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Ser Humano

Ser Humano- Capítulo 35( MORTE)

Ser Humano.

Capítulo 35( Morte).

Cena 01- Hospital Madame Úrsula/ Consultório de Úrsula/ Tarde.

Úrsula bate o pé: Lilian, não seria mais fácil você ir até minha casa? Ou vai me dizer que veio procurar emprego aqui? Eu soube que está desempregada, mas aqui não temos vagas…Lamento.

Lilian vai até ela: Não, eu vim falar de coisas mais importantes, meu emprego de médica já está garantido- E sorri- Eu queria saber com que direito você sai por aí inventando coisas da minha vida pra tentar me prejudicar?!

Úrsula pigarreia: Eu não entendi…Dá pra ser mais clara?

Lilian fecha a cara: Você inventou pro Téo que eu tô querendo me vingar da Maísa, e por isso me envolvi com o namorado dela…Mas eu nem sabia que Bernardo a namorava. Não fomos apresentados. E você inventou isso pra me prejudicar! Porquê? Qual o seu problema comigo? Aliás, qual o seu problema comigo e com minha filha?

Úrsula sorri: Problema nenhum, minha querida, eu te admiro muito! Mas você deve estar se confundindo, porque eu não inventei nenhuma história… Lilian, você tá sóbria?

Lilian aperta seu braço: Não seja cínica nem fingida, eu não suporto isso!

Úrsula: Dá pra me soltar? Fingida foi você, durante muito tempo, parece que enganou o próprio marido e a filha…Então não é exemplo de honestidade.

Lilian, irritada: Não muda de assunto. Eu vim aqui pra acertar contas, Úrsula, desde que nos conhecemos, passamos a traçar uma história juntas mesmo que indiretamente, e sempre notei que tem algum rancor, alguma inveja de mim…

Úrsula ri: Ai para de ser convencida, Lilian. Eu sou rica e desejada, pra quê ia ter inveja de uma médica qualquer?

Lilian: Mas parece que você se importa muito comigo e com a Maísa, tanto que inventou tudo isso! Confessa logo! Você quer me ver mal, prejudicar mais minha relação com meus familiares. Você me odeia!

Úrsula grita: CALA ESSA BOCA! EU FIZ ISSO TUDO MESMO PORQUE EU ODEIO VOCÊS, PRINCIPALMENTE SUA FILHA, ELA QUE ENTROU DE SUPETÃO NO CAMINHO DO BERNARDO! ELA ENFEITIÇOU ELE, MAS GRAÇAS A DEUS JÁ SE SEPARARAM! E AGORA VOCÊ SE APAIXONA POR ELE? CHEGA, CANSEI! QUERO AS DUAS LONGE DO GAROTO MESMO! ELE TEM QUE FICAR COM A PAULA!

Lilian: Então é verdade mesmo como eu suspeitava…Você é muito baixa, Úrsula, muito vil, mas eu não quero sua maldade no meu caminho. E principalmente no caminho da Maísa. VOCÊ que deve sair das nossas vidas e o Bernardo também, se ele quiser, mas nos deixe em paz! EM PAZ! Chega de tramoias, por favor.

Úrsula range os dentes: Quem castiga vocês pelos seus erros não sou eu, vide a Maísa. Doente. Acabada. Arruinada. Esse foi o preço de ela ter entrado no meu caminho. Agora não vai mais viver muito, mas ela não tinha futuro mesmo…

Lilian, furiosa: Cala a boca- Ela dá um tapa em Úrsula.

Úrsula engole em seco: Aceita a realidade, sua ímpia- Ela revida o tapa- E não encosta em mim.

Lilian fica com o rosto marcado: VOCÊ que não encoste mais em mim, sai do meu caminho, sai da minha vida, me deixa em paz! Eu nunca te fiz nada, eu nunca lhe agredi, nunca falei mal de você, não mereço o seu ódio!  E a Maísa se envolveu com seu filho, isso é problema deles dois, que eu saiba minha filha não é interesseira, então não é motivo pra se preocupar! Deixa eles serem felizes, para de ser tão invejosa!

Úrsula dá um sorriso malvado: Mas agora não é você quem ama o meu filho?

