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Homicídios

HOMICÍDIOS – Episódio 2- “Os sete suspeitos”

 

Continuação da cena anterior…( 19 DE JANEIRO DE 2016 – terça-feira )

Cena 1- Praça Ulisses Gurgel – coreto; interior/ noite:

Ulisses Gurgel foi assassinado!

Margareth: Ulisses! Ulisses fala comigo!

Túlio e Marcelo chegam junto com Judith, a médica da cidade.

Marcelo: Meu Deus!

Judith: Morto.

Margareth dá um grito e se ajoelha no corpo de Ulisses.

Lívia: Pai!

A jovem sobe no coreto no meio de tantas pessoas e chega ao corpo do “pai”.

Lívia: Pai! Pai! Mãe. Ma. Ma. Ele.. ele..está?

Túlio: Morto!

Ao ouvir o tom de deboche de Túlio, Margareth levanta e vai até o amante.

Margareth: Foi você desgraçado!

Túlio: Não! Claro que não!

Margareth abraça a filha.

20 DE JANEIRO DE 2016 – Quarta-feira

Cena 2 – Delegacia da Vila Barragens – Sala do Delegado; interior/manhã:

Marcelo, com olheiras e cara de sono, conversava com Luiz, que estava no mesmo estado.

Marcelo: Sinceramente! Não temos pista nenhuma, nenhum suspeito e nem a arma do crime. Pode ser o crime perfeito.

Luiz: Seja otimistabaleadado, vamos analisar a cena do crime, interrogar os mais próximos dele e do coreto, vamos fazer uma lista de suspeitos, investigar e prender esse desgraçado assassino!

Marcelo ri. Ele se levanta.

Marcelo: Muito bem sargento vamos à caça! Mas primeiro um café!

Os dois riem e saem do local.

Cena 3: Local desconhecido – escuro/manhã:

Alguém, com luvas nas mãos, lembra do dia anterior…

FLASHBACK —— DE 08h00min DE 20/01/16 para 23h00min DE 19/01/16:

A mesma pessoa sai da praça com algo no bolso e para em um local afastado, o mesmo do momento. Ela tira uma arma do bolso e mostra que dos cinco locais, quatro estão preenchidos com balas, apenas um vazio, ou seja, um tiro foi dado…

FLASHBACK —FIM—- DE VOLTA A 08h00min DE 20/01/16:

A pessoa, guarda a arma no bolso e olha para as árvores.

Pessoa (pensando): mereceu! E agora, preciso ir eliminar mais um…

Cena 4 – Praça Ulisses Gurgel – coreto; exterior/tarde:

Marcelo analisa as paredes do coreto quando Luiz chega com sete fichas na mão.

Marcelo: E então?

Luiz: Os sete suspeitos do crime!

Marcelo pega as fichas ansioso enquanto Luiz se alegra. Marcelo folheia as fichas e encontra ao todo seis nomes: Margareth Taboas Gurgel; Leonardo Baptista Erthal; Maria Judith dos Santos Vaz; Olívia Wendy Gomes; Ana Miranda Caminha e Getúlio (Túlio) França Neves.

Marcelo: Bom trabalho!

Luiz fica sem graça, mas fala:

Luiz: Tem mais uma!

Ele entrega a ficha, Marcelo vê o nome: Marcelo Caches Lopes.

Marcelo: O que? Meu nome! Eu suspeito! Como assim!

Luiz: Os policias que montaram a lista levaram em conta a briga sua e do Ulisses ontem à noite.

Marcelo: Ah meu Deus! Mais essa!

Marcelo se afasta.

Marcelo (pensando): Meu nome não pode estar nessa lista!

Cena 5 – Delegacia da Vila Barragens – Sala de depoimentos e interrogatórios; interior/manhã:

Margareth entra na sala e encontra Leonardo e Marcelo se despedindo.

Marcelo: Por enquanto é o suficiente senhor Erthal. Boa tarde!

Leonardo: Boa tarde! Marcelo…

Leonardo aparentemente de mau humor, se vira e engole seco ao ver Margareth.

Margareth: Bom dia!

Leonardo: Bom dia! Bem! Licença aos presentes, mas o interrogatório foi longo e vou descansar!

FLASHBACK ————-40-minutos-antes———-

Leonardo entra na sala e cumprimenta Marcelo.

Marcelo: Você foi à praça?

Leonardo: Fui!

Marcelo: Estava lá no momento do assassinato?

Leonardo: Sim.

Marcelo: Em que lugar estava?

Leonardo: Em frente a Ulisses, talvez a três metros de distância!

Marcelo: Por que tem uma arma?

Leonardo: Ah? Não tenho!

Marcelo: Revistamos sua casa de madrugada enquanto arrumava o mercado! Temos o mandato se quiser!

Leonardo: Ladrões? Assassinos!

Marcelo: Não tem uma bala!

Leonardo: Teste na mata! Simplesmente!

Marcelo: Sua arma não tem uma bala, a arma de Ulisses que estava em casa não tem uma bala, a arma de Olívia que nem sei como conseguiu, também não tem uma bala.

Leonardo: O que está que rendo dizer?

Marcelo: Que você é um dos principais suspeitos do crime!

Leonardo: Eu exijo provas! Provem!

FLASHBACK ———-FIM——-DE VOLTA AO MOMENTO ATUAL–

Margareth: Ok! Boa tarde!

