Raio Azul – Ep. 1 – O mundo em câmera lenta
Episódio 1 – O Mundo em câmera lenta
Na movimentada cidade de Lighting, cedo da manhã, o adolescente Brad Benson acorda para mais um dia de escola, Brad não faz parte dos populares da escola e nem dos não populares, ele só tem um amigo no colégio, Francis, um apaixonado por tecnologia. Eles estão no seu último ano de escola.
Brad é apaixonado por química e por isso marcou de se encontrar para conhecer a nova substância química criada pelo seu professor o Dr. Carl Golden.
Enquanto isso, era noticiado na TV pela a repórter Taylor Rose a tempestade que estava se aproximando da cidade de Lighting.
À noite, já abaixo de forte chuva, Brad foi até o laboratório do Dr. Carl para conhecer a ChemySpeed, substância desenvolvida pelo o cientista.
– Por favor, entre Brad! – Disse o Doutor.
– Claro! Mas, Doutor Carl, por que a substância tem esse nome? – Disse Brad.
– Ela se chama ChemySpeed porque acelera o metabolismo das moléculas dos corpos que entram em contado com ela. Em outras palavras: essa substância quebra tudo que você já ouviu e aprendeu sobre tempo e espaço, caro Brad.
– Essa tempestade está ficando muito forte, Doutor, acho que devo ir. – Disse Brad preocupado com os raios que caiam.
– Não Brad, por favor, fique! Contemple essa maravilha da química! – Retrucou o Dr. Carl.
– Tudo bem, então me explique como chegou a essa substância?
– A verdade é que eu não a criei, eu a descobri! Essa substância não é do nosso planeta. Ouça, Brad, essa substância pode ser muito perigosa se cair nas mãos erradas.
– Espera aí, como assim? Não é deste planeta?
Antes que o Doutor pudesse explicar, um forte raio caiu próximo ao laboratório fazendo a energia cair. Brad se ofereceu para consertar a energia. Quando Brad começou a mexer no circuito elétrico outro raio atingiu o laboratório criando uma forte descarga elétrica em Brad. Que foi arremessado contra a parede. A energia elétrica entrou em contato com a reação química do Doutor criando uma explosão química que se alastrou por toda a cidade como uma espécie de gás. Brad perdeu a consciência pouco depois da explosão.
DUAS SEMANAS DEPOIS…
Brad acorda em um hospital sem entender muito bem o houve, seus pais e seu amigo Francis correm em direção ao Brad. O garoto de 18 anos observa que ao seu redor têm muitas pessoas em coma. Após acordar, ainda desnorteado, ele é levado para casa com os pais. Mas ao ficar sozinho no seu quarto ele percebe que algo está errado. O seu corpo está sendo tomado por uma eletricidade completamente fora do comum. Brad olha para suas mãos que começam a sair pequenos fluxos de energia. Ele sai do quarto e vai até a sala onde estão seus pais.
– Brad, por que você saiu do seu quarto, filho? – Perguntou Lizzy, mãe de Brad
– Eu estou bem, mãe. Só um pouco confuso pelo tempo que fiquei apagado. Onde está o Doutor Carl?
– Filho… Eles o procuraram e não encontraram o Dr. Carl. – Disse Sam, seu pai.
– Como assim? Não o encontraram?
– Depois da explosão só encontraram você desmaiado… Filho, nós pensávamos que íamos perdê-lo. – Explicou aos prantos Lizzy.
Brad permaneceu em silêncio por alguns minutos.
– Querida, eu estou indo ao banco. – Falou Sam.
– Eu vou junto! – Disse Brad.
– Não, filho. – retrucou Lizzy.
– Eu já disse, vou junto. – retrucou Brad.
Brad não parava de sentir aquela sensação estranha de estar sofrendo um choque constantemente. Ele pensou que poderia ser algum efeito do acidente com a ChemySpeed. Ao chegarem ao banco, Brad e Sam pegaram uma grande fila, enquanto eles esperavam um homem entrou gritando:
– Todo mundo parado! Isso é um assalto!
O homem estava fortemente armado e Brad ficou assustado. O homem deu as costas a Brad e Sam. Sam viu aquilo como uma ótima oportunidade de desarmar o assaltante distraído e avançou pra cima do homem, que percebeu o movimento de Sam e rapidamente virou e lhe deu um soco no rosto fazendo com que Sam fosse ao chão. O homem, furioso, apontou a arma para o pai de Brad. Naquele momento a mente de Brad começou a trabalhar de forma inimaginável, é como se o garoto tivesse vendo tudo aquilo acontecer em câmera lenta. Ele via claramente o ódio nos olhos do assaltante, e viu os dedos do homem se movimentarem lentamente até apertar o gatilho com a arma apontada para seu pai. Brad começou a se movimentar numa tentativa de salvar Sam e logo nos primeiros passos percebeu que conseguia se movimentar rapidamente dentro daquele mundo em câmera lenta. Brad via a bala que ia em direção a seu pai se mover lerdamente, e teve a ideia de tirar seu pai do caminho da bala.
Brad conseguiu tirar seu pai de dentro da agência bancária. E lembrou-se das outras várias vidas inocentes que ainda estavam lá dentro. Ele correu até o banco de novo, desarmou o assaltante e derrubou o bandido com um choque de eletricidade produzida em suas mãos.
Brad estava mais confuso, e seu pai também. Mas o que teria acontecido lá no banco? Sam tinha certeza da sua morte, mas algo o tirou de lá dentro e ainda desarmou o bandido.
Francis chegou à casa de Brad para visitá-lo e Brad resolveu contar o que tinha acontecido no banco.
– Cara, deixa eu ver se eu entendi? Quer dizer que depois do acidente você ganhou super poderes? E com esses poderes salvou a vida do seu pai e de várias outras pessoas? E prendeu um bandido? – Perguntou Francis.
– Basicamente isso. – Respondeu Brad.
– Brad, você sabe o que isso quer dizer? Que você é um super-herói! Como nos quadrinhos!
– Não sei se podemos dizer isso, Francis.
– Podemos sim! Podemos criar sua fantasia, seu nome, podemos ser uma equipe. Eu posso te apoiar com minha sabedoria em tecnologia, que é muito grande, modéstia à parte! – Disse Francis.
– Não sei. – Respondeu Brad.
– É a sua grande chance, imagina como a criminalidade de Lighting iria diminuir com um super-herói que ver as coisas em câmera lenta e ainda produz eletricidade nas mãos!
– Realmente isso seria demais! – Disse sorrindo Brad. – Mas espera aí! Será que mais alguém foi exposto a radiação da explosão da ChemySpeed aquela noite?
– Todo mundo foi exposto, a explosão se alastrou pela a cidade inteira, mas acho que cada organismo deve ter reagido diferente, sua reação pode ter sido a eletricidade por causa do raio. – Explicou Francis.
– Quer dizer que a ChemySpeed pode ter reagido de diferentes formas em outras pessoas? – Perguntou Brad.
– Provavelmente, sim.
– Então pode ser que tenha outras pessoas com super poderes por aí?
– Podem sim, pessoas boas e também pessoas ruins. Você não ver? A cidade precisa de você!
– Você está certo, Francis! Vamos preparar o super-herói de Lighting! “O ultra-velocidade”! Ok, depois nós vamos pensar num nome melhor. – Disse Brad.
Que estréia magnânima e o que será que aconteceu com o doutor?
Parabéns pela a estreia, Alexandre.
Obrigado.