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O Grande Caderno Azul

O grande caderno azul – II

II

Os primeiro albores de uma manhã nublada e silenciosa na ultima sexta-feira do ano. Minha cunhada ainda dorme recolhida no seu quarto as escuras. O fedor pesado das merdas e urinas dos gatos que para me atazanarem fazem daqui, o quarto onde durmo de latrina a noite toda. Pulam a cancela e fazem seu pandemônio noturno não só aqui, mas na casa toda. Os mesmos sonhos sem nexos e de violência moderada. Tive um até interessante que eu voltava a trabalhara com o velho Karl numa oficina no Portinho. Preocupado com a instabilidade da minha frágil saúde

– Larissa, Larissa – Grita minha cunhada deitada no quarto como acontece todas asa manhãs – Levanta para fazer café, vou já sair.- Uns gatos esguicham na rua. Para amenizar a fome encho a barriga de água quente. Sonhei com Mestre Balzac e sua sofrida vida financeira que apesar de ter sido um gênio literário, mas não obteve os êxitos que desejava e vivia endividado – assim como o outro gênio o russo Dostoievski.
O suor forte na minha camiseta.

– Larissa- Grita calmamente minha cunhada ainda com paciência ou porque ainda não recarregou as energias necessárias para suas explosões verborrágicas enquanto faz a faxina obrigatória na sala do computador – Larissa, ei Larissa? – Ela começa a se irritar com a indolência da mesma que fingi esta dormindo.

Depois de alguns minutos, ela se levanta e vai para a cozinha, enche o panelão de água do balde grande, acende o fogo no fogão e o coloca em cima. O estômago  dar voltas de fome.

Enchendo a perigosa caixa d’água que ameaça a desabar a qualquer momento, uma das pernamancas de sustentação, do lado do baixo muro do vizinho foi detonada pelos ferozes cupins. Minha cunhada finalmente foi fazer os seus exames num laboratório particular pras bandas da Feirinha, mas antes, ia apanhar um dinheiro na casa de Daniele que lhe prometeu custear os mesmos. Começo a ler “Serafitas”, mais um romance filosófico do mestre Balzac.

 

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