Ser Humano- Capítulo 36.

Ser Humano.

Capítulo 36.

Cena 01- Mansão de Sid/ Fim de Tarde/ Continuação imediata da cena anterior.

Sid fica perplexo, ele vai até o corpo da sobrinha, cheio de sangue: Paula… Minha sobrinha…- E encara Bernardo- O QUE VOCÊ FEZ? ASSASSINO! ASSASSINO, MEU DEUS EU NÃO SABIA DESSE SEU CARÁTER, MONSTRO, ASSASSINO DA MINHA SOBRINHA- Ele chora- Paulinha…Meu Deus, que atrocidade!

Bernardo se defende: Eu não tenho nada a ver com isso, Sid, eu cheguei aqui agora porque ela me ligou, desesperada, e encontrei o corpo…Mas não fui eu, foi outra pessoa, isso sim. Alguém matou a Paula.

Sid, roxo de cólera: CÍNICO! INFELIZ, DESGRAÇADO, VOCÊ ME PAGA! Acha que eu vou cair numa história dessa? Você ia fugir agora, mas eu te peguei no ato! Ordinário, falso…Como pode? COMO PODE? Minha única parente, tão linda, tão pura…Eu vou chamar a polícia e acabar com a tua raça, você vai mofar na cadeia por ter feito isso, faço questão de te aprisionar lá, em memória da Paulinha…Ainda não acredito…Só pode ser um pesadelo, ela tava tão bem, grávida, animada, e nem conseguiu falar comigo quando chegou, porque interromperam a vida dela!- Ele se levanta e vai até o telefone- A casa caiu, eu vou chamar a polícia!

Bernardo: Me escuta, Sid, eu não teria motivo pra fazer uma barbaridade dessas, foi outra pessoa e é com isso que precisamos nos preocupar! Eu não matei a Paul…

Sid, atônito: CALA ESSA BOCA SUJA…- Ele disca- Alô? É da polícia?

Bernardo se revolta: Sid, me dá esse telefone! Acredita em mim!

Sid: SAI DAQUI, ASSASSINO- Ele respira fundo- Alô? Eu quero fazer uma denuncia…- Ele chora novamente- Minha sobrinha, ela foi morta, e eu vi o assassino!- O velho encara Bernardo- Tudo bem, eu vou dar o endereço…

Bernardo olha pra Paula, desesperado: Não fui eu…Não fui eu.

Cena 02- Pensão da Marizeta/ Noite.

Iracema e Peri chegam em frente a mansão com as malas, ele checa o endereço.

Peri analisa o local: O índio que veio ao Rio disse que essa pensão era boa e que podíamos nos abrigar aqui…Espero que ele esteja certo- Os dois entram.

Marizeta faz contas: Jesus amado, nossos gastos esse mês foram imensos, Quilvina, precisamos falar pros hóspedes maneirarem no banho e na tv.

Quilvina: Televisão vicia, mamãezinha, já cansei de falar pros hóspedes irem ler ao invés de ficar dando audiência pra esses programas bestas.

Peri e Iracema chega.

Peri: Olá…Tem vaga de quarto aqui?

Marizeta se levanta rapidamente, seus olhos brilham.

Pouco depois…

Marizeta serve um suco ao dois: Fazia tempo que não tínhamos hóspedes novos! Bem, agora que já conheceram os aposentos e preencheram a ficha, podem ficar a vontade. Eu vou mandar o Brutus levar a mala dos dois…

Iracema se levanta: Na verdade, dona Marizeta, eu queria saber uma coisa- Ela mostra a foto- Estou aqui no Rio em busca da minha mãe, somos índios e viemos de uma tribo no Mato Grosso…Eu fui resgatada por eles na verdade quando ainda era uma jovem, o avião em que meu pai e eu estávamos caiu e só eu sobrevivi, perdi parte da memória e estou recuperando ela aos poucos…Tudo o que tenho como lembrança é essa foto que estava em um livro. Aqui tem uma assinatura

Com muito amor, a foto da família mais linda desse universo;

De Acácia para Gorete.

Entregar para o endereço: Rua do Rei- Teresópolis.

Marizeta: Muito bonita a sua história minha filha, eu posso tentar te ajudar a achar sua mãe sim…Onde é que fica o endereço mesmo?

Iracema: Teresópolis.

Marizeta tenta se lembrar: Teresópolis? Acho que fica longe sim…Mas eu vou tentar te ajudar da maneira que conseguir!

Iracema sorri: Obrigada!

Cena 03- Hospital Botafogo/ Noite.

Lilian chega no hospital e vai direto a recepção.

Lilian, sorri: Lilian Segata. Tem como autorizar a visita à paciente Maísa Segata? É minha filha.

A recepcionista entrega um cartão: Aqui está. A visita acaba logo.

