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Histórias da Vida

Histórias da Vida – Capítulo 31

Capítulo 31

Continuação do Capítulo anterior…

Cena 1.

Casa de Maria.

Na sala, Maria e Glória se encaram.

Maria: Eu acho que eu seu exatamente o porquê a senhora está aqui.

Glória: Que bom. Isso economiza meu tempo. Eu não quero ficar muito tempo aqui.

Maria: Dona Glória. Eu posso garantir pra senhora que Hélio e eu não somos amantes e nunca tivemos um caso.

Glória: Eu quero saber é se você e o Hélio planejaram a morte do Heitor. Acho melhor você responder a verdade porque eu não estou com paciência pra você.

Maria: Dona Glória sai da minha casa. Eu não sou obrigada a ouvir suas acusações de ter matado o meu marido dentro da minha casa. Já se passaram mais de 10 anos que esse acidente aconteceu e eu aturei todas as suas acusações, suas indiretas, seus ataques, tudo em consideração aos seus netos. Ao seu filho Hélio. Eu aturei porque eu também sou mãe e sei o quanto uma mãe fica desestabilizada com um filho. Mas já chega Glória. Eu não aceito isso mais.

Glória: Você não aceita isso? Você acha mesmo que você tem o direito de achar que o meu sofrimento já deu?

Maria: Claro que não. Você pode chorar quando quiser, você pode falar seus absurdos de mim, mas não na minha casa. Sabe o que você podia fazer? Da atenção que você deu pro Hélio, porque ele merece.

Glória: A atenção que você estava dando?

Maria: Sim. Deu muita atenção sim. Porque eu fui amiga, companheira. Eu o ajudei quando ele precisou. Eu estive do lado dele nós momentos difíceis. Principalmente quando a senhora tentou suicídio sem se importar com ninguém.

Glória: Foi amante também, não é?

Maria: Não, eu não fui amante. O que nós tivemos foram momentos de fraqueza. Carência talvez. Mas amante eu nunca fui. Eu não sou mulher pra isso. Como ele não é homem de ter amante. Se a senhora se importasse mais com seu filho, você saberia.

Glória: Eu me importo com meu filho sim. Dou amor, faço o que eu posso por ele. E você não o direito de falar que eu não faço isso. Você quer que eu me importe mais? Então se afasta dele. Já basta você ter destruído um.

Glória sai da casa.

Cena 2.

Casa de Caio.

Na sala, Bia e Caio terminam o projeto de Ciências, enquanto Vitória os observa no sofá.

Bia: Obrigado por você me ajudar.

Caio: Você sabe que eu não consigo dizer não pra vocês. Mas eu não quero mais que vocês deixem esses trabalhos pra ultima hora. O Felipe fez isso da ultima vez e ficou de castigo. Então…

Bia: Nem vem. Olha a diferença dos trabalhos. Eu estou fazendo o trabalho há duas semanas já. Eu vou deitar que eu já estou cansada. Você sempre acorda primeiro que eu. Me acorde mais cedo por favor. Não quero me atrasar.

Caio: Tudo bem. Boa noite.

Bia vai pro quarto.

Vitória: Até que enfim um momento com meu noivo.

Caio: Espera. Eu vou guardar essas coisas. Ai eu sou seu.

Vitória: Gosto assim. Eu vou te esperar no quarto.

Vitória entra no quarto de Caio e vê o despertador em cima do móvel do lado da cama. Vitória pega o despertador e o desativa.

Vitória: Quero ter direito há mais tempo com meu noivo. A Bia já teve muito.

Caio entra no quarto e vitória o beija.

Vitória: Já estava com saudades desse beijo.

Caio pega Vitória no colo e a coloca na cama.

Caio: Vamos matar essa saudade.

Caio a beija.

Cena 3.

Casa de Maria.

Na cozinha, Maria bebe chá e fica pensativa, Julia entra na cozinha.

Julia: Vó, a gente precisa conversar.

Maria: O que aconteceu? Seu tom de voz está preocupante.

Julia: Minha mãe, Vó. A situação já saiu do controle. Eu tentei ajudar. Eu tentei fazer de tudo pra tirar ela disso, mas ela não me escuta. A senhora tem que fazer alguma coisa.

Maria: Do que você está falando Julia. O que aconteceu com a Carla.

Julia: Meu pai está agredindo ela. E não é de hoje. Mas ela não reage. Ela continua lá sem fazer nada. Eu to desesperada.

Maria: O André está batendo na minha filha. Você tem certeza disso Julia? Essa é uma acusação séria.

