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Herança do Passado

Herança do Passado – Capítulo 15: Cartas para Leila

CENA 1/ NOVA YORK/ ELEVADOR/ NOITE

Pedro começa a se desesperar e bate nas paredes do elevador:

Pedro (em pânico): SOCORRO! ME TIRA DAQUI!

Luiza: Pedro para de bater que é pior!

Pedro: Cala a sua boca! Me tira daqui!

Luiza: Pedro fica calmo! Olha aqui pra mim e respira fundo!

Pedro começa a ficar vermelho de nervosismo e se senta no chão enquanto tenta respirar

Luiza: Eu preciso que você conte até cinco, bem devagar Pedro. Fica calmo e conta enchendo os pulmões de ar

Pedro começa a respirar fundo e Luiza vai contando os segundos. Aos poucos ele vai se acalmando e ela segura na mão dele

Luiza: Conta de novo Pedro, bora lá. Até cinco.

Pedro começa a recontagem e vai ficando cada vez mais calmo

Luiza: Viu que tudo tá melhorando? O socorro já tá a caminho, tudo que você precisa fazer agora é se manter desse jeito, bem calmo, e…

Antes de terminar a frase, Pedro se vira para Luiza e de súbito a agarra pelo pescoço e lhe dá um beijo de surpresa. Ela se deixa levar por alguns segundos, mas depois se afasta

Luiza (assustada): Que isso Pedro?! Perdeu o juízo?!

Pedro (envergonhado): Desculpa! Eu não sei o que deu em mim. Me desculpa!

Luiza olha fixamente para Pedro por alguns segundos e depois o beija. Os dois trocam beijos quentes dentro do elevador por um bom tempo e acabam se deitando no chão do elevador.

Os minutos passam e a paixão começa a esquentar, quando de repente o elevador volta a funcionar e começa a subir para o andar dos dois.

CENA 2/ PORTO ALEGRE/ AEROPORTO/ NOITE

Andressa Lopes entra em um jatinho particular e conversa com o comandante da aeronave:

Comandante: Então Dona Andressa? Para onde vamos?

Andressa: Para Goiânia. Preciso resolver negócios urgentes por lá.

CENA 3/ NOVA YORK/ HOTEL PLAZA/ SUITE DE CRISTIANO/ NOITE

Após jantar com Cristiano acreditando que ele se trata de um rico empresário chamado Rodrigo, Juliana sobe com ele para a suíte no hotel, onde a armadilha preparada por Rose já se encontra armada. Cris abre a porta da suíte e assim que entra no quarto, Juliana começa a agarrá-lo e tirar a sua roupa:

Cris: Eu tenho champanhe no frigobar. Você quer?

Juliana (ofegante): Eu já bebi demais no jantar. Bora pular pra a parte que interessa!

Cris: Tem certeza?

Juliana: Cala a boca e me beija Rodrigo! Agora!

Cristiano tira o restante das roupas e leva Juliana para a cama, concretizando assim o plano de Rose

CENA 4/ NOVA YORK/ APARTAMENTO HESSE-KASSEL/ ESCRITÓRIO/ NOITE

Em seu computador, Rose assiste toda a cena armada por Cris e comemora a derrocada de Juliana com um leve sorriso no rosto. Omar bate na porta e em seguida a abre:

Rose (surpresa): Omar? Eu achei que você estivesse no Brasil cuidando daquele assunto nosso…

Omar: Já tenho homens de confiança cuidando daquilo. O que eu vim discutir com você é outra coisa, muito séria – ele pega uma pasta e atira no colo de Rose – Puxei toda a ficha da Doutora Luiza, e tem uma surpresa nela

Rose: Conte tudo, quero todos os detalhes

Omar: Ela é registrada como nascida em solo americano, mas eu pai é um imigrante ilegal brasileiro. Registrada sem mãe, não achei nenhum sinal da dita cuja. Ganhou uma bolsa de estudos e se formou em uma universidade de elite americana, se especializando em oncologia. Além disso, ganhou uma pequena fortuna investindo em ações

Rose: Sim?! E eu com isso Omar?! Aonde tá a surpresa?!

Omar: Não para por ai. Por estar no país ilegalmente, o pai dela quase foi deportado uma vez. Mas conseguiu ficar no país devido ao fato de ter uma noiva americana, com quem se casou dias depois.

Rose (surpresa): Uma noiva?! Mas eu fiquei sabendo que o tal do Walter é gay!

Omar: E é, o casamento foi de fachada. O que mais surpreende é que seis meses depois do casamento, a tal esposa apareceu morta. Suicidou-se, supostamente.

Rose: Qual o nome da defunta?

Omar: Camille McCartney, era uma modelo relativamente famosa.

Rose: Bem, isso é interessante. Até que quando você quer Omar, você sabe ser bem eficiente… Eu vou saber lhe recompensar por essa informação.

