela é interrompida.

Paloma furiosa: Para de me chamar de filha! Que droga! Vou ter que repetir isso quantas vezes?

Kiara: Desculpa. Desculpa. Como eu ia dizendo, PALOMA, você é talentosa. Não devia abortar a carreira de modelo assim.

Paloma ri: Quem diria você me motivando para alguma coisa. Pena que isso é um particular meu.

A campainha toca.

Janaína sai da sua posição: Eu atendo!

Igor ri: Claro que é você, né, Janaína.

Na sala…

Janaína abre a porta.

Jordan invade a casa: Cadê a Paloma?!

Janaína estranha: Quem é o Senhor?!

Jordan sai invadindo a casa: PALOMA! PALOMA!

Na cozinha…

Paloma se levanta: Isso é a voz do Jordan! Eu tenho certeza.

Jordan chega: Achei! – ele olha para a mesa. – Que família linda, unida. Comercial de margarina! Falta só o patriarca da família. Leandro não está?

Kiara se levanta furiosa: O que é que você está fazendo aqui?!

Jordan furioso: Eu te esperei ontem, Paloma. Arrumei teu quarto e você nem apareceu. Não mandou uma mensagem e nem ligou. Não teve sequer um pingo de consideração!

Paloma sentindo-se culpada: Desculpa. Eu não sabia que você fosse ficar tão preocupado assim. Eu ia te procurar, mas já que você veio até aqui eu vou logo te contando que eu desisti de ir morar com você.

Jordan sem entender: Como assim desistiu de ir morar comigo?!

Kiara sorri: Não foi dessa vez, Jordan. Sai daqui agora! Você não é bem vindo aqui.

Jordan furioso: Eu vou tirar a Paloma daqui! Nem que seja a força!

Kiara o desafia: Então vai ter que ser por cima de mim!

Kiara e Jordan se encaram furiosos. Clima tenso.

Cena 6. Rio de Janeiro – Catete / Apt. da Adriana / Dia

Adriana chega em casa e coloca a bolsa no sofá. O interfone toca e Adriana corre para atender.

Adriana: Fala seu Manoel.

Manoel: Doutora Adriana, tem uma Senhora aqui embaixo querendo falar com a Senhora. Não quis se identificar e disse que é uma grande amiga tua.

Adriana, sem entender: Não quis se identificar? Bom, manda subir.

Adriana desliga o interfone e fica preocupada.

Corte descontínuo.

Adriana abre a porta: Jaqueline! – ela sorri. – Quanto tempo.

Jaqueline sem graça: Será que eu posso entrar? Eu estou precisando conversar com você.

Adriana sorri: Claro. Entre. – Jaqueline entra e ela fecha a porta. – Fiquei feliz pela sua volta.

Jaqueline sorri: E surpresa.

Adriana ri: Também. Não esperava. Mas enfim. Aconteceu alguma coisa? É algum recado sobre da Eliane?

Jaqueline: Na verdade não. É pessoal. Sobre nosso segredo.

Adriana: Jaqueline, você sabe que eu tenho imensa gratidão por tudo que você fez por mim e eu adoro demais você. Mas eu não quero tocar nesse assunto. Eu estou tão bem vivendo o presente, pra que trazer o passado todo à tona?

Jaqueline aponta para o sofá: Posso?

Adriana senta-se: Claro! Cabeça minha. Me perdoe.

Jaqueline se senta: Que nada. Mas voltando. Eu também não queria reviver esse passado. O meu presente já é suficientemente capaz de me magoar. Quem dirá a junção dos dois. Só que isso está me corroendo de uma certa forma.

Adriana: Também me corrói. Só que eu estou passando por tantos problemas e mais um não iria me ajudar em nada. Não traz isso tudo de novo. Por favor.

Jaqueline apreensiva: Só que eu acho que tenho direito de conhecer a minha filha. Eu não sei se você teve algum contato com ela depois de tudo o que aconteceu.

Adriana: Tive! – ela sorri. – Continua linda. Igual quando criança. Ela morou com a minha mãe por um tempo. Até minha mãe morrer.

Jaqueline sorri: Lembro do rostinho angelical dela. Stacy! – ela imagina no rosto da filha.

Adriana sem graça: Isso. Stacy.

Jaqueline segura as mãos da amiga: Adriana. Eu por muito tempo me privei desse segredo. Sempre evitei falar. Mas chegou a hora que a gente precisa tirar esse peso das costas.

No corredor…

Stacy tira a chave da bolsa.

Dentro do apartamento…

Stacy entra.

Jaqueline: Está mais do que na hora da Stacy saber de toda a verdade. A Stacy precisa saber que eu sou a mãe biológica dela!

Stacy assustada: Do que vocês estão falando?!

Adriana vira-se assustada. Jaqueline se levanta, olhando para a filha, emocionada.

Cena 7. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Dia

Luíza está sentada no sofá. Gisele desce a escadaria da casa.

Gisele séria: Estamos precisando conversar! E a conversa é séria.

Luíza: Não gosto desse tom. Isso nunca é bom para início de conversa.

Gisele furiosa: Você não tem que gostar do meu tom. Eu vou te fazer uma pergunta e eu exijo sua resposta.

Alice para na escada, para ouvir a conversa.