Lilian pega sua bolsa e sai. Ela vai até o quarto de Maísa e ao abrir a porta, se depara com a jovem caída no chão.

Lilian, apavorada: Maísa???!! – Ela se ajoelha perante a filha. – MAÍSA, FALA COMIGO! – E tenta sacudir a filha. – SOCORRO ALGUÉM AJUDA A MINHA FILHA! SOCORRO!

Ela ainda tenta acordar Maísa, que está inconsciente.

Lilian, chorando, desesperada: ME RESPONDE, FILHA! – Os médicos percebem a gritaria e vão correndo.

Cena 04- Botafogo/ Flat de Natália/ Noite.

Téo se afasta de Marcelly: Você é louca? Como me beija dessa maneira?

Marcelly sorri: E dá pra beijar de outra maneira, fofo?

Téo fica envergonhado: Agora que eu já te ajudei com os machucados, acho que já pode ir. Boa noite pra você, e cuidado com os bandidos…

Marcelly pula em cima dele: Nunca, eu preciso ficar protegida, e você vai me proteger- Ela o beija loucamente. Téo não resiste e a arrasta pra seu quarto.

Um pouco depois…

Natália e Onofre chegam do clube.

Natália acende as luzes: Téo?- Ela se assusta com o silêncio- Nossa, deve ter saído…

Onofre ri: Aproveitando a vida de solteiro, com certeza, já que não precisa se preocupar com trabalho. Ele vive as suas custas mesmo…

Natália, desconfortável: O Téo já me ajudou muito no passado, eu já me abriguei na casa dele por anos! É um prazer recebe-lo aqui sempre…

Onofre suspira: É sempre um prazer, Natália.

Natália bebe água: Mas agora vamos falar de um assunto bem útil! Uma das minhas amigas me ligou hoje, e contando das novidades, descobri que ela se casou com um neurologista. Onofre, seria interessante se você fosse se consultar com outro médico pra ver o ponto de vista dele sobre sua doença. Que tal?

Onofre gela: Para de bobagem, Natália, eu tô doente, ir em outro médico é perda de tempo e dinheiro, porque todos sabemos que ele vai falar a mesma coisa.

Natália: Nada disso, Onofre, nós temos que saber a opinião dos outros também, quem sabe ele conheça um bom tratamento! Vou marcar uma consulta, para de ser tão mente-fechada!

Onofre se levanta: Se você quer perder seu tempo!- Ele vai para o quarto e fecha a porta- Ah não, ela não pode descobrir…Não pode!

Cena 05- Apartamento dos Segata/ Noite.

Raquel e Geórgia assistem televisão. A idosa acaba adormecendo, e sua filha, ao perceber isso, resolve sair silenciosamente.

Raquel vai até o quarto de Lilian: Eu e Lilian temos praticamente o mesmo corpo. E ela tem cada roupa MARAVILHOSA. Preciso pegar alguma pra ir na festa, sem que ninguém saiba.

Ela começa a revirar as roupas que estão penduradas no cabide no guarda-roupa de Lilian e encontra um vestido vermelho, longo, de seda.

Raquel, radiante: Que vestido deslumbrante. É claro que eu vou arrasar nessa festa!

Pouco tempo depois, ela sai do banheiro com o vestido e vai até o espelho central do apartamento, no corredor. Enquanto isso na sala, Leblônio abre a porta com a chave extra que ficava embaixo do tapete e entra: Ih, a Jórgia tá dormindo…Será que só tem ela aqui?

Raquel, ajeitando o vestido: Sabia que ficaria perfeito em mim. Sinto muito “titia”, mas você perdeu! – Ela sorri, observando a própria imagem- Raquel, você devia ser muito rica…

No instante, Leblônio chega e vê a cena: O que significa isso?

Cena 06- Hospital Botafogo/ Quarto de Maísa/ Noite.

Pierre: Lilian, a Maísa já está melhor e agora só precisa descansar, nós não esperávamos uma crise dessas e íamos dar alta pra ela, mas depois disso, o corpo de médicos resolveu ‘ prendê-la’ aqui mais um dia ou outro. Como eu disse, a AIDS é imprevisível, e Maísa não vem reagindo bem, ela só piora…

Lilian, frustrada: Ela vai melhorar doutor, eu creio nisso…

Pierre abre um sorriso: Ótimo, pode ir pra casa e descansar, você tá muito abatida. Tenho que cuidar de outro caso ali, tchau minha querida- Ele sai.

Fausto, Irene e Rubem chegam do mercado.

Rubem se senta: Fui tomar esse tal refrigerante que os jovens adoram e estou passando mal, nunca vi bebida tão horrível, o que tem de colorida, tem de ruim!

Fausto nota: Lilian, o que aconteceu?

Lilian conta: A Maísa passou mal, eu cheguei e ela estava caída no chão.

Irene, chocada: O quê? Filha, ela tá bem?