Lilian: CRETINA- Ela joga a madame no chão e lhe enche de tapas. Úrsula nem ao menos consegue se revidar, os tapas são pesados e ardem no rosto da megera, que fica vermelha- Eu não admito que você faça deboche do meu nome, Úrsula. É a última vez que eu aviso! A ÚLTIMA!- Depois puxa seus cabelos com toda a força e a encara, com olhos de ódio, Lilian vai até seu ouvido e sussurra- Eu não queria, mas tive de descer ao seu nível- E joga sua cabeça com tudo no chão, depois pega suas coisas e sai.

Úrsula, descabelada: Infeliz…Agora você começou uma guerra. Eu vou tornar sua vida um inferno, Lilian- Ela respira fundo e arruma o cabelo- E vou começar JÁ!- A madame pega sua bolsa e sai, andando devagar- Ela não tinha esse direito…Não tinha…VAGABUNDA. ORDINÁRIA. SUA SEM VERGONHA- Sai gritando pelos corredores do hospital.

Cena 02- Hospital Botafogo/ Quarto de Maísa/ Dia.

Maísa está deitada e Fausto sentado ao seu lado. Eles conversam.

O enfermeiro entra com um embrulho: Maísa, deixaram isso aqui pra você lá na recepção!

Fausto ri: Está com admirador secreto, filha?

Maísa se levanta: Claro que não, pai. – Ela agita o embrulho – Mas o que será isso?

Maísa consegue identificar: Parece um porta-retratos- E rasga- Será que foi minha mãe que mandou as fotos de quando eu era pequena? É bem a cara dela fazer isso. – Ela sorri.

Maísa vê que é uma moldura com a foto de Lilian e Bernardo se beijando, havia sido tirada por Úrsula e estava um pouco tremida.

Fausto estava bebendo água: O que foi minha filha? O que tem nesse álbum?

Maísa chora: Quem teve o mau gosto de mandar isso pra mim?- Ela começa a sentir uma dor- Ai…Como dói! Como dói por dentro de mim!

Fausto se aproxima: O que é isso?

Maísa esconde: Nada pai…Nada…- Ela começa a chorar silenciosamente, sofrendo por ver o namorado beijando a mãe. A dúvida ainda reinava em sua cabeça. Será que Lilian e Bernardo estavam juntos há muito tempo? Desde o tempo em que a médica era casada? Estaria Maísa sendo enganada? Isso dava voltas em sua mente, deixando-a quase maluca.

Fausto: Filha, o que tá acontecendo? Deixa eu ver essa foto!

Maísa, soluçando: Pai…Me deixa sozinha, eu preciso refletir.

Fausto acata: Tudo bem, eu não entendi o que aconteceu, mas qualquer coisa é só me chamar- Ele sai.

Maísa analisa a foto: Minha mãe…O Bernardo…- Ela joga a moldura pela janela- Quem foi capaz de me mandar isso?- Ela escorre as lágrimas- PORQUE? PORQUE ISSO TINHA DE ACONTECER COMIGO?!

Um pouco depois…

 Natália e Onofre chegam para visitar Maísa. Leblônio chega logo em seguida. Eles aparecem na janela no quarto e Fausto vai até a porta.

Natália: Oi Fausto! – Onofre faz cara feia. – Eu e Onofre viemos ver como a Maísa está. A gente pode falar com ela?

Fausto tenta não encará-la: A Maísa não está nada bem. Esperem um pouco. Daqui a pouco eu chamo vocês. Pode ser?

Natália compreende: Claro que sim. A gente espera lá na recepção. Até já.

Natália e Onofre saem. Leblônio fica.

Leblônio, preocupado: Aconteceu alguma coisa?

Fausto coloca a mão em seu ombro: Depois eu explico, espera na recepção, Leb, pra não cansar, daqui a pouco chamo vocês- Fausto sai pro lado oposto.

Leblônio vai beber água e Natália se aproxima dele.

Natália, tensa: Conseguiu saber o que houve com a Maísa?

Leblônio: O tio Fausto não quis contar nada.

Natália encosta na parede: Já era de se esperar. Eu estou com tanta pena da Maísa, uma carreira tão bela pela frente sendo impedida por uma legião de coisas. Ela não merecia todo esse sofrimento. – ela repara os músculos de Leblônio – Você é modelo também?

