Séries de Web
Maçã do Amor

Maçã do Amor – Penúltimo Capítulo

Capítulo 19

PENÚLTIMO CAPÍTULO

 

Cena 01/ Estúdio de Televisão. Noite.

Apresentador (off) – Vamos começar o nosso debate! Que promete muitas emoções – fala, do centro do palco. Os dois ainda ficam se olhando um pouco:

Papis – Isso não vai ficar assim. Temos muitas coisas para conversar – sussurra para Sra. Gentil.

Sra. Gentil – Temos? Achei que o nosso assunto havia se acabado faz tempo – rebate, e cada um vai para as suas bancadas.

Apresentador – A primeira pergunta é para o candidato do partido de Direita, Papis – inicia o programa.

Da plateia, Mamis estava agitada e nervosa:

Canadense – O que foi, muié? Parece até que viu um fantasma.

Mamis – Pois eu preferia que fosse.

 –

Apresentador (para Papis) – Pessoas despreparadas têm ocupado cargos importantes no governo sem a menor competência para tal. Resultado: Estado caro e ineficiente. O que será feito no seu governo para acabar com o apoio político em troca de favores e cargos públicos?

Papis – Eu pretende ampliar esta possibilidade.

Apresentador – O quê?! Mas como assim?

Papis – Oras, você mesmo falou que o resultado disso é um “Estado Caro”. E tudo o que é caro é bom e é chique. Fica mais bonito pra quem vê de fora, tudo caro.

Apresentador – Está bem então … – pega outro envelope – A pergunta agora é para a candidata de Esquerda, Sra. Gentil.

Os colaboradores da candidatura de Sra. Gentil estavam reunidos juntos numa parte da plateia. Zazá sente um incomodo e se levanta discretamente, indo até o camarim pegar um copo de água. Ao chegar no camarim de sua candidata, encontra a presença de mais uma pessoa ali dentro:

Zazá – O que faz aqui?! – pergunta para a moça que mexia nas coisas de Sra. Gentil. Mamis ao ser descoberta se vira para trás, assustada.

Apresentador – O Ensino Fundamental e Médio no Brasil é de péssima qualidade. Sistemas de cotas são criados, mas isso não acaba com o abismo entre ensino de qualidade privado e o caos qualitativo do ensino público. Quais as suas propostas para essa questão?

Sra. Gentil – Primeiramente, boa noite. Bom, este assunto é um tema que eu já venho um tempo estudando. Realmente, é de dar dó o ensino público que o nosso país vivencia. Eu estudei numa escola pública na infância, e vejo que o desinteresse de presenciar as aulas vêm tanto do aluno quanto do professor. A escola ficou com uma imagem de “lugar ruim” para estar. E pra resolver este problema, quero incentivar e envolver as crianças. Vou exigir mais dos professores em suas formas de ensinar e implantar aulas interativas. Pois, quando a aula começar envolver os próprios alunos, o interesse de ambos será espontâneo. Sei que todos nós possuímos a mesma capacidade. E não ter dinheiro para pagar uma escola particular, não pode e não tem o direito de mudar o rumo de uma história. – a plateia se anima e aplaude suas palavras.

Apresentador – E esta foi a nossa candidata Sra. Gentil. Daremos uma rápida pausa para os intervalos comerciais e voltamos já.

(Off) – Corta!

Mamis – Olha aqui, você não viu e nem ouviu nada, está legal? – e tenta sair da sala, mas Zazá segura-a pelo braço.

Zazá – Está pensando que irá fugir tão fácil assim?

Mamis – Eu vou perder o discurso do meu marido, me solta logo, sua borboletinha enrustida!

Zazá – Você pode até não se lembrar de mim, mas eu te conheço. E conheço muito bem, sua impostora! E vou lhe dar o que merece e mereceu todos esses anos – dito isso, dá um forte tapa em seu rosto, que faz Mamis cair no chão.

Com o término do primeiro bloco do programa, Sra. Gentil estava indo para junto de seus colaboradores, mas Papis lhe aborda:

Papis – Olha, por favor…?

Sra. Gentil – Não, Papis. Não estou disposta.

Papis – Só me dê uma explicação.

Sra. Gentil – Qual?

Papis – Por quê? Por que você fez isso comigo?

 

Cena 02/ Mansão de Papis. Noite.

