Perigosos Acasos: Capítulo 1- Estréia
Capítulo 1
Cena 1. Escola de Ballet. Sala de aula
A câmera mostra algumas meninas fazendo movimentos leves de ballet copiando fielmente o que a professora Magdalena estava fazendo, até que, o telefone dela toca.
Magdalena: Meninas vou sair rapidinho para atender o telefone e já volto.
Magdalena sai da sala de aula indo em direção ao pátio, até que, chega até lá e ela atende o telefone.
Magdalena: Alô, quem está falando?
Anônima: Sou eu, filha.
Magdalena reconhece a voz da avó Gertrudes.
Magdalena: Oi, vó. Como a senhora está?
Dona Gertrudes: Filha, sinto que minha morte se aproxima, venha até minha casa o mais rápido possível.
Magdalena: Já vou, vó.
Dona Gertrudes: Tá bom, filha.
Magdalena; Tchau.
Magdalena desliga o telefone.
Cena 2. Casa de Elisa. Sala de Estar
Magnólia está rezando até que Milena se aproxima dela.
Milena: Madrinha, eu tenho algo para te dizer.
Magnólia: Fale querida.
Milena: Eu só peço que a senhora não diga nada á Elisa.
Magnólia: Tá bom, prometo que não digo nada.
Milena; A Elisa está se prostituindo, depois, que sai da faculdade.
Magnólia: O que você está dizendo?
Milena: Estou dizendo que a sua filha está se prostituindo, mas, se a senhora não acreditar em mim pode perceber como ela chegará estranha daqui a pouco quando ela voltar da faculdade.
Magnólia: Eu perceberei, agora, me der licença que vou voltar a rezar.
Milena: Tá bom, madrinha. Tchau!
Milena(P/SI): Agora, a Elisa vai se dar muito mal.
Cena 3. Casa de Dona Gertrudes. Quarto
Dona Gertrudes está deitada na cama conversando com a empregada Hermínia.
Dona Gertrudes: Hermínia, sinto que minha morte está se aproximando, mas não posso morrer antes de te entregar uma carta ao qual eu escrevi para Magdalena.
Dona Gertrudes abre uma gaveta, pega um envelope e entrega para Hermínia.
Dona Gertrudes: Só entregue essa carta a Magdalena após minha morte, está certo Hermínia?
Hermínia: Está certo, senhora.
O telefone toca e Dona Gertrudes atende.
Dona Gertrudes: alo quem está falando?
Magdalena: Sou eu, vó. Te liguei para dizer que já cheguei na cidade.
Dona Gertrudes: ah sim, mandarei Hermínia ir te buscar, filha.
Magdalena: Mas, vó não quero que a senhora fique sozinha.
Dona Gertrudes: Não estarei sozinha, estarei com Deus e isso basta. Espere aí que Hermínia vai te buscar, tá. Tchau
Magdalena: tchau.
Dona Gertrudes desliga o telefone.
Dona Gertrudes: Hermínia, vá buscar Magdalena no aeroporto.
Hermínia: Vou sim, senhora.
Hermínia sai do quarto.
Cena 4.Periferia de são Paulo. Noite
Elisa está andando na rua, até que entra em um beco onde é abordada por um homem que a segura pelos braços.
Elisa: Me solte, moço.
Homem: Não te soltarei, Negrinha imunda.
Elisa: Se você não me soltar agora, eu vou gritar.
O homem coloca a mão sobre a boca da jovem e a leva até um lugar mais escuro.
Homem: Agora, vou transar com você. Vagabunda.
A câmera mostra o olhar assustado de Elisa.
Cena 5.Casa de Gertrudes. Quarto
Dona Gertrudes começa á ver tudo girar e ela começa á se desesperar.
Dona Gertrudes: Meu Deus, não permita que eu morra antes de ver minha neta.
Dona Gertrudes começa á tremer sem parar, até que cai no chão e ver tudo escurecer.
Cena 6. Periferia de são Paulo. Noite
O homem começa á tirar as roupas de Elisa e simultaneamente as dele também.
Homem: Hoje você vai sentir o pênis mais grosso do mundo em sua buceta, negra. (risos)
Elisa começa á chorar aflita.