Julia: A senhora acha que se não fosse verdade eu estaria aqui desesperada pedindo ajuda? Há um tempo eu vi marcas no braço dela, marcas fortes, mas ela nega. Depois eu a vi cobrindo um hematoma no rosto com maquiagem. Era nítido que tinha sido uma pancada, mas ela preferiu mentir dizendo que uma lata tinha caído nela. Hoje meu pai chegou transtornado e tentou forçar ela a fazer sexo com ela. Eu não aguento mais lutar sozinha, vó. A senhora tem que me ajudar.

Maria: Claro, eu vou lá agora. Isso não continuar assim.

Nath entra na cozinha.

Nath: Que cara são essas? O que aconteceu?

Maria: A Carla.

Rafael: O Rafael chegou acho melhor esperar ele ir deitar.

Maria: Não. Quero todos seus irmãos comigo. Ela precisa saber que ela é amada.

Cena 4.

Casa de Carla.

Na sala, Carla abre a porta e Maria, Rafael, Nath, Diego, Junior e Julia entram na casa.

Carla: Que isso? Porque estão todos aqui? O que você fez Julia?

Julia: Você precisa de ajuda mãe.

Carla: Você não tinha nada que ter falado nada pra eles.

Maria: Precisava sim. Carla, você não está sozinha. Você tem família, irmãos, uma filha que se importa com você tanto que está desesperada te vendo nessa situação.

Nath: Carla, você não precisa disso.

Carla: Vocês não entendem gente.

Diego: Realmente, ninguém aqui entende porque você está se sujeitando a isso.

Julia: Ta vendo mãe. A gente tem que sair daqui. Não dá mais pra viver assim.

Junior: Vem Carla. Você não tem que sofrer isso.

Maria: Filha…

Carla: Não mãe. Eu agradeço muito por vocês terem vindo aqui. E demonstrarem essa preocupação comigo, mostrarem que me ama. Eu também amo todos vocês. Mas é meu casamento. Vocês não podem se meter.

Rafael: Ele tá te batendo Carla. Eu vou socar a cara dele.

Carla: Ninguém vai fazer nada. Meu casamento eu resolvo. Mãe, quantas vezes eu não vi a senhora e o papai brigando, se desentendendo e eu nunca me meti nas suas brigas porque na primeira vez que eu fiz isso a senhora me disse que assuntos do casal, quem resolve é o casal.

Maria: Seu pai nunca me agrediu. Você não precisa passar por essa humilhação filha.

Carla: E você acha que vim aqui com meus irmãos pra fazer essa intervenção não estão me humilhando?

Carla chorando: Eu sei que meu casamento está terrível que chega a ser sofrível o que eu estou passando, mas quando eu me casei eu prometi “na alegria e na triste”. E eu amo ele mãe. Eu sei que é um amor torto, mas eu amo ele. Então eu peço to fundo do meu coração que vocês me deixem resolver o meu casamento da minha maneira.

Cena 5.

Casa de Glória.

Na sala, Glória e Hélio conversam.

Hélio: A senhora não tinha que ter ido lá fazer mais acusações pra Maria.

Glória: Ela que não tinha que ter se metido com os meus dois filhos.

Hélio: Ela não se meteu com seus dois filhos. Essas coisas acontecem sem que a gente queira. Ninguém manda no coração.

Glória: Como se isso fosse verdade. Mas me diz o que você vai fazer da sua vida agora? A Valéria, a Maria, a Patty.

Hélio: Elas não querem falar comigo, mãe. Eu Tentei falar com todos. Maria e a Patty não me atendem e a Valéria é veneno atrás de veneno.

Glória: Eu acho que sua prioridade agora devia ser sua filha. Esposa você encontra outra amante também. Mas filha não.

Hélio: Eu sei. Eu sei.

Cena 6./Manhã.

Casa de Carla.

Na sala, Carla sentada no sofá arruma a bolsa pra sair. André entra em casa bêbado.

Carla: Onde você estava? Isso são horas de chegar em casa e nesse estado?

André: Shiiiiu. Não quero ouvir. Você não merece falar comigo.

Carla: Nossa. Da pra sentir seu bafo daqui. Onde isso vai parar? Nosso casamento desmoronando e você chega em casa assim.

André: Casamento? Que casamento. Nós não temos casamento. Você me evita sempre. Não posso te tocar, não posso fazer nada. Não existe casamento assim. Nosso casamento está desmoronando por sua culpa.

Carla: Minha culpa? Você não sabe nem o que você está falando.

André: Você não está honrando o seu papel de esposa. Já faz tempo.

Carla: Casamento não é só sexo. E não é só sexo que está faltando entre nós.

