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Lágrimas do Céu

Lágrimas do Céu – Capítulo III

 

A chuva continuava pesada caindo sobre a cidade de João Pessoas quando William resolvera voltar para o hospital. Ele andou procurando o irmão, porém não teve sucesso. Ao chegar à unidade hospitalar, subiu a grande escadaria que dava acesso ao segundo andar, observou que a família ainda estava reunida e um médico estava junto a eles. Seu tio Murilo ao ver o sobrinho logo falou:

– William, ainda bem que você chegou. O médico tem notícias de sua mãe, venha junte-se a nós para escutarmos o que ele tem a nos dizer – o senhor estava preocupado.

– Bom, desculpe-me não dar notícias aos senhores e senhoras antes, mas a cirurgia que administrei foi delicada e… – a irmã da Sra. Burk interrompeu o medico.

– Deixa de rodeios e diga como está a minha irmã doutor – ela estava preocupada assim como os demais.

– Calma deixa o médico falar – Murilo repreendeu-a.

– A Sra. Burk chegou à unidade possuindo pressão alta, com desnutrição, os níveis de plaquetas dela estavam baixos, mas estão sendo regulados. Ao realizar alguns exames constatamos que a senhora estava com intoxicação alimentar, causada por alergia a ingestão de algum alimento. Tudo corria bem quando tivemos dificuldade de regular a temperatura e pressão que oscilava muito. Os senhores não precisam se preocupar, pois o problema fora resolvido, porém ela precisa ser observada e não sabemos ainda a substancia ao qual causou alergia nela. – o profissional de saúde se manteve calmo, relatou o caso com a voz forte e todos o ouviram atentamente.

– Podemos vê-la? – perguntou William.

– No momento ela precisa descansar, pois a cirurgia demorou muito e eu acredito que vocês devem estar cansados, afinal já é tarde. O melhor a fazer é irem para suas casas e amanhã poderão visitá-la – o médico falou com firmeza.

– Eu não saio daqui sem ver a minha irmã e acredito que os filhos dela também desejam vê-la. – disse uma das irmãs da Sra. Burk.

– A família de vocês é grande, por esse motivo não poderão vê-la, mas acredito que os filhos dela possam visitá-la, filhos ela possui? – o profissional de saúde perguntou olhando para todos.

– Ela tem três filhos, mas pelo andar das coisas acho que apenas eu e a minha irmã poderá vê-la – disse William.

– Sendo assim eles podem vê-la, mas não demorem muito. Vou avisar a enfermeira e então poderão realizar a visita – o médico saiu rapidamente sem deixar que o restante da família reclamasse por não poderem realizar visita a Sra. Burk.

William pegou o celular, ligou para a irmã e a informou sobre o estado de saúde da mãe deles. Os familiares ali presentes se recusavam a sair do hospital e pediam a atendente da recepção para verem a Sra. Burk, mas foi negado. Shofie demorou um pouco a chegar ao hospital, já passava da meia noite quando ela e o irmão mais velho passaram pelo corredor que dava acesso ao quarto ao qual a mãe deles estava. Entraram silenciosamente no quarto e viram a Sra. Burk deitada na cama com aparelhos ligados a ela. Shofie não se conteve e deixou duas lágrimas caírem pelo rosto ao ver a mãe naquele estado, isso fez o irmão lhe dar um pequeno abraço. A Senhora de cabelos curtos estava pálida, mas dormia tranquila e fora medicada o que deixava os dois filhos um pouco despreocupados. Eles ficaram ali no quarto por um tempo apenas na presença da mãe sem falarem um com o outro, mas não demorou muito até uma enfermeira lhes informar que deveriam se retirar e se desejassem poderiam voltar de manhã.

William foi para casa assim como os familiares, mas alguns estavam desgostosos por não ver a Sra. Burk. O filho mais velho dela demorou a dormir e acordou várias vezes durante aquela noite. Ele despertou, olhou para o relógio de cabeceira, eram dez horas da manhã e isso o fez se apressar. Resolveu não realizar a sua corrida matinal pela praça e sim ir até o hospital visitar a mãe. A cidade parecia calma, mas era um dia quente bom para ir à praia, porém William preferiu ficar com a família.

