Ser Humano- CAPÍTULO 40.

Ser Humano.

Capítulo 40.

Cena 01- Recepção do prédio dos Segata/ Noite.

Raquel, surpresa: Então você é a Gorete? A filha da Acácia que até então estava morta?

Iracema: Acho que…Quer dizer, tenho certeza que sim. E estou procurando ela.

Raquel suspira: Bem…Eu tô chocada. A Acácia não está mas…Você é mesmo a filha dela?

Iracema mostra a foto: Perdi parte da minha memória, mas aqui por essa foto diz que sou eu. Me lembro do acidente de avião…

Raquel, meio confusa: Claro, podem me acompanhar as duas. Você é mãe dela?- Diz à Marizeta.

Marizeta: Amiga.

Raquel: Então vamos subir, por favor- O trio sobe pelas escadas. Raquel para em frente a porta e fica encarando Gorete.

Iracema sorri: Tá tudo bem?

Raquel abre a porta: Claro, entrem.

Iracema: Vem Marizeta. – As duas entram.

Marizeta, olhando ao redor: Pelo jeito não tem ninguém em casa. É melhor a gente voltar outra hora, Iracema.

Raquel fecha a porta: Tenho certeza que alguém vai chegar logo…Mas eu ainda tô impressionada com essa foto, com tudo isso. Meu Deus, então você é a famosa Gorete…Chega a ser incrédulo- Ela analisa a mulher- Não sei porque Acácia nos achava tão parecidas…Querem alguma coisa pra beber? Água, suco, chá, refrigerante?

Marizeta: Minha garganta tá seca, se tiver uma água natural, eu aceito…

Raquel, ainda aérea: Só um instante- Ela sai.

De repente Rubem abre a porta: Finalmente em casa. Agora é tomar um banho e descansar- Ele vê as duas mulheres, que se levantam em sua presença- Boa noite, vocês são colegas da Lilian ou da Raquel?

Raquel aparece: Ah, senhor Rubem, pelo visto você já viu as nossas visitas. Marizeta e Iracema, ou melhor, Gorete. Sua neta.

Rubem, sem entender: Que brincadeira é essa, Raquel?

Raquel sorri: Nenhuma. Essa moça é a sua neta, a Gorete. Filha da Acácia.

Rubem fica estarrecido.

Cena 02- Botafogo/ Flat de Natália/ Noite.

Téo abre a porta: Yara?! Quando o porteiro disse que era você, eu estranhei. Temos algum assunto pendente? Não éramos casados no papel então estamos livres de ter que assinar divórcio e etc… Você esqueceu alguma roupa aqui?

Yara, abatida: Minha mãe, Téo. Tá morta- Ele se impressiona- Eu sai pro mercado e esqueci de levar a chave da adega…Ela bebeu tanto que chegou a pegar uma picareta na dispensa e bater na própria cabeça…

Téo: Eu tô horrorizado, Yara…A Lídia tinha esse problema mas era uma mulher tão generosa e alegre…Sinto muito.

Yara o abraça: Por favor, vai no cemitério comigo, minha mãe era mulher de poucos amigos e eu não queria chegar naquele lugar só…

Meia- Hora depois…

Yara e Téo chegam aonde o corpo está sendo velado. Uma mulher está perto da morta.

Téo se benze, ela vai até Lídia: Ela foi vítima do vício…

Marcelly levanta a cabeça: É mesmo. Mas ela foi vítima de outra coisa também- Ela assoa o nariz em um lencinho.

Téo a reconhece: Marcelly?

Ela se lembra do homem e gela.

Cena 03- Praça em Barretos/ Noite.

Irene e Geórgia dão um passeio em Barretos. Pierre se aproxima das duas.

Pierre, sorrindo: Será que atrapalho o papo de vocês?

Geórgia leva um susto: Ai “seu” Pierre, faz isso mais não. – Ela ri.

