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Marca do Passado

Marca do Passado – capítulo 6

Mais tarde

Antônio volta para casa. Sem ser visto ele chega até a cozinha:

— Silvia: Que isso? Antônio e você?

— Antônio: Sou eu! Não precisa se assustar, eu voltei para ver os meus filhos e você é claro;

Silvia muito desconfiada: — Eles estão no quarto. Mas primeiro que quero te perguntar uma coisa;

— Antônio: Pode falar!

— Silvia: Esteve uma mulher chamada Beatriz e estava te procurando, ela falou que era uma amiga sua. Antônio quem é Beatriz?

— Antônio: Beatriz. Será que (ele pensa: será que é a filha de Helena? O que ela quer comigo? Será que ela está em busca de vingança?);

— Silvia: Antônio quem é Beatriz?

Antônio fica nervoso: — Eu não faço a menor ideia quem seja. Ela disse alguma coisa?

— Silvia: Ela só disse que era sua amiga e precisava falar com você;

Antônio tenta desconversar: — Eu não sei quem é, mas se voltar não fala que eu tive aqui. Agora eu vou ver os meus filhos porque não posso ficar muito tempo aqui;

 

Pilar se encontra com a empregada (Rosane) de Roberta em uma lanchonete :

Pilar coloca o o envelope com o dinheiro em cima da mesa: — O serviço foi bem feito, eu trouxe o seu dinheiro. Agora você some do mapa;

Muito feliz que Pilar pagou um bom dinheiro, Rosane fala: Com esse dinheiro que vou para qualquer lugar;

— Pilar: É bom mesmo. Até porque se eu te encontrar de novo pode acontecer o mesmo que aconteceu com Arthur ou pelo menos o que todos pensam que aconteceu;

— Rosane: Foi muito bom fazer negocio com você;

 

Alguns dias depois

Na casa de Beatriz, Vilma passa muito mal:

Muito preocupada com avó, Bia fala para Sônia na cozinha: — Tia! Minha avó está piorando, acho melhor levar ela para um hospital;

Sônia se levanta da mesa: Sim! Vamos levar ela agora;

Sônia e Beatriz vão ao quarto onde está Vilma:

— Sônia: Mãe a gente vamos te levar para um hospital agora;

Vilma deitada na cama tenta falar com muita dificuldade: — Eu não quero ir para um hospital. Eu quero passar os meus últimos momentos na casa onde eu nasci;

Bia tenta convencer avó: — Mas vai ser melhor para a senhora;

— Vilma: Eu não vou para hospital nenhum (ela tosse). Sônia cuida da minha neta e da minha bisneta;

— Sônia: É claro mãe! Mas você ainda vai cuidar muito dela ainda;

— Vilma: Não vou. Esta chegando a minha hora de partir (ela tosse), Bia pare de procurar o homem (Antônio) que matou sua mãe, não traz mais dor para você filha (ela tosse muito);

— Bia: Eu não posso deixar ele impune, tenho que fazer Antônio pagar;

— Vilma: Eu estou te pedindo filha esquece isso, é tudo que eu te peço…

— Bia: Não vó, não me deixe;

— Sônia: Mãe!!!

Vilma morre! Beatriz e Sônia começar a chorar ao lado dela e depois as duas se abraçam.

 

Na casa de Afonso. Depois de preparar tudo para levar Pedro pra um internato. Pilar tenta levar ele, porém sua família tenta impedir:

Pedro desesperado e chorando muito, Pedro segura em Lívia: — Eu não quero ir, por favor, não me deixe ir (ele pede para Lívia e Afonso);

— Lívia: Pilar ouve o seu filho, não faça isso com ele;

— Afonso: Deixar ele aqui vai ser melhor para ele;

— Pilar: Eu sei o que é melhor para o futuro dele. Quando ele tiver mais velho ele ainda vai me agradecer por ter feito isso. Vamos Pedro!

Pedro fica com muita raiva de Pilar: — Eu não quero ir. Eu te odeio! Você não é mais minha mãe;

— Lívia: Vai Pedro! Eu vou tentar te tirar de lá;

Pilar pega no braço de Pedro e sai arrastando ele: — Ai chega de drama! Pedro nos vamos agora você querendo ou não;

Pilar leva Pedro para um internato.

 

Dias depois

Na casa de Afonso o advogado vai levar o resultado da pericia da arma que matou Arthur. Todos ficam tensos para saber:

— Advogado: Aqui está o laudo da pericia da arma que matou Arthur;

— Afonso: O que diz? As digitais estão na arma?

— Lívia: Foi Roberta que matou o próprio marido? Fala Dr.

— Advogado: As digitais da senhora Roberta estão na arma, mas ainda é cedo para afirmar alguma coisa;

Afonso e Lívia ficam surpresos. Mas Pilar de longe começa a rir.

— Lívia: Dr. Você acha que ela tem alguma chance de não ficar presa?

— Advogado: A situação dela ficou muito complicado. Ela tem pouca chances de sair agora, mas se condenada vou tentar reduzir a pena dela ao máximo;

 

Na casa de Beatriz. Bia vai até o quarto de Sônia:

— Bia: Tia! Vamos sair dessa cidade e começar de novo em outro lugar;

— Sônia: Por que Bia?

