Marca do Passado – (Quem matou Arthur?) cap 19
Beatriz chega da loja e encontra Daniel vigiando a casa dela:
Beatriz chega perto dele e fala: — Vigiando minha casa, Daniel?
Daniel fica assustado: — Claro que não! Só estava passando pela rua, agora não pode?
— Beatriz: Está subestimando a minha inteligência, Daniel. Já soube que você envenenou minha filha contra mim;
— Daniel: Nossa filha!
— Beatriz: Minha filha! Onde você estava quando sua filha mais precisa? Agora depois de criada é fácil chegar e dizer nossa filha. Mas quando fui dizer que estava grávida de você o que você fez? Rejeitou! Fala logo o que você quer com tudo isso, Daniel. Até porque não foi para reconquistar Laura, isso não foi!
Laura chega perto de Daniel sem ele perceber e fica ouvindo o pai falar. Daniel fala: — Claro que foi!
— Beatriz: Quem você quer enganar, Daniel? Sei como você é, sei que você não fez isso por amor, Daniel. Agora fala a verdade! O que você quer de verdade?
— Daniel: Vamos ser honesto um com o outro. Estou sem dinheiro e sem trabalho, estou na miséria. Então fiquei sabendo que você tinha uma loja de sucesso nessa cidade, então pensei porque não lucrar um pouco com isso. É só por dinheiro, por isso que voltei;
Laura começa a chorar e fala: — Por dinheiro! Você voltou por dinheiro?
Daniel olha para atrás e ver Laura, ele fica surpreso: — Não filha! Não é isso que você está pensando!
— Laura: Não pensei! Ouvi dá sua própria boca. Nunca pensei que você seria assim;
Daniel tenta segurar Laura mais ela fala: — Não segura em mim. Nunca mais quero ver o seu rosto. Antes não conhecia o meu pai, agora me arrependo muito de ter conhecido. Você não existe para mim. Não existe mais;
— Daniel: Não faça isso, filha! Estou na miséria, tinha que fazer alguma coisa para sair dessa!
— Laura: Não fala mais nada. Não quero saber de mais nada. Pensei que tinha um pai, mas acabei encontrando uma pessoa como você;
— Beatriz: Não temos mais nada para fazer aqui, filha! Vamos embora! E você nunca mais chegue perto dá minha filha, nunca mais!
Beatriz e Laura vão embora. Daniel fica sem reação.
Anoitecendo
Luan ver Silvia passando do outro lado da rua:
Luan desce do carro e fala: — Ei! Você!
Silvia olha e ver que é Luan: — Oi!
Luan chega perto de Silvia e fala: — Lembra-se de mim?
— Silvia: Claro! Você me ajudou naquele dia com as sacolas. Ai peso desculpas pelo o meu marido. Ele foi muito grosso;
— Luan: Não tem nada para pedir desculpa! Mas fiquei preocupado com você, ele saiu praticamente te arrastado. Ele é sempre assim, agressivo!
— Silvia: Não! Foi só aquele dia. Nos outros dias ele é um amor de pessoa, um ótimo pai;
— Luan: Desculpa, mas não é o que pareceu para mim naquele dia!
— Silvia: Mas é assim que ele é. Agora tenho que ir, tenho muitas coisas para fazer em casa;
— Luan: Claro! Estou com pressa também, vou à casa de um amigo e depois ainda vou trabalhar. Eu não perguntei o seu nome?
— Silvia: O meu é Silvia! E o seu?
— Luan: O meu é Luan! Qualquer coisa me liga (ele dá um cartãozinho para ela). Qualquer coisa!
Silvia pega o cartãozinho: Creio que não vou usar. Mas muito obrigada!
Silvia vai rapidamente e Luan fala alto: Qualquer coisa já sabe!
Luan entra no carro e vai embora também.
Na casa de Afonso. Lívia, Afonso e Pedro conversam na sala:
Pedro sentado no sofá fala: — Então vocês acham que tenho realmente que contar para Gabriela;
— Lívia: Eu acho, filho!
— Afonso: Tenho certeza disso! Já te falei isso há muito tempo. Gabriela tem todos os direitos de saber;
— Pedro: Vou fazer isso!
Pilar entra na sala e fala: Olha é uma reunião de família e não fui convidada;
— Afonso: Não tem nenhuma reunião de família aqui, Pilar;
— Pilar: Não tem! Então o que está acontecendo aqui? Meu filho você pode me dizer?
Pedro se levanta do sofá e fala: — Não sou mais o seu filho, alias nunca foi;
— Pilar: Quem te deu educação foi eu, que cuidou de você fui eu…
Pedro interrompe: — Para! Esse não é o seu jeito, Pilar! Você sempre me largou para sair com homens. Você nunca cuidou de mim. Lívia! Ou melhor minha mãe que sempre cuidou de mim (ele abraça Lívia);
— Lívia: Sempre, filho!
