Heaven Mundo Paralelo – Capitulo 3 – Noite fria
Capítulo 2
Noite fria
Horas mais tarde.
A temperatura caiu um pouco chegando a 18 graus.
Mas eu estava preparado:
Blusa de frio preta com gola alta contornada por um capuz jogado nas costas, calça jeans cinza e para finalizar tênis All Stars azul.
– Aí! A Luana disse que ia trazer uma amiga.
– É? E… Você conhece? – Perguntei a meu irmão.
Mas antes que Pablo pudesse responder, um carro estacionou ao lado da moto perto de onde eu e meu irmão estávamos.
A porta esquerda dianteira abre e Abel desce do carro. Depois as duas portas de trás também, quase que ao mesmo tempo.
De um lado Luana e do outro…
– Ela! – Falei em voz baixa.
– Ela o quê? – Perguntou Pablo.
Abel se aproximou e disse:
– Desculpa a demora, é que… Sabe como são as mulheres…
– Oi amor! – Luana agarrou Pablo que precisou dar dois passos para traz para se equilibrar.
– Abel. Como você tá cara? – perguntei dirigindo os olhos para a garota atrás dele.
– Isabely! Vem aqui gata – Gritou Luana ao se virar para trás.
Luana pegou a garota pelo braço e a puxou para perto de nós.
– Gente essa é minha amiga Isabely.
– Oi… – Quase que minha voz não saiu.
– Apollo? – Isabely olhou pra mim como se seus olhos dissessem: O que você faz aqui?
– Vocês já se conhecem? – Luana franziu a testa, Abel e Pablo pareciam surpresos com cara de ponto de interrogação.
Deixamos a moto e o carro no estacionamento.
Apesar do frio, a noite estava agradável. A cidade era tão linda à noite quanto de dia, as ruas bem iluminadas, telões, placas com letreiros em neon, uma festa de cores davam um charme especial à cidade. As árvores por toda parte formavam trilhas em meio às ruas movimentadas.
Caminhando sobre a passarela, de um lado Luana de mãos dadas com Pablo, à frente Abel falando com alguém pelo celular.
E Isabely ao meu lado… Eu não sei por quê, mas, me senti bem com isso.
A noite então pareceu clarear até se tornar dia. O vento em meu rosto soprando meus cabelos. Olhei para baixo, estou usando uma bermuda e um casaco uns dois números maior que o ideal. Percebi que estava correndo, senti encher meus pulmões de ar e força ao ouvir mamãe gritar: – Volte aqui menino! – Sua voz suave me traz conforto. Viro para olhar…
O lindo rosto de minha mãe se dissolveu com a neblina, em instantes seu sorriso desapareceu ao vento e quando a nevoa se reagrupou uma nova silhueta se formou e em seu lugar, Isabely.
– Apollo?
– Relaxa Isabely, meu irmão às vezes viaja – Explicou Pablo – Terra para Apollo! Bip!
Ela me encarava sorridente, e tudo a minha volta parecia ter voltado ao normal, minhas roupas mudaram e o dia tornou-se noite outra vez.
– Desculpa você falou alguma coisa? – Me direcionei à Isabely que ainda estava me encarando – É que esse lugar me traz…
– Boas lembranças?
– Boas lembranças! – Repeti vagarosamente com cuidado para não gaguejar.
– Dá pra ver em seus olhos – Isabely sorri e desvia o olhar.
O shopping parecia ainda maior por dentro. É imenso, no piso principal um pátio largo com duas escadarias nas laterais dois elevadores um em cada extremidade e ao lado de cada elevador uma escada-rolante, O salão é rodeado por diversas lojas de: brinquedo, souvenir, eletrodoméstico… Entre outros.
Andamos até ficar de frente para a escada-rolante, Abel, Pablo, Luana e Isabely subiram nessa sequencia.
Eles já estavam quase no meio do caminho entre um andar e outro, Isabely olhou para trás e disse:
– Você não vem?
– N-não! Eu vou de elevador é mais rápido. – Escada-rolante? To fora!
– Mais rápido, hum? – fez uma careta – Ele tá é com medo – Afirmou Abel.
– É… Meu irmão tem pavor de escada-rolante.
– Só um trauma de infância, né amor?
De dentro do elevador dá pra ver o salão todo, boa parte da cabine é feita de um material transparente.
Como esperado, Fui o primeiro a chegar à cobertura. No último andar um salão um pouco menor. Com várias janelas retangulares intercaladas por paredes lisas entre elas uma cafeteria e uma ampla sala com algumas estantes de livros.
Caminhei até a sala passando por uma estante e depois entre duas poltronas azuis indo até a janela e me escoro no parapeito ao lado de um telescópio.
Observando agora a cidade do alto do prédio, os carros passando depressa se misturando com a iluminação decorada das ruas em um borrão de luzes variadas entre vermelho, amarelo e branco.
– Incrível! – A voz de Isabely me pegou de surpresa.
Olho por cima do ombro e a vejo sorrindo caminhando em minha direção.
– É sim! Eu gosto desse lugar, gosto do clima…
– Com um chocolate quente e debaixo da coberta, o frio é muito agradável.
– Um bom filme – Isabely sorriu e fez que sim com a cabeça – Principalmente quando se tem alguém… – Hum! Tenho a impressão de que não devia ter dito isso mesmo em voz baixa.
– Ah?
– Na-Nada!
– Olha que visão! – Disse Isabely com admiração e se aproximou da janela.
Ela está agora a pouco mais que um palmo de distancia de onde eu estou. Vê-la assim tão perto de mim… Gostaria de envolvê-la em meus braços, mas temo sua reação. Não quero assustá-la.
– Linda mesmo! Quero dizer… A cidade. Não que você não seja. Você é, mas me referi a…
– Apollo! Isabely!
– Onde vocês estavam? – Perguntei ao ver Abel chegando.
– Cafeteria – Respondeu Isabely – Eu vim te chamar Apollo, mas acabei esquecendo.
– Vamos! Minha irmã e Pablo estão esperando e o seu cappuccino já deve ter esfriado Apollo – Disse Abel com pressa.
Até agora estava tudo indo tão bem, a noite está perfeita, mas, de certo modo foi bom Abel interromper o momento, pois eu já não sabia mais o que dizer e não quero estragar tudo.
Olá leitores!
Agradeço a paciência e a colaboração de vocês, aguardando e acompanhando cada momento dessa História.
continuo contando com vocês.
muito obrigado!
vaaleew!!!!!000