Escolhas da Vida – Capítulo 6

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Capítulo 6.

Continuação do capítulo anterior…

Cena 1.

Casa dos Camargo.

Na sala, Maria, Samuel, Caio, Bruna e Laura esperam ansiosos pelo investigador.

Maria: Eu to bem? Pareço está nervosa?

Samuel: Sim, muito. Mas isso todos nós estamos.

Bruna: Depois de tanto tempo, nem consigo acreditar.

Laura: Vocês falam tanto dele. Eu to louca pra ver ele. Se ele for gatinho já quero que vá falando bem de mim pra ele.

Bia chega na sala: Eu liberei o portão pra eles. Devem estar chegando por ai, agora.

Maria: Podem deixar que eu abro a porta.

Maria vai até a porta, respira fundo e abre a porta. O investigador e Pedro chegam a casa. Maria e Pedro se olham, os dois sem reações diante da situação apenas se encaram. Maria se recompõe.

Maria: Vítor…

Investigador: Pedro. Agora ele é Pedro.

Maria: Como assim? Meu filho é o Vítor. Desculpa falar assim.

Investigador: Quando eles vieram para o Rio de Janeiro com certeza mudaram os nomes, principalmente do Vítor que agora se chama Pedro.

Maria: Entendo. Entrem. Não fiquem ai na porta.

Investigador: Eu não participo dessa parte. Eu sou muito emotivo com essas coisas.

Samuel: Por favor, A Maria fez um jantar especial.

Investigador: Eu agradeço, mas eu já vou indo.

Investigador sai. Pedro acanhado entra na sala.

Cena 2.

Pensão de Mônica.

Na sala, Carina sentada no sofá com um ar de preocupada pensa na vida, Iasmim desce a escada e vê Carina no sofá.

Iasmim: Que carinha triste é essa? O que aconteceu?

Carina: Não foi nada não. Só to pensando na vida.

Iasmim: Acho que desabafar ás vezes faz bem, mas não vou te forçar a falar, isso é chato.

Iasmim caminha pra cozinha.

Carina: Espera. Eu to preocupada por que eu ainda não engravidei. Já tem um ano que eu e o Renato estamos casados. Será que tem alguma coisa de errado comigo?

Iasmim: Claro que não. Mas essas coisas vêm com o tempo. Não são assim.

Carina: Acho que meu maior medo é o Renato arrumar outra que dê esse filho que ele quer. O sonho dele sempre foi ser pai.

Iasmim: Claro que não. Renato te ama. Isso é nítido. E você vai engravidar na hora que tiver que ser. Mas qualquer coisa você pode ir ao medico. Em um especialista, ele vai conseguir te ajudar.

Renato desce a escada e senta do lado de Carina.

Renato: Estão falando de que?

Iasmim: Assunto de mulher Renato. Não vamos poder falar.  E eu vou pegar minha água. Eu só vim aqui pra pegar água, tenho que terminar de ler meu livro.

Iasmim vai pra cozinha. Renato beija Carina.

Renato: Já disse que eu te amo hoje?

Carina: Já, mas eu quero ouvir de novo.

Renato: Eu te amo – Renato a beija de novo-

Cena 3.

Casa dos Camargo.

Sentados à mesa, todos jantam juntos.

Maria: Gostou do jantar?

Pedro: Sim, está muito bom.

Bia: Mamãe cozinha muito bem.

Pedro: Com certeza.

Samuel: A sua outra família morreu como?

Maria: Samuel…

Pedro: Ele está certo, esse jantar foi pra isso.

Caio: Também acho.

Pedro: Bom. Nós íamos muito para Paraty.  Sempre de carro. Até que em dia quando estamos voltando debaixo de chuva, meu pai perdeu o controle do carro e capotamos na estrada. Meu pai morreu na hora, eu e minha mãe ficamos alguns dias no hospital, mas ela não resistiu.

Maria: Aquela safada, eu queria me aceitar com ela antes.

Pedro: Por favor, não fale assim dela.

Bruna: Pedro. Como eram seus pais? Você não tem nenhuma foto deles?

Pedro: Não. Infelizmente não.

Laura: Como assim gente? Que filho é esse?

Pedro: Eu entrei em depressão quando meus pais morreram eu tentei suicídio colocando fogo na casa. E pedi tudo.

Cena 4.

Apartamento de Ludmila.

Sentadas no sofá, Duda e Isabela assistem filme