Pierre, sorrindo: Não foi minha intenção. Será que eu posso acompanhar as duas no passeio?

Irene: Claro. Será um prazer ter sua companhia. Você não contou o que veio fazer em Barretos. Veio ver alguém?

Pierre, rindo: Não, não. Eu vim fazer trabalho social aqui na cidade.

Eles continuam conversando por um tempo. Até que se sentam na praça.

Irene, feliz: Foi ótima ter essa conversa, Pierre. Mas já está ficando tarde, não é mesmo Geórgia?

Geórgia olha a hora: Verdade. E a gente andou tanto, vimos tantas coisas que perdemos até a noção da hora.

Pierre: Mas já? Fiquem mais um pouco. Eu deixo vocês em casa depois. Não faz bem uma mulher como você Irene, sair sozinha nas ruas a essa hora.

Irene, sem graça: Uma mulher como eu? E como seria essa mulher?

Pierre: Muito bonita. E de bom humor. – Ele sorri. – Bom, antes de ir, quero te fazer um pedido. Pedido não, convite. Quero te chamar para um jantar social que vai acontecer no fim dessa noite. A gente vira a madrugada conversando e jantando, é muito gostoso… Aceita?

Irene: Ai, tá muito em cima da hora, Pierre, e eu nem tenho roupa decente…

Pierre insiste: Para com essa bobagem de roupa, ainda é cedo, Irene, não cedo pra ficar nas ruas, mas cedo pra ir pro hotel dormir! Aceita, por favor! Só não convido Geórgia porque só tenho direito de levar uma pessoa…Aceita ou não?

Irene e Geórgia se entreolham e a mulher não sabe o que dizer.

Cena 04- Hospital Madame Úrsula/ Em frente ao centro de apoio a AIDS/ Noite.

Maísa, irritada: Úrsula para de bobagem e me deixa entrar logo, para de cena.

Úrsula ri: Cena? Quem é você pra me falar de cena, garota?

Vittória cruza os braços: Pera aí, Úrsula, eu não tô te entendendo. Você mesmo me disse pra ir falar com a Maísa, e agora que eu estou apoiando ela, quer barrar?

Úrsula fica vermelha: Acontece que essa menina e a mãe dela só provocaram desgraças na minha vida, e quando pedi pra ir apoia-la, na verdade era pra que ela se sentisse frágil, e humilhada! Pelo visto não deu certo, Vittória, já que você como intermediadora estraga tudo! Acontece que eu não quero ajudar essa espancadora de mães e nem a médica hippie. Saiam daqui, já!

Lilian pega no braço da filha: Não somos bem vindas aqui, melhor irmos embora e evitar mais confusões! Deixa a Úrsula com sua mediocridade, ela um dia vai perceber que não é melhor do que nós.

Úrsula provoca: Qualquer uma é melhor que você, Lilian.

Maísa lhe dá um tapa: CALA A BOCA! NÃO FALA ASSIM DA MINHA MÃE!

Bruno chega: O que tá acontecendo aqui?

Úrsula, com a mão no rosto: AGRESSIVA! MERECE MORRER, TODOS QUE TEM ESSA DOENÇA MERECEM MORRER!

Desta vez é Vittória que lhe esbofeta: Sua mulherzinha suja e amoral!

Lilian, aflita: Vamos embora daqui, ela não merece mais nem um tapa, nem um olhar. A melhor maneira de atingi-la é se distanciando. Vittória, fique bem, nós já vamos. Boa noite- Elas saem.

Úrsula, furiosa: Eu vou relevar, sua aidética…Mas se você encostar de novo em mim…Eu te destruo. Você não é ninguém mais. Apenas uma doente. D-O-E-N-T-E- Ela se reergue e sai desfilando.

Cena 05- Mansão de Úrsula/ Noite.

Úrsula aparece, ainda dolorida: Quem elas acham que são…

Olive corre: Madame, a Eliane não aguentou a ansiedade e está na sala, te esperando…Achei que não fosse mais chegar hoje. Tava aonde?