Marcelo: Vamos começar!

Margareth: Sim!

Marcelo: Só tenho duas perguntas: Por que tem um arma em sua casa? Por que esta arma falta uma bala?

Margareth: Meu marido se preocupava com nossa segurança e certa vez atirou no gramado achando que alguém invadira a casa.

Marcelo: Sua história não condiz com o relatório que revela que essa arma foi disparada ontem.

Margareth engole seco e verifica a hora no celular, nesse momento Túlio, que acompanhava a amante entra na sala.

Túlio: Licença senhor delegado, mas Margareth Gurgel precisa se preparar para o enterro.

Margareth entristeceu sua face e saiu sem se despedir de Marcelo.

Marcelo (pensando): Será que mataria o próprio marido?

Cena 6 – Casa da Família Gurgel – quarto de Lívia; interior / tarde:

Lívia colocava uma blusa preta e se olhava no espelho enquanto chorava e fala consigo mesma.

Lívia: Pai! Pai!

Nesse momento Dina, a empregada da família entra no quarto com seus sapatos barulhentos. Lívia finge um sorriso e abraça a empregada que a conforta.

Dina: Tudo bem minha filhinha. Termine de se arrumar e desça para ir com sua mãe.

Lívia (entre soluços): Ok.

Dina sai do quarto e Lívia continua a se arrumar.

Cena 7 – Praça Ulisses Gurgel – coreto; exterior/tarde:

Enquanto Luiz analisava o coreto, Marcelo vê dados em seu tablet e olhava para o chão, tentando, por meio de análises, determinar a distância do tiro.

Marcelo: Bem, de acordo com tudo.. Aqui, não aqui!

Sua expressão muda completamente e em um segundo de devaneio deixa o tablet cair. Luiz ouve o barulho.

Luiz: Tudo bem delegado?

Marcelo: Sim… O tablet escorregou!

Ele pega o aparelho do chão e passa a mão na superfície de pedras, procurando seu cartão de memória, ao encontrá-lo se levanta e se afasta do local pensativo.

Marcelo (pensando): Tudo indica que daquele local foi disparado o tiro, mas era onde EU estava! Impossível estar correto!

Cena 8 – Ponte das Lágrimas – local um pouco afastado da vila; exterior/tarde:

A pessoa, com luvas, sente alguns pingos de água baterem em seus óculos escuros e olha para o rio. A arma, que havia matado Ulisses Gurgel é lançada no rio e começa a ser carregada pela correnteza.

Pessoa (pensando): Pronto! Para meu próximo crime não necessito de você! Agora… Vamos ao enterro do desgraçado!

Cena 9 – Cemitério Nossa Senhora da Conceição – entre túmulos de pessoas importantes; interior/tarde (começando a anoitecer):

Entre túmulos de coronéis, prefeitos e grandes personalidades da Vila Barragens e da Vila Cerrado havia um buraco feito recentemente, onde havia um caixão. Em volta se encontravam todas as pessoas da vila. Margareth e Lívia se encontravam mais próximas do local e Lívia chorava muito, fato evidenciado apenas nas bochechas. Dentre outras pessoas, Margareth, Marcelo, Olívia, Miranda, Judith, Leonardo e Túlio estavam de óculos escuros.

Padre: Em nome do pai, do filho e do espírito santo… Amém!

Multidão: Amém!

Após fazerem o sinal da cruz, a chuva bateu forte nos habitantes da vila, que não conseguiram suportar a chuva e foram embora. Margareth puxava a filha que preferia continuar ali. Túlio era o último a sair quando falou ao coveiro:

Túlio: Termine de jogar a terra! Enterre de vez esse homem.

O coveiro, de nome Gustavo, continuou o serviço. Alguém apareceu para visitá-lo!

21 DE JANEIRO DE 2016 – quinta-feira

Cena 10 – Cemitério Nossa Senhora da Conceição; interior/manhã (apenas seis da manhã):

Marcelo, Luiz e outros policiais corriam até certo túmulo, Marcelo na frente, conversava rapidamente com Luiz.

Marcelo: Exato! Uma denuncia anônima, relatando que Gustavo, o coveiro desse cemitério foi assassinado ontem e que devemos ir até o túmulo de Ulisses. No fim ele diz que ele ou ela, sei lá, é o responsável.

Luiz: Então podemos rastrear identificar a voz, o qualquer coisa do tipo.

Marcelo: Fingiu a voz e ligou do orelhão!

Os dois chegam com mais três policiasao local onde Ulisses foi enterrado. Ainda sem a lápide ou algo de mármore, a terra acima do caixão estava revolvida e nela, havia um dedo. Marcelo chegou perto e avistou o corpo caído na cova, por cima do caixão de Ulisses. Lá estava, com todas as evidências de ter sido baleado, Gustavo Andrade, o coveiro.

Ulisses Gurgel e Gustavo Andrade estavam mortos. Ulisses Gurgel e Gustavo Andrade foram assassinados.

NO PRÓXIMO EPISÓDIO…

– Ao contrário de muitas histórias, é no terceiro episódio que nosso protagonista entra…;

– Novas medidas são tomadas para combater o (a) criminoso (a);

– Com a chegada de nosso protagonista, nossos principais suspeitos ficaram em alerta e não irão gostar dele;

– A cidade acusa Marcelo de ineficiência e ele toma decisões;

 

 

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