Heaven Mundo Paralelo – Capitulo 1 – Presságio
Saudações leitores!
Sejam bem vindos a esta história, a minha primeira aqui no site.
Acima esse link com nome ” Heaven – Mundo Paralelo 1″, levará vocês a versão de como vai ficar no livro.
Uma ótima leitura a todos!
Introdução
Presságio
04h05
Ônibus da viação catarinense chegando ao terminal.
Fones no ouvido, música baixa, deitado, agarrado a uma mochila num assento reclinável aparentemente confortável e apropriado para uma viajem longa. Acima da cabeça no bagageiro, no lugar de uma mala, um violão cuidadosamente posto dentro de uma capa.
Estava Apollo dormindo, quase sonhando quando uma voz forte perturbara seu silêncio:
– Estação. Vocês têm vinte minutos para o reembarque – Alertou o motorista do ônibus aos passageiros.
Carregando a mochila por um dos ombros, Apollo aproveita a parada e desce do ônibus caminhando em direção ao banheiro da rodoviária.
Poucos minutos depois, ao voltar para o ônibus, Apollo teve uma sensação estranha: Um ar gelado entrou pela janela tornando visível sua respiração, sua pele já esmaecida quase sem cor e, um arrepio por todo corpo que por alguns instantes tirou sua atenção da música que estava ouvindo.
– Impressão minha ou aquele cara de capuz não estava ali quando eu desci? – Pensou Apollo fitando o passageiro no fundo do ônibus.
Deixando de lado a desconfiança, tomou o assento e vasculhou na mochila algo para comer.
– Como esse povo tem coragem de cobrar tanto por um salgado? – Resmungou Apollo tirando uma tapoer com sanduí-che de dentro da mochila – Aham… Achei você!
Faltando pouco mais que três horas para chegar em Joinville, Apollo se viu confiante, ansioso para começar uma nova fase em sua vida, uma jornada longe dos pais.
– É chegada a hora de crescer!
Sonolento, mal conseguia manter os olhos abertos e uma repen-tina dor na barriga que o forçava a se levantar.
Segurando-se e alternando as mãos nas barras de apoio andando até o fundo do ônibus já em movimento. Uma das mãos escapou, Apollo estava indo de encontro ao chão quando um braço se estendeu de um lado dos assentos puxando-o para cima.
O cara de capuz! Pensou Apollo encarando o homem de sobretu-do preto.
– Obrigado… – Apollo Agradeceu discretamente e o ho-mem encapuzado apenas assentiu movimentando a cabeça.
O espaço era muito apertado, e o balançar do ônibus passando por buracos piorava o desconforto dentro do banheiro.
Após fechar a torneira, Apollo põe uma das mãos sobre a maça-neta girando-a e puxando a porta.
– Meu… Deus! – Com o semblante visivelmente espanta-do, Apollo dá um passo para trás.
Tudo ao seu redor havia mudado, ou parecia estar mudando.
À medida que Apollo seguia para frente o ônibus parecia se dis-torcer de fora para dentro estourando todos os vidros desde as primeiras janelas da frente até às ultimas do fundo, fumaça com fogo emergia de debaixo do veículo, estilhaços de ferro derretendo caíam por toda parte.
Os passageiros em chamas se atiravam para fora do ônibus, ou-tros se debatiam desesperadamente numa tentativa em vão de apagar as brasas ardentes.
Uma explosão suspendeu o veiculo bruscamente virando o ônibus de lado. Com o impacto, Apollo foi lançado na estrada com um grito estrondoso de pânico.
– Cala a boca idiota! Tem gente querendo dormir!
Um berro impaciente dos passageiros trouxe Apollo ao momento presente. Ao abrir os olhos viu que ainda estava sentado no banheiro.
– O que foi isso? – Um suspiro aliviado reduzindo o ritmo acelerado de seu coração. – Que sonho maluco.
07h32 Rodoviária de Joinville.
Após horas de viajem que mais pareceram dias, o ônibus esta-cionou na ultima parada para Apollo.
Uma multidão de pessoas que aguardavam por seus familiares ou amigos se estendia pelo amplo pátio da rodoviária.
Apollo foi abrindo caminho até chegar numa região menos ocupada, onde esperou por seu irmão.
– Dez minutos! – Saber esperar nunca foi a maior virtude de Apollo – Pablo já deveria estar aqui.
Impaciente olhando para todos os lados procurando por seu ir-mão, Apollo subiu em um banco aumentando seu campo de vi-são.
– Oh! Até que em fim – Aliviado por avistar Pablo.