Eva (impaciente) – Droga, não me atende! – e corre para dentro da casa.

Chegando em seu quarto, joga algumas roupas para dentro da mochila, pegando o celular novamente:

Eva (ao telefone) – Alô? É o Zé do carreto? (p) Oi, seu Zé! Sou eu, Eva. É que estou precisando dos seus serviços novamente. Vem até aqui em minha mansão me buscar? (p) É sim, seu Zé. Vou voltar pra capital.

 

Cena 03/ Casa de Geralda. Noite.

Deis de quando dona Geralda tinha dado a notícia para eles, todos se reuniram em sua casa, planejando uma solução:

Griselda – Ela não saiu da cozinha deis daquela hora – disse, enquanto roía as unhas, nervosa.

Naja – Pelo jeito, a dona Gegê tá mal mesmo.

Éden – Tem que ter uma solução para impedirmos ela de fechar a lanchonete…

Griselda – Mas qual é esse jeito? Já que se trata de uma dívida, e dívida requer grana.

 

Após pensar mais um pouco, Éden vai até a estante da sala, voltando com jornais, dando um para cada um:

Naja – Para que isso, queridinho?

Éden – Vamos delegar funções. Cada um será responsável por uma parte de nossos problemas. Façamos assim: Você, Naja, vê na página de empregos se terá aberta alguma vaga ou entrevista, para pelo menos não ficarmos desempregados. Griselda, fica vendo aí se abrirá algum concurso ou competição com algum prêmio em dinheiro, para pagarmos a dívida. E eu vou tentando falar com alguns empresários aqui da região, pra tentar uma colaboração. Combinados? – e elas concordam. Cada um começa a fazer sua função. Naja na folha de empregos; Griselda no computador e Éden ao telefone.

 

 

Cortes de imagens: Cada um fazendo a sua parte para solucionar o problema; Eva dentro do táxi vindo para a capital; Adão deitado na cama de seu quarto na empresa, pensativo, tentando se lembrar de seu passado; dona Geralda olhando cada pedacinho da lanchonete pela última vez, tendo lembranças dos momentos em que construía com o seu falecido marido. Essas cenas vão se intercalando, Efeito Sonoro de fundo (Educação Sentimental II (Kid Abelha) Plutão Já Foi Planeta) [Corta].

 

 

Após um tempo, cada um se joga no sofá, exaustos:

Éden – E como foram?

Griselda (vibrando) – Nem estou acreditando! Eu consegui encontrar um concurso de dança que terá numa das sedes da Rede Globo aqui de São Paulo! E o prêmio para a vencedora será de vinte mil mais um contrato com a emissora de um ano.

Éden – Que legal, Griseldinha!

Griselda – Finalmente, terei a minha chance de entrar para a televisão!

Naja – Eu também encontrei! Amanhã terá a seletiva de empregos de uma empresa nova que abriu aqui na cidade, uma tal de Paradise. Podemos ir lá.

Éden – É! Vamos sim.

Griselda – E você?

Éden – Infelizmente eu não consegui a colaboração de nenhuma outra empresa aqui da cidade. Mas com as oportunidades que vocês encontraram, podemos salvar a lanchonete! – todos vibram.

 

Cena 04/ Estúdio de Televisão. Noite.

Sra. Gentil – Eu não te devo nenhuma explicação, seu vigarista!

Papis – Você não tinha o direito de me deixar naquela situação.

Sra. Gentil – Quem não tinha o direito era você! Ou, por acaso, se esqueceu do que fez no passado?

Papis – Ah, não … revirando o passado de novo…

Sra. Gentil – Como revirando?! Nunca irei esquecer disto, da mesma forma em que eu nunca vou lhe perdoar. O meu pai morreu por sua causa! – e as lágrimas se juntam em seus olhos.

Papis – Não foi por minha causa! Você e a chata da sua mãe, Dona Geralda, nunca deixaram eu me explicar.

Sra. Gentil – Explicar o quê?! Só tinha vocês dois aquele dia lá em casa. É impossível arranjar alguém para botar a culpa.

Papis – Na verdade, não havia só dois naquele dia na casa. Também tinha a presença muito especial de alguém que vocês não se lembram. – Sra. Gentil fica pensativa.

Mamis – Como ousou encostar as mãos em mim?! – diz, massageando a região esbofeteada.