Pilar fica com muita raiva: — Você ainda vai me pagar, Lívia! Ainda vai me pagar!
Pilar sai da sala com muita raiva.
Beatriz passa na frente do quarto de Laura. Ela ouve Laura chorando:
Beatriz entra no quarto e encontra sua filha muito triste: — O que aconteceu para você está assim, filha?
Laura estava deitada na cama, mas agora ela fica sentada na cama: — Ai, mãe! Foram muitas decepções, uma atrás da outra. Não consigo compreender por que isso está acontecendo comigo, mãe!
— Beatriz: Essa é a vida, filha! Uma hora ela te coloca no auge e a outra te coloca no fundo do poço. Cabe a nos ser forte para se levantar novamente;
— Laura: Não tenho foças para isso;
— Beatriz: Eu também já pensei que não tinha, mas estou aqui. Não estou? Isso tudo é um vento que daqui a pouco passa e ai você se levanta;
— Laura: Mãe! Mim perdoa por não ter acreditado em você. Mim perdoa!
— Beatriz: Para que serve as mães se não para perdoar os filhos. Para que serve as mães se não para orientar os seus filhos. Esquece isso, filha! Vamos apagar isso;
— Laura: Por isso que te amo!
Laura dá um abraço em Beatriz. Elas continuam sentadas na cama conversando.
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De madrugada
Pilar no corredor passa na frente do quarto de Lívia. Ela ver a porta aberta do quarto e entra:
Pilar fala baixinho: — Como dorme. Lívia! Avisei para nunca mais entrar na minha vida, te avisei, Lívia!
Pilar pega um travesseiro e vai para o lado que Lívia está e fala: — O que aconteceria se você morresse agora? Ficaria tudo para mim, o seu filho, a sua parte da herança tudo para mim. Tudo para mim;
Pedro chega na hora e acende a luz: — O que você está fazendo aqui, Pilar? O que você ia fazer com minha mãe (muito assustado);
Pilar toma um susto e começa a desfaçar: — Nada de mais! Vi que a porta do quarto estava aberta e vim colocar um travesseiro para deixar minha querida irmã mais acomodada, só isso, filho;
— Pedro: Não sou seu filho! Você nunca foi de fazer coisas para as pessoas. É isso mesmo que você veio fazer aqui?
Pilar coloca o travesseiro na cabeça de Lívia e fala: — Claro! O que ia fazer se não fosse isso? Bom! Já vou indo porque estou com muito sono. Boa noite, filho!
— Pedro: Não sou o seu…
Pedro sai do quarto e fecha a porta. Logo depois ele vai para os eu quarto.
Alguns dias depois
Afonso e Sônia andam pela a praia segurando um a mão do outro:
Sônia muito feliz fala: — Nunca pensei que ia viver isso de novo;
Afonso também muito feliz fala: — Viver o que?
— Sônia: Um amor novamente! Pensava que já estava velha para isso;
Afonso para e olha para os olhos de Sônia e fala: — Nunca é tarde para se apaixonar, nunca é tarde para se amar alguém. Para isso não tem idade!
Sônia e Afonso continuam andando. Sônia fala: — Somos a prova disso que amor não tem idade. Mudando de assunto, você me levou em um restaurante esses dias, quero te convidar para jantar na minha casa. Conhecer minha família, você aceita?
— Afonso: Claro! Vou adorar conhecer sua família;
Afonso dá um beijo em Sônia. Logo depois continuam andando pela a praia.
Na loja de Beatriz. Shirley chega para falar com Beatriz:
Shirley entra na loja. Beatriz ver ela e fala: — Shirley! É você mesmo?
Shirley entra na loja e fala: — Claro! Estou tão diferente assim?
— Beatriz: Muito diferente! Desde que você entrou para igreja você mudou muito. E como tem tempo que você não vem aqui. Fique sabendo que foram nossas filhas que brigaram, não a gente;
— Shirley: Sei disso amiga, mas estou tendo muito encontro na igreja ai fico com pouco tempo;
— Beatriz: Não é porque estrou na igreja tem que esquecer as suas amigas. Enfim! Como você vai?
— Shirley: Muito preocupada com os meus filhos. Principalmente com Bruno;
Beatriz fica surpresa: — Bruno! Ele é tão calmo. Um bom rapaz. O que pode está acontecendo com ele?
— Shirley: Ai só de pensar mim deixa toda arrepiada. E Luan e você já voltaram? Até agora ainda não acredito que tudo isso aconteceu. Logo agora Daniel tinha que voltar;
— Beatriz: Mas aconteceu! Acho que não tem mais volta!
Beatriz fica pensativa.