Lilian suspira: Agora sim, mas quando eu entrei no quarto e vi aquilo…Pensei que minha filha tinha…Morrido- Ela chora- Foi horrível. Horrível.

Rubem engole em seco: Minha neta tá sofrendo tanto…

Lilian: O médico falou que eu já podia ir mas prefiro ficar…

Fausto a apoia: Não, Lilian, vai pra casa com os seus pais, vocês já ficaram o dia todo aqui, deixa que eu fico aqui com a Maísa, e qualquer notícia eu te aviso, não se preocupe…

Lilian sorri: Obrigado Fausto, mas você também tá cansado.

Fausto: Eu aguento, pode ir tranquila. Boa noite pra vocês- Lilian lhe dá um beijo na bochecha e sai com os pais.

Rubem: Até mais, Fausto- Ele limpa a boca- Ai, ainda estou com o gosto do maldito refri na boca. Quando chegar em casa vou direto pro chá de cidreira- Ele, Irene e Lilian se dirigem ao estacionamento.

Cena 07- Restaurante Ostra Dourada/Noite.

Vittória, Breno e Bruno jantam em um restaurante.

Vittória se levanta: Eu preciso ir ao banheiro. Podem ir escolhendo o que vão querer comer.

De longe, uma mulher observa Vittória. Ela é uma crítica gastronômica, chamada Ângela.

Mulher, indignada: Aquela dali não é aquela pseudo de jornalista? A que tem AIDS? O que essa nojenta está fazendo dentro desse restaurante?

Vittória volta e se senta à mesa. A mulher se aproxima.

Ângela, furiosa: Mas o que é isso? Eu posso saber o que você tá fazendo aqui?

Vittória, sem entender: Desculpa, mas… Eu te conheço de algum lugar?

Ângela, irritada: Você não me conhece, mas eu te conheço. SUA NOJENTA! DOENTE! SEU LUGAR NÃO É AQUI. EU ME RECUSO! ME RECUSO A COMER NO MESMO LUGAR QUE ESSA MULHER. DIVIDIR COMIDA COM ELA!

Um garçom se aproxima e pergunta o que está acontecendo.

Ângela: Essa mulher… ESSA MULHER AQUI- Ela se vira aos outrosque jantam- GENTE ELA TEM AIDS. ISSO MESMO, AIDS. ESSA LOUCA VAI INFECTAR TODO MUNDO AQUI DENTRO. ALGUÉM PRECISA TIRAR ESSA IMUNDA DAQUI.

Bruno se levanta furioso, dando um soco na mesa: CALA A BOCA! – Ele dá um berro e a mulher se cala. – A única coisa imunda aqui neste ambiente é a sua ignorância. Ela não vai sair daqui e quero ver quem vai tirar. E se for tirar ela, vai ter que me tirar também… A FORÇA! Eu também tenho AIDS e não saio daqui. – Ele olha pra Ângela, com fúria – Eu estou esperando você criar toda a força que demonstra na sua ignorância e me tirar daqui!

Os clientes começam a ir embora. O Gerente vê a confusão de longe.

O gerente se aproxima do rebú: Gente, o que está acontecendo aqui? Tá todo mundo indo embora… Que confusão é essa? – Ele olha para Vittória e a reconhece, mas não demonstra.

Vittória se lembra dele: Matias. Por favor, Matias, me ajuda. Esses loucos querem me expulsar daqui por conta da minha doença…Sou eu, Vittória, éramos vizinhos, lembra?

Ângela ri: Doença…Essa AIDS é a nova peste negra! Escuta, Matias, se você não tirar essa rata daqui, eu dou nota 0 pra esse estabelecimento! Sabe que tenho esse poder!

Vittória ergue a mão, mas em seguida abaixa: Eu só não vou dar um tapa, pois a minha ignorância não chega a tanto. Diferente de você, eu reconheço os meus limites. Você quer se achar superior zombando da doença dos outros. Mas sabe o que eu desejo pra você? Algo pior, MUITO PIOR que essa minha AIDS. E desejo que você sofra e seja reprimida da mesma maneira que eu, por uma sociedade hipócrita e falsa que se sente no direito de me julgar por algo que eu não escolhi ter.

Matias, envergonhado: Desculpa, mas eu não te conheço. E eu vou pedir que a senhora se retire. Eu não posso deixar meus clientes passando por um transtorno. Eu lamento, mas a senhora terá que se retirar. E vai ter que ser agora!

Vittória pega a bolsa e chama Breno: Matias, não finja que não me conhece…Boa noite a vocês- Ela e os outros saem.

Ângela fica satisfeita.

Cena 08- Apartamento dos Segata/ Noite.

Leblônio: O que cê tá fazendo com esse vestido, Raquel? Ele não é da tia Lilian?