Zazá – Eu sei tudo o que você fez, sua cobra! Sei dos planos que armou para separar Sra. Gentil de seu “maridinho”.

Mamis – Eu não fiz nada! Você está defendendo a pessoa errada, meu rapaz – começa a se levantar, e disfarçando, com uma mão atrás da costa, pega uma tesoura afiada que estava em cima da mesa no camarim.

Zazá – Naquela época os dois eram casados e felizes, tinham acabado te der um bebê, a pequena Eva. Eles estavam começando juntos suas carreiras na política. Aliás, lembro-me até que eles se conheceram no meio político – aos poucos, Mamis vai se aproximando – Estava tudo indo bem, até você, que era uma das secretárias de Papis, começar à invejá-la.

Mamis – Eu não invejei ninguém! É ela quem sempre teve inveja de mim.

Zazá – Cala a sua boca, vadia! Eu sei muito bem que você era uma daquelas mulheres infiltradas da concorrência para sujar a campanha deles. E foi o que você fez! Além de separar o casal, você ainda teve a coragem de… – no momento em que ele ia completar suas acusações, Mamis enfia a ponta da tesoura afiada em seu pescoço. Com o sangue escorrendo pelo seu corpo, o rapaz cai ao chão, morto. Mamis joga a tesoura, indo até a bolsa de Sra. Gentil. De lá, encontra o celular dela, com uma chamada perdida (aquela feita por Eva) e também retira mais uma coisa. Um revólver:

Mamis – Chegou o seu dia, Sra. Gentil! – fala, com um tom de ódio na voz, ao mesmo tempo em que recarregava a arma.

 

Cena 05/ Lanchonete Pague & Coma. Noite.

Geralda estava sentada em uma das mesas no salão escuro, virando o último gole da bebida em sua frente. Ela sabia muito bem que se bebesse novamente colocaria sua vida em risco, devido a sua saúde. Foi quando alguém começa à bater na porta da lanchonete:

Geralda (gritando) – Estamos fechados! Vá embora!

Eva (off) – Dona Geralda? Abra, sou eu! – ouvindo sua voz, ela se levanta de imediato, destrancando a porta. Ela e o Zé do carreto entram.

Geralda – Eva? O que faz por aqui?

Eva – Precisamos conversar.

Zé do carreto – Eu vou indo nessa, porque já é tarde. Boa noite para as duas.

Eva – Obrigada mais uma vez, seu Zé.

 

Zé estando na rua, pega o celular, ligando para alguém:

Zé (ao telefone) – Alô, chefinho? (p) É. A filhinha dele já tá aqui outra vez. Está na hora do show começar – e entra em seu táxi, partindo.

 

Eva se senta na mesa de frente para dona Geralda:

Geralda – O que têm tanto pra conversar comigo para vir numa hora dessas?

Eva – Desculpe-me se tiver incomodando, mas, você foi a única pessoa que me veio na cabeça, como também, sei que você conhece bastantes histórias sobre mim e de meu passado.

Geralda – E …?

Eva – E eu quero, na verdade, eu preciso, que me conte tudo o que realmente aconteceu no meu passado! – Geralda respira fundo, sabendo que não tinha mais como escapar e que estava na hora de Eva descobrir toda a verdade.

 

Cena 06/ Estúdio de Televisão. Noite.

Papis – Você tem que acreditar em mim.

Sra. Gentil – Só vou acreditar se você jurar para mim que não irá mentir mais absolutamente nada.

Papis – Eu prometo, eu juro, só me ouça, tá legal? – Papis leva Sra. Gentil para um outro lugar, longe das câmeras.

 

Cada um se senta em um dos bancos da plateia de um cenário de outro programa da emissora:

Papis (com nostalgia) – Quando nos conhecemos éramos tão jovens. Meros jovens que sonhavam em mudar o país. Entrando para um ‘novo mundo’, até então desconhecido, chamado “política”. Quer dizer, o mundo era novo para mim. Você já era filha de político.

Sra. Gentil – Só porque eu era a filha do governador não quer dizer nada…

Papis – Isto não vem ao caso no momento. – Sra. Gentil se ajeita no banco, ficando numa posição que lhe permitia olhar profundamente em seus olhos – Éramos candidatos para vereador, na época. Eu de um partido, e você de outro. Mas nem mesmo o fato de sermos rivais, como agora, conseguiu nos impedir de nos amarmos.