Leblônio cospe a água, rindo: Não. Quem me dera ter a sorte que minha prima teve. Eu não dou sorte com trabalho. Aliás, estou desempregado.

Natália, sorrindo: Isso é questão de adaptação…Lá no clube estamos precisando de um zelador, o Fausto te contou? Você podia se candidatar pra vaga!

Leblônio: Eu?

Natália: Sim, e então, topa?

Leblônio fica radiante: Claro, claro, eu vou aparecer por lá!!

Cena 03- Perto do Hospital Madame Úrsula/ Tarde.

Lilian senta em um banco na praça próxima ao hospital para descansar. Bernardo a vê de longe e tapa seus olhos por trás.

Lilian, assustada: VOCÊ NÃO VAI ME BATER MAIS- Ela se levanta- Ah…Bernardo?! Você por aqui?

Bernardo pendura a câmera: Ué, você achou que fosse quem? Tá tudo bem?

Lilian suspira: Tá tudo bem…Que coincidência.

Bernardo sorri: A gente precisa conversar, podíamos nos ver mais, sair mais. Você soube do…Como é o nome mesmo daquele festival? Rock In Rio?

Lilian: É.

Bernardo alisa seus cabelos: Então, a gente podia ir em alguns shows, é só me falar os cantores que você gosta. Também tem muitos programas bons que podemos fazer, cinema, parque, lagoa, piquenique, teatro…Uma infinidade. Pra começar, me dá seu telefone, porque não sabemos qual vai ser a próxima vez que vamos nos trombar na rua…

Lilian suspira: Bernardo, não. Não se iluda. Eu sinto muito mas…Eu não sou pra você. Nós não temos a mesma idade, nós provavelmente não temos os mesmos interesses e afinidades. Temos tudo pra dar errado. Eu nem devia ter te beijado. Me desculpa, mas eu tenho que ir.

Bernardo não entende: Como é? Lilian, não fala isso…

Lilian, querendo chorar: Me desculpa, eu não queria ferir seu coração, nós não devíamos…Tchau, Bernardo. Fica com Deus- Ela vai andando.

Bernardo: Não, pera aí, Lilian, você não pode fazer isso comigo.

Lilian tenta escapar: Aproveita que a gente se viu poucas vezes, me esquece, por favor Bernardo, é melhor.

Bernardo: NÃO, EU NÃO VOU ACEITAR ISSO!

Lilian o empurra: Para! Sai de perto de mim…- Mas ela não está brava, e sim muito infeliz- Sai Bernardo…Adeus- Ela entra no carro.

Bernardo, desolado: Pelo menos me explica o porquê, me explica- Lilian fecha o vidro mas o rapaz bate- Lilian! O que aconteceu? Você encontrou minha mãe, foi isso? Ela te procurou? FALA!- A médica acelera- Lilian, volta aqui…LILIAN!

Cena 04- Mansão de Úrsula/ Tarde.

Úrsula está dolorida no sofá: Ai meu lindo corpinho. Ai! Aquela hippie me paga. Coloca esse curativo direito, caipora- E continua se lamentando.

Bernardo chega, abatido.

Úrsula se levanta: Quem morreu? – Bernardo não entende. – Está com essa cara de velório! Não me diga que a Maísa morreu? Nossa, que triste!

Bernardo se irrita: Larga de ser debochada. A Lilian, a mulher da foto que eu te mostrei, ela pediu pra eu esquecê-la. Está satisfeita? Agora dá licença.

Bernardo vai andando em direção a escada.

Úrsula, venenosa: Espera, filho…Você sabia que a Lilian é mãe da Maísa?

Bernardo, assustado: Quê? Do que você está falando? – Ele se aproxima dela.

Úrsula: Eu estou falando que a Lilian é mãe da Maísa. Será que agora você entendeu? Preciso ser mais clara, desenhar, ou o quê?

Na mente de Bernardo, começam a passar vários flashes rápidos. (Flashback da Maísa perguntando sobre a foto de Lilian).

Bernardo, atordoado: Não é possível…

Úrsula ri: Então você está duvidando de mim? – Ela pega um papel e anota o endereço algo– Vai na casa da Lilian então. Vai lá e tira suas próprias conclusões. Você verá que eu não estou mentindo, querido.