Ele não fora o primeiro a chegar ao hospital, logo encontrou outros membros da família que se aglomeraram dentro do pequeno quarto. William pode observar que o clima estava menos tenso que o da noite anterior, pois escutou algumas risadas. Ele foi bem recebido e pode ver que sua querida mãe estava melhor, corada, porém ainda possuía um aparelho ligado a ela. Ele se dirigiu até a mãe, beijou a mão dela e a perguntou como estava. Ela disse que estava melhor mais o medico não quer liberá-la, o que a deixou desgostosa. Disse ainda que devesse se apresar, pois tem que organizar o almoço familiar de sábado, mas sua irmã a repreendeu dizendo que não haverá este evento até a melhora dela. Aproveitando que uma boa parte da família estava reunida no local a Sra. Burk resolveu falar a todos:

– Minha querida família, obrigada por se preocuparem comigo. Sei que cada um tem seus afazeres, mas se dispuseram a ficarem comigo. Bom, a ultima reunião no dia do falecimento do meu marido fora um tanto conturbada, com isso eu penso que já está na hora de acabarmos com esse evento. – todos se entreolharam.

– A senhora tem certeza disso? – disse Shofie.

– Tenho sim. Já faz dez anos, não há motivos para lembrarmos-nos do meu marido por um dia tão triste. Se quisermos nos lembrar será pelos momentos bons e sorrindo – ela falou com tristeza no olhar – agradeço a presença de todos, mas estou sentindo falta de Roberto, onde ele está?

Todos se entreolharam com receio em contar o fato ocorrido na noite passada, mas Murilo resolveu tomar partido e falou:

– Ele disse que vem logo, teve um pequeno contratempo, nada para se preocupar – Murilo deu um pequeno sorriso amarelo olhando para Shofie e depois para William.

– Tomara que ele venha me ver, quero a presença de todos os meus filhos aqui comigo. – a senhora falou com um pouco de dificuldade, pois ainda estava fraca.

Shofie e William procuraram o médico que está acompanhando o caso da mãe para saber quando ela vai ser liberada. Ele explicou que será realizado um exame alérgico para saber qual substância causou mal a Sra. Burk, informou que ela ainda está fraca, precisa tomar soro e remédios.

– Pelo que consta nos exames parece que ela não anda se alimentando adequadamente há dias e só estamos conseguindo controlar a pressão dela através de remédios. Por acaso quem mora com ela? – o medico perguntou olhando para os dois.

– No momento ela está morando sozinha, meu pai já se foi, eu me casei, William tem seu próprio apartamento e o nosso irmão não mora na cidade por conta do trabalho. Mas, tem uma empregada que toma conta da casa e uma cuidadora que toma conta dela – Shofie falou com calma.

– Mesmo ela tendo uma pessoa que cuida dela a família tem que ficar de olho, fazer visitas periódicas para saber o estado de saúde do ente querido – o profissional de saúde foi interrompido por Shofie.

– Eu faço visitas a ela várias vezes, pergunto a ela como está, converso com a cuidadora. O que ela me disse é que minha mãe de um tempo para cá não anda se alimentando corretamente, troca refeições por chá e algumas bolachas, nem a sopa que tanto gosta não toma mais. Eu conversei com minha mãe para saber o motivo, mas ela não me informou. Já fui jantar e almoçar várias vezes com ela e até que se alimenta bem, mas eu acho que só quando estou lá com ela – Shofie falou olhando para o médico e depois para William.

– Bom, quando ela for para casa alguém da família terá que ficar com ela. Ter apenas a cuidadora com ela não será o suficiente, vou encaminhá-la para atendimento com uma nutricionista e terá que tomar regularmente remédio para pressão – o médico terminou a conversa e logo se voltou para seus afazeres.

Já era hora do almoço quando Murilo resolveu ir até sua casa, comer e pegar a esposa para realizar uma visita a Sra. Burk, mas antes dele ir William o chamou no corredor e perguntou sobre notícias do irmão. Murilo disse que não tinha ideia de onde o sobrinho poderia ter ido, mas estava com a moto, ligou várias vezes para Roberto, porém sem sucesso. Ele estava esperando mais um pouco, se Roberto não aparecesse com o carro teria que acionar a polícia. William disse que pode contar com ele se assim precisasse, pois queria pegar o irmão e uma bela bronca dar-lhe.

