A Sangue Frio – Cap. 49
A Sangue Frio
Capítulo – 49
Escrito Por Felipe Lima & Bhrunno Acosta
1ª Cena – Mansão Drummond/ Interior/ Biblioteca/ Dia.
(Continuação imediata do episódio anterior. Stella se aproxima de Drummond. Este está aflito. Aliás, todos estão. Música “Erva Venenosa” toca suavemente.)
Stella (irônica) – Vocês são mesmo uns imbecis! Stella deveria ser estudada pela NASA. Talvez eu seja de outro planeta, porque sou tão inteligente…
Drummond – Do que você está falando, maluca?
Stella – Eu aproveitei o momento em que vocês estavam desolados pelo sumiço dessa aí (aponta para Isabelle).
Drummond (confuso) – Não estou entendendo.
Stella (bufa/revira os olhos) – Velhos! Lembra dos papéis que você assinou no dia em que ligaram dizendo que haviam encontrado Isabelle?
(Nesse momento, música cessa, tela escurece gradativamente.)
“`Flashback“`
(Drummond e Ângela estão no jardim quando Silvina, apressada, chega no local.)
Silvina (entregando o telefone) – Senhor Drummond, ligação para o senhor.
(Drummond acena com a cabeça, em sinal de agradecimento. Silvina se retira. E, após, ele põe o aparelho no ouvido.)
Drummond – Alô? (T) Como é? Minha filha está viva? (T) Encontraram ela onde? (T) Estamos indo para aí!
Ângela (esperançosa) – Encontraram minha filha?
Drummond – Sim. Vamos imediatamente à delegacia!
(Nesse momento, entra um homem bem vestido, com uma maleta em suas mãos e um papel.)
Homem – Com licença! O senhor Bruno pediu para o senhor assinar esse papel para a autorização de uma arremessa de tecidos.
Drummond – Com licença, eu não posso falar agora.
Homem – É urgente, por favor!
Ângela – Assina logo! E vamos. Eu quero saber notícias da minha filha.
Drummond – Onde é para assinar?
(Drummond assina os papéis e logo após se apressa para ir à delegacia. O homem se retira.)
“`Fim Do Flashback“`
(Isabelle, furiosa, se aproxima de Stella.)
Isabelle – Você usou o meu sumiço para conseguir arrancar todo o patrimônio do meu pai? Que tipo de pessoa é você? Maldita!
(Isabelle desfere um tapa na face de Stella.)
Stella (passando a mão na face) – Isso não ficará assim! Eu sou do tipo que age e luto pelo o que quero. (Apontando para todos, histérica) Agora, ou vocês vivem sob as minhas regras ou vocês sofrerão as consequências. Então, o que me dizem?
(Todos se olham, aflitos.)
CORTA PARA
2ª Cena – Mansão Montenegro/ Interior/ Dia.
(Raquel, desolada, chora sobre o corpo de James. Instrumental de tristeza toca ao fundo.)
Raquel (enxugando as lágrimas) – Eu irei te dar um velório digno.
(Raquel tateia o seu bolso, à procura de algo. Ela tira o celular e liga para alguém. Áudio fica em OFF, no início. Depois, ouve-se o fim da conversa. Instrumental cessa.)
Raquel – Não demora! Estou esperando.
3ª Cena – Mansão Drummond/ Interior/ Biblioteca/ Dia.
Drummond – O que você vai fazer agora? Vai querer que fiquemos aqui sendo seus capachos?
Stella (debochada) – Até que para um “Matusalém” você ainda raciocina muito bem. (Risadas).
Ângela – Você só pode estar mal da cabeça. Eu jamais serei submissa a você. Prefiro morar sob um viaduto.
Stella – Escolha o que melhor lhe convir, minha cara Ângela. Mas não se arrependa depois!
Drummond – Eu também não serei seu capacho. Com licença!
(Ângela e Drummond dirigem-se à porta, Isabelle os acompanha. Stella, então, grita.)
Stella – É ISSO MESMO QUE VOCÊS QUEREM? A PARTIR DO MOMENTO QUE PISAREM LÁ FORA, ESTARÃO NA LAMA, NA RUÍNA. E SERÃO TODOS ESQUECIDOS. JÁ VEJO A CAPA DO JORNAL “EXTRA! FAMÍLIA DRUMMOND ESTÁ ARRUINADA.” VOCÊ AGUENTARÁ ISSO, ÂNGELA? O QUÊ SUAS AMIGAS DIRÃO?
(Ângela dá vira-se à Stella. Marta aproxima-se da vilã.)
Marta – Você pode chantagiá-los, mas a mim você não pode fazer isso. Vou agora mesmo à delegacia.
Stella – E quem te garante que não? Eu posso tudo, Marta. Eu sou a rainha do mal. (T) (irônica) Seu marido está a beira da morte, não é mesmo? Como ele reagiria se soubesse que a sua mulher armou uma vingança durante 20 anos? Ou, sei lá, matou alguém?! (Risos)
(Marta e Stella se olham. A primeira, furiosa. A segunda, se debruça em risos.)
CORTA PARA
4ª Cena – Universidade/ Interior/ Dia.
(Natasha e Thomaz estão sentados numa lanchonete, tomam sorvete juntos. Fundo: “How Long Will I Love You”.)
Thomaz – Melhor coisa que me aconteceu foi você ter entrado em minha vida, meu amor.
Natasha – Digo o mesmo. Não me imagino sem você.
Thomaz – Quando vamos nos casar?
(Natasha engasga-se com o sorvete, arregala os olhos e sorrir timidamente.)
Natasha – Tá cedo! (T) Vamos! Está ficando tarde.
Thomaz – Eu ficaria aqui pra sempre com você.
Natasha – Eu também. Mas vamos. Amanhã tem a festa da empresa. Você vai?
Thomaz – Sim. Meu avô quer todos lá. Agora vem cá!
(Thomaz puxa Natasha para si e a beija intensamente. CÂM ascende e mostra o jovem casal. Música termina. Tela escurece.)
5ª Cena – Mansão Drummond/ Interior/ Dia.
Marta – Você está louca? Eu nunca matei ninguém!
Stella (irônica) – Pra tudo há uma primeira vez. (T) Agora, chega! Respondam! Vão ficar aqui ou vão pra rua?
(EM CORTES, mostra-se a face de Drummond, Ângela e Isabelle, os três estão muito preocupados.)
Stella – Então, Ângela…?
Foco em Ângela. A imagem congela ganhando tons de vermelho sangue.