Pacto com o Mal 2 – Capítulo 2 (O Pacto)
“CARINA (sorri)-Eu estou grávida, estou esperando outro filho nosso.
Paulo levanta muito feliz.
PAULO (emocionado)-Amor, você não sabe o quanto eu estou feliz. Que benção de Deus!”
“VALDIR-Vamos ter que fechar a empresa.
PAULO-Não pode ser! Temos que encontrar outra maneira!
VALDIR-Não adianta. Os funcionários estão saindo e a empresa entrou em estado de falência. Não está entrando dinheiro, mas está saindo cada vez mais.
PAULO-Fechar minha empresa? A minha empresa que eu construí com tanto esforço e dedicação?”
“CARINA-Nunca pensei que isso fosse acontecer algum dia.
PAULO-Deus quis assim. Deus é um covarde! É isso que ele é! UM COVARDE! Só sabe maltratar os seus filhos.
CARINA-Não! Blasfêmia contra Deus, não! Paulo, isso não é culpa de Deus.
PAULO-Eu o odeio! Quando a gente pensa que está tudo certo, aí vem ele, o criador do céus e da Terra! O grandioso! O que se acha! É um lixo.”
“PAULO-Eu vou ter tudo. Minha esposa e meu filho terão tudo do bom e do melhor. Vou reconquistar a empresa de volta. Eu vou fazer o pacto!”
CENA 1-MANSÃO DE PAULO/EXT./TARDE
Paulo ajuda a colocar as coisas no caminhão de mudança. Ele termina de colocar.
PAULO-Pronto, vamos!
PAULINHO-Calma papai.
PAULO-O que houve?
PAULINHO-Tenho uma coisinha pra te dar, papai. Acho que vai dar pra gente continuar morando aqui.
PAULO-Que coisa?
Paulinho tira o seu colar de ouro do bolso.
PAULINHO-Toma, pra você.
PAULO-Ô meu filho, só isso não dá pra gente manter uma casa dessas, e esse colar é seu, eu te dei de presente.
PAULINHO-Eu só queria ajudar. Vou viver longe da minha casa que eu vivi, e vou ficar longe dos meus amigos.
PAULO-Eu sei, não queria que isso acontecesse. Mas a gente vai vencer. Agora vem com o pai!
Paulo pega Paulinho no colo e o leva até o carro. Ele dirige e o caminhão vem logo atrás trazendo as coisas.
ANOITECE…
CENA 2-CASA DE PAULO/INT./QUARTO/NOITE
Paulo se levanta e deixa Carina dormindo. Ele vai até o armário e pega o livro que escondeu, e em seguida sai do quarto.
CENA 3-RUA/NOITE
Ele pega o livro e coloca dentro do carro. Em seguida ele dá partida no carro e segue na direção do matagal.
CENA 4-MATAGAL, ÀS 3:00 DA MADRUGADA
Paulo está ajoelhado e com o livro no centro. Ele acende umas velas vermelhas. Em seguida ele começa a clamar por Satanás.
De repente ele ouve um barulho vindo do mato. Paulo se levanta e entra dentro do mato e não acha nada. Ele volta e se ajoelha de novo. Paulo começa a dizer as palavras ao contrário, e de repente um vulto negro com olhos vermelhos o joga no chão com uma violência assustadora. Ele se levanta tremendo.
PAULO (grita)-Quem é você? Me diga quem é você! Se for Lúcifer, eu peço que se manifeste agora!
O vulto negro desaparece e ele ouve uma voz sinistra.
PAULO-Quem é?
O diabo aparece na frente fazendo um barulho assustador.
DEMÔNIO-Eu sou Lúcifer!
Paulo prende a respiração de tanto medo, e depois ele solta novamente.
PAULO-Então… você ouviu meu clamor?
DEMÔNIO-Eu o ouvi. Estou aqui pra lhe ajudar, mas para isso você tem que firmar o pacto!
PAULO-Como?
De repente começa a jorrar sangue do nariz dele.
Um barulho de tambores começa de repente.
DEMÔNIO-Você nega ao meu inimigo?
PAULO-Sim, eu nego à Deus! Quero todo o dinheiro, quero muito dinheiro. Antes eu queria minha empresa de volta, agora que se dane essa empresa! Eu quero dinheiro, muito dinheiro! Faço tudo! Tudo!
DEMÔNIO-Antes você terá que sacrificar quem você mais ama. Seu filho! Isso será o custo.
PAULO-O que? Meu filho? Não, meu filho não!
DEMÔNIO-Seu filho sim! Não se atreva a me desobedecer.
De repente vindo do matagal, um monte de pessoas servos e servas de Satanás o pega e põe a mão na cabeça dele. Paulo começa a escrever no livro que entrega sua alma à Lúcifer com seu próprio sangue.
O livro que Paulo comprou começa a pegar fogo de repente.
CENA 5-CASA DE PAULO/INT./QUARTO/MANHÃ
Carina acorda e percebe que Paulo não está na cama.
CARINA-Paulo?
Ela se levanta. No mesmo instante ela ouve o choro de Paulo vindo do quarto de Paulinho, seu filho. Ela corre para o quarto do garoto.
Carina entra dentro do quarto do filho e vê Paulo com a faca nas mãos e em cima de Paulinho, que está morto e ensanguentado.
CARINA (desesperada)-Paulo? O que é isso, Paulo!?
PAULO-Eu não queria ter feito isso.
CARINA-Que brincadeira é essa?
PAULO-Eu o matei. Matei nosso filho.
Ela corre e pega seu filho nos braços, morto.