A Sangue Frio – Cap.46
A Sangue Frio
Capítulo – 46
Escrito Por Felipe Lima & Bhrunno Acosta
Imagens da grande São Paulo.
Cena 01/ Ap João Lucas/ Interior/ Dia.
(João Lucas aparenta esperar alguém, ele demonstra grande ansiedade. Ouve-se a companhia. João Lucas em um passo vai abrir a porta. Imagens das pernas da pessoa que entra no local. É Stella).
Stella – Se me chamou é por que já fez o que pedi e fez uma ótima escolha.
João Lucas – Você tem certeza que não usará isso?
(Nas mãos de João Lucas está um envelope).
Stella – Não se preocupe. Isso só será uma moeda de troca, não acontecerá nada.
João Lucas – Se você fizer algo com ele, eu te juro que faço de tudo pra todo mundo descobrir quem é você!
Stella – Oh, que lindo. Não se preocupa que eu não vou fazer nada com seu namoradinho. Ele ficará salvo. Agora depende do quanto ele se meter em meu caminho.
João Lucas – E quando eu irei ganhar minha promoção?
Stella – Apressado você, hein? (T) Logo, logo. Amanhã na festa da empresa eu irei lhe promover.
João Lucas – Mas você não é nada da empresa. Não tem poder algum.
Stella – Não tinha, mas agora eu tenho. Você descobrirá muito em breve. Agora me dá logo isso.
(João Lucas entrega nas mãos de Stella o envelope).
Stella – Foi bom fazer negócio com você. Espero não me arrepender.
(Stella se retira).
João Lucas – O que foi que eu fiz?! Meu Deus! O que foi que eu fiz? Eu sou a pior pessoa do mundo. Droga!
Passam horas em São Paulo.
Cena 02/ Drummond Têxteis/ Interior/ Dia.
(Stella entra na empresa e segue para a sala da presidência. Ela entra de repente. Bruno e Gabriel tomam um susto).
Stella – Boa tarde Bruno. Preciso conversar com você… Agora!
Bruno – Eu sinto muito, querida, mas agora eu não posso.
Stella – Não me chame de “querida”, que eu não sou da tua laia! (T) Você não entendeu. Eu quero falar contigo agora!
Gabriel – E quem é a senhorita pra falar assim com meu best? Tá brava? Vira presidente da república, fofa!
Stella – A conversa não chegou ao teu nível, garoto.
Gabriel – Não fale assim não, tá ouvindo?
(Gabriel se aproxima de Stella, raivoso, apontando o dedo pra ela. Bruno intervém, tirando o amigo dali).
Bruno – Gabriel, com licença. Vai lá fora, um instante. Quero saber o que ela quer falar comigo de uma vez. Mas não pense que me dá ordens não, viu Stella? Só falo com você agora pra parar de encher-nos de ofensas.
(Gabriel se retira).
Stella (p/ Gabriel) – Isso, saí seu viadinho. Deveria extinguir toda essa aberração da terra. E que os negros também fossem juntos.
Bruno – Se você ousar falar isso mais uma vez, eu vou à delegacia agora mesmo.
Stella – Creio que não vai a lugar algum. Eu sinto lhe dizer, mas você está em minhas mãos.
(Stella ri. Bruno fica sem entender).
Cena 03/ Mansão Montenegro/ Interior/ Dia.
(Imagens do porão da casa. Em um velho sofá está Raquel amarrada. James entra).
James – E como foi sua noite? Bem confortável?
Raquel – Me tira daqui, eu preciso ir ao banheiro.
James – Eu vou te desamarrar. Caso você tente sequer escapar, te mato. Sem piedade!
(James vai até Raquel. Ele a desamarra. James pega rapidamente o revólver e aponta para Raquel).
James – Anda, devagar. E nem ouse fugir.
(Raquel anda até o banheiro. Ao entrar, ela procura alguma janela que dê para ela fugir. Encontra e abre uma que achou. Mas não consegue sair).
James – Está demorando demais! Melhor sair.
(Raquel abre alguns armários à procura de algo. Em um deles, ela encontra álcool, o pega e vagarosamente, sai do banheiro. Ao fazer isso, Raquel tenta esconder o pequeno litro que está em suas mãos. James a observa, curioso e desconfiado).
James – O que você tem aí?
Raquel – Isso!
(Raquel, de forma rápida, joga o álcool nos olhos de James. Ele, desnorteado, atira para lugares aleatórios. Raquel tenta fugir, mas a porta está fechada. Então ela tenta pegar a arma das mãos de James, que reluta. Eles entram em uma luta corporal e isso faz com que a arma caia longe).
Cena 04/ Mansão Drummond/ exterior/ Dia.
(Mostram imagens de uma moça entrando na propriedade Drummond. Ela caminha pelo Jardim. É Isabelle. A moça caminha até a entrada da mansão, onde aperta a campainha. Em alguns segundos, Silvina abre a porta para Isabelle).
Silvina – Dona Isabelle! Ai meu Deus! DONA ÂNGELAAAAAA!
(Ângela aparece).
Ângela – A casa está pegando fogo?! O que foi?
Silvina – Olha quem está aqui!
(Ângela olha atenciosamente para a porta e vê Isabelle. Ela desce a escada rapidamente).
Ângela – Minha filha, oh, minha filha! Como eu estava com saudades suas! O que aconteceu com você?
Isabelle – Foi a Stella, ela mandou uns bandidos me pegarem no hospital e trancar em um casebre.
Ângela – Não, você deve está alucinando.
Isabelle – Não, mãe, eu vi! Ela foi lá onde eu estava. Disse que iria acabar comigo. E logo depois mandou um homem me matar. Eu passei todo esse tempo em um hospital no interior.
Cena 05/ Mansão Wurttemberg/ Interior/ Dia.
(Marta está na biblioteca. Quando ouve a campainha, vai até a porta e abre. É Fred).
Marta – O que você está fazendo aqui?!
Fred – Preciso falar com a senhora. É sobre Stella.
Marta – Vamos até a biblioteca onde podemos conversar. Seja rápido, meu marido foi passear pelo parque, mas já está de volta.
Fred – Ela está louca.
(Eles conversam. Áudio Off.)
Cena 06/ Mansão Drummond/ Interior/ Dia.
(Vinicius sai em prantos do quarto. Ele olha para baixo onde estão Ângela e Isabelle).
Vinicius – Foi ela. Foi… Foi… Ela que matou…
Ângela – “Ela que matou” quem?
Vinicius – A Stella… Ela matou a Fernanda!
Foco em Ângela. A imagem congela ganhando tons de vermelho sangue.