Homem: Não tenha medo, meu pênis é grosso mais não vai te machucar não. (risos)
O homem segura no pinto e o coloca na vagina de Elisa e começa á fazer movimentos de vai-e-vem nela até que um liquido branco sai de seu pênis e penetra na vagina dela.
Homem: Agora, você vai lamber meu pênis até limpar o esperma.
O homem puxa o cabelo de Elisa, pega na cabeça dela e a coloca em seu pênis.
Homem: Vamos, comece á lamber meu penis.
Elisa começa a lamber sem parar, até que o limpa.
Homem: Tá vendo, já limpou. Menina obediente.
O homem pega as roupas do chão e começa á se vestir.
Homem: você sabe porque eu te estuprei? Eu te estuprei Porque você é uma vagabunda e ainda por cima é negra.
Elisa pega as roupas, se veste e tenta sair do beco, porém, O homem a segura.
Homem: Jamais diga a ninguém o que eu fiz aqui e Se você contar a alguém, eu estupro a sua mãe na sua frente e depois, a mato. Está escutando a mato.
Cena 7. Aeroporto
Hermínia chega no aeroporto e Magdalena entra no carro.
Magdalena: Oi, Hermínia.
Hermínia: Magdalena, como você cresceu. Nossa, você se tornou uma bela mulher.
Magdalena: obrigado, Hermínia. Vamos estou morrendo de saudades de vovó.
Hermínia: Vamos sim, querida.
Cena 8. Periferia/casa de Elisa
Elisa sai do beco chorando até que se aproxima de sua casa e começa á limpar as lágrimas. Dona Magnólia está na porta da casa com um cinto na mão e Elisa após vê-la se desespera.
Dona Magnólia: Porque demorou tanto assim?
Elisa: Estava na faculdade.
Dona Magnólia: entre logo, vamos conversar lá dentro não quero que os vizinhos descubram que você chegou á essa hora da noite.
Elisa entra na casa e Magnólia tranca a porta.
Dona Magnólia: Sim agora me explique melhor.
Elisa: eu sai da faculdade e fui na casa de uma amiga.
Dona Magnólia: E que amiga foi essa?
Elisa: Foi Milena.
Dona Magnólia dá uma cintada em Elisa e Elisa urra de dor
Dona Magnólia: Para de mentir, acabei de ligar para a Milena e ela me disse que você não estava lá. Aonde você estava? Me responda aonde você estava, Elisa.
Elisa abaixa a cabeça.
Dona Magnólia: Seu silêncio me diz tudo, você estava se prostituindo, sua vagabunda.
Elisa: Não mãe, eu não estava me prostituindo não.
Dona Magnólia: Cale a boca, nada vai me convencer do contrário. Você está se prostituindo sim. Agora, vou te dar uma surra ao qual você jamais vai esquecer.
Dona Magnólia dá muitas cintadas em Elisa que ela chega à gritar de tanta dor.
Dona Magnólia: agora, você vai rezar 50 ave Maria em cima do milho, sua imunda.
Dona Magnólia joga muitos caroços de milho no chão e entrega o terço á Elisa.
Dona Magnólia: Ajoelha.
Elisa ajoelha no milho, começa á rezar e as lágrimas começa á rolar em seu rosto.
Cena 9.Casa de Gertrudes. Sala/quarto
Magdalena e Hermínia entram na casa.
Magdalena: Aonde, posso deixar minhas malas Hermínia?
Hermínia: Pode deixar aí, levarei até seu quarto.
Magdalena: Mas, aonde está vovó?
Hermínia: Sua avó está no quarto, Te levarei até lá.
Hermínia leva Magdalena até o quarto de Dona Gertrudes e abre a porta, porém quando abre ambas veem o corpo de Dona Gertrudes no chão.
Hermínia: Meu Deus.
Magdalena corre até o corpo da avó e começa á chorar inconsolável.
Magdalena: vó, acorda vó.
Hermínia: Não adianta gritar, Magdalena. A sua avó morreu.
Magdalena: Não.- Grita bem alto
Cena 10. Casa de Miguel.
Miguel e sua mãe, Tereza estão jantando.
Miguel: Mãe, cadê meu pai?
Tereza: Não sei, filho. Seu pai não está mais me dizendo aonde vai.