Luíza se levanta: Pergunta logo. Estou começando a ficar com medo.

Gisele nervosa: É pra ficar! Você e o Luigi andam bem juntos esses últimos dias. Como é que esse garoto chegou até a mãe biológica dele?

Luíza estranha: Que pergunta é essa?! Não estou sabendo de nada. É o quê? Anda fazendo trabalho para a Alice agora?

Gisele segura Luíza: Não estou trabalhando pra ninguém. E eu ouvi a conversa de vocês dois. Fala Luíza. Como é que ele chegou até a mãe biológica?

Luíza pressionada: O Sérgio. O Sérgio contou tudo. Disse que ela morou no Copacabana Palace, ele foi até lá e conseguiu o novo endereço dela.

Alice desce a escada furiosa: Como é que é?! Você está dizendo que o Sérgio que contou para o Luigi?! Traíra dos infernos!

Luíza se solta: Vocês armaram isso tudo?! Que golpe baixo, mãe! Você está ajudando essa desgraçada?! Sabia que ela matou teu namorado e ainda enterrou no canteiro do prédio? – Gisele não mostra reação de surpresa. – Não! Espera! Você sabia?! Você está ajudando essa vagabunda?! Claro que está! Ontem à noite você sumiu. E a Alice também estava sumida. QUE NOJO DE VOCÊ!

Alice furiosa: Não muda de assunto garota! Você tem certeza que foi o Sérgio que passou a informação?!

Luíza sorri: Não sei. Pergunta pra ele.

Alice furiosa: SÉRGIO! SÉRGIO!

O mordomo vem correndo. Luigi desce a escada.

Alice furiosa: Como é que você teve coragem de me trair?! TRAÍRA!

Sérgio com medo: Eu?! Mas o que foi que eu fiz, madame?

Alice: Contou pro idiota do Luigi onde é que ele encontrava a mãe biológica dele! Quanto foi que ele te pagou? FALA SEU DESGRAÇADO!

Luigi a segura: Para de importunar a vida dos outros!

Alice furiosa: Você conseguiu! Só que alegria de pobre dura pouco e logo acabo com sua alegria. – ela se solta e olha para Sérgio. – FALA SÉRGIO. COM É QUE VOCÊ FOI CAPAZ DE ME TRAIR?!

Sérgio se solta: Cansei de ser seu simples capacho. Sempre te olhei de outro jeito e você sempre me humilhou. Sempre me tratou feito lixo e nunca, nunca me deu a valorização que eu mereço.

Alice nervosa: Isso não era motivos para você me trair. EU NÃO VOU TE PERDOAR NUNCA! “Sempre te olhei de outro jeito”. QUE JEITO?!

Sérgio nervoso: DO JEITO QUE EU SEMPRE QUIS QUE VOCÊ ME OLHASSE. SÓ UMA BURRA FEITO VOCÊ PRA NÃO ENTENDER O QUE EU SEMPRE QUIS COM VOCÊ.

Alice sem entender: Mas você não é gay?!

Sérgio: Sempre criei essa máscara para você nunca descobrir quem eu sou. Afinal, eu não queria que a madame Alice descobrisse que eu, Sérgio Bulamarquê, veio cobrar uma dívida que ela me deve faz anos!

Alice chocada: Não pode ser. Eu devia ter desconfiado. – ela avança em Sérgio. – SEU MALDITO! DESGRAÇADO! ESSE TEMPO TODO CRIANDO UMA COBRA DENTRO DA MINHA CASA E NUNCA PERCEBI ISSO!

Sérgio a joga longe: A COBRA AQUI DENTRO SEMPRE FOI VOCÊ! NAJA! ASSASSINA! CONTA PRO TEU FILHINHO QUERIDO O QUE VOCÊ FEZ ONTEM À NOITE. CONTA!

Alice se levanta: Cala a boca! CALA A BOCA! OU EU ACABO COM VOCÊ.

Sérgio ri: Como fez com a Célia?!

Luigi sem entender, intervém: O que a minha mãe tem a ver com isso?!

Alice com olhar fulminante: Mas uma palavra tua e eu não responde pelos meus atos!

Sérgio debochado: Esse monstro aqui Luigi, matou a tua mãe! Ontem à noite ela saiu junto com a Soninha e com a cobra da Gisele e foram MATAR a Célia. Enterraram a mulher VIVA!

Luigi transborda de ódio e pega Alice pelo pescoço: VAGABUNDA! EU VOU ACABAR COM VOCÊ! VOCÊ MATOU A MINHA MÃE! MALDITA! MALDITA!

Luigi joga Alice longe, que acaba caindo em cima do rack e leva tudo no chão.

Luíza contém Luigi: VOCÊ PRECISA SE ACALMAR!

Luigi fervendo de ódio: EU VOU MATAR ESSA DESGRAÇADA!

Alice dá um tapa na cara de Sérgio: DESGRAÇADO! – Sérgio vira a cara para o outro lado. Alice dá o outro tapa. – IDIOTA! – Sérgio a encara. – Você me traiu da pior maneira possível. Fora da minha casa! Desaparece da minha vida ou eu acabo com você. Eu te mato!

Os dois se encaram furiosos.

Fim do Capítulo 40!