Bernardo pega o endereço e sobe para o quarto, atordoado.

Úrsula se senta novamente: O primeiro passo pra minha vingança contra a Lilian…

Cena 05- Mansão de Sid/ Tarde.

Paula chega correndo, ela nota que os seguranças não estão no portão: TIO SID! TIO SID!- Ela vê que a mansão está vazia. E corre atrás do tio, em seu quarto- TITIO!

De repente ela vê Sid estirado na cama, de barriga pra baixo.

Paula, traumatizada: TIOOOOOOOOO!- Ela fica trêmula.

Elisafran surge, sorrindo: Não se preocupe, querida. Ele não tá morto. Só dopei seu titio com um remédio muito forte, dispensei os seguranças e empregados…

Paula a olha com fúria: Eu vou acordar ele, eu vou contar quem você é de verdade, chega de farsa, Elisafran! SUA CASA CAIU!- Ela se aproxima de Sid.

Elisafran saca uma arma: Nem mais um passo, Paula…Ou eu atiro, mas não em você, e sim no panaca, no idiota, no boboca do seu tio! LEITÃO FEDORENTO- Ela diz pra Sid- Tenho nojo dele, mas sou uma vitoriosa porque suportei o trouxa por meses só por causa desse plano…

Paula, parada: Eu te odeio, Elisafran, você que é uma nojenta aqui, se aproveitando de tudo e de todos, planejando um golpe…Por capricho.

Elisafran ri: CAPRICHO? VOCÊ SABE O QUE EU SOFRI PRA DIZER ISSO? EU TENHO OS MEUS MOTIVOS, PAULA, E NÃO É VOCÊ QUE VAI ME ATRAPALHAR, SINTO MUITO- Ela se aproxima da moça e coloca a arma em sua cabeça- FIM DE JOGO.

Paula em um rápido movimento lhe dá uma cotovelada, a arma cai debaixo da cama. Sid ronca. Paula consegue empurrar Elisafran até que a joga no banheiro, a idosa não consegue se defender. Paula a tranca lá.

Paula, ofegante: Isso foi pelo que você fez com a Olive!- Ela tranca a porta. Fran fica gritando e batendo na porta- Tio, acorda! TIO! TIO- Sid nem ao menos se mexe- Ai…Depois eu lido com ele, preciso ligar pra alguém. Eu não tenho provas contra a Elisafran, então a polícia não vai me ouvir…Já sei! Sei quem pode me ajudar- Ela desce as escadas.

Um pouco depois…

Bernardo atende o telefone: Alô? Paula?…Calma, se acalma, Paula!…O quê?

Paula, nervosa: Vem pra mansão do meu tio, pelo amor de Deus, ele corre perigo! A Elisafran…Vem me ajudar, por favor!

Bernardo percebe que o tom de sua voz é verídico: Calma, Paula. Eu não entendi bem o que aconteceu mas tô chegando aí pra te ajudar, calma- Ele desliga- Espero que não seja uma armação…

Paula começa a chorar: Com quem meu tio foi se meter?- Ela coloca as mãos na cabeça- Uma bandida! UMA BANDIDA!- Ela sobe e tenta acordar Sid, mas o remédio havia sido muito forte. Elisafran fica furiosa no banheiro.

Cena 06- Hospício/ Tarde.

Acácia e Dalva se se sentam à mesa do jardim.

Acácia, empolgada: E então? Tudo pronto pro nosso plano?

Dalva sorri: Claro que está. Está tudo sobre controle e em breve conseguiremos fugir desse inferno.

Acácia ergue a mãos aos céus: Finalmente eu vou conseguir ver a minha filha. Gorete, mamãe tá chegando…

Paralelo à cena…

Gorete, agora Iracema, e o cacique Peri estão perto de embarcar para o Rio e acabam de chegar na sala de embarque.

Iracema ( Gorete) se assusta ao ver os aviões na pista pelo vidro: Tô com medo de viajar de novo no pássaro de ferro, da última vez eu acabei sofrendo o acidente que me levou a conhecer a tribo…Melhor desistirmos.

Peri a tranquiliza: Calma, Iracema. Dessa vez iremos fazer uma ótima viagem e nada vai nos acontecer. Existe gente nos protegendo! Agora vamos pra fila do embarque…- Eles se dirigem até a fileira de pessoas.

