Histórias da Vida – Capítulo 33
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Capítulo 33
Continuação do capítulo anterior…
Cena 1.
Imobiliária.
Sentada no sofá, Maria fica pensativa olhando para o horizonte. E se lembra do beijo com Hélio que aconteceu na imobiliária. O celular de Maria toca e a tira dos seus pensamentos. Maria olha no visor do telefone e vê o nome de Hélio. Ela rejeita a ligação. Hélio entra na sala.
Hélio: Vai continuar me evitando até quando?
Maria: Eu ia tentar o máximo que eu conseguisse.
Hélio: Você sabe que não podemos continuar assim. Nós precisamos ter essa conversa.
Maria: Eu sei. Eu só não a queria agora. Eu não estava pronta.
Hélio: Você quer marcar um almoço amanha? Talvez você se sinta mais confortável.
Maria: Não. O que eu tenho que dizer é breve e eu prefiro dizer de uma vez. Eu quero… Nós precisamos nos afastar, pra sempre.
Hélio: Você não pode estar falando sério.
Maria: Claro que eu estou. Você sabe que não a menor possibilidade disso acontecer. Você é meu cunhado. Temos famílias. Filhos. Tem a sua mãe. Têm muita gente envolvida nisso. Não dá só pra gente resolver que vai ser assim e acabou.
Hélio: E o que a gente sente não conta? Eu tenho certeza que você também gosta de mim. Eu vejo nos seus olhos.
Maria: Hélio, realmente eu sinto por você um sentimento muito forte. Mas eu não daria um passo tão importante desses envolvendo a vida dos meus filhos sem pensar e eu pensei bastante. Não vai acontecer nada entre a gente.
Hélio: Você não pode sacrificar nosso amor pelos outros. Não é justo com a gente. Eu já entrei com os papeis pra me divorciar da Valéria. Eu quero me casar com você.
Maria: A Valéria não gostava de mim sem motivo algum e infernizou a minha vida, imagina agora que ela realmente tem motivos. Desculpa Hélio. Minha decisão está tomada e eu vou me afastar o máximo de você. Espero que você faça o mesmo.
Cena 2.
Casa de Sandra.
Na sala, Vitória e Caio conversam.
Caio: Fala a verdade Vitória. Você desligou o despertador não foi?
Vitória: Não. Eu não fiz nada. Porque você não acredita em mim?
Caio: Porque o despertador sempre funcionou. E no dia em que você dormiu lá em casa ele parou de funcionar.
Vitória: Talvez fosse a bateria que acabou. Me escuta. Eu não fiz nada. A Bia não gosta de mim. Você sabe disso. É lógico que ela ia colocar a culpa em mim por causa disso. Talvez foi até ela que desligou o despertador pra me sabotar.
Caio: Ela se dedicou tanto nesse trabalho. Ficou semanas fazendo pesquisar, maquetes e tudo. Você acha mesmo que ela ia estragar um ano de estudo por causa de uma briga boba dessas. Ela pode repetir ano por causa desse atraso.
Vitória: Foi tão sério assim?
Caio: Sim. Eu falhei com ela. Eu falhei com a minha irmã.
Vitória: Tá bem. Eu confesso. Eu desliguei o despertador sim. Mas eu não fiz isso tentando atrapalhar a Bia. Eu juro. Eu vi que você foi se deitar tão tarde eu achei que você merecia mais um tempinho sono. E eu estava lá com você. Nós não conseguimos ficar juntinhos assim a tanto tempo.
Caio: Como que você foi tão irresponsável assim Vitória. Você sabia que essa feira de ciências era importante. Você tem noção do quanto você prejudicou minha irmã?
Vitória: Desculpe, eu não queria isso. Nunca quis.
Caio: Sinceramente. Eu achei que depois que a gente noivasse as coisas iam se ajeitar. Vocês iam começar a se dar bem. As coisas iam ficam melhores. Mas não. Todo dia vocês duas brigam. Vocês duas não conseguem se entender e pior vocês não tentam.
Vitória: Sua irmã não é fácil.