Sra. Gentil – Será que dá para ir direto ao assunto? – se incomoda, ela pretendia nunca mais juntar a palavra “amor” e “Papis” na mesma frase.

Papis – Está bem. – afrouxa a gravata, para tomar mais fôlego e começar a falar – Eu e seu pai, o governador, nunca nos dávamos bem. E o fato de sermos rivais ‘ajudou-me’ ainda mais. Até que nós dois começamos a namorar. E mais para frente, você ficou grávida de Eva. – Sra. Gentil solta um leve sorriso, recordando-se do momento em que descobriu que estava grávida – E o fato de termos um bebê fez dona Geralda, minha ‘ex-sogrinha’, praticamente nos obrigar à agendar o nosso casamento o quanto antes. O problema é que … eu acabei descobrindo os segredos de seu pai, que passou a ser para mim um terrível golpista e corrupto…

Sra. Gentil – Pare de mentir! Só está falando isso dele porque sempre tivemos uma vida melhor que a sua, e sem falar que, você também não é o político mais honesto do mundo…

Papis – Por que você se nega à enxergar isso? Ok, eu confesso, eu também sou um corrupto. Mas eu só entrei nesse mundo por causa dele.  Ele começou à me chantagear para que eu não contasse nada pra imprensa e nem para vocês. E eu, idiota, entrei no joguinho dele. Ele me apresentou os seus amiguinhos, Deputado Cunha e toda a turma de Trevas. – respira fundo, decepcionado consigo mesmo – Foi então que acabei entrando num outro mundo com o seu pai. Um mundo sombrio e assustador, um mundo em que tudo gira em torno de dinheiro e as pessoas que nesse mundo vivem só pensam em ter mais e mais dessa ‘fonte’.

Sra. Gentil – Que bobagem… – estava prestes à ir embora, mas Papis impediu.

Papis – Me ouça! – e continuou – Mesmo assim, ele continuava fazendo de tudo para nos separar. No dia que era para ser o nosso casamento, o mesmo dia em que inaugurou a lanchonete que ele fez para a sua mãe, ele me apresenta Mamis, para ser a minha mais nova secretária. Até aí tudo bem…

Sra. Gentil – Como “até aí tudo bem”?! Você está dizendo na minha cara que foi no dia do nosso casamento que resolveu me trocar por aquela vaca!

Papis – Eu não te troquei! Mas continuando, na nossa festa ele convidou várias pessoas famosas e ricas. Porém, eu acabei escutando uma das ligações secretas de Trevas no dia da festa, ao qual planejava acabar com a vida do seu pai. Trevas é um monstro, que mata todos que entram em seu caminho. E o seu pai foi um deles. Por isso que na cerimônia eu desapareci. Eu corri para a casa de vocês, em cima da lanchonete, para impedir que isso tivesse acontecido. Mas cheguei tarde demais. Trevas já havia matado o seu pai. E eu, estando lá, fui acusado de matar ele.

Sra. Gentil – É mentira! Mentira! Você que o matou! – e começa a chorar, lembrando-se desse dia e dos últimos momentos que teve com o pai. Papis corre para abraça-la.

Papis – Acredite em mim – e pega o seu rosto, olhando no fundo de seus olhos – É a verdade. Como também é verdade que eu sempre lhe amei.

Sra. Gentil – Mentiroso … Você se casou com aquela ordinária da Mamis e…

Papis – Eu tentei te contar toda a verdade, mas você não acreditou em mim, e fugiu! Me abandonou com a nossa filha e a culpa que caiu em meus ombros! Foi difícil viver sem você. Eu iria ser preso, por uma coisa que não fiz. Sem saída, e sem ninguém do meu lado, resolvo fazer um acordo com Trevas. Ele me livrou da cadeia, e eu, ficaria calado de todos os segredos dessa história. Mamis era a única que continuou do meu lado. E como eu tinha perdido a sua e a confiança de todos na cidade, tanto que eles continuaram remoendo o passado até hoje, eu perdi a esperança de viver e decidi me tornar o ‘monstro’ que falavam que eu era. – toma fôlego – Eu não acreditava mais em justiça. Tinha me cansado de tudo isso. Me casei com Mamis, disposto à começar a viver a ‘vida de seu pai’, como um político que só pensaria em dinheiro e em crescer na vida. Simplesmente, acabei me ‘tornando o seu pai’. Por isso que lhe peço mais uma vez, me perdoa? Sem você, eu vou continuar sendo esse ‘monstro’ ao qual me tornei. – ela fica calada, até Papis tomar a iniciativa e finalmente tentar lhe beijar, mas ela se solta.

