Eu e Ana – Capítulo 46
Edmundo: É. Eu. Vim aqui porque queria falar seriamente com você.
Tayana: Você tá me assustando.
Rosa Mística: Aconteceu alguma coisa?
Edmundo (tirando um anel do bolso): Casa comigo, Tayana?
(Enquanto isso, no Hospital)
Médico: Vocês são os parentes de Danilo Romero?
Diana: Sou a esposa.
Médico: Ele terá alta hoje à tarde. Mas é necessário que esteja sempre em tratamento. Vou marcar um retorno e alguns exames.
Diana: Sim, doutor.
(Na casa da Madrinha Rosa Mística:)
Edmundo: Dona Rosa Mística, eu vim aqui pedir a mão de Tayana,a mulher que amo e com quem quero constituir uma família, e pedi-la como esposa.
Rosa Mística: Você é um bom rapaz. Sempre foi… e eu pude perceber seu amadurecimento. Que Deus abençoe a decisão de vocês.
Edmundo: E tu, Tayana, que diz? Você casa comigo?
Tayana: Claro que eu aceito.
(Nicolas vai falar com Noemia)
Nicolas: Noemia?
Noemia: Nicolas? O que você quer?
Nicolas: Saber que nome você deu ao nosso filho.
Noemia (sorrindo): João Diego Cantoral.
Nicolas (pegando o bebê no colo): Não mais. Seu nome agora será João Diego Cantoral Valente, filho de Nicolas Valente. Vamos registrá-lo agora. E vou ajudar você a criá-lo, tanto financeiramente e também com um bom exemplo.
(À tarde, Tayana e Edmundo vão à Casa Paroquial falar com o Padre José Maria)
Tayana: Olá, padre. Viemos marcar nosso casamento.
Padre José Maria: Hã?
Edmundo: Algum problema, padre?
Padre José Maria: Sim, filho. É que o Danilo… Danilo sofreu um acidente e perdeu a visão.
Edmundo: Como? Quando?
Padre José Maria: Semana passada. Pancada na cabeça. Ele não se conforma. Mas vocês disseram que queriam se casar? É isso?
Tayana: Sim, padre. Decidimos.
Padre José Maria: Bom, vocês precisam fazer um curso de preparação e então marcamos a data.
(Luciana e Nicolás chegam)
Luciana: Vocês se incomodariam se fosse um casamento comunitário?
Tayana: Luciana, minha amiga. Quer dizer que…
Luciana: Sim… Eu e o Nicolas vamos nos casar. Posso dividir esta graça com você?
Tayana: É claro, Lu. Sabe que você é mais que uma amiga pra mim. É uma verdadeira irmã. Quem dera fosse assim de verdade.
(O padre escuta isso.)
Padre José Maria: Por falar nisso, jovens. Vou precisar de seus documentos e da ocupação dos seus pais.
Tayana: Os meus estão com minha madrinha Rosa Mistica, que é cigana.
(O padre relembra as palavras ditas por Irmã Clarissa:)
Irmã Clarissa (flashback): “Aqui diz que elas foram deixadas em três locais diferentes: a primeira, na porta de uma mansão, a segunda, no Orfanato Santa Cruz e a terceira com uma cigana… aqui em Lunada, em 1993. Significa que elas estão mais perto que nunca!”
Padre José Maria: Numa mansão… Num orfanato… e com uma cigana… Não, não pode ser.
Tayana: Que aconteceu, padre? Falando sozinho?
Padre José Maria: Luciana, por acaso você já morou no Orfanato Santa Cruz?
Luciana: Eu e o Edmundo. Por que?
Padre José Maria: São irmãos de sangue?
Luciana: Não, não, padre. Só de afeto. Nos queremos como dois irmãos. Crescemos juntos.
Padre José Maria: Entendo.
Edmundo: Mas como sabia que morávamos lá?