Eu e Ana – Capítulo 33 (Início da 3ª Fase – A Vingança de Tayana)
Rosa Mistica: Muito melhor agora.
Tayana: Está tudo pronto, madrinha. Com esse novo visual, mais bela e educada, vou esfregar na cara do Edmundo o que ele perdeu querendo me usar como fez. Ele vai me pagar. Vai me pagar.
Rosa Mistica: Tenha muito cuidado, filhinha, Com o amor não se joga. As suas cartas podem te trair.
Tayana: Eu não ligo. Além do mais, estou mais apresentável para vender minhas trufas, as pessoas tinham nojo de comprar trufas de uma mulambenta. Agora, que me visto com higiene, comprarão.
(Diana telefona para Jussara)
Diana: Alô, Dona Jussara? Preciso de mais uma testemunha para o meu casamento com Danilo. Será amanhã. Posso confirmar? Não, não. Será só no civil. A Ariadna já confirmou presença. Mas eu gostaria de lhe pedir um último favor: sejam discretas. Não comentem com ninguém, não quero a presença da mídia. Ordens do meu pai. Obrigada.
(Diana desliga o telefone.)
Diana: Agora sim, falta pouco para eu alcançar a minha tão sonhada liberdade…
(No dia seguinte, no cartório, Danilo está impaciente…)
Danilo: E esse ela esqueceu, padre?
Padre José Maria: A noiva atrasa sempre, Danilo. Não seja atrevido.
(Diana chega)
Danilo: Finalmente você veio. Eu achei que tinha desistido, e que não me amava mais.
Diana: Como pôde pensar algo assim? Vamos nos casar agora…
(Enquanto isso, no apartamento de Boris.)
Alicia: Ela está casando com outro… Com outro! Não! Nós perdemos a fortuna, Boris, toda a fortuna. E tudo isso por sua culpa. É Boris… Mas, não… Isso eu não vou permitir.
Boris: O que podemos fazer se ela já está casando?
Alicia: Você não vê muitas possibilidades, maninho. Eu sim. E vai fazer tudo o que eu mandar, porque você prometeu no leito de morte da mamãe que seria submisso a mim, custe o que custar. Eis o você vai fazer…
(No cartório.)
Juiz: Já estão casados.
(Danilo e Diana se beijam, os dois vão até a Mansão dos Coral. Sergio olha-o de alto a baixo)
Sergio: E quem é este pé rapado?
Diana: É o meu marido, papai. Eu me casei para assumir o cargo que você separou para mim na empresa.
Sergio: Assumiria o cargo se casasse com o homem que eu indicasse: Boris de Camargo, não com esse… burro morto de fome.
Danilo: Olha como fala comigo.
Sergio: Este casamento não é válido. Não me afronte, Diana ou vai se arrepender.
Diana: O casamento foi feito dentro da lei, papai. Sinto muito, mas o senhor não me governa mais.
(Sergio entra bufando para o quarto)
Danilo: Você não devia falar com seu pai desse jeito.
Diana: Ele teve o que merecia. Aliás, é bom que saiba já desde cedo que eu só casei com você pra escapar do autoritarismo do meu pai. E você fez muito bem o seu papel, queridinho. Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Agora que já tenho a minha “liberdade” eu não preciso mais de você.
Danilo: Mas eu pensei que você me amasse como eu te amo.
Diana: Você se enganou, querido! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
(Tayana vai até o Restaurante e fica na calçada vendendo suas trufas, Edmundo vê e tenta expulsá-la)
Edmundo: O que faz aqui?
Tayana: Trabalhando, não tá vendo?
Edmundo: É, mas a sua trufa tá afugentando a minha freguesia… chispa! Chispa!