Eu e Ana – Capítulo 26 (Confrontos e Encontros)
Link para a abertura: https://www.youtube.com/watch?v=NTL_OnIFtqY
(Na casa dos Coral)
Diana: E então, padre, me diga, quem é Joaquim?
(Sergio entra)
Sergio: Algum problema?
Padre José Maria: Nenhum, SERGIO! Preciso falar a sós com você sobre algo muito interessante que sua filha me falou. Pode me dar licença, Diana?
(Diana sai)
Sergio: O que houve, padre?
Padre José Maria: O que aconteceu? Você notou nada de errado mesmo?
Sergio: Não, nada.
Padre José Maria: Eu vou te dar um conselho, Joaquim. Se não acabar com esta farsa a tempo, você pode perder a sua filha de novo. E talvez pra sempre.
Sergio: Não, padre! Deus me livre! Ainda tenho que encontrar as outras duas e a mãe.
Padre José Maria: Acho que você deveria ser mais flexível.
Sergio: Falou demais com Diana, não foi? Ela já o convenceu. Claro, trabalha no teatro e sabe fingir muito bem. Mas a mim ela não engana.
Padre José Maria: Joaquim… por Deus!
Sergio: Padre, é Sergio. E outra coisa. Deixe-me educar a minha filha como eu vejo que é correto. Não quero perdê-la de novo. Quero que ela esteja sempre perto de mim. E só conseguirei isso tornando-a uma executiva na minha empresa, o meu braço direito. E tenha a certeza de que nada nem ninguém enquanto eu viver vai me separar de novo da minha filha, entendeu bem, nada nem ninguém?
Padre José Maria: Não vou mais insistir… Seja como você quiser. Depois aguente as consequências. Até mais.
Sergio: Padre, espere. Ajude-me a encontrar as outras duas e a Ana.
Padre José Maria: Eu prometo que vou fazer o possível.
(Na manhã seguinte, na Casa Paroquial. Padre José Maria vai até a cozinha)
Padre José Maria: Bom dia, Danilo!
Danilo: Bom dia, tio-padre.
Padre José Maria: Temos que conversar sobre uma coisa muito importante.
Danilo: Então tá limpeza, tio-padre. Eu lhe convido pra tomar café fora.
Padre José Maria: O que? Você não fez o café nem comprou o pão? Hoje é o seu dia, mocinho.
Danilo: Tio-padre! Há tanto tempo a gente não sai em família, por favor, vamos?
Padre José Maria: Tá bem, vamos. Pra onde você vai me levar?
Danilo: Pro restaurante Ed&Lu. É de um amigo meu.
(O padre e Danilo chegam ao restaurante.)
Danilo: Olha, lá está o meu amigo Edmundo. Eu vou lá falar com ele.
(Danilo sai da mesa e deixa o padre sozinho. Luciana vai atendê-lo)
Luciana: O que vai querer?
(O padre vira e vê Luciana, a filha mais velha de Ana, idêntica à mãe)
Padre José Maria: Não pode ser… ANA?
Luciana: Não, padre. O meu nome é Luciana. A seu dispor. Mas não entendi porque me chamou assim…
Padre José Maria: É que… por um momento eu achei que… não, não pode ser.
Luciana: Do que está falando, padre?
Padre José Maria: Perdoe a minha pergunta mas, quantos anos você tem?
Luciana: 25.
Padre José Maria (pensando): “Essa é a mesma idade que Ana tinha 20 anos atrás. Isso explica tudo: a semelhança física, a voz e rosto iguais. É a mesma idade que deve ter a filha mais velha de Ana. E eu estiver certo, essa moça é filha de Joaquim e portanto, minha afilhada. Sim, eu a encontrei. Eu a encontrei.”
O CERCO ESTÁ SE FECHANDO E A VERDADE ESTÁ PERTO DE SER REVELADA. MAS ATÉ LÁ, MUITO AINDA TEM QUE ACONTECER. NÃO PERCA AS EMOÇÕES DECISIVAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO DE “EU E ANA”.