Na Estrada da vida: 3 ° Capitulo
Durante a madrugada,eu vaguei sem destino.Sozinha e com medo,eu chorei sem saber o que
fazer.Estava sentada quando um grupo veio até mim,e
disse:
-Você é nova aqui?
-Sim.
-Você fugiu de casa?
-Sim.
-O que aconteceu?
-Nada.
-Ninguém foge de nada.
O pior é que eles tinham razão.
Foi quando um me pegou pelo braço e disse:
-Experimenta isso.
-Que isso?
-Algo para te ajudar esquecer os problemas.
-Não quero isso.
Eu não posso cometer os mesmos erros da minha mãe biológica.Ele continuou a insistir e eu fugi dali. Pelo visto viver nas ruas não é tão fácil.Foi quando eu avistei um senhor,com uns sete cachorros,em frente de uma fogueira.
Eu me aproximei,ele me olhou e não disse nada. Os cachorros vieram até mim,e eu lhes fiz carinho.
Foi ai que o senhor disse:
-Você não é má pessoa.
-Porque você diz isso?
-Porque você gosta de animais,e quem gosta de animais não pode ser má pessoa.
-Obrigada!
-Qual seu nome?
-Safira.
-Está fugindo de que?
-Dos problemas.
-Não seria mais fácil enfrentá-los?
-Isso nunca vou saber.
-Viver na rua não é fácil.
-Imagino.
O senhor ficou ali parado,sem dizer nada,até que eu disse:
-Qual é o seu nome?
-Todos me chamam de Lázaro.
-Lázaro?
-Sim,por causa dos cachorros.
Lázaro me deu uma de suas cobertas maltrapilhas,não sei explicar ,mas me senti segura ao seu lado.
Quando o dia amanheceu,Lázaro disse:
-Bom dia!!! Está com fome?
-Sim.
-Venha comigo.
-Onde?
-Existe um abrigo aqui perto,vamos tomar café lá.
-Ok.
Quando chegamos no local, estava lotado. Uma pesquisa feita sobre essa população pelo
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Constatou que os principais motivos que
levam as pessoas a viver e morar nas ruas estão relacionados a problemas de alcoolismo ou droga
(35,5%), de desemprego (29,8%), e de desavenças com parentes (29,1%).
De acordo com o estudo,uma parte considerável da população em situação,de rua é de origem
local,ou de regiões próximas,sem ter migrado do campo para a cidade.
Para especialistas grande parte dos motivos é a flata de politicas publicas,ajuda cada vez mais no
crescimento. A secretaria destacou que São Paulo tem 41 centro de acolhidas e 15 centros de referencia da criança e do adolescente.