Eu e Ana – Capítulo 62 (Reta Final)
(Jussara sente cheiro de fumaça. Ela vai averiguar o que é. Ao chegar na sala de estar, ela vê Paco acendendo uma fogueira.)
Jussara: O que há com você, borralheiro? Ficou doido?
Paco: Isso te lembra alguma coisa, Jussara?
Jussara: Não, não me lembra nada.
Paco: Pois deveria. (ele pega um vestido de Jussara). É uma roupa muito cara, não é?
Jussara: Largue isso!
Paco: Com muito prazer.
(Paco joga o vestido na fogueira)
Jussara: NÃAAAAAAOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Jussara: Não, não, não faça isso! Maldito borralheiro!
Paco: E eu ainda não acabei! (Ele vai até o guarda-roupa de Jussara e pega todas as roupas) Veja! Todas as suas roupas!
Jussara: Não! Me devolva isso! Meus vestidos de seda e de marfim! Caríssimos! Minhas coleções compradas em Paris!
Paco: Vão todos queimar! Vão todos queimar!!! (Jogando na fogueira) Olha este! Olha este! Não te dou! Ah! Ah! Ah!
Jussara: Maldito! Maldito Lambe botas! Isso não vai ficar assim! Eu vou me vingar! Eu vou quebrar você em mil pedaços e depois fervê-lo no azeite!!! Nãaaaaoooo!!! Minhas roupas, não! Pare! Pare! Não!
(Paco queima todas as roupas de Jussara)
Paco: Como vê, só te sobrou a roupa do corpo. É melhor ir embora daqui. Você não tem mais nenhum pertence nesta casa. Vá logo!
(Estrella chega)
Estrella: O que está acontecendo aqui?
Jussara: Fomos expulsas, filha! Este maldito borralheiro nos expulsou definitivamente de nossa casa. Temos que ir.
Estrella: Não, não pode ser.
(As duas vão, mas são detidas por Paco.)
Paco: Esperem. (joga uma nota de 100 no chão) Para pagar as despesas.
Jussara (pegando o dinheiro): Não vai ficar assim. Ainda vai se arrepender, pulguento. Vai ver só.
(As duas vão embora. Paco fica sozinho em casa.)
Paco: Enfim, me vinguei. E posso dizer que fiz justiça com as próprias mãos.
(Anoitece. Sozinho na Mansão escura e vazia, Paco começa a sentir solidão. De repente, ele se olha no espelho e vê o reflexo do garoto pobre e feliz que ele era antes e vê que tanta riqueza não lhe trouxe felicidade)
Paco: O que foi que eu fiz, meu Deus? O que eu fiz?
(Ele começa a chorar. Enquanto isso, no Esconderijo de Lobo.)
Padre José Maria: Eu vim em missão de paz. Eu soube do que você e seu amigo fizeram nos muros da Igreja. Eu vi.
Ricky: E veio brigar comigo?
Padre José Maria: Não, não. Eu vim aqui porque eu achei criativo.
Ricky: Desde quando pichar uma parede de Igreja é criativo?