CENA 5/ NOVA YORK/ APARTAMENTO DE LUIZA/ NOITE

A campainha toca insistentemente e Luiza vai atender a porta. Ao abrir, dá de cara com Pedro:

Pedro (sério): Luiza, a gente precisa conversar

Luiza: Você quer entrar?

Pedro: Não precisa. Eu vou ser rápido

Luiza: Então diga

Pedro: O que a gente fez hoje… Foi um erro.

Luiza: Erro por que?

Pedro: Você sabe que eu tô entrando em um relacionamento. Isso não é certo.

Luiza: Se não é certo então por que me beijou?

Pedro fica em silêncio por um tempo e Luiza o encara

Luiza (séria): Pois é Pedro… Eu já tô cansada da sua hipocrisia. Não se preocupa, eu vou fingir que a noite de hoje nunca aconteceu, até porque não teve significado nenhum pra mim. Mas vê se agora em diante mantenha contato comigo estritamente no campo profissional. Passar bem!

Luiza fecha a porta com raiva e deixa Pedro do lado de fora com cara de tacho.

CENA 6/ NOVA YORK/ RESTAURANTE DE LUXO/ NOITE

Em uma mesa reservada de um dos restaurantes mais exclusivos da cidade, Guilherme e Sofia jantam juntos:

Sofia: Gui, olha eu tô amando tudo isso aqui não me leva a mal. Mas pra que?

Guilherme: Pra que o que?

Sofia: Pra que esse jantar?

Guilherme: E precisa de motivo pra trazer a mulher mais bonita da cidade pra jantar?

Sofia dá um leve sorriso de satisfação

Guilherme: Além do mais, eu queria que o pedido fosse em um lugar especial sabe? Pra você poder contar pros nossos netos um dia…

Sofia (confusa): Que pedido?

Guilherme tira uma caixinha do bolso do paletó

Guilherme: Sofia Delacroix von Hesse-Kassel, você aceita namorar comigo?

Ele abre a caixa e mostra o anel de brilhantes, que é o que eles roubaram do quarto de Luiza

Sofia (radiante): Eu devia te odiar agora por me dar um anel roubado. Mas eu não consigo! Eu te amo Guilherme Whinterback! Eu aceito!

Sofia não se contém e beija o namorado no meio do restaurante:

Sofia: A gente vai ser como Bonnie e Clyde!

CENA 7/ NOVA YORK/ APARTAMENTO HESSE-KASSEL/ QUARTO DE ANTÔNIO/ NOITE

Deitado em sua cama de repouso após a bateria de exames que fez no hospital, Antônio relaxa enquanto lê um livro, quando a porta do quarto abre e Salete entra com uma bandeja:

Salete: Antônio, eu trouxe o seu jantar

Antônio: O que é isso?!

Salete: A dieta que a Doutora Luiza passou. Uma sopa leve de verduras acompanhada de um suquinho de goiaba com laranja. Olha, não é porque fui eu que fiz não, mas tá um espetáculo!

Antônio (irritado): Vá por inferno você com essa dieta! Traz meu whisky!

Salete: Velho teimoso! Você tem que fazer o que é bom pra a saúde! Tá proibido de tomar whisky e você sabe muito bem disso!

Antônio: Como se fizesse diferença… Vou morrer mesmo, de um jeito ou de outro. Pelo ao menos morro feliz…

Salete: Cala essa boca! Tá parecendo a falecida Odessa falando!

Antônio: Cala essa boca você Salete! Esqueceu que ninguém pode saber que você conhecia a minha mulher? Principalmente minha filha!

Salete: Bem, mas só tem eu e você aqui… Qual o problema?

Antônio: O problema é que as paredes tem ouvidos. Agora sai daqui você e a sua sopa!

Salete: Ok, depois não diga que eu não te avisei… Velho rabugento!

Salete leva o jantar embora e deixa o patrão a sós. Assim que a governanta sai, ele abre uma gaveta do criado e pega uma frasqueira com whisky:

Antônio: Velha idiota! Sem o meu whisky eu não fico!

CENA 8/ NOVA YORK/ HOTEL PLAZA/ SUITE DE CRISTIANO/ MADRUGADA

Cris descansa após a noite que teve com Juliana, quando de repente escuta batidas na porta do seu quarto. Ele abre a porta e dá de cara com Rose:

Rose: Tá cansado né? Também, depois do show que deu com aquela vagabunda!

Cris: Tá com ciúmes é?

Rose (irritada): Vê se eu sou mulher de ter ciúmes seu animal! Me respeita!

Cris: Então o que você veio fazer aqui a essa hora? Rose, esse vídeo não vai parar na internet não né?