Úrsula a encara: Eu te devo satisfações por acaso, imbecil? Sabe, eu cansei de te dar apelidos leves, a partir de agora é idiota, retardada e otária!

Olive abaixa a cabeça: Me desculpa…

Úrsula respira fundo: Vai fazer alguma coisa útil e chama a Eliane aqui, manda a Janaina servir um suco natural ou chá pra gente, de preferência o chá fervendo pra jornalista queimar a língua.

Um pouco depois…

Úrsula toma um gole de chá: E então, Eliane? Aceita? Vai publicar uma matéria difamando a Maísa por esse dinheirinho?- Ela lhe dá uma bolsinha…

Eliane: Essa proposta tá mais quente que esse chá…Eu não sabia desse lado seu, Úrsula, mas aceito sim. Eu vou publicar essa matéria em poucos dias, e dará gosto de ler, você não vai se arrepender!

Úrsula ergue a xícara: Ótimo, eu percebi que você não é de desperdiçar chances, tanto que fez aquela matéria sobre a nojenta da Vittória…Um brinde então.

Eliane, surpresa: Um brinde?

Úrsula sopra a fumaça: Um brinde a queda da Maísinha, Eliane, e ao seu sucesso profissional- As xícaras batem- Guarde bem esse dinheirinho- Ela lhe dá a bolsa- E aproveite o chá.

Eliane sorri.

Cena 06- Cemitério/ Noite.

Téo, desconfiado: Você ainda não me respondeu. De onde você conhecia a Lídia?

Marcelly, sem reação: É… que… – Ela vê uma mulher com a blusa dos AA chegando. – Eu a conheci lá no centro dos bebum, digo, dos Alcoólicos Anônimos. Foi isso.

Téo, surpreso: Hã? Você frequenta os alcoólicos anônimos?

Marcelly, tensa: Na verdade eu fui uma vez com a minha tia amada Leribulilda e conheci ela. Eu fiquei sabendo da morte dela através de lá e resolvi vir aqui. Era uma conhecida minha.

Téo: Essa história está muito mal contada.

Marcelly, arrumando sua roupa: Acredite se quiser. Não te devo satisfações. – Ela sai.

Bete se aproxima de Yara e percebe que ela chora bastante.

Bete, sentida: Eu conhecia sua mãe lá dos AA, eu lamento muito pela morte dela. Pobre Lídia, não merecia esse fim trágico.

Yara suspira: É verdade. O mundo é cruel, muito cruel- Inventa.

Cena 07- Apartamento dos Segata/ Noite.

Rubem, chocado: Eu…Não sei o que dizer depois dessa história toda. Minha neta, jamais iria imaginar que estivesse viva! Ah, a Acácia ficaria tão feliz.

Marizeta o interrompe: Me desculpe senhor Rubs mas você disse ficaria? Não me diga que a mãe da Iracema morreu!

Rubem nega: Está bem viva, e nunca conseguiu superar a “ morte” da filha e do marido. Não se casou de novo. Não refez a vida. Ficou morando com o mordomo na Itália, até que os dois voltaram pro Brasil esse ano, mas aconteceram umas complicações e…Sua mãe está no hospício, Gorete.

Iracema, horrorizada: Hospício? O que é isso?

Marizeta: Um lugar pra loucos! Sua mãe é uma louca, Iracema!

Rubem explica: Ela não é louca, mas vinha passando por muitas perturbações, mas ela falava mais disso com o mordomo, Pascoal, só que depois da ida dela pro hospício, ele foi pra casa de uma sobrinha em Rio das Ostras e não sei quando volta…

Marizeta olha no relógio: Já está ficando tarde e dependemos de ônibus, Iracema, como sua tal tia Lilian não chegou, melhor irmos!

Iracema sorri: Eu gostei muito de reencontrar vô, não me lembro de muita coisa contigo, mas a minha memória ainda vai se recuperar!