— Bia: Nessa cidade eu perdi minha mãe e agora perdi minha avó. Essa cidade não tem mais sentido para mim, não quero criar minha filha nesse lugar que trouxe tantas coisas ruins para mim;

— Sônia: Claro que te entendo! Você acha um lugar para a gente. Porque quem perde a mãe fica sem chão. É como eu estou me sentindo agora;

— Bia: Eu sei bem como é. Vou arrumar uma casa, depois eu vou abrir um comercio para me trabalhar e criar minha filha. Sei que vai ser difícil, porém a vida não acaba por aqui;

18 anos depois

À noite

Beatriz sai de um restaurante com sua filha (Laura) e sua tia (Sônia), ao caminho de casa elas conversam:

— Sônia: Eu adorei esse restaurante. À comida é boa, é um lugar calmo;

— Beatriz: É verdade! Mas o ruim que é muito longe. Filha você gostou?

— Laura: Você sabe muito bem que eu não queria ir. Eu poderia está em vários lugares olha onde estou dentro de um carro volta para casa;

— Beatriz: Laura!

— Sônia: Deixa Beatriz, essa idade é assim mesmo;

— Beatriz: Ela tem que me respeitar eu sou a mãe dela;

Beatriz, Sônia e Laura chegam em casa. Laura vai para o quarto e Sônia vai atrás dela:

Sônia fala com Laura sentada na cama: — Laura! Você não pode continuar tratando assim sua mãe, ela lutou tanto por você, ela deixou de viver por ela para te ar as condições que você tem hoje;

— Laura: Eu só vou mudar quando ela me falar onde está o meu pai. Ela não me fala nada dele, nem o nome ou a onde ele mora. Eu não sei de nada dele.

— Sônia: Ela não te falou porque ela tem motivos. Mesmo assim isso não é motivo suficiente para tratar ela assim. Poxa ela fez muita coisa por você e você retribui assim;

— Laura: A senhora fala isso porque não passou o que eu passei. Desde daquela época escola eu venho sofrendo por falta de um pai. Quantos dias dos pais na escola eu passei vendo os meus amigos abraçando o seu pai e eu não ter ninguém para fazer isso. E o pior eu nem sei se ele está vivo ou morto;

— Sônia: Eu imagino como deve foi isso para você. Mas mesmo assim tenta compreender sua mãe, ela tem os motivos dela;

— Laura: Como que eu vou fazer isso se eu não sei de nada, eu fico no escuro sem saber de nada;

Laura pega sua bolsa e vai saindo, Sônia pergunta: — Laura aonde você vai?

— Laura: Vou à casa de Julia. Não me esperem eu não sei a hora que vou voltar;

 

Laura vai à casa de Julia para conversar. Quem atende é o seu irmão:

— Laura: Oi Bruno! Julia está em casa?

— Bruno: Ela está sim! Vou chamar ela;

Bruno vai chamar Julia. Depois ele volta com Julia:

— Julia: Oi amiga! Que carinha é essa (eles sentam no sofá)?

— Laura: São as mesmas coisas. Eu brigando com a minha mãe por causa do meu pai, mas não quero falar sobre isso. Quem está me ajudando muito é Rafael, olha ele é um amor de pessoa;

— Bruno: Você está apaixonada por ele;

— Laura: É acho que estou Bruno;

— Bruno: Se você está não deixe ele ir embora, e fica com os olhos bem abertos porque tem muitas vagabundas querendo roubar os namorados das outras;

— Julia: Acho esse negocio de se apaixonar é coisa do passado. Ainda mais se ele não for apaixonado por você;

— Laura: No meu caso ele também está apaixonado por mim. Algumas semanas atrás eu dormi na casa dele e foi tão lindo. Eu vi nos olhos dele que ele sente alguma coisa por mim;

— Bruno: Não liga para essa garota, ela fala isso porque nunca foi amada por uma pessoa;

— Julia: Você não sabe nada da minha vida para ficar falando assim;

— Laura: Vocês vão começar a brigar de novo,  vou embora (o telefone dela toca), é o Rafael.

Depois de falar com Rafael pelo telefone, Julia pergunta:

— Julia: O que ele queria?

— Laura: Ele quer que eu me encontre ele agora. O que vocês acham?

— Julia: Não sei. Mas se fosse eu não iria;

— Bruno: Por que não iria. Claro que vai não liga o que essa mal amada está falando. Vai sim.

— Laura: Então eu vou.

Laura vai se encontrar com Rafael.

 

Beatriz chamou a amiga (Shirley) para tomar um chope:

Shirley chaga ao barzinho e se senta à mesa: — Quem bom que você veio. Eu estou precisando conversar com alguém;

— Shirley: Fala Bia! O que está acontecendo?

Beatriz triste e sem saber o que vai fazer com sua filha: — Laura e eu de novo. Ela insiste em saber do pai, e conhecer ele;

— Shirley: Quando sai ela estava na minha casa conversando com os meus filhos. Mas será que não está na hora dela saber quem é ele? Na verdade ela tem todo o direito em saber quem é ele;

— Beatriz: Que bom que ela esteja lá eu fico menos preocupada. Você sabe dá história toda, eu não posso contar para ela que o pai rejeitou ela, seria duro de mais para ela. Alias nem sei onde ele esta;

— Shirley: Eu sei que é difícil, mas ela tem que saber. Laura não é mais criança ela pode superar isso;

— Beatriz: Será que pode? Para completar eu nem tenho a ajuda de Luan;

— Shirley: Onde que Luan está?

— Beatriz: Ele foi viajar para ver a mãe dele, mas ele não deve demorar a voltar. (Beatriz ver Antônio passando do outro lado da rua e fica nervosa) É ele;

— Shirley: Ele quem?

— Beatriz: Antônio! Vou atrás dele.

Beatriz corre atrás dele até ficarem frente a frente:

— Beatriz: Antônio! Eu te achei e vou fazer você pagar por tudo que você faz para minha mãe e para mim;

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