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Sombras do Passado

Sombras do Passado – Capítulo 4

Capítulo 4: E que comecem os jogos!(Parte 1)

“Desconfie do destino e acredite em você!”

– Galera, esse lugar é enorme, acho melhor nós nos separarmos. _ sugeriu o Rodrigo.

– Eu não acho melhor não. Vocês sabem o que acontece nos filmes. Os mocinhos vão fazer uma investigação, aí eles se separam e, depois morrem um por um. _ argumentou a Karina.

– Não estamos em um filme, Karina. Não vai acontecer nada. _ respondeu o Rodrigo.

– Tudo bem! _ eu disse _ Karina e eu vamos dar uma olhada lá em cima e, vocês meninos dão uma olhada aqui em baixo. Depois nós nos reunimos aqui novamente. Geralmente essas mansões costumam ter um porão e um sótão, então nós vamos checar eles juntos. Todos concordam? _ eu pergunto.

Todos concordaram. Karina e eu subimos as escadas, que rangerão um pouco aos nossos passos. Nos apoiamos no corrimão da escada, o que me fez perceber que havia pequenas gravuras desenhadas nele, não dava para saber o que era e, também eu estava meio sem tempo para ficar observando a decoração da casa.

No topo da escada percebemos que havia algumas gotas de sangue, na hora me veio à mente a imagem da minha amiga sendo arrastada pela escada, isso me deu um calafrio. Seguimos em frente e, chegamos a um corredor com portas em ambos os lados.

– Isso vai dar trabalho. _ Karina fez cara de desanimo.

– Vai mesmo. Você olha os quartos da direita e, eu olho os da esquerda. _ sugeri.

– Ok!

Então ela andou até a primeira porta, abriu e, entrou no quarto e, eu andei até a primeira porta, tentei abrir, mas não consegui, parti para a segunda porta, que também não abriu, e aconteceu a mesma coisa na terceira e, na quarta porta também, até que eu consegui abrir a quinta porta, então eu entrei. Era um quarto. Parecia um quarto de uma moça, havia uma cama no centro, e do lado esquerdo um pequeno guarda roupas feito de madeira. Do lado da cama havia uma penteadeira com um espelho. Eu ainda não consigo entender porque há moveis em uma casa abandonada. Quem morava aqui? Ninguém nunca entrou aqui para roubar algo? Tudo está tão organizado.

Direcionei-me para a penteadeira, abri a primeira gaveta e, havia uma caixa no fundo da gaveta, peguei, estava bem empoeirada, abri e, havia uma foto dentro dela, direcionei a lanterna para a foto, mas a foto estava muito empoeirada. Limpei-a na minha blusa mesmo. Então direcionei a lanterna para ela novamente. Eu quase desmaiei quando vi a imagem da foto. A garota da foto era idêntica a mim, isso não pode ser possível. Eu devo estar ficando louca. Observei a foto, tentando achar todas as semelhanças comigo. Então, de repente, eu senti uma pancada muito forte na minha cabeça. Eu caí no chão meio zonza, levantei a cabeça para ver o que teria me atingido, mas minha vista estava embaçada. Pisquei os olhos algumas vezes, me esforçando bastante para recuperar minha visão. Quando finalmente consegui, vi uma pessoa segurando uma barra de ferro na mão direita, peguei minha lanterna e, apontei para o rosto do meu agressor. Eu não acreditei quando vi quem era…

– Karina? _ eu disse o seu nome.

 

Capítulo 4: E que comecem os jogos!(Parte 2)

 

“Aff…”

– Karina? Você me acertou com uma barra de ferro?

Ela deu um grande sorriso para mim.

– Não só acertei como eu vou te mandar de volta para o inferno, filha das trevas.

Então ela veio na minha direção me acertando outro golpe dessa vez no rosto, ela se preparou para mais um golpe, então eu segurei a mão dela, não sei de onde ela tirou tanta força, mas eu consegui tirar a barra de ferro da mão dela e, jogar para longe. Ela me deu um soco no rosto e, foi procurar a barra de ferro, então eu aproveitei e, rapidamente fui em direção à porta do quarto, mas ela me viu, desistiu de pegar a barra de ferro e, puxou o meu cabelo me fazendo cair no chão, então ela me fez ficar de pé e, me encostou à parede colocando sua mão no meu pescoço.

– O que você esta fazendo Karina? Você está maluca?

– Calada!

Então ela tirou uma adaga do bolso interno de sua jaqueta e, começou a fazer um corte em meu rosto, eu gritei de dor.

Então eu senti o meu sangue se esquentando, passando por minhas veias, senti meus olhos queimarem e, uma raiva incontrolável tomou conta de mim, como um animal. Então sem perceber, ou se quer fazer qualquer esforço, eu dei um empurrão na Karina, a fazendo dar de cara na lateral da cama e, para minha surpresa quem ficou no prejuízo foi a cama. O local onde a Karina bateu, ficou destruído e, ela só ficou com um arranhão, que não a impediu de me acertar um soco no rosto. Então eu arranhei o rosto dela e, foi quando eu percebi o tamanho das minhas unhas, elas estavam enormes e, pontiagudas, como as de um lobo.

Na minha distração ela me acertou outro soco, eu segurei os cabelos dela e, bati seu rosto na parede, fazendo com que finalmente ela ficasse no mínimo um pouco tonta, mas rapidamente ela se recuperou e, novamente foi pra cima de mim, ela me deu vários socos e, um chute no abdômen, me fazendo cair. Quando ela chegou mais perto de mim, eu lhe dei uma rasteira, fui pra cima dela e, segurei suas mãos.

– Por que você está fazendo isso? _ eu perguntei.

– Você vai se fazer de coitadinha agora é?

– Mas do que é que você está falando?

– Não se faça de idiota! Olha só pra você, suas unhas estão como as de um lobo, seus olhos estão completamente negros como a noite, os seus dentes estão pontiagudos e enormes, como os de um cão… Você é o próprio demônio.

– Do que você está falando? Você está maluca? Não existem demônios.

– Deixe de ser otária! Você acha mesmo que vai me convencer com esse teatrinho barato?

Isso não pode estar acontecendo.

– O que você está esperando Alicia? Anda, faz o que você sabe fazer de melhor. Mata-me. _ Karina disse.

– Você está maluca. Eu não sou uma assassina. Não sou um demônio. Eu não quero ser!

– Mentirosa! Você é um monstro. Vai Alicia. Mata-me como você matou a Daiana!

– Na verdade eu não morri! _ diz uma voz familiar.

– Daiana? _ eu digo.

Será que as coisas ainda podem ficar mais estranhas?

Karina e eu olhamos em direção a porta e, vimos a Daiana de pé.

– Sentiram minha falta? _ Daiana sorri

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