Pedro vai ao apartamento onde que tem reuniões de pessoas com HIV:
Pedro chega e se senta no sofá ouvindo as pessoas relatarem o que aconteceram com ela: “É a primeira vez que falo abertamente sobre o assunto, porque toda a vez que penso nisso os sentimentos que passam pela cabeça. Passa pelo o ódio, desprezo, raiva, medo. Quanto menos falo, menos sinto! Mas tem hora que não dá mais, eu achava que minha dor era mais forte porque não tinha feito nada de errado. Era injusto, eu nunca nem transei e nasci assim. Só vi uma culpada, minha mãe! Depois comecei a ler e descobri que por dia uma mãe transmite o vírus para o filho no Brasil. Muitas delas nem sabem que estão fazendo isso, e por amarem tanto os seus maridos acabam aceitando. Entendo a depressão que ela teve quando foi abandonada, entendo também que ela não queria esse filho, no caso eu. Mas ai lembro de tudo que ela me fez e ainda me faz para mim proteger. Mim pergunto se vou deixar isso ser mais forte que nos dois. Hoje eu acho que ela mentiu para me fazer mais forte para enfrentarmos isso. Nos não vamos morrer! Nos vamos viver juntos! Amor você mãe (eles se abraçam)!”.
Todos batem palmas.
Gabriela chega ao prédio onde Pedro está:
Gabriela ouve o telefone tocar e atende: — Oi, amiga! Sim! Eu sei onde eles estão… Não estou no prédio onde eles estão… Vou pegar ele com a vagabunda. É claro que vou entrar, venho seguindo ele já uns dias para chegar esse momento. Amiga! Preciso descobrir o que está acontecendo. Ele não pode terminar o casamento e deixar assim. Tenho que descobrir!… Quando sair daqui te ligo.
Gabriela toca a campainha. Abrem a porta para ela:
Gabriela entra e Pedro fica surpreendido ao ver Gabriela. Pedro muito emocionado fala: — Eu achei que não ia falar hoje, mas aproveitando a presença de uma pessoa aqui acredito que seja o momento ideal. Eu ia casar, ter filhos com a pessoa que amava, que amo e vou amar por toda a vida! Mas eu não posso realizar o sonho da vida dela, porque eu tenho HIV. (Gabriela fica sem reação) Por que fui um idiota, vacilei e não vou ter segunda chance. Pelo menos agora ela sabe que não é por falta de amor. Eu mim sinto envergonhado por ela ter sido tão justa, correta, fiel e leal. Mim sinto sujo, não consigo olhar para frente. É quase impossível viver quando o passado te dar um tapa todo dia quando você acorda!
Gabriela vai embora sem falar nada. Pedro abaixa a cabeça muito triste.
Na casa de Shirley. Bruno e Julia assistam na sala televisão:
Bruno recebe uma mensagens de Miguel e Julia ver. Bruno vai até o quarto e esquece o celular no sofá. Despois de ir ao quarto Bruno volta e Julia fala: — Vai sair? Vai para onde?
— Bruno: Não te devo satisfação (Bruno vai embora)!
— Julia: Tento ser educada e olha que acontece. (Julia ver o celular de Bruno no sofá e vai ver a mensagem) vamos ver para onde você vai. “Estou aqui te esperando no parque abandonado. Te aguardo!” Quem deve ser! Vamos ver com quem o meu irmão anda se encontrando a escondida.
Julia vai atrás de Bruno.
Mais tarde
Rafael vai à casa de Silvia. Rafael encontra Silvia costurando:
Rafael chega e ver a mãe trabalhando e pergunta: — Que roupas são essas, mãe?
Silvia continua costurando enquanto conversa com o filho: — É um trabalho, filho! Você sabe que sou costureira, vi que estavam precisando de pessoas para costurar em casa. Então peguei-las para costura-las;
— Rafael: Mas o meu pai sabe disso?
— Silvia: Antônio não precisa ficar sabendo de nada. Pelo menos não agora. Você sabe que ele não gosta que trabalho;
— Rafael: Sei disso. E sempre falei para você não ficar em função dele. Enfim! Tenho que ir agora, passei rapidinho só para te ver. Não quero encontrar com o meu pai;
— Silvia: Ele não vai chegar agora, ele passa o dia no bar;
— Rafael: Mesmo assim! (ele dá um beijo na mãe) Vou indo! Cuida-se!
— Silvia: Você também, filho!
Rafael vai embora. Silvia continua costurando as roupas.
No parque abandonado. Bruno chega para falar com Miguel:
Miguel ver Bruno chegar perto e fala: — Que bom que você veio!
Bruno chega e fala: — Vim só para dizer para me esquecer;
Julia chega ao parque e fica com um celular tirando fotos escondida:
— Miguel: Esquecer? Não tem como isso acontecer. E se eu te beijasse agora;
— Bruno: Você insiste nisso ainda. Não ver que isso é errado;
— Miguel: Errado? Em que século você está? No meu século não é errado. Sei que você também gostou de mim, e se gostou por que não aproveita?