A câmera mostra passos de um homem entrando na cozinha, onde eles estão jantando.
Homem: Olá, família.
A câmera sobe e mostra o rosto do homem, que na verdade é o estuprador de Elisa.
Tereza: aonde estava, Rogério?
Rogério: Eu estava em uma reunião na empresa.
Miguel: Á essa hora da noite?
Rogério: Sim, pois os empresários costumam se encontrar á noite.
Miguel: Essa história está muito mal contada, não acha?
Rogério: O que foi? Pra que tanta desconfiança assim? Jamais dei motivos para isso, não acreditam mais em mim?
Tereza: Apenas ficamos preocupados com você, Rogério. Mas, nos explica porque você ficou tão nervoso assim.
Rogério: Agora, já chega vou tomar um banho e dormir. Tchau família.
Tereza: Mas, você não vai comer não?
Rogério: Não. Estou sem fome.
Rogério sai da cozinha.
Miguel: Isso está muito estranho, a senhora não acha mãe?
Tereza: Ele deve estar assim, por estar muito sobrecarregado no trabalho, filho. Você sabe que ser empresário é muito complicado, filho.
Miguel: É deve ser mesmo.
Cena 11. Casa de Elisa. Sala/quarto
Elisa está urrando de dor e muito cansada por estar ali á 15 minutos rezando.
Elisa: Posso levantar, mãe?
Dona Magnólia: levante-se.
Elisa se levanta e olha para seu joelho avermelhado.
Dona Magnólia: Agora, vá para seu quarto.
Elisa vai para o seu quarto, tranca a porta , deita na cama e começa á lembrar do estupro e começa á chorar.
Elisa: Aquele homem estava certo, eu sou uma negra imunda, pois, até minha mãe me considera assim.
Elisa se cobre com a coberta e olha para o céu estrelado.
Elisa: Meu Deus, hoje eu sofri tanto, fui estuprada, apanhei de minha mãe, fui denegrida, sofri preconceito racial e ainda fui insultada. Então, porque o senhor me fez? Foi apenas para sofrer, Deus?
As lágrimas escorrem pelo rosto de Elisa que chora inconsolável.
Cena 12.casa de Gertrudes. Quarto/sala
O IML leva o corpo de Gertrudes e Magdalena sentada na cama chorando.
Hermínia(p/si):Será que eu entrego a carta de Gertrudes á Magdalena? Acho que só assim Magdalena vai melhorar, vou entregar logo essa carta.
Hermínia retira a carta da gaveta.
Hermínia: Magdalena, tenho algo que tenho certeza que você vai gostar muito.
Magdalena: duvido que vou gostar de algo, após a perda de minha avó.
Hermínia: Antes de sua morte, Dona Gertrudes me mandou entregar uma carta que ela fez para você.
Magdalena: E aonde está essa carta?
Hermínia entrega á Magdalena.
Hermínia: aí está.
Hermínia sai do quarto e Magdalena abre a carta e a câmera foca nas tais palavras:
´Querida neta
Você sempre preencheu o vazio do meu coração após a morte de seus pais e mesmo quando eu te corrigia e até te batia, você continuava me amando e demonstrando o seu carinho por mim, por isso, eu deixei toda a minha herança para ti e tenho certeza que cuidarás bem dela.
Jamais se esqueça de mim, pois, aonde eu estiver jamais me esquecerei de ti.
Eu te Amo.
De sua querida avó Gertrudes.
Um homem entra no quarto enquanto Magdalena está lendo a carta.
Homem: Meus pêsames, Magdalena!
Magdalena após reconhecer a voz se surpreende.
Magdalena: Ulisses.
A câmera foca no olhar surpreso de Magdalena e na felicidade de Ulisses em reencontrar seu grande amor.
Continua …
Li todas as chamadas, mas prefiro comentar no primeiro capítulo logo. Eu confesso que não faz tanto meu estilo de história, porque não sou tão chegada assim a novelas. Há alguns erros de digitação, seja em palavras ou pontuações. Mas acho que são essas as minhas noções sob a estrutura. Vamos falar de conteúdo! Quando Gertrudes ligou dizendo que iria morrer, Magdalena se mostrou indiferente. Achei a reação dela meio sem emoção, insensível. Enquanto isso, alguém avise Milena que não se interrompe a reza dos outros pra fazer fofoca.