Caio: Ela tem 15 anos, você 23. Você poderia ao menos tentar se dar bem com ela, mas você prefere entrar nessa disputa ridícula de atenção. Vai chegar um momento em que eu vou ter que escolher um lado. Que eu vou ter que escolher entre você e minha família. E minha família vai ganhar.
Vitória: O que você está querendo dizer com isso?
Caio: Nosso noivado acabou.
Vitória: Não. Não, não, não. Você não pode fazer isso comigo. Por favor. Não faz isso. Eu vou morrer sem você.
Caio: Sinto muito.
Caio sai da casa. Vitória deita no sofá aos prantos de choro.
Cena 3.
Casa de Maria.
No quarto, Rafael transtornado anda de um lado pro outro no quarto.
Rafael: Eu tenho que ficar de boa. Eu to indo trabalhar. Tenho que ficar tranquilo. Só um pouquinho não vai fazer diferença.
Rafael pega um pacotinho de cocaína abre e coloca na mesinha e cheira. Ele olha pros lados sentindo que ele já estava mudando por causa do efeito da droga. Ele cheira de novo.
Na sala.
Guilherme e Nath conversam.
Nath: Eu te disse pra você se afastar de mim. Eu não quero que você estrague sua vida por minha causa.
Guilherme: Para de falar isso. Eu não vou me afastar. Eu não estou estragando minha vida. O meu lugar é do seu lado.
Nath: Você sabe que do meu lado você não vai ser feliz. São cuidados atrás de cuidados. Eu sei das suas boas intenções. Mas elas não vão poder me ajudar.
Guilherme: Nath eu não te abandonar.
Nath: Me deixa morrer em paz.
Guilherme: Não. Você não morrer. Você continuar sendo a mesma Nathália de sempre. Divertida, de bem com a vida. Ajudando o próximo.
Nath: Gui. Foi divertido esse tempo todo que ficamos juntos que fomos amigos. Você foi muito especial pra mim. Você me fez rir num momento que eu só pensava em coisas ruins. Mas agora é diferente. Eu estou marcada e isso nos separa muito.
Guilherme: Eu te amo. E eu acredito no amor. Eu acredito em você. Eu sei o quanto você quer lutar pra viver e está com medo e eu quero está do seu lado sempre, pra poder segurar sua mão quando você estiver com medo. Então me fale que eu tenho que me afastar de você porque eu não vou.
Guilherme beija Nath. Rafael chega na sala um pouco transtornado.
Rafael: Que isso casal. Vai com calma.
Nath e Guilherme se separam. Nath olha pra Rafael e percebe que ele está diferente.
Nath: Ta tudo bem com você, Rafa?
Rafael: To ótimo.
Rafael sai de casa apressado.
Cena 4
Apartamento do amigo de Flávia.
No apartamento acontece uma festa. O apartamento cheio, o som ligado. Algumas pessoas dançando na sala, outras sentadas no sofá conversando. Na sacada da janela, Diego e Flávia conversam.
Flávia: Ficamos um pouco aqui e depois vamos para o motel.
Diego: Você tem certeza disso. Eu acho que eu não estou pronto pra isso.
Flávia: Tenho certeza sim. E você já está pronto sim. Já tem muito tempo que estamos com esse namoro de faz de conta. Eu preciso transar. Mas o foco não é esse. Isso é pra termos certeza se você é ou não é.
Diego: Ta bom, viu. Tudo bem Flávia. Vamos tentar então.
Flávia: Ótimo. EU preciso ir ao banheiro.
Flávia beija Diego e sai. Diego olha pra vista da janela e bebe um gole grande de cerveja. Thiago se próxima de Diego.
Thiago: Tudo ai?
Diego: Mais ou menos. Mas é coisa de casal. Você não vai querer saber.
Thiago: Problemas no paraíso? Vocês acreditam mesmo nesse namoro? Quer dizer vocês fazem isso pra enganar as pessoas ou pra se enganarem?
Diego: Nosso namoro é sério. Não sei por que você está falando isso.
