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A Fênix

A Fênix – Capítulo 11

Capítulo 11

Cena 01 – Restaurante.
Helena senta-se à mesa desprezando os cumprimentos.
Sérgio: Mas você está incrível!
Helena: Eu até agradeceria, mas você não é digno do meu respeito. Diga logo, o que você quer?
Sérgio: Calma querida, vamos mais devagar, não quer pedir nada?
Helena: Não, eu comi antes de sair, quero garantir que você não vai colocar nada na minha comida.
Sérgio: Tudo bem, tudo bem, não quero brigar.
Helena: Então vamos sem rodeios, por que você me chamou aqui?
Sérgio: Certo, certo, você nunca foi das mais pacientes. Eu queria que nós propuséssemos uma aliança.
Helena: Mas do que você está falando?
Sérgio: Por mais que você não acredite Helena, eu ainda te amo.
Sérgio tenta pegar na mão de Helena, mas ela a puxa de volta.
Sérgio: Olha, tudo o que aconteceu naquela época foi armação da Raquel.
Helena: Não me diga, tudo o quê?
Sérgio: O seu acidente, aquela noite na boate…
Helena: Então você finalmente admite que vocês causaram o meu acidente?!
Sérgio: Nós não, a Raquel! Eu não sabia de nada, como você acha que ficou a sua vida depois do seu acidente?
Helena: Eu imagino que muito bem, você tinha a minha fortuna e se casou com a minha irmã.
Sérgio: Helena, por favor, acredite em mim, eu não tive nada a ver com seu acidente, como eu poderia matar a mulher da minha vida?
Helena: Se você não sabe mesmo, onde está o meu filho?
Sérgio: Eu não sei, e por isso que devemos nos unir! Nós dois contra a Raquel e recuperar a nossa família.
Helena: Você realmente não sabia de nada?
Sérgio: Não amor, eu te amo!
Helena: Seu canalha! Pensa que eu não lembro da noite na boate?

FLASHBACK.
Ano de 2002.
Boate.
Sérgio está sentado no balcão tomando uma com Humberto. Os dois estão conversando.
Sérgio: Há quanto tempo você frequenta essa boate?
Humberto: Há algumas semanas, eu tenho certeza que você vai adorar aqui.
Sérgio: É bom mesmo, tô precisando de alguma coisa pra me divertir, aquela maluca da Raquel tá fazendo da minha vida um inferno.
Humberto: Sei bem como é, às vezes também é insuportável pra mim aturar o meu casamento, imagino como vai ser no futuro com três mulheres pra aturar.
Sérgio: Não quero nem imaginar estar no seu lugar!
A música começa a tocar.
Sérgio: O que vai ser agora?
Humberto: Agora vai começar o show da Fênix!
Sérgio: Fênix?
Humberto: Fênix! É a dançarina mais gostosa daqui, não sei ao certo porque a chamam assim, mas ela dá um tesão.
Sérgio: Beleza, é disso que eu gosto.
A música aumenta e “A Fênix”, no caso, Helena, sobe na mesa seminua e começa a dançar sensualmente. Ela está com o rosto coberto por uma máscara de carnaval. Helena dança bem sensualmente expondo os seios.
Sérgio: Meu Deus, o que é isso?
Humberto: O que achou?
Sérgio: Maravilhosa, mas por que ela tá de máscara?
Humberto: Parece que ela só mostra o rosto pra quem aceitar deitar com ela, e pra isso ela cobra caro!
Sérgio: Pois hoje eu quero essa pra mim.

