Escolhas da Vida – Capítulo 7

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Capítulo 7.

Continuação do capitulo anterior…

Cena 1.

Mansão dos Brandão/ Leblon

No quarto, Joana em frente ao espelho se olha, ajeita os cabelos.

Joana: Cada dia que passa você fica mais linda.

Juliana entra desesperada no quarto de Joana.

Juliana: Você não vai acreditar…

Joana: Que desatino é esse? Acalma-se. Eu não consigo entender nada que você está falando.

Juliana: É melhor você se sentar. Você é mais nervosa que eu, capar de sofrer um troço quando eu te contar.

Joana: Para de enrolação e fala logo.

Juliana: Eu estava no shopping e acabei de ver a Maria.

Joana: O que?

Joana fica pasma e assustada.

Joana: Deixa de falar besteira. Essa sua piada já não tem mais graça.

Juliana: Eu não estou brincando. Eu vi mesmo a Maria. Aquela que você roubou o filho dela.

Joana assustada fecha a porta do quarto.

Joana: Cala a boca. Eu já te falei pra nunca mais repetir isso. Nem em sonhos você falar uma coisa dessas. Você quer destruir minha vida? Se eu cair você cai junto. Você é cúmplice de tudo que eu fiz.

Juliana: Pelo amor de Deus. Nem brinca com isso.

Joana: Ela te viu? Te reconheceu?

Juliana: Não. Eu apenas a vi de longe. Ela não me viu. Eu tenho quase certeza de que é ela.

Joana: Quase não é certeza. Ela não sabia que eu ia vim para o Rio. Ela não ia aparecer 23 anos depois. Você não a viu. Ela não está aqui. Esquece isso. Estamos combinadas?

Cena 2.

Clube.

Na área da piscina do clube, Geraldo e Samara caminham em direção ao local das espreguiçadeiras e encontram com Wesley saindo do local.

Samara: Wesley, quanto tempo?

Wesley: Oi Dona Samara, tudo bem? Senhor Geraldo.

Samara: Que isso, eu não sou tão velha assim pra ser chamada de dona.

Wesley: Desculpe.

Samara: Tudo bem que eu tenho uma filha linda, da sua idade mais ou menos. Mas me confundem como irmã dela.

Geraldo: Menos Samara.

Wesley: Ainda está bonita sim. Eu tenho que ir agora porque eu estou atrasado.

Samara: Eu fiquei sabendo que a empresa do seu pai ganhou de novo o prêmio de empresa do ano. Vai ser hoje à noite a premiação. Queria ir tanto ir prestigiar, mas não vamos poder ir.

Wesley: Ganho sim, mas a festa era privada mesmo. Vamos dar uma comemoração lá em casa, este fim de semana. Mas eu tenho que ir mesmo. Com licença.

Wesley sai da área da piscina.

Samara: Eu já sei com quem temos que juntar a Carol. Com o Wesley. Ele vai tirar a gente do buraco.

Geraldo: Acho difícil a Carol aceitar isso.

Samara: Claro. Ela puxou o seu lado da família.

Cena 3.

Mansão dos Brandão.

No quarto, Joana deitada na cama fica pensativa.

Joana: Será que era a Maria mesmo? Mas como ela teria descoberto pra onde eu vim? Não, para com isso Joana. A Juliana viu errado, ela se confundiu.

Joana levanta e se olha no espelho.

Joana: Não tem outra explicação ela se confundiu. Você não vai estragar minha vida, Não vai mesmo Maria.

Cena 4.

Casa dos Camargo.

No quarto, Maria coloca uma blusa no cabide e a coloca no guarda-roupa, Samuel chega por trás de Maria sem ela perceber e a entrega uma rosa.

Maria: Que susto. Que isso?

Samuel: Meu pedido de desculpas. Eu acho que eu não fui justo com o Pedro e nem com você. Depois de todo esse tempo que você procura seu filho desesperadamente, quando finalmente você tem a uma chance de ter o encontrado, eu fui lá e joguei um balde de água fria.