— Bruno: Não é tão simples assim;
— Miguel: É simples sim (ele dá um selinho nele);
— Bruno: Por que você fez isso?
— Miguel: Gosto de você. Larga essa culpa que está ai dentro. Tenho que ir agora, vou te ligar. Melhor te encontro aqui nesse mesma hora;
— Bruno: Eu não posso;
— Miguel: É bom não me deixar esperando, porque é muito deselegante;
Miguel vai embora e deixa Bruno no parque. Julia ver tudo e logo depois vai embora.
À noite
Beatriz chega em casa. Ela vai até a cozinha falar com a tia:
Beatriz chega à cozinha e se senta à mesa e fala: — Nossa! Estou tão cansada hoje. Laura está ai?
Sônia com o sorriso de orelha a orelha fala: — Não! Ela saiu e falou que não volta para o jantar. Vai descansar um pouco, filha! Daqui a pouco te chamo para jantar;
— Beatriz: Não! Vou esperar aqui mesmo. Mas que sorrio é esse, tia?
— Sônia: Não é nada, Beatriz!
— Beatriz: Claro que é! Até parece que não te conheço. Tem a ver com a sua saída daquele dia que até agora não falou para onde foi. Tem?
Sônia se senta à mesa também e fala: — Tem sim, filha. Não tem aquele homem que esbarrei na praia há algum tempo atrás. Ele mim chamou para jantar, fui ao restaurante naquele dia com ele. E hoje cedo sai com ele novamente;
Beatriz fica contente: — Isso, tia! Sempre te falei para se entregar novamente a uma paixão. Mas agora você tem que trazer ele aqui. Quero conhecer ele;
— Sônia: Convidei para jantar aqui em casa. Ah eu estou tão feliz, filha!
— Beatriz: E eu fico muito feliz por você, tia!
Sônia e Beatriz continuam na cozinha conversando.
Na casa de Shirley. Laura chega à casa de Shirley:
Bruno abre a porta e fica surpreso: — Laura! Você por aqui?
Laura fica sem entender nada: — Você me mandou uma mensagem mim convidando para jantar aqui com você;
— Bruno: Não fui eu. Nem sei onde que deixei o meu celular;
Laura entra e fala: Se não foi você que fez isso, então quem mandou a mensagem?
Julia desce a escada e fala: — Fui eu que te convidei!
— Laura: Você mim convidou? Não estou entendendo nada;
Julia vai direto para televisão e coloca um pen drive nela: — Vocês vão ver!
Passa as imagens de Bruno e Miguel. Todos ficam surpresos e sem reação. Julia fala: — Isso mesmo! Isso mesmo que vocês estão pensando! Bruno é homossexual!
Na casa de Afonso. Afonso, Lívia, Pedro e Pilar sentam à mesa:
Afonso fala para todos: — Espero que tenhamos um jantar em paz dessa vez;
— Lívia: Vai dá sua filha muito educada e calma, que consegue conviver com todos em paz;
— Pilar: Eu não estou nem ai para essa suas ironias, que alias não são ironias. Porque pressuponho que ironias são para pessoas inteligentes, que não é o seu caso. Percebi que você está melhorando por fora, mas ai dentro não tem jeito;
— Lívia: Acho! Acho não, tenho certeza que você está se descrevendo. Até por que…
A empregada chega na hora e fala para Afonso: — Dr. Afonso tem uma mulher querendo falar com você;
— Afonso: Quem é essa mulher?
Roberta entra na hora: — Ouvi a voz de vocês e vim. Pelo visto essa casa continua muito bem animada, não é mesmo?
Todos ficam surpresos. Lívia fala: — Você não estava presa, Roberta?
— Roberta: Isso é coisa do passado. Vim aqui agora acertar algumas contas com Pilar;
Pilar se levanta da mesa e fala: — Não tenho nada para acertar com você;
Pilar tenta sair da sala, mas Roberta não deixa: — Não é verdade, Pilar! E você sabe muito bem disso! Temos que acertar as contas do passado. Como quem realmente matou Arthur, o meu marido;
Afonso se levanta da mesa e fala: — Como assim quem matou Arthur? Não ficou provado que foi você que matou ele, Roberta!
— Roberta: Não fui eu. Quem matou Arthur foi Pilar! Voltei na minha casa e recuperei algumas imagens, não conseguir o vídeo, mas consegui algumas fotos mostrando que ela entrou na casa no dia que Arthur foi assassinado. Estão aqui as fotos (ela mostra as fotos a todos);
Afonso ver as fotos e se levanta da cadeira e fala: — Você fez isso, Pilar? Você teve a coragem de matar uma pessoa, Pilar? Você é uma assassina?