Rubem: Voltem amanhã, por favor, pra podermos conversar melhor- Ele se levanta- Raquel anote o endereço onde minha neta está hospedada…Eu  vou com vocês até o ponto de ônibus, não é todo dia que tenho a chance de ficar do lado da minha neta desaparecida! Só um minuto, que irei trocar de camisa- Ele sai.

Iracema suspira: Quanta coisa aconteceu, Marizeta…Quanto eu perdi…

Marizeta: Mas agora você vai ter a chance de recuperar suas memórias, só não gostei de descobrir que sua mãe é uma aloprada…Mas enfim…Espero que sua família te reconheça e te abrigue aqui!

Iracema: Eu só quero reconhecimento mesmo. Esperei anos pra vir ao Rio e achar minha mãe, conversar com ela…Quem sabe minha família possa me abrigar aqui por uns tempos, mas eu iria buscar meu filho Kaynub primeiro.

Marizeta: Eu tinha esquecido que você tinha um filho…- Ela se vira pra Raquel- Anote o endereço da pensão: Rua Erivelto Mart…- Raquel joga o bloquinho em suas mãos.

Raquel, friamente: Anota você- Marizeta e Iracema se impressionam com a atitude dela.

Rubem aparece, de blusa trocada: Pronto, podemos ir pro ponto de ônibus! É uma pena que a Lilian não tenha chegado, ela ia ficar muito feliz, e a Irene, minha mulher que está em Barretos, explodiria de felicidade!! Fora os outros da família. É algo que nem uma vidente profissional seria capaz de prever…- Ele pega no braço de Iracema- Acho que vamos ser muito mais que avô e neta, vamos virar amigos!

Iracema sorri.

Cena 08- Praça no Leblon/ Noite.

Lilian e Maísa se sujam com sorvete, aos risos. Elas se divertem no parque da cidade e em seguida se sentam em uma mesa.

Lilian: Eu nunca me diverti tanto na vida. – Ela acaricia a filha. – Eu sinto tanta falta de passar mais momentos assim.

Maísa coloca as sacolas com compras na mesa: A gente passou por tanta coisa. Eu achei que nunca fosse te perdoar um dia. A vida é uma caixinha de surpresas.

Lilian, rindo: E você tem dúvida disso? Eu só queria que a vida fosse igual a montanha russa, que mesmo nos altos e baixos somos capazes de sorrir, de se divertir e de viver intensamente. Às vezes para ter felicidade é preciso sofrer.

Maísa, cabisbaixa: Será que todo esse meu sofrimento de agora é sinal da minha próxima felicidade? – Ela se levanta. – Eu não aguento mais sofrer, mãe. Parece que tudo que me acontece vem na intenção de me machucar, de me ferir. Eu estou cansada de tanta mentira, tanta ilusão, eu estou cansada de ser enganada pelas pessoas mais próximas, a quem eu acreditei no amor verdadeiro.

Lilian: Para toda mentira se há uma razão.

Maísa se senta e pega na mão de Lilian: Será? Então seja sincera comigo, não mente pra mim mãe, por favor. A senhora ama o Bernardo?

Lilian fica sem saber o que dizer, ela até tenta, mas não consegue.

Cena 09- Ponto de Ônibus/ Noite.

Rubem conta: Aqui é um bairro bem agradável, Gorete, ou Iracema, como eu devo te chamar?

Iracema ri: Neta, pra não confundirmos as coisas…Aquela garota, Raquel, tem alguma relação com a família ou é só empregada mesmo? Quando vi ela tive uma sensação muito especial…

Rubem conta: Ela é filha da nossa empregada, Geórgia, aliás, não gosto de chama-la de empregada, é praticamente da família…Enfim, neta, eu acho que essa sua reaparição vai trazer a tona muitas coisas que ficaram no passado…

Iracema: Coisas? Que tipo de coisas?