Maria: Realmente Não foi nada bom ouvir você dizer tudo aquilo ontem.

Samuel: Me perdoa.

Maria pega a rosa e o beija. Samuel pega Maria no colo e lava pra cama.

Maria: Você não quer fazer isso agora, né?

Samuel: Claro que sim. O Caio está na faculdade, a Bia tinha aula só no segundo tempo e eu acabei de leva-la. Estamos sozinhos em casa, isso é muito raro. Temos que aproveitar.

Maria: Não estamos sozinhos. A empregada está lá embaixo.

Samuel: Já cuidei dela.

Samuel e Maria se beijam, um beijo fogoso. Já estavam casados a mais de 20 anos e ainda mantinham acesa a chama do amor e do desejo um pelo outro.

Cena 5.

Mansão dos Brandão.

Na sala, Matheus, Joana e Vítor discutem.

Matheus: Eu só quero que você me fale a verdade Vítor.

Joana: Ele já falou que cometeram uma injustiça com ele na faculdade, Matheus. Por que você não acredita no seu filho?

Vítor: Ele nunca gostou de mim, por que ele iria acreditar.

Matheus: Não veja com chantagem emocional para o meu lado, não funciona.

Joana: Para. Ele já disse que foi injustiçado. Acabou esse assunto.

Matheus: Não acabou não. Essa historia que cometeram injustiça com ele é mentira dele. EU liguei para o reitor da universidade. Ele me contou o que aconteceu. Eu sei por que você foi expulso da universidade, Vítor. Agora fala pra sua mãe e vamos ver se ela ainda acha que foi injustiça.

Vítor: Foi uma brincadeira mãe, nada demais. E o papai ta exagerando tudo.

Matheus: Exagerando? Ele ligou pra universidade e disse que haveria briga de gangues lá perto, e soltou bombinhas na universidade. Todos acharam que havia tiroteio.

Joana e Vítor dão uma risadinha.

Matheus: Isso Joana, ri mesmo. Incentiva seu filho a fazer mais besteiras.

Vítor: Foi só uma brincadeira com a galera.

Matheus: Brincadeira que acabou com 3 pessoas se ferindo. Todo mundo com medo, tentando se esconder. E você rindo. Você ri porque não é você quem trabalha pra pagar todas as besteiras que você faz. Vou te dar um aviso só. Não apronte de novo, você não vai quer saber o que eu vou fazer com você se acontecer de novo.

Matheus sai da sala.

Cena 6./Noite.

Mansão dos Castros/ Leblon

Na sala, Wesley deitado no sofá mexe no celular, Lucio e Rita arrumados, descem a escada.

Wesley: Que elegâncias de vocês.

Lucio: Gostou filhão?

Wesley: Quase tão bonito quanto o filho, mas um dia você chega lá.

Rita: Você tem certeza de que não vai querer ir à premiação, filho?

Wesley: Tenho mãe, eu não gosto dessas coisas. Tudo muito chato pra mim.

Lucio: É a premiação do seu pai.

Wesley: Eu sei pai. Mas você vence todo ano. Já não tem graça ir ver isso de novo.

Lucio: Não tenho culpa de ter a melhor empresa.

Wesley: Não mesmo. Minha galera também já combinou uma festinha. Não vou poder ir mesmo.

Rita: Então vamos, Lucio. Eu odeio chegar atrasada.

Os dois saem.

Cena 7:

Apartamento de Ludmila.

Na sala de televisão TV, Duda e Marcelo assistem a um filme juntos.

Marcelo: Senti sua falta ontem no lual.

Duda: Eu tava indisposta ontem. Eu queria ter ido, mas não deu.

Marcelo se aproxima pra beijar Duda, e Ludmila entra na sala e interrompe.

Ludmila: Desculpe, eu não sabia que vocês estavam aqui, foi mal. Eu já estou saindo. – Ela olha pra TV- Vocês estão assistindo esse filme horrível? Credo.