Rose: Vai cair na internet se eu quiser que caia. Você não decide nada, é apenas prestador de serviços! Tem champanhe nesse pardinheiro? Me deu sede agora

Cris: Vou pegar uma taça pra você

Rose: Pega logo, que enquanto você me serve vai ter uma oportunidade rara de ver como que eu faço negócios

Cris abre o frigobar e enquanto isso Rose faz uma ligação

Rose (ao telefone): Juliana? Juliana querida, me desculpe te ligar a essa hora da noite, mas eu não estava conseguindo dormir. Eu te fiz muito mal naquele jantar e eu preciso te pedir perdão! Eu preciso me desculpar com você! Você poderia comparecer em um chá amanhã lá em casa as 4 da tarde? Eu juro que tudo o que eu quero é pedir desculpas!

Juliana (do outro lado da linha): Ok Rose, eu irei.

Juliana desliga o telefone e Rose comemora:

Rose (gargalhando): Otária!

CENA 9/ INTERIOR DE GOIÁS/ CONVENTO SANTA RITA/ MADRUGADA

Andressa viaja de carro vários quilômetros por uma estrada de chão esburacada até chegar a um vilarejo no interior de Goiás, onde fica o Convento Santa Rita. Após bater na porta insistentemente, uma das freiras vem abrir:

Freira: Pois não senhora? Nós estamos fechadas

Andressa: Moça, eu sei, mas eu preciso falar com Leila, é um assunto urgente! Eu sou irmã dela e aconteceu algo muito grave com o nosso pai

Freira: Nesse caso entre minha filha! Eu vou te levar ao quarto da Irmã Leila

As duas caminham convento a dentro até chegarem ao quarto de Leila. A freira deixa Andressa na porta e volta para o seu quarto. Após verificar que está sozinha, Andressa bate na porta e Leila abre:

Leila (confusa): Quem é você?

Andressa: Uma amiga sua. Vim lhe trazer um recado

Leila: Meu único amigo é Jesus Cristo. O que você quer aqui menina?

Andressa: O que todo mundo quer Irmã. Dinheiro!

Leila: Sinto muito mas veio ao lugar errado. A casa de Deus é rica em orações, mas pobre em bens materiais. Passar bem!

Leila se prepara para fechar a porta do quarto, mas Andressa a impede

Andressa: E seu eu dizer que tenho uma pista sobre a sua filha?

Leila (irritada): Quem te mandou aqui menina?! Você tá passando dos limites!

Andressa: Eu não sou mulher de ser mandada! Mas se você não estiver interessada, tudo bem… Eu retiro a minha oferta e vou embora!

Andressa vira as costas e se prepara para ir embora

Leila: Espera! Eu quero escutar!

Andressa: Pra isso Irmã, eu preciso de uma grana né… Ao contrário da senhora, eu não sou de fazer caridade…

Leila: Pra isso eu preciso de alguma prova de que o que você tá falando é sério!

Andressa abre a sua bolsa e retira um bolo de cartas assinadas por Leonardo endereçadas a Leila:

Andressa: Tá bom, ou quer mais?

Leila: Aonde você conseguiu isso?! Deixe eu ler!

Andressa: Pra isso acontecer é como eu te disse né… Só assinando a versão premium! Eu quero dinheiro na conta!

Leila: Eu pago! Eu tenho dinheiro no banco, eu só preciso ir até Porto Alegre pra sacar. Uma quantia alta dessas só com o meu gerente.

Andressa: Agora você falou a palavra certa, chega fiquei arrepiada! Sorte sua que o meu carro tá ai na porta né irmã… Veste a roupa que eu te dou uma carona.

Leila: Eu não posso sair daqui agora…

Andressa: É pegar ou largar! Amanhã eu já não garanto a minha oferta…

Leila: Me espera então… Eu vou vestir o meu hábito

CENA 9/ GRAMADO/ MANSÃO DE CATARINA/ QUARTO/ NOITE

Do alto de sua mansão, Catarina observa as luzes da cidade na janela enquanto toma uma taça de vinho. O seu telefone toca e após ver que se trata de um número desconhecido, ela atende:

Catarina (ao telefone): Amanhã é um grande dia minha amiga! Sim, eu já fiquei sabendo do chá amanhã, e quero todos os detalhes. Você tem sido meus olhos e ouvidos ai nessa casa minha amiga, por favor não me decepcione

Salete (do outro lado da linha): Eu jamais te decepcionaria Catarina. Nós estamos só começando

Catarina: Amanhã vai ser um grande dia minha amiga. Quem sabe a gente não consiga derrubar Rose de vez?

Salete: A sorte está soprando a nosso favor. Basta que ela dê um passo em falso que o castelo cairá

FIM DO CAPÍTULO

3 comentários sobre “Herança do Passado – Capítulo 15: Cartas para Leila

  • OH MY GOD, que capítulo foi esse? Leila é uma personagem incrivel, consigo me aprofundar e me envolver no conflito dela. A narrativa está um pouco lenta, falas bem rasos, mas bem interessantes. O desenvolvimento morno está impedindo a trama de avançar. E é por isso, que lhe aconselho à agilizar muita coisa.
    Pelo sim e pelo não, eu prefiro ficar com o sim. Parabéns ao autor.

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