Um político e seu assistente se aproximam.

Coronel Bravejo: Vamos rezar um ‘ Pai Nosso’ e uma ‘ Ave Maria’ Ruper, pra que esse avião não caia! Quero voltar ileso da viagem e continuar meu reinado por Vila Varzeônica!

Ruper confirma: Vamos sim, porque se esse troço cair e o senhor morrer, o José do Gado vai ter de assumir a prefeitura!

Bravejo: Vira essa boca pra lá! Aquele Castanha jamais conseguirá a prefeitura! Agora pega meu RG, logo, seja útil!

Iracema cochicha: Viu? Não sou só eu que tenho medo do pássaro de ferro, Cacique. É perigoso!- A fila avança.

Cena 07- Hospital Botafogo/ Quarto de Maísa/ Fim de tarde.

Úrsula entra: Maísa, querida, vim te visitar! Contar novidades!

Maísa abaixa a revista, visivelmente desconfortável: Úrsula, eu não quero a sua visita depois do que você me fez, sai daqui, por favor. Ou eu chamo a enfermeira.

Úrsula se aproxima: Chama até o papa, querida, ninguém vai me impedir de contar o que vim fazer aqui. E você devia me agradecer, sinceramente, porque eu sou uma informante do bem. Informante incompreendida.

Maísa, sem paciência: Fala logo o que veio fazer aqui, e saia por favor. Só não te expulso porque sou educada.

Úrsula: Educada? A que bate na própria mãe? Ironias da vida…Enfim, primeiramente, você gostou do álbum que te mandei?

Maísa, perplexa: Então foi você? Eu já devia ter imaginado, sua venenosa! Eu já joguei aquilo no lixo. Se foi pra me atingir, você não conseguiu!

Úrsula, surpresa: Então você é bem resistente, com uma doença dessas, não se abalou nem um pouquinho de ver sua mãe namorando o Bernardo por vingança?

Maísa: Vingança? Úrsula, sai daqui, eu não quero mais ouvir nada vindo de você. O álbum eu já descartei, se veio aqui busca-lo, perdeu a viagem. AGORA SAI.

Úrsula ri: Tão educada e por qualquer coisa grita?! Querida, sua mãe me contou, ela estava bêbada no dia, ela disse que ia se vingar pelos tapas que você tinha dado nela, pelo sofrimento que passou. E ela escolheu seu namorado pra isso…Até que foi inteligente. Mas eu, como sua AMIGA, amiga que você não reconhece, tenho dever de te alertar. Sua mãe não se importa contigo, deu pra perceber isso? Ela mentiu pra você! Ela te enganou! Ah…A Lilian não merece sua atenção, ela é uma péssima mãe.

Maísa se levanta, fraca: Isso é mentira, você não tem direito de falar uma atrocidade dessas. SAI DAQUI, SAI DAQUI- Ela dá alguns passos, mas não está muito bem- Úrsula eu cansei das suas invenções, das suas humilhações, eu não suporto mais isso, vai embor…- Ela acaba desmaiando, e cai no chão.

Úrsula a observa, friamente: Fraca. Fraca como sempre- Ela sai do quarto silenciosamente, e deixa a garota caída.

Cena 08- Botafogo/ Em frente ao prédio de Natália/ Fim de tarde.

Téo chega em frente a seu prédio e Marcelly, que estava a espreita, o reconhece e se prepara pra fazer uma atuação.

Marcelly começa a correr: SOCORRO! SOCORRO! – Ela grita. No ato, tropeça e acaba caindo no chão.

Téo se aproxima dela, correndo: Moça, tá tudo bem?

Marcelly, “assustada”: Um garoto, um pivete me perseguindo! Ele ia me assaltar. Meu Deus, que mundo cruel. Eu estou em estado de choque, por favor, me ajuda. Moro longe e estou toda machucada.

Téo encara a moça, sem saber o que fazer. Instantes depois, Marcelly está sentada no sofá do flat de Natália, sendo amparada pelo compositor.

Téo lhe dá água: E então, está melhor? Esses machucados aí em uma semana já estão curados…

Marcelly sorri: Bem melhor. Nossa, você salvou minha vida. A rua estava deserta, se não fosse você eu nem sei o que seria de mim!