Sra. Gentil (com lágrima nos olhos) – Ela me proibiu todos esses anos de ver a nossa filha …

Papis – A nossa pequena Eva cresceu. Se tornou uma moça linda e inteligente. Que sempre sonhou com a “liberdade”, como a mãe.

Sra. Gentil – Quero tanto vê-la…

Papis – Ela está em nossa mansão. Quer que eu leve você até lá?

Sra. Gentil – Quero sim. Mas antes, precisamos contar toda a verdade para a minha mãe. Ela já passou tempo demais vivendo uma mentira. – os dois ficam um tempo se olhando. Papis passou a sentir uma paz que a tanto tempo não sentia em seu coração. Eles foram para o estacionamento, pegando o seu carro, e indo em direção da lanchonete.

O apresentador estava desesperado sem os personagens principais para retomar ao debate. Mamis vendo o palco vazio, percebe que Papis e Sra.Gentil tiveram a conversa que tanto evitou que acontecesse. Estava disposta à acabar de uma vez por todas com essa história.

 

No estacionamento, entra no carro de seu amante, Canadense. Ela vê o carro de Papis saindo, e pela janela do carro dele, vê que ele estava acompanhado por ela:

Mamis (raivosa) – Siga ele!

Canadense – Eu sabia que você estava gostando dele! – berra, cheio de ciúmes – Mas para mim chega! Não quero mais viver assim. Se quer ficar com ele, que fique – e ia saindo do carro, mas Mamis retira da bolsa uma arma, na qual aponta para ele.

Mamis – Eu mandei você seguir ele. Agora! – com medo da loucura extrema da amante, liga o carro, seguindo Papis.

 

Cena 07/ Lanchonete Pague & Coma. Noite.

 

Geralda – (…) E foi tudo assim que aconteceu. – termina de contar para Eva toda a sua história, praticamente a mesma história que Papis havia contado de seu passado com Sra. Gentil. Eva enxuga mais uma das lágrimas que caiam.

Eva – Então você o tempo todo era…

Geralda – A sua avó – completa, quase chorando. Eva se levanta, indo até ela. As duas ficam abraçadas. E enquanto estavam abraças, Papis e Sra. Gentil entram. Elas se viram para ver. E foi nesse momento que aconteceu o tão esperado encontro:

Eva – Mãe?

Sra. Gentil – Filha… – e as duas correm, dando um forte abraço. Porém, no estacionamento, mais um carro parou na frente da lanchonete. Mamis sai desse carro com a arma nas mãos.

 

Continua …

2 comentários sobre “Maçã do Amor – Penúltimo Capítulo

  • Olá Jeuhsantos, Vou te explicar essa parte, Naja e Eva são amigas à um tempo, e sabe quando você tem intimidade com aquela pessoa, tipo ‘best friends’, então ,quando Eva chama Naja de “bicha” seria de uma forma carinhosa. É que em meus pensamentos, ao longo de que eu escrevi a web, Naja ainda era uma ‘mulher em formação’, tipo a Xana de Império e Valéria do Zorra. Mas se vc pôs tem em mente que ela já era uma mulher, pode continuar, sem problemas. “Bicha” é só um jeito carinhoso de chamar ela, pq ela nem se ofende nenhuma vez.
    É isso, muito obrigado por comentar sua dúvida, se tiver mais é só falar aí. E hoje sai o último capítulo! (infelizmente, adorei escrever ela. Espero que vcs tbm tenham gostado)

  • Olá! Gostei muito acompanhar sua história, achei bem criativa e gostei bastante de seus personagens, só tenho uma observação a fazer, sobre a Naja, se ela é operada, ela é uma mulher trans e não travesti, sendo ela operada, eu imagino que a aparência dela seja de uma mulher e já que Eva, como amiga, entende isso, não entendo pq a chamava de “bicha”, foram só questões que me incomodaram um pouco, não comentei antes pq comecei a ler a história ontem, rs, mas fora esse detalhe, parabéns!

Deixe um comentário

Séries de Web