O dia correu bem, apesar de não havendo de notícias de Roberto o que deixava todos preocupados, pois a Sra. Burk perguntou pelo filho várias vezes e ninguém mais tinha cara para inventar nenhuma desculpa. À noite avançara rapidamente, alguns familiares já estavam indo embora e a irmã da Sra. Burk resolveu dormir no local e todos concordaram.

William saiu, pegou o carro e se dirigiu ao caminho de casa. Mas, antes resolveu passar em algum lugar para comer algo, no caminho acabou vendo uma blitz da polícia. Para ele nada de estranho, pois era comum essa ação policial no sábado, porém resolveu passar devagar e observou algo familiar. Mais a frente estacionou e resolveu ir até a reunião dos policiais e para sua surpresa tinha um automóvel parado e um homem sendo revistado. Olhou mais atentamente, percebeu que o carro era o do seu tio Murilo e que o homem era irmão mais novo. Não demorou a Roberto perceber a presença de William, isso o deixou o irmão mãos velho aborrecido.

– Então é aqui que você está não é, o que andou fazendo? Todos estão preocupados com você. Sabia que mamãe perguntou muito por você? Claro que não sabe está andando por ai e nem se quer quis saber dela – William possuía uma expressão fechada e falou com raiva.

– Como ela está? Não vem com bronca agora não ta, só quero que… – Roberto deu uma pausa mostrando estar sobre efeito de álcool e falou baixo ao ouvido do irmão – me ajuda cara, me tira dessa furada. Eu sei que não temos uma boa relação, mas só dessa vez.

– Você andou bebendo? Eu vou ajudar você apenas dessa vez, mas só se devolver o carro do nosso tio, se recuperar dessa ressaca e ir visitar nossa mãe. – William continuou irritado.

– Tudo bem mano eu faço o que tu quiseres. Tudo certo – ele cambaleou um pouco.

William teve que acompanhar o irmão até a delegacia e esperou dar esclarecimento sobre o ocorrido. Teve que pagar fiança, pois sem isso Roberto teria que ficar detido na delegacia por um dia, fez isso mesmo sem o irmão merecer. Depois ligou para o tio informando sobre o irmão e disse para ele pegar seu carro. William resolveu levar o irmão para o apartamento dele, pois deixá-lo solto por ai não seria uma boa ideia. Ao chegar ao local ajudou o irmão a tomar um belo banho gelado e depois deu a ele um café bem forte, depois Roberto caiu como uma pedra no sofá da sala o que fez William ir para o quarto dormir também.

O administrador acordou na manhã de domingo, tomou um banho e foi para a sala ver como estava o irmão, porém para sua surpresa não o encontrou. Pegou o telefone para ligar para Roberto, mas recuou da ação ao ver um bilhete encima do móvel, nele estava escrito:

Irmão não se preocupe, peguei algo para comer na cozinha e logo estarei no hospital. Eu estou bem, não pretendo fazer nenhuma bobagem, só quero visitar nossa mãe. Caso queira pode ir vê-la também.

Ass.: Roberto.

 

William pegou a chave do carro e logo se dirigiu ao hospital a fim de verificar se realmente o irmão tinha ido para lá. Para sua surpresa o encontrou no local, ele estava com a camisa amarrotada e sorrindo junto à mãe. Shofie também estava no quarto com sua filha e mais alguns familiares, mas poucos. A irmã se voltou para o irmão mais velho e disse baixo ao ouvido dele:

– Mantenha-se calmo e não brigue com o nosso irmão. A vinda dele aqui fez muito bem a mamãe – Shofie deu um pequeno sorriso em direção a filha.

– Tudo bem, já dei bronca suficiente no Roberto ontem afinal fui eu quem o salvou de ficar… – ele deu uma pequena pausa, continuou falando baixo e entre dentes – preso na delegacia.

– O que ele aprontou dessa vez? – ela ficou surpresa, porém tentou não demonstrar reação.

– Acho melhor irmos até a lanchonete para conversarmos melhor e estou morrendo de fome. Vim para cá depressa e não comi nada – William disse ainda falando baixo.