Raquel gagueja: Não, seu bobo, eu comprei um vestido igual ao da Lilian e estou provando ele, agora com licença que eu vou tirar…

Leblônio coça a cabeça: Mas você comprou um vestido nesse preço? Me engana que eu gosto, esse vestido é da tia Lilian! Eu vou contar pra ela!

Raquel o empurra: Fica quieto, Leblônio, ou a Geórgia acorda!

Leblônio vê algo na cama: O que é isso?- Raquel tenta impedir, mas ele pega- Um convite? Pra uma festa da alta sociedade? CÊ ROUBOU ISSO DE QUEM?

Raquel lhe bate: Fala baixo, idiota!- Ela respira fundo- Peguei esse convite de uma amiga da Irene, mas nem pense em contar pra Geórgia ou pra Lilian, se não eu te intrigo com o Fausto pra sempre!

Leblônio ri: Tô morrendo de medo! Vou contar pra Jórgia sim porque ela é minha amiga e tem que saber das suas peripécias…Roubando convite, Rachel? A que ponto chegaste!- Ele sai andando- JÓRGIA…

Raquel, desesperada: Eu te levo na festa!- Ele para.

Leblônio: Como é?

Raquel, furiosa: Se você ficar quieto, eu te levo na festa do conde, Leblônio.

Leblônio dá uma gargalhada: FE-CHA-DO!

Raquel se senta na cama: Eu não mereço isso, eu não mereço!

Cena 09- Mansão de Sid/ Noite.

A polícia chega e prende Bernardo, que está desesperado.

Bernardo: Por favor, não me levem! Eu não sou o culpado por esse crime! Isso é uma injustiça tremenda, Sid, enquanto o verdadeiro assassino está livre…

A polícia leva Bernardo e o joga na viatura, que arranca. Sid volta para a mansão, apavorado. Pouco tempo depois, Elisafran aparece.

Elisafran, se fazendo de assustada: AHHHHH! MEU DEUS O QUE ACONTECEU COM A PAULINHA? – Ela finge uma tonteira e um desmaio e cai no chão.

Na casa de Úrsula…

Olive desliga o telefone, apavorada. Úrsula estranha.

Úrsula, nervosa: Fala logo criatura, você fazendo essa cara de defunta está me assustando!

Olive, assustada: A Paula… Ela morreu! Ela foi vítima de um assassinato. E o assassino já foi preso.

Úrsula, perplexa: Meu Deus! Eu não acredito. Pelo menos conseguiram prender esse assassino. O Sid te disse quem é o assassino?

Olive, sem saber o que dizer: É… o… que…/

Úrsula, furiosa: DESEMBUCHA CRIATURA!

Olive, constrangida: Foi o Bernardo. O Bernardo que matou a Paula. E ele acabou de ser preso.

Úrsula se joga no sofá: O quê?! Não pode ser. Meu filho não! Ele não é um assassino.

Olive, pensativa: Foi ela! Eu tenho certeza!

Úrsula, se levantada: Ela? Ela quem?

Olive, nervosa: A idosa! A velha do submundo. Foi a Elisafran, eu tenho certeza disso!

Úrsula, pega a bolsa: Para de falar tanta idiotice e me dá a chave do carro. Eu vou consertar essa injustiça, tenho certeza que Bernardo é inocente, essa história tá muito mal contada!- Ela sai correndo.

Olive, pálida: Foi aquela nojenta…- Uma lágrima cai de seu rosto- Coitada da Paulinha…Coitada…

Cena 10- Hospital Botafogo/ Quarto de Maísa/ Noite.

Maísa desperta lentamente: Mãe…- Ela não vê ninguém no quarto e se levanta. A jovem pensa no que Úrsula lhe dissera e sofre. Ela se levanta e sai andando, abre a porta e checa o corredor.

Fausto dorme em uma das cadeiras. Maísa passa por ele e pelos recepcionistas, logo, está fora do hospital, e em frente a uma praça.

Maísa: Preciso respirar e refletir um pouco…- Ela caminha pela praça e leva a brisa em seu rosto. Lilian aparece em seus pensamentos- Minha mãe conheceu o Bernardo e se apaixonou por ele…Mas será que ela sabia o que ele representava pra mim? Será que…Foi tudo de propósito? Pra se vingar de mim?- Quem responde é uma corrente de ar frio que sopra em seus cabelos- Não é possível, minha mãe não é capaz disso! Ela não é cruel…Mas se ela fosse outra pessoa, teria motivos pra se vingar de mim. Eu bati e humilhei ela sem nem pensar direito. Eu quis colocar o meu direito acima do dela…- E suspira- Agora eu tô pagando por isso, fiquei doente…A Úrsula tava certa- Ela se levanta e resolve voltar pro hospital- Minha mãe não seria capaz disso…Ou seria? A dúvida insiste em continuar por mais que eu reflita.

Termina o capítulo 36.