Rubem pisca: Coisas terríveis, que provavelmente nem você se lembra… Um pouco antes de você morrer, aconteceram várias situações ruins. Mas é melhor não falar disso agora. Amanhã você promete que volta pra conhecer a família?

Iracema: Prometo!!

Marizeta repara em algo: Aqui nessa praça a vida noturna é bem movimentada, né? Vocês repararam naquele homem que tá olhando pra gente? Não me parece boa pessoa…

Rubem olha disfarçadamente: Não se preocupem, ele está longe e não vai nos fazer nenhum mal.

Marizeta alerta: Melhor esconder esse seu relógio de ouro! Isso é imã pra bandido!- Um ônibus aparece- É O NOSSO, IRACEMA! VAMOS!

Iracema beija o avô: Até amanhã, vô! Prometo que farei de tudo pra comparecer ao lar dos Segata…

Marizeta, de dentro do ônibus: Vamos, Iracema, ou o motorista surta aqui!- A mulher entra e o ônibus arranca.

Rubem se senta no banco pra amarrar os sapatos, ele percebe que o homem se aproxima e resolve sair lentamente: Ah, era só o que faltava. Um assalto a essa altura da vida- Ele apressa o passo.

O homem o aborda: Não adianta fugir, seu velho. Passa logo o relógio, o cordão, a carteira, e tudo mais que tiver de valor!

Rubem, aflito: Tudo bem, só um minuto- Ele tem dificuldade de tirar o objeto do pulso- Tá difícil…

O homem pega a arma: VAI LOGO IDIOTA! VAI LOGO PORQUE EU NÃO TENHO TEMPO- Ele aponta o revólver na cabeça do idoso.

Rubem não consegue tirar o relógio: Não precisa gritar, eu tô quase conseguin…

Ladrão: PARA DE MENTIR, ME DÁ LOGO ISSO AQUI- Ele tenta tomar o relógio- ANDA LOGO OU EU TE MATO!

Rubem, nervoso: Por favor, foi um presente de casamento, não faça isso, eu lhe dou meu dinheiro!

O ladrão puxa o relógio com tudo: EU NÃO QUERO SEU DINHEIRO MAIS, ESSE OBJETO PURO OURO É O SUFICIENTE. Viu como foi fácil tirar? Isso foi por você ter tentado me enganar, velhote- Ele o segura com força.

Rubem, apavorado: Não, por favor, não me bate! Tenha piedade, eu já lhe dei o relógio!

Ladrão: Nesse mundo ninguém tem piedade…

O ladrão empurra Rubem que se desequilibra e acaba batendo com a cabeça na quina do banco de pedra da praça, depois sai correndo com o relógio em mãos.

O sangue começa a escorrer da cabeça de Rubem, que agora se encontrava desacordado.

Algumas pessoas saem correndo na direção dele.

Cena 11- Mansão de Úrsula/ Noite.

Úrsula abre a porta e Elisafran entra apressada.

Elisafran entrega o documento: Está aí o que a gente tanto precisava. Eu assinei e só falta você. – Olive vai para trás da coluna e começa escutar a conversa. – Tudo está direitinho escrito.

Úrsula, pega o documento e começa a ler: Até que foi fácil, não é mesmo Elisafran?

Elisafran, pega de volta: Se quiser assinar, anda logo, não estou com tempo a perder. E tem outra, não vem com ameaças. VOCÊ também mandou apressar esse documento…

Úrsula pega o documento e assina. Olive observa tudo, chocada.

Elisafran, satisfeita: Amanhã a gente se fala. Preciso voltar pra casa antes que o Sid acorde e não me veja.

Elisafran sai apressada.

Do lado de fora, Elisafran vai até o orelhão e coloca uma ficha..

Elisafran, radiante: Imo, minha filha. Tá tudo pronto. O terreno pra nossa vingança está preparado! HAHAHAHA!

Termina o capítulo 40.