Não curti a cena de Elisa. Obviamente por ela ter sido estuprada também, mas o comportamento e o palavreado do estuprador meio que não se adequam a essa situação perturbadora vivida por tanta gente. Sem contar que ela sequer se debateu ou chamou alguém e isso só faria sentido se ele estivesse armado. Mas, ao que parece, ele nem estava. Acho que seria menos desagradável descrever a angústia de Elisa ao invés de dizer simplesmente o que estava acontecendo. Mas que cena nojenta. Enfim, o criminoso tem um palavreado muito biologicamente correto, sabe? Daria para transmitir mais agressividade e desequilíbrio da parte dele, até porque quem faz esse tipo de coisa é doente mental. Eu entendi que era pra transmitir racismo quando ele a chamou de “negrinha”, mas você poderia deixá-lo mais ofensivo, mostrando o verdadeiro monstro que ele é. E a ameaça dele não faz muito sentido no final… Como ele sabe quem é a mãe dela? Enfim, como o tema delicado que é, deixou a desejar na parte da angústia e do medo de Elisa e no quesito “jeito ameaçador” do homem.
Eu sei que Magnólia quer repreender a filha e dar um jeito nela, mas será que ela não percebeu as feições de trauma da garota? Tipo, mães percebem muito, muito mesmo. E, ao que parece, mesmo após ter sido violentada, Elisa não sangrou. Sem ofender qualquer católico que venha a ler este comentário, mas eu creio que uma oração sincera, um desabafo a Deus tem muito mais eficácia do que rezar algo pronto sei lá quantas vezes… Elisa deveria ter contado à mãe, mesmo que Magnólia não acreditasse. E outra… Ser cristão e sair insultando os outros é bem contraditório, hehe.
A parte de Magdalena encontrando a avó morta precisaria de um pouco mais de emoção, como eu já tinha dito antes… Ela parece um pouco seca.
O comportamento de Rogério ao chegar em casa é até compreensivo, mas ele não pareceu tão nervoso. Caso ele seja psicopata, deveria agir mais friamente. Eu sei que é estranho pedir mais sofrimento, mas é disso que Elisa precisa (no sentido de transparecer mais dor, porque o que ela passou foi terrível – é claro que eu não desejo mal pra ela, mesmo que seja uma personagem). Os clamores dela a Deus poderiam ser muito mais intensos. Desculpa por essa discordância toda, é que eu considero esse um tema muito frágil, que precisa de uma atenção especial a ser retratado. Muitas pessoas que passam por isso preferem não dizer absolutamente nada, sabe? Por mais que seja um roteiro, procure investir na descrição dos sentimentos dos personagens, especialmente quando eles sofrem – pela sinopse, eu pude ver que essa história está cheia de tragédia.
Acho legal você não enrolar e ir direto ao ponto, mas tome cuidado!
A mensagem da carta conseguiu ficar sensível, apesar de curta! Isso é um aspecto positivo. Mas Magdalena poderia ter ficado um pouquinho mais surpresa com a aparição de seu ex-namorado. Bem, sucesso com a história e espero que você transmita muitas mensagens construtivas durante a exibição desta web, porque acho que o mundo está bem lotado de histórias que não acrescentam em nada. Muito sucesso e um abraço!
Obrigado queria, li totalmente a sua crítica e algumas coisas que ainda não são perceptiveis ao seu ver serão revelados durante a trama, como Rogério saber sobre a mãe e todas as outras questões, espero que continue acompanhando mesmo que nãos seja de seu agrado.
Apesar de não ser do meu agrado, acredito que seja de muita gente aqui no Séries de Web! Eu já sei de uma galera que gosta de novelas. Fico feliz que a questão de Rogério faça sentido mais tarde, porque você pode fazer uso de algumas coisas que não ficaram tão explícitas neste primeiro capítulo. Mas saiba que foi bom você começar mostrando acontecimentos impactantes, isso prende a atenção do leitor. Beijos!
Beijos querida e mais uma vez agradeço por ter feito essa crítica maravilhosa.
Aqui inicio o meu ciclo como autor, espero que todos gostem dessa web-novela que vai surpreender voces em todos os aspectos.