Um tempo depois.
Helena e Sérgio entram no quarto para “fazerem o programa”. Helena continua de máscara. Sérgio já a pagou pelo serviço. Ele se senta na cama e começa a tirar a roupa.
Sérgio: Olha, eu tô ansiosíssimo.
Helena: Calma querido, eu gosto de aquecer antes de começar.
Helena abre uma gaveta e tira um cinto de dentro dela.
Helena entrega o cinto: Pode me ajudar?
Sérgio: Será um prazer!
Helena se deita na cama. Sérgio começa a dar cintadas em suas nádegas.
Depois de um tempo, Sérgio parte pra cima de Helena beijando-a e se esfregando em seu corpo. Helena o deita e deita por cima dele. Ela tira a máscara, e só aí que ele finalmente consegue ver seu rosto e a reconhece.
Sérgio, boquiaberto: Você!
Helena fica sem entender.
Sérgio: Você? Mas o quê? Como isso é possível?
Helena: Espera, o senhor me conhece?
Sérgio: Como assim? Sou eu!
Helena se levanta: Olha senhor, eu, eu nem sei por onde começar. Olha, eu sofri um acidente há alguns anos e perdi a memória.
Sérgio: Você perdeu a memória? Então, você não sabe quem sou eu?
Helena: Não, não sei! Por favor, o senhor me conhece? Sabe algo sobre o meu passado? Se souber, pode me ajudar.
Sérgio começa a se vestir apressadamente.
Helena: Espera senhor, aonde vai?
Sérgio: Perdão querida, mas já deu a minha hora.
Helena: Não, mas o senhor não me disse nada. O senhor sabe quem eu sou? Me conhece de algum lugar? Sabe meu verdadeiro nome?
Sérgio não diz nada, ele simplesmente sai muito apressado.
FIM DO FLASHBACK.

VOLTA AO PRESENTE.
Helena, irônica: Eu pude ver naquela noite como você ficou feliz ao me reencontrar, nem ao menos tentou me ajudar.
Sérgio: Querida, eu fiquei em estado de choque, fazia 3 anos que eu achava que você estava morta!
Helena: É mesmo? Você viu a mulher da sua vida, que você acreditava estar morta se prostituindo em uma boate e simplesmente foi embora sem responde nenhuma das dúvidas dela? Que demonstração de amor!
Sérgio: Querida, na hora eu não pensei em nada, a não ser…
Helena: A não ser contar pra minha irmã e armarem um novo plano para acabarem comigo, não é?
Sérgio: Não, não! Quer dizer, eu contei pra Raquel, mas é porque ela era a sua irmã, eu achei que era justo ela ficar sabendo.
Helena: Pra tentar me matar de novo?!
Sérgio: Helena, eu já disse que eu não sabia que…
Helena: Não, não, deixa, já sei o discurso! Mas agora vamos voltar no tempo outra vez, naquela noite na semana seguinte em que você voltou na boate.

FLASHBACK.
Ano 2002.
Boate.
Helena está se penteando na frente do espelho em seu camarim.
Pilar entra: Vamos lá amiga, a casa lá tá enchendo, hoje vai ser dureza.
Helena: Hum, que bom humor é esse?
Pilar: Ah amiga, você nem imagina.
Helena: O que foi?
Pilar se senta na cama: Fofa, você não acredita, eu conheci um cara…
Helena: Hum… bom partido?
Pilar: Ah, maravilhoso! Rico, simpático, lindo e ó…
Helena: (risos) entendi.
Pilar: Ah, acho que agora eu vou dar sorte.
Helena pega a máscara: Assim espero. Bem, vamos lá né?!

Lado de fora da boate.
Um carro estaciona bem em frente à boate. No carro estão Sérgio e Raquel.
Sérgio: É aqui.
Raquel: Inacreditável.
Sérgio: O quê? Tá vendo ela?
Raquel: Não! Como você consegue visitar um lugar imundo como esse?
Sérgio: Ah, vai começar…
Raquel: Você é mesmo um porco! Mas olha só, que música horrível, que rua suja, quantas vadias você já agarrou aí dentro?
Sérgio: Eu já disse, eu só vim uma única vez e não fiz nada com ninguém.
Raquel: Porque não deu tempo.
Sérgio: Não, eu já disse, eu não cheguei a ficar com nenhuma prostituta.
Raquel: E como você descobriu a minha irmã então?
Sérgio: Eu vi ela dançando, simplesmente.
Raquel: E como sabe que ela perdeu a memória?
Sérgio: Porque… porque ela dançou perto de mim e não me reconheceu.
Raquel: Deve achar que eu sou idiota.
Os dois descem do carro.
Raquel, fechando a porta: É bom que seja mesmo a Helena, não quero ter vindo até esse fim de mundo por nada.
Sérgio: Não se preocupe, eu sei que é ela sim.
Raquel coloca luvas nas mãos: Assim espero. Então, vá lá e chame-a, eu vou estar esperando pelos dois.