Thiago: Pra se enganarem. Entendi. Eu não tenho que falar nada porque não diz respeito a minha vida, mas isso está errado. A Flávia se iludindo com um namorado gay e você se enganando que gosta de mulher. Boa sorte. Quando perceber que não é assim que funciona a gente conversa. Você é bem bonitinho.
Thiago sai da sacada e Diego fica sem graça e pensativo.
Cena 6.
Salão de Janet.
Sentados no sofá, Lele, Dirce e Edneia conversam.
Lele: A Janet tá lá na casa da Maria de novo. Ela ta indo muito lá.
Edneia: Ela tá por dentro das fofocas, dos bafões tudo e não conta nada pra gente.
Dirce: É um absurdo ela não contar pra gente. Mas corre pela vizinhança que a Valéria colocou o Hélio pra fora de casa.
Lele: Com certeza. Mas também depois de flagra daquele, com direito a lavação de roupa suja aqui na rua. Não podia deixar por baixo.
Edneia: E eu achando que a Maria era santa.
Dirce: Santa sou eu amor. Tão dizendo que o filho mais novo da Maria é do Hélio e não do Heitor.
Edneia: Para de falar besteira. Todo mundo sabe que o Junior é adotado.
Dirce: Dizem isso pra disfarçar. Pensa.
Edneia: E como que ela ia esconder a barriga da gravidez do marido?
Lele: Você tem que aprender a filtrar as suas fofocas amor. Não é tudo que você ouve que tem que dizer. Ta parecendo a Fabíola Reiper.
Cena 6.
Casa de Maria.
Na cozinha, Maria e Janet conversam.
Maria: Minhas pernas bambearam. Ele na minha frente dizendo que me amava e ia se separar da Valéria pra poder se casar comigo, eu não sabia o que fazer.
Janet: E você gosta dela de verdade? É uma pergunta retórica porque eu realmente sei que você gosta dele. Da pra ver nos seus olhos quando você fala dele.
Maria: Eu acostumava mentir pra mim, eu dizia que era só amizade. Que eu nunca percebi os olhares dele pra mim e que sem querer, como se fosse algo automático eu retribuía os olhares. Mas é mentira, eu gostava de estar nos olhares dele. Eu me sentia viva. Eu me sentia desejada. Eu me sinto assim até hoje. Mas descobrimos esse sentimento numa fase da vida que é impossível viver ele. Eu não posso.
Janet: Eu te entendo amiga. Mas e o Junior. Depois que a bruxa revelou que ele era filho da Marcela, você conseguiu conversar com ele?
Maria: Sim. Graças a Deus eu consegui. Eu achei que ele não entenderia as coisas, mas ele foi muito compreensivo. O que me surpreendeu muito. Eu subestimei meu filho e ele foi muito adulto. Eu devia ter dito a verdade há mais tempo e poupado tanto sofrimento.
Janet: O Junior é muito esperto. Eu sabia que ele ia entender todo o seu sacrifício. Você acha que a Marcela desistiu de vez?
Maria: Ele sempre some e volta querendo mais dinheiro. Esse foi o jogo dela. Mas agora ela não tem arma pra me atacar. Não tem segredo pra me chantagear. O jogo pra ela acabou.
Janet: Graças a Deus. Mas ainda acho que faltaram duas bifas na cara dela.
Maria: Mas da ultima vez eu dei mais dinheiro pra ela.
Junior chega à porta da cozinha e Maria não percebe.
Maria: Deu muito mais e deixei bem claro pra sumir de uma vez. Eu tava tão desesperada, tão cheia de tudo. Ela vindo a minha casa, cercando meu filho. Eu cheguei a dizer que matava ela se ela se aproximasse do Junior.
Janet: O que qualquer mãe faria.
Junior: Eu não estou acreditando que era verdade o que ela me disse.
Maria: Junior? Do que você está falando?
Junior: A Marcela me contou a verdade. Não existe chantagem nenhuma, não verdade? Você que dava dinheiro pra ela querendo que ela se afastasse de mim. Porque ela queria se aproximar de mim.
Maria: Não. É exatamente o contrario Junior.
Junior: Ela me disse sobre as ameaças de morte, eu achei isso um absurdo e agora você confessou tudo.
