Eu e Ana – Capítulo 06 (Grande Reviravolta)
Link da abertura: https://www.youtube.com/watch?v=NTL_OnIFtqY
(Silas sai escondido da cerimônia e vai em direção da casa de Ana. Ela não está em casa, nem Maria Celia chegou ainda somente as três filhas, de 5, 3 e 1 ano. As três estão dormindo. Ele entra. Vai até o berço da menor e olha ela por um tempo. Ele a coloca nos braços e pega as outras duas e coloca no braço e as coloca no carro, trancando-as. Depois, ela pega gasolina, espalha pela casa, incendeia e foge no carro, levando as três meninas, que não acordaram. A casa começa a pegar fogo e aos poucos é destruída. Ana está no hospital com o padre, chega a enfermeira.)
Enfermeira: Padre, pode vir aqui um momento?
Padre José Maria: O que houve?
Enfermeira: Telefone para o senhor. Maria Célia.
(O padre e a enfermeira vão até a recepção.)
Padre José Maria: Alô, Célia?
Maria Celia (chorando): Ai, Padre! Meu Deus!
Padre José Maria: O que aconteceu?
Maria Célia: Uma desgraça! A casa… pegou fogo! As meninas…!
(Silas chega na casa de Adelia e deita as filhas de Ana no quarto de hóspedes. Ao sair, ele encontra a patroa.)
Adelia: Fez o que eu te pedi?
Silas: Sim, senhora.
Adelia: Ótimo. Aqui está sua paga. O dinheiro que eu prometi. Agora, suma. Dê o fora de Alpendres. Vá para longe. Talvez, Juazeiro ou onde não te conheçam. Mas não fique aqui nem em Lunada. Entendido?
Silas: Entendi.
(Silas vai embora. Adelia vai ver as crianças. A maior acorda.)
Adelia: Boa noite! E como é o seu nome?
Isabela: Isabela!
Adelia: É um nome muito feio para uma criança tão linda. Você agora vai se chamar…
(Felix entra de súbito)
Felix: Quem são essas meninas?
(O Padre José Maria desliga o telefone, chega um policial e fala com ele.)
Policial: Boa noite, padre. A Senhora Ana Fernandes está internada aqui?
Padre José Maria: Sim, eu a estou acompanhando. Somos compadres. Por favor, diga que as crianças estão bem, que não estão mortas.
Policial: Ainda é cedo pra falar, mas as buscas no local já foram terminadas e, parece que as meninas não estavam lá.
Padre José Maria: Que quer dizer?
Policial: Alguém levou as filhas da Senhora Ana Fernandes antes de atear fogo na casa para dar a impressão de um homicídio, mas aqui trata-se de um sequestro. Tem algum suspeito?
(Felix e Adelia)
Felix: Responde, Adelia. De quem são essas menininhas?
Adelia: Minhas, digo, nossas! Eu as roubei para fazer nossa vida feliz e realizada.
Felix: Só pode estar louca.
Adelia: Sim, louca! Louca de amor por você a ponto de cometer um crime só pra te satisfazer. Por isso persegui Ana Fernandes e a separei do marido, por isso fiz com que você o demitisse, por isso fiz com que ninguém mais encomendasse nada com Ana Fernandes a menos que ela me desse uma das filhas! Mas ela recusou e não teve outro remédio. Eu… fiz tudo isso por você!
Felix: Isso é inconcebível, Adelia. É… devolva as crianças.
Adelia: Como disse?
Felix: Vai devolver as meninas… AGORA!
(No dia seguinte, Ana tem alta. Na saída do hospital, o Padre a acompanha)
Ana: Que bom que já posso ir embora, Padre. Não vejo a hora de voltar para casa e rever minhas filhas.
Padre José Maria: Ana… eu tenho que te dar uma notícia: as meninas, a casa…
Ana: O que aconteceu? Foi a Adelia, não foi?
Padre José Maria: Atearam fogo na casa.
Ana: As minhas filhas!!!
Padre José Maria: As buscas foram encerradas: não encontraram ninguém…
Ana: Foi ela, não foi? Ela mandou queimar minha casa e lavar minhas filhas… Desgraçada!
Padre José Maria: Para, Ana!
Ana: Ela vai me pagar, eu juro que ela vai me pagar.