Téo se senta: Não precisa agradecer. Eu só tentei te ajudar da melhor maneira possível.

Marcelly, rindo: E quem disse que eu te pedi obrigada?

Téo se levanta e Marcelly logo em seguida: Ah não? Pois deveria. Eu não salvei sua vida? – ele ri.

Marcelly se aproxima e Téo fica sem jeito: Pois eu prefiro te agradecer de outro jeito.

Marcelly o beija, deixando-o sem reação. Ele acaba se entregando e retribui o beijo.

Cena 09- Mansão de Sid/ Fim de tarde.

Paula anda de um lado pro outro: Cadê o Bernardo que não chega? Ai ai…- Ela olha no relógio, de repente percebe que alguém a observa- QUEM TÁ AÍ? BERNARDO, É VOCÊ?

Imo surge: Não minha querida, sou eu- Ela saca a arma.

Paula, apavorada: Como eu não suspeitei? A cúmplice…Imo…

Imo ri maldosamente: IMOGE é o meu nome. Eu tava te procurando no centro, loja por loja, e deixei mamãe aqui, caso você aparecesse…Cadê ela? FALE.

Paula, furiosa: Não importa, o que importa é que Bernardo tá chegando. Ele vai me ajudar. Acabou o plano de vocês, chega.

Imo: Tonta, ingênua, coitada…Você não sabe de nada que envolve o nosso plano, Paula. A minha mãe e eu temos muitos motivos pra nos vingar da Úrsula. O Sid? Esse velho foi apenas um suporte pra chegarmos na ‘ UMA DEUSA’, e nem iriamos matar ele, mas Sid tá começando a dar problema…Igual você. Minha mãe alertou pra que nos deixasse em paz, mas você é danada! INSISTIU! Não devia ter feito isso, mas fez. E agora vai pagar caro. Com sua própria vida.

Paula pega um abajur: Me deixa em paz…SOCORRO! SOCORRO BERNARDO.

Imo aperta o gatilho: Grita mais, aqui ninguém te ouve! Sinto muito Paula, mas chegou sua hora. Você até que era bonita!- Diz, ironicamente- Porém burra demais, e intrometida demais. Adeus- Imoge atira duas vezes na direção de seu coração.

Paula solta o abajur lentamente, ela cai pra trás, com tudo. O chão se ensanguenta na hora. Os olhos da moça ficam abertos. E o olho tremendo. Imo guarda a arma e verifica se o serviço estava completo.

Paula: Não…Isso não pode ficar assi…- O sangue começa a sair por sua boca.

Imoge percebe uma porta batendo lá em cima e sobe correndo. Ela logo consegue libertar a mãe.

Elisafran: Matou?

Imo: Não tive escolhas. Mas parece que ela chamou alguém pra cá, um tal de Bernardo. Essa arma não vai ser mais útil, e usei luvas, então…- Ela deixa o revólver na mão de Paula- Agora vamos logo- As duas saem correndo.

Elisafran, ofegante: Jovenzinha idiota, ela não devia ter se metido no nosso caminho.

Um pouco depois…

Sid se remexe, ele ainda está muito lesado. O velho abre os olhos e se apoia na cama, conseguindo se levantar: Fran?? Paula??- Diz, com dificuldade.

Lá embaixo, Bernardo chega: Paula! Paula!- Ele repara no rastro de sangue no chão- Mas o que é isso?- Ele segue o sangue e encontra o corpo estirado, Paula estava morta- PAULAAAAAAAAAAAAAAAAA!- Ele coloca as mãos na boca- Meu Deus do céu! PAULA! PAULA!- A jovem havia morrido com os olhos abertos- P…Paula- Ele fica traumatizado e  pega a arma de suas mãos- Ela…Ela se matou?

Sid desce as escadas lentamente: PAULINHA!- Ele vê a horrível cena- PAULA? PAULA?!- E nota Bernardo com a arma na mão- VOCÊ MATOU MINHA SOBRINHA?! ASSASSINO! ASSASSINOOOOOO!

Bernardo gela.

Termina o capítulo 35.

Victor Morais

Escrevi as webs novelas Beira-Mar e Filho Amado que foram publicadas no portal. Atualmente escrevo " Ser Humano", que se passa nos anos 80 e trata da relação complicada entre mãe e filha. Drama, emoções, cotidiano, conflitos familiares...Esse é o meu estilo.