Janet: Junior. A Maria jamais faria algo de ruim pra você. A Marcela sim. Ela está te envenenando contra sua família e você caiu direitinho.
Junior: Me mostra essa carta então, mãe. A tal carta que o papai deixou falando tudo.
Maria: eu não posso porque eu a queimei anos atrás, pra que você não soubesse o tão cruel a Marcela tinha sido com você.
Junior: Não tem carta nenhuma. Você mentiu. De novo.
Junior sai de casa correndo.
Maria: Junior espera. Junior.
Cena 7
Motel.
Diego e Flávia entram no quarto do motel. Era a primeira vez que Diego havia entrado no motel. Ele olha o quarto todo.
Diego: Bem legal aqui. Minha primeira vez no motel e transando.
Flávia: vai ser ótimo. Você vai ver.
Flávia beija Diego.
Flávia: Não quero perder mais tempo.
Flávia tira o vestido, ficando apenas de calcinha e sutiã.
Diego: Que lindo seu conjunto. Esse detalhe de rendinha é lindinho e…
Flávia: Diego para de olhar o detalhe do meu sutiã e olha meu corpo.
Diego: Desculpa. Seu corpo ta lindo. Gostosona.
Flávia: Agora você tira a roupa.
Diego tira a roupa e fica apenas de cueca.
Flávia: “Isso ai” vai ficar assim? Pra baixo?
Diego: Claro que não. Eu só preciso de um tempinho pra concentrar.
Flávia: Tudo bem eu te ajudo.
Flavia ajoelha em frente Diego. Ele se assusta.
Diego: Espera, espera. Não precisa disso. Acho melhor nós irmos pra cama.
Flávia e Diego vão pra cama. Diego deitasse atrás de Flávia e ficam de conchinha.
Diego: Bem legal assim não é.
Flávia: Não.
Flávia senta-se nos pernas de Diego que está deitado.
Flávia: Apenas relaxe.
Flávia beija Diego e vai descendo. Ela beija o pescoço, se abaixa e beija o peito, se abaixa um pouco mais e beija a barriga de Diego e puxa a cueca de Diego pra baixo o deixando nu.
Flávia: Se você quiser pode segurar meu cabelo, enquanto… Você sabe.
Flávia se inclina no meio das pernas de Diego e ele levanta.
Diego: Para, para. Desculpa. Não dá.
Flavia: Calma, Você vai gostar disso. Pode ter certeza.
Diego: A gente não pode se enganar mais. Eu sou gay, Sou gay. Sou muito gay.
Cena 7.
Pracinha.
Junior se aproxima da Pracinha e vê Marcela.
Marcela: Quando você disse que precisava falar comigo eu fiquei feliz, mas pela sua cara não é algo bom.
Junior abraça Marcela.
Junior: Me desculpa. Você estava certa esse tempo todo. Eu fui burro em não acreditar. Você estava certa. Você.
Marcela abraçada com Junior e abre um leve sorriso.
Vagabunda essa Marcela! Odeio essa mulherzinha.
Que forçada de barra juntar a Carla e o Caio. Eles são melhores com seus pares.
Caio e os irmãos foram chatos de galocha desde o início. Vitória merece um homem que valorize ela. Caio nunca se mostrou interessado em um casar com ela. Bia e Felipe conseguiram destruir essa relação.
Nath e Guilherme formam um belo casal. Só que acho que a trama dela demorou um pouco para acontecer. Assim como a de Rafael que só agora na reta final está se mostrando um viciado.
Diego se aceitou gay. Foi boa acena.
Núcleo desnecessário: Salão de Beleza.
Janet só serviu de orelha para a Maria. Ela renderia mais.
Marcela sendo Marcela. Não to forçando a Carla e o Caio. O que o Caio teve foi empatia pelo que aconteceu na vida dela. E ainda tem 7 capítulos, dá pra fazer muita coisa. (Na verdade não dá, estão tudos escritos) Mas tem historias algumas coisas pra acontecerem. E sim, Eu demorei pra entrar em algum temas importantes. Erro meu, desculpe.