Séries de Web
Eu e Ana

Eu e Ana – Capítulo 07 (E então começa…)

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Link da abertura: http://www.youtube.com/watch?v=NTL_OnIFtqY

Adelia: O que está pedindo? Você é o prefeito da Cidade de Alpendres!

Felix: Justamente por ser um representante do povo eu não posso permitir que minha esposa seja a primeira a prejudicá-lo!

Adelia: E não pensou por acaso no escândalo que isso pode acarretar?

Felix: Que quer dizer?

Adelia: “Mulher do Prefeito Felix Villard mandante do sequestro de três crianças e do incêndio na casa da mãe biológica delas”, imagine a notícia. O que diriam seus eleitores? Será que dá conta de um município se nem isso você sabia? Pense bem, Felix! Eu posso acabar com a sua carreira política. A menos que você me ajude, é claro.

(Felix pega o telefone e liga para o vice-prefeito)

Felix: Alô, Adolfo? Felix Villard. Preciso que você assuma a prefeitura. É que minha esposa, Adelia está com problemas de saúde e o médico recomendou um tratamento no exterior. Não quero deixá-la ir sozinha. Devo estar com ela nesta hora difícil. Confio em você. Até mais. Boa sorte.

(Felix desliga o telefone)

Adelia: Obrigada, meu céu. Vou providenciar agora mesmo todo o necessário para irmos os cinco para o exterior. Talvez Portugal. Sempre quis conhecer Lisboa.

Felix: Elas não vão.

Adelia: Como disse?

Felix: Livrei você da cadeia abrindo mão da política, que é o meu sonho. Agora, faça sua parte. Essas meninas não podem ficar com a gente ou o crime será maior. Vamos deixá-las num orfanato e ir embora do Brasil de uma vez por todas.

Adelia: Mas eu não posso fazer isso. Você sabe que ser mãe sempre foi o meu sonho e abrir mão disso seria muito doloroso pra mim? Sabe o que eu fui capaz de fazer pra conseguir tudo isso? Não, eu não seria capaz.

Felix: Mas eu sim. E essas meninas vão para um orfanato ou eu mesmo denuncio você para a polícia.

Adelia: Está bem.

(Casa Paroquial. O Padre José Maria e Ana entram.)

Padre José Maria: Pronto, Ana. Você pode ficar aqui o tempo que precisar. Até conseguir outra casa. Eu vou me comunicar com Joaquim e avisar o que houve.

Ana: Não…

Padre José Maria: Mas, Ana, eu…

Ana: De hoje em diante eu estou sozinha. E é sozinha que eu vou lutar com unhas e dentes pra recuperar minhas filhas e dar a volta por cima.

Padre José Maria: Pode contar comigo no que for necessário.

Ana: Obrigada, padre. A partir de hoje, não vou ter compaixão por ninguém. Me feriram muito. Mas isso acabou… acabou! Não vou permitir que mais ninguém faça isso. Agora eu vou agredir, eu vou humilhar, eu vou pisar, eu juro. Eu juro… por… DEUS!

(20 ANOS SE PASSAM – Cidade de Lunada, Bairro do Bom Jesus, onde vive a classe média. Restaurante “ED & LU”. É por volta das 10 da manhã. Luciana, 25 anos de idade, está limpando as mesas, de costas para a rua, quando seu irmão mais velho, Edmundo, volta do mercado com as compras e grita por ela, a dois quarteirões de distância:)

Edmundo: LUCIANA!

(Luciana se vira e sorri para o irmão. Ela é idêntica a Ana. Ele entra no restaurante com as coisas que comprou na feira)

Luciana: Trouxe tudo?

Edmundo: Sim. Aqui está, mas eu queria te pedir um favor e seria muito importante que você fizesse.

Luciana: Pergunta.

Edmundo: Tem como você assumir a cozinha hoje?

Luciana: Espera aí, segundo a escala hoje é meu dia de garçonete.

Edmundo: É sim, só que eu vou precisar da noite livre.

Luciana: E pra que?

Edmundo: Eu vou trazer uma garota pra jantar.

Luciana: Tá querendo me dizer que eu vou ter que cozinhar e atender as mesas sozinha?

Edmundo: Sim, pode me fazer esse favor?

Luciana: Não, sinto muito, Ed. Mas eu não concordo com isso.

Edmundo: Ah, tá! Agora pronto… E o que é que você tem contra?

Augusto Freire

Em uma palavra: Um sonhador. Aqueles que querem saber mais de mim, leiam minhas webs. Muito dos meus personagens é baseado em mim mesmo, em cada face que eu sei que tenho neste teatro que é a vida e que temos por missão de explorar e trabalhá-los pouco a pouco.

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