André: Eu acho que você virou sapatão. Não tem outra explicação.

Carla: Cala a boca André. Vai deitar que você já falou besteira demais.

André: Eu não falei nem metade do que eu quero falar. Você não merece um homem como eu. Que sempre fez de tudo por você. Por você e a Julia. Nunca faltou comida aqui dentro de casa. Não faltou comida, não faltaram roupas, conforto. Não faltou nada. Mas você prefere usar a desculpa de um tapa que eu te dei em um impulso como desculpa pra fugir de tudo. E você sabe que mereceu. Quando o homem fala a mulher só tem que ouvir.

Carla: Eu uso a desculpa do tapa pra tudo? Eu acho que essa conversa já deu o que tinha que dar.

André: Às vezes eu acho que você gostou do tapa e fica fazendo charminho. Vagabundas gostam de alguns tapas. Descobrimos que sua mãe não é santinha e é o que dizem tal mãe tal filha.

Carla da um tapa na cara de André.

Carla: Cala a boca. Cala sua boca e lava ela. Lava bem antes de falar de mim assim ou da minha mãe. Você é um homem horrível, desprezível. Eu não sei como que eu consegui ficar esse tempo todo do lado de uma pessoa como você. Mas isso acaba hoje. E acaba agora.

Cena 7.

Rua.

Em frente à casa de Maria. O carro Guilherme estacionado na rua e dentro Nath e Guilherme conversam.

Guilherme: Como que você está? Depois disso tudo que aconteceu na sua vida, eu imagino que você estar com a cabeça cheia de duvidas e…

Nath: Eu estou com medo, Gui. Eu não quero ficar no estado que o Renato estava. Eu não quero isso pra mim. Eu queria voltar no tempo e nunca ter feito o que eu fiz.

Guilherme: Eu sei que não é fácil. Mas eu estou aqui do seu lado. E nós vamos passar por isso, juntos.

Nath: Você está falando isso porque não fiz o meu exame ainda. Mas eu tenho certeza de que se meus exames derem positivo você vai sumir na hora.

Guilherme: Eu nunca faria isso. Eu estou com você pro que acontecer. Mesmo que se eu quisesse não conseguiria mais. Eu estou completamente apaixonado por você.

Nath: Eu estou a dias esperando você me beijar.

Guilherme beija Nath e percebe que ela está com febre.

Guilherme: Você está quente.

Nath: Não é nada demais.

Guilherme: Claro que é. Não é de hoje que você está assim. Seu pescoço está um pouco inchado.

Nath: Meu pescoço também é sintomas.

Guilherme: Sim. Gânglios inflados são um dos sintomas. E uma dos lugares que temos gânglios é no pescoço. Você querendo ou não, nós vamos para o hospital agora fazer seus exames.

Cena 8

Casa de Caio.

No quarto, Caio e Vitória dormem juntos tranquilamente. Bia entra no quarto assustada.

Bia: Caio. Caio. Acorda. Caio.

Caio acorda assustado.

Caio: O que aconteceu? Que horas são.

Bia: Já esta na minha hora e você ainda deitado. Você prometeu que ia acordar mais cedo.

Caio: Eu não to entendendo eu coloquei o relógio para despertar. Porque ele não despertou?

Bia: Não interessa. Eu preciso ir pra escola. Levanta.

Vitória: Calma. Ele não pode sair assim. Tem que tomar um café antes.

Bia: Fica na sua que eu tenho certeza que esse lance do despertador é culpa sua.

Vitória: Minha? Você está louca?

Caio encara Vitória.

Cena 9.

Escola.

Na calçada, Junior caminha até o portão da escola e vê Marcela.

Junior: O que você está fazendo aqui? Vai embora.

Marcela: Espera. Me deixa falar com você.

Junior: Eu não quero ouvir nada. Eu sei o quanto você já aprontou. Tanto com meu pai quanto com a minha mãe.

Marcela: É muito fácil você me julgar dizendo que eu fui ruim se você ouviu só o lado da pessoa que me odeia.

Junior: Você acha mesmo que eu vou cair no seu truque? Seus dias de tirar dinheiro da minha mãe acabaram.

Marcela: Tirar dinheiro da sua mãe? Agora eu entendo porque você não quer falar comigo. Já inverteram a história a favor dela.

Junior: Do que você está falando?

Marcela: Eu estou falando que a Maria me procurou muitas vezes querendo me fazer desistir de procurar você. Ela já chegou a me ameaçar de morte. Se você soubesse da verdade não ia me tratar assim.

Os dois se encaram.

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