Os dois irmãos se cumprimentaram, um abraço que lhes trouxe lembranças da ultima vez que o fizeram.
– Cara como você cresceu! – Disse Pablo enquanto bagun-çava o cabelo do irmão.
– Cinco anos desde a última vez. – Virando o rosto para disfarçar a emoção que sentia.
Apollo e seu irmão andaram até o estacionamento atrás da rodo-viária, onde Pablo havia deixado a moto.
Pablo destrancou as correntes que prendiam os dois capacetes na moto e entregou um a Apollo, que o colocou com dificuldade.
– Nossa! Não tinha um capacete menor não? – Perguntou com ironia.
– É de criança, acho que peguei por engano – Afirmou Pa-blo com um sorriso largo – Não me dei conta de que cinco anos faria sua testa crescer tanto.
Saindo da avenida principal entrando em uma estrada estreita de mão única. Dirigindo sempre com prudência, Pablo foi pilotando a moto pelas ruas da cidade.
Passando agora por debaixo de uma passarela que dava acesso a um enorme prédio.
– Lembra? Você adorava correr ali em cima enquanto nos-sos pais gritavam logo atrás pra que voltasse.
Apollo olhou o Shopping por alguns segundos antes de respon-der:
– Sim… Bons tempos…
– Sempre que passo por aqui, me lembro da ultima vez que vi nossa família reunida.
Apollo não respondeu perdido em suas lembranças. Decerto sentia muita falta de dias como aquele, em que sua família era completa.
Essa breve viagem foi suficiente para distraí-lo no caminho até a casa do irmão.
– Chegamos!
O som da voz de Pablo fez com que Apollo voltasse a si.
Dentro de casa Pablo abriu uma porta de um dos quartos e disse:
– Esse era meu quarto, agora é todo seu, cuide bem dele heim!
– Claro! Sempre quis ter um quarto só pra mim.
– Você deve está com fome.
– Estou sim, mas, vou estrear meu novo quarto primeiro e tirar um cochilo, mal consegui dormir durante a viagem.
–Tá certo! Você conhece bem a casa, se precisar de algo fi-que a vontade.
Apollo entrou no quarto, escorou o violão na parede do lado oposto à porta, jogou a mochila no canto da cama e deitou ao lado.
Obrigado galera, agradeço a leitura e espero que tenham gostado.
lembrando que isso foi só uma introdução.
forte abraço vaaalew!!!
Postado no ano passado. Só acho que estou um pouquinho atrasada, haha! A sinopse me atraiu, porque eu queria ver que coisas sobrenaturais eram essas… E, rapaz, impressionante! Eu curti o ar de mistério do capítulo, mesmo que seja apenas uma introdução. Cadê os comentários que isso merece? Enfim, o meu estou deixando!
Há alguns hífens que não deveriam estar em certas palavras, mas acredito que exista uma explicação para isso, até porque a separação silábica está certa, hahahaha! Seu português é bom e eu gostei mesmo de você ter escrito em literário. É bem comum encontrar roteiros aqui no site. Há alguns errinhos, mas coisa normal. Quem nunca?
Gostei do que vi até agora e quero saber quem é o tal homem de capuz e qual a razão de tudo ter ficado tão distorcido naquela viagem. Será que foi efeito do lanche que Apollo comeu? Haha, duvido! Brincadeiras à parte, parece que há um suspense grande envolvendo isso. Histórias que mesclam fantasia e realidade são mesmo bem atraentes.
Pablo parece ser um rapaz simpático e bem zoeiro. Aquele comentário sobre o tamanho da testa foi demais, hahahahaha! Pelo que eu entendi, parece que a família desses garotos não está mais completa… Creio que isso ficará mais claro ao longo dos capítulos. Bem, pelo menos é isso que eu espero. Parabéns pelo seu trabalho! Sucesso com seu livro!
Eu realmente gostei. Desculpa a chatice, mas é só minha tentativa de ajudar: você poderia investir em detalhar mais as coisas. Ficou curto e objetivo (não vou negar que gostei disso), mas colocar detalhes da ambientação e dos sentimentos dos personagens é um ponto importante para que o leitor possa imaginar. De uma forma ou de outra, acho que meu voto naquelas estrelinhas ali em cima já mostra o quanto gostei do trabalho. Isso inclui até mesmo o fato de você ter colocado notas finais e iniciais para se comunicar com quem está lendo. Achei bem amorzinho essa proposta.
Vamos ver qual será a próxima brisa de Apollo, hahahaha! O enredo pode ser muito bem investido. Show!