Helena acabou de fazer seu número de strip-tease. Ela dá uma pausa para beber um pouco. Sérgio aparece no meio da multidão e vai para junto dela.
Sérgio: Olá belezura.
Helena, surpresa: O senhor?
Sérgio: É, eu mesmo. Eu tinha certas dúvidas sobre voltar aqui, mas não pude evitar, você realmente me deixou encantado!
Helena coloca o copo no balcão: Senhor olha, naquele dia o senhor me reconheceu não foi? Olha, eu faço o que o senhor quiser, eu durmo com o senhor de graça se for preciso, mas se souber algo do meu passado…
Sérgio: Você realmente não se lembra de nada?
Helena: Não, nada! Por quê?
Sérgio: Venha comigo, é uma longa história.
Os dois saem de fininho da festa.

Do lado de fora, Sérgio leva Helena até um beco escuro não muito longe da boate. Os dois entram no beco.
Helena: Senhor, por que me trouxe aqui?
Sérgio: Relaxa querida, não tem nada com o que se preocupar.
De repente, um vulto sai do escuro. É Raquel que vai em direção aos dois.
Raquel, boquiaberta: Não pode ser!
Helena: Quem é a senhora?
Raquel: Mas vejam só, pra alguém que era acostumada a luxo e tantas frescuras, você desceu bastante não foi querida?
Helena: Senhora? Espera, a senhora me conhece? Sabe quem eu sou?
Raquel: Claro querida, eu te conheço melhor do que ninguém nessa vida, somos praticamente família!
Helena corre para abraças Raquel.
Helena abraça Raquel, chorando: Oh meu Deus, graças a Deus, que bom que finalmente eu encontrei alguém, eu estava tão desesperada.
Raquel põe a mão em sua bolsa e tira algo, um punhal.
Helena, ainda chorando abraçada à irmã: Ah que bom, eu tô tão feliz, finalmente eu vou saber quem eu sou, eu…
Raquel desce o braço e enfia o punhal com toda força nas costas de Helena. A mulher grita e acaba caindo para trás.
Helena, no chão: O que foi isso?
Raquel: Você é mesmo um lixo!
Helena, tentando ver o ferimento: Senhora, por que fez isso?
Raquel: Sua imunda, você devia ter sumido da minha vida há tempos!
Raquel se prepara para dar outra punhalada, mas Helena consegue se levantar e as duas começam a brigar. Sérgio apenas observa sem interferir.
Helena segura a mão de Raquel bem alto e tenta alcançar o punhal. A megera tenta atacar a irmã, mas não consegue.
Helena: Por que está fazendo isso? O que eu fiz pra senhora?
Raquel: Cala essa boca, maldita!
Helena consegue tirar o punhal das mãos de Raquel. Mesmo desarmada, Raquel não se intimida e parte pra cima da irmã e as duas começam a brigar. Raquel dá empurrões e bofetadas fortes em Helena que não consegue se defender direito já que está ferida.
Helena, tentando falar enquanto apanha: Senhora… por favor…
Raquel pega Helena pelo pescoço: Vou acabar com sua raça!
Raquel começa a balançar Helena de um lado pro outro. Ela a joga no chão, a puxa pelo cabelo e bate a cabeça dela com força no chão. Helena apaga. Sua cabeça começa a sangrar.
Raquel se levanta: Eu disse que acabava com você, maldita!
Sérgio se aproxima: Temos uma vencedora!
Raquel dá uma forte bofetada em Sérgio.
Raquel: Canalha miserável, você nem me ajudou.
Sérgio: Sinto muito, era assunto de família.
Raquel: Imbecil. Vem, vamos embora.
Raquel e Sérgio saem do gueto deixando Helena caída no chão repleta de ferimentos.

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