Ludmila sai.

Duda: A Lud gostou bastante da festa. Disse que estava animada, ela adorou.

Marcelo: Só isso?

Duda: Sim, por quê? O que mais ela teria pra contar?

Marcelo: Nada.

Marcela se aproxima pra beijar Duda, Vanessa entra na sala.

Vanessa: Desculpe, eu sei que eu to atrapalhando, mas eu preciso encontrar meu celular e não acho.

Marcelo: Por que você não pega o telefone fixo e liga pra ele?

Vanessa: Descarregado.

Duda: Ta na cozinha, perto do micro-ondas.

Vanessa: Obrigada.

Vanessa sai da sala. Marcelo se aproxima pra beija Duda e Ludmila entra na sala com um DVD na mão.

Ludmila: Aqui, esse filme é bem melhor. Vai por mim.

Marcelo: Não estamos nem ai para o filme Ludmila. Eu só quero namorar um pouco mais toda hora chega alguém. Que coisa.

Ludmila: Que grosseria, eu só quis ajudar.

Ludmila sai.

Duda: Marcelo, a gente precisa conversar. Eu acho que não ta dando certo. Acho que é melhor a gente terminar.

Cena 8.

Mansão dos Brandão.

No quarto, Vítor joga vídeo game, Matheus entra no quarto e desliga a TV.

Matheus: Eu disse que você estava de castigo.

Vítor: Poxa pai, o que eu vou fazer então?

Matheus: Estudar, que tal? Coisa que você precisa.

Vítor: Que saco de vida.

Vítor se joga na cama, Joana entra no quarto.

Joana: Vocês não estão brigando de novo não né?

Matheus: Eu só vim lembrar o Vítor que ele está de castigo. Nem pense em sair. Agora vamos que eu não quero chegar tarde nessa premiação.

Matheus e Joana saem do quarto. O celular de Vítor toca e ele atende.

Vítor: Fala Hugo. O que? Aposta corrida de racha? Isso é adrenalina pura. Vou dar meu jeito aqui. 30 minutos eu chego ai.

Cena 9.

Rua deserta.

Vários carros parados ao redor da rua. Vários jovens bebendo assistem o racha.  Em um dos carros Vítor no outro apostador. Hugo na janela de Vítor.

Hugo: Você consegue. Acaba com ele.

Vítor: Deixa comigo.

Os dois aceleram os carros sem sair do lugar, aquecem os motores dos carros, cantam pneu. Uma garota com um lenço caminha entro os dois carros, para um pouco a frente e com o lenço sinaliza que a corrida estava valendo. Vítor e o outro motorista arrancam com os carros. Eles fazem mais de 100 km/L em menos de 5 segundos. Os dois carros seguem em alta velocidade, lado a lado. A adrenalina em Vítor já estava a mil. Ele grita de êxtase. O carro do lado começa a ultrapassar Vítor.

Vítor: Não, não, não. Droga.

Eles continuam em alta velocidade, Vítor um pouco atrás. Mais a frente há um tambor onde sinaliza que a que os competidores têm que contornar o tambor e voltar. Na plateia assistindo o amigo, Hugo grita comemorando a manobra de Vítor. O carro à frente não consegue reduzir pra fazer o contorno e passa a direto, Vítor puxa o freio de mão e da um cavalinho de pau e faz o contorno do tambor.

Vitor: Trouxa. Não consegue nem fazer uma manobra simples e quer disputar comigo. Eu sou o melhor.

Ele volta em alta velocidade, agora à frente, Vítor comemora que está ganhando. O outro carro tenta ir atrás dele, mas já era tarde, não conseguiria alcança-lo mais. Vítor chaga na linha de chagada e para o carro, ele desce do carro e comemora com Hugo. 3 Viaturas da policia chegam de surpresa, os policias descem armados.

Policial: Parado, todo mundo quieto. Vocês estão presos.

Vítor fica em choque.