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Escrevi as webs novelas Beira-Mar e Filho Amado que foram publicadas no portal. Atualmente escrevo " Ser Humano", que se passa nos anos 80 e trata da relação complicada entre mãe e filha. Drama, emoções, cotidiano, conflitos familiares...Esse é o meu estilo.

8 comentários sobre “Ser Humano- Capítulo 35( MORTE)

  • Que coisa, não? Úrsula tá empenhada em atazanar a vida de mãe e filha, gentem, que mulher insuportável é essa??
    Acácia está quase fora da clínica já hehe, quero ver como ela encontrará a tal Iracema… a sua Gorete!!
    Lilian deu uns belos tapas em Úrsula e cortou relações com Bernardo!! Essa mulher é mesmo de fibra.
    Maísa deve ter perdido o seu chão ao ver as fotos do beijo da sua mãe com seu namorado!!
    Marcelly tá mostrando que Yara investiu o seu rico dinheirinho em algo rentável kk
    Agora conseguimos ver que Imo e Elisafran não estão de brincadeira!! Good bye, Paula. Só espero que não sobre para o Bernardo agora :O

  • Nossa a Úrsula está fazendo de tudo para prejudicar a vida da Lilian e agora deu para atazanar a vida da pobre Maísa, que mulher cruel.
    Imoge e Elisafran, essas duas também não ficam para trás, e essa vingança contra a Úrsula acabou por vitimar a Paula, e agora o que irá acontecer. O Sid acabou por culpar o Bernardo, já Bernardo acha que a Paula se matou. Nossa capítulo FORTE!!!

    • Sim, Úrsula não presta. Mas ela terá as consequências de tudo isso, Wagner, pode apostar. Sim, a morte chegou pra Paula. Mas dessa vez quem se ferrou mesmo foi o Bernardo, está sendo culpado por um crime que não cometeu. Obrigado, Wagner. E obrigado por comentar!!

  • Duas mortes! :O
    Paula e o bebê, mortos, assassinados cruelmente, e por Imoge, a filha de Elisafran. Bom, mas isso parece não importar, pois quando Sid acordou, foi nas mãos de Bernardo que viu a arma. Não consigo ter pena do rapaz :/
    Agora a Maísa não terá mas o ex-namorado para lhe visitar no hospital, pelo menos ainda poderá contar com o apoio da família, e da mãe também, já que o que Úrsula disse não a abalou… Ou será que sim?
    Mas esses tormentos de Úrsula Malva aos Segata lhe custou alguns tapas de Lilian. A filha de Irene agora terminou com o Bernardo, parece que a mãe do rapaz conseguiu o que queria.
    Mas também tem o Téo, seu pai biológico, que cedeu aos encantos da Marcelly Mdureira… Será que dá certo o plano se Yara? Eu não estou muito confiante.

    • Pois é, foram duas mortes mesmo. Imo não teve piedade. Ela e Elisafran são bem perigosas, pra azar de Úrsula. Mas Bernardo que vai pagar o crime. Nossa, não tem pena dele? Coitado, veja sua situação!
      Maísa pode não parecer mas está bem abalada. Já Lilian não teve dó da megera e lhe deu muitos tapas.
      Lilian achava que seu relacionamento com o jovem não daria certo e disse game over pra ele. Pena né? Eu gostava dos dois, rs.
      O plano de Yara é bem maluco, mas estamos numa web novela, e planos malucos tem muitas chances de dar certo! Continue acompanhando e logo saberá se a maluquice de Yara surtiu algum efeito.
      Obrigado por comentar, João 🙂

    • Eu e o Victor ficamos agradecidos pelo comentário, Juan. Na verdade Elisafran é apelido da Elisa Francisca, interpretada pela Yoná Magalhães. Obrigado pelo carinho e obrigado por comentar!!

  • Calma gente, sei que esse foi um capítulo bem intenso, até eu tô em êxtase! E depois disso tudo, algumas coisas podem mudar em Ser Humano! Prestem atenção!! O que acharam das cenas? Comentem!
    E até semana que vem com mais uma semana de revelações em Ser Humano 😀

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