Os dois falaram com a mãe e logo estavam sentados em uma das mesas da lanchonete do hospital. O local se localizava no térreo perto do estacionamento, não era muito grande, porém bem arrumada. William tomava um café, um pedaço de bolo de laranja e comia observando o local. Shofie o acompanhava tomando suco de uva e preferiu não comer nada e olhava para o irmão.

– Então, agora podemos conversar mais a vontade. O que o Roberto aprontou dessa vez para quase ir parar na delegacia? – ela parecia preocupada.

– Ele foi para a delegacia, mas tive que pagar fiança para não ser preso. Ele estava bêbado, sujo, mas ainda bem que nada acontecera ao carro do tio e nem a ele. Eu o levei para meu apartamento, dei um banho nele e comida. Achei que ele fosse ficar quieto, mas não, me dá outro susto, quando acordo cadê ele, apenas um bilhete – William estava muito aborrecido e quase derrubou café da camisa de linho branca.

– Calma irmão, como você me disse já deu bronca nele. Além do mais nosso irmão já é grande o bastante, mesmo inconsequente, mas é responsável pelos atos que comete. Sei que nossa mãe passou muito a mão na cabeça dele, porém devemos deixá-lo seguir sua vida – Shofie falou olhando atentamente para o irmão.

– Eu não vou ajudar ele em mais nada, que se vire como puder. Mudando de assunto parece que Alice está melhor, o que ela tinha? – William falou franzindo a testa.

– Teve febre, mas no outro dia já estava bem. Ela é alérgica, não pode chover que adoece – ela falou com serenidade.

Eles ficaram conversando por um tempo e depois subiram para ver como a mãe estava. Encontraram o médico no local informando que o teste alérgico fora marcado para o fim da tarde, os níveis das plaquetas estavam aumentando e o mais breve possível a Sra. Burk seria liberada. Todos sorriram, bateram palmas e agradeceram ao médico, isso deixou o local com um ar leve.

O exame foi realizado com sucesso e o resultado saiu apenas na manhã do dia seguinte. William não pode estar presente no momento, pois teve que trabalhar, mas na hora do almoço se dirigiu ao hospital. Quem deu a notícia sobre o exame foi uma das irmãs de sua mãe. Nele foi constatado que a Sra. Burk possui alergia a uma substância presente em uma planta muito usada para o preparo de chá. William ficou surpreso e uma enfermeira que estava no quarto trocando o soro da paciente informou a ele que a mãe dele não poderá tomar chá por um bom tempo, principalmente dois tipos específicos: chá verde e de canela. William indagou a enfermeira o porquê de tal proibição, ela informou que o chá de canela altera a pressão arterial e deve ser evitado por pessoas hipertensas. Já o chá verde é muito usado por pessoas que pretendem emagrecer, se administrado em quantidade exagerada pode causar sérios problemas estomacais e causar alergia em alguns casos.

William já havia observado, nas poucas visitas que fizera a mãe, que ela estava emagrecendo rápido, mas não tinha noção que poderia ser por causa do chá verde e que muito menos acabaria tendo alergia a essa bebida tão apreciada por ela. Será muito difícil proibir a mãe de tomar sua bebida, mas a enfermeira informou que depois de um tempo a Sra. Burk poderá voltar a tomar alguns tipos de chás, os menos agressivos é claro como o de camomila. Ele sabia que teria que ficar tomando conta da mãe por um bom tempo, porém terá que dividir essa função com alguém, pois não pode deixar a gestão da empresa vazia por muito tempo. Resolveu conversar com sua tia Miranda, que concordou em dividir os cuidados da irmã com o sobrinho.

O fim do mês foi longo para a Sra. Burk que teve que passar as duas semanas finais em uma cama de hospital, mas foi preciso e se recuperara muito bem. Em casa, fora proibida de realizar qualquer atividade pesada e de consumir seu chá, isso desgostosa a deixou, porém ter a presença do filho mais velho a fez feliz. Sua alimentação fora regulada e passeios pelo belo parque perto de sua casa fora indicada, essa atividade é a que mais gosta de realizar. William ficava com sua mãe no período da manhã, pois a tarde corria para a empresa e trabalhava até altas horas. Chegar cansado a casa de sua mãe não era muito bom, isso há deixava um pouco brava, mas adorava a presença do filho que encobria qualquer bronca que ela devesse realizar a ele.

O início do mês de junho começou um pouco frio, com uma chuva fina. William nesse dia lembrará que o casamento de seu amigo estava se aproximando e faltava apenas esse mês. Deixou a mãe na companhia da irmã e saiu pela cidade com a finalidade de procurar algo para vestir no casamento e não poderia ser qualquer roupa, afinal ele fora convidado para a função de padrinho. Já havia ido a duas lojas e nada de encontrar algo de seu agrado, quando menos espera sem olhar para onde anda acabou esbarrando em uma moça derrubando o que ela carregava. Rapidamente William se abaixou e ajudou a jovem a pegar o que havia caído e ao se levantar percebera que se tratava da bela garota que encontrara na ponte um dia desses. Ela pegou as suas coisas, agradeceu e rapidamente se virou para ir embora, porém William segurou-a pelo braço forçando a ficar no local.

– Por favor, não vá, eu conheço você. Bom, não o bastante, mas acho que tenho algo que lhe pertence – ele falou olhando atentamente para os olhos da moça.

– Desculpe, mas não sei quem é o senhor e deves estar enganado não tem nada meu. Acho que me confundiu com outra pessoa – ela falou também olhando para William que logo soltou o braço dela.

– Me desculpe, mas eu posso não conhecer muito bem a senhorita. Pelo que lembro eras tu que choravas a beira da ponte em uma noite de sexta-feira. Estavas com um vestido muito bonito e possuías uma pulseira de coração – ele não deixou de olhar para os olhos dela.

– Minha pulseira! – ela falou surpresa – foi minha mãe que me deu quando era mais nova. O senhor está com ela ai? – ela possuía a voz serena.

– Me desculpe, mas não. Eu a guardei no meu apartamento se quiser posso pega-la para ti e trazer quando desejares.

– Acho melhor não – ela pegou suas coisas e a passos rápidos foi se afastando de William, porém ele a seguiu.

– Não vá, vamos marcar um encontro, em algum café para que eu entregue sua pulseira – ela não deu ouvidos ao que ele havia dito e continuou caminhando. William continuou seguindo-a, mas manteve certa distancia – me diga pelo menos o seu nome, eu me chamo William – ele falou um pouco alto porque a moça já estava um pouco distante. Ele não conseguiu acompanhá-la por muito tempo, pois a moça havia entrado no ônibus. Desapontado resolveu voltar a procurar a roupa para o casamento, porém a imagem da moça permanecia em sua mente. Nesse dia ele observou que a jovem possuía belos olhos azuis que estavam em harmonia com o vestido. Gostou de reencontrar a moça, mas como faria para revê-la novamente?

Não possuía a resposta dessa pergunta, mas se apreçou e depois de uma longa tarde de loja em loja finalmente encontrara o que desejará e foi para casa. À noite não precisava se preocupar com sua mãe, pois a tia dele ficou de dormir com ela, isso o deixou despreocupado. O mês seguiu lento e logo a sua mãe não precisava muito de sua presença a todo o momento, com isso William pode se dedicar mais ao trabalho. Por conta dos dias que tivera que ficar com sua querida mãe deixou trabalho acumulado, com isso teve que realizar longas horas de trabalho as madrugadas.

William estava em seu apartamento, havia terminado um longo e cansativo relatório. Já passará da uma hora da madrugada, foi até a cozinha tomar uma xícara de café e se dirigiu a varanda. Deixou o vento gelado tocar o seu rosto, a lua iluminava a noite e a imagem da moça não saia da mente dele, pele branca, cabelos loiros e olhos azuis como o céu. Tão jovem, parecia frágil, porém bela.

Ele terminou o café, se dirigiu ao quarto, estava exausto de tanto trabalhar, retirou os sapatos e sem querer derrubou uma pequena caixa marrom ao chão. Logo notara que dentro havia uma pulseira, esta era da bela jovem. Ele pegou o objeto, ficou olhando e a visão da moça vinha a sua mente. Ele guardou o acessório na caixa deixando-a no criado mudo ao lado de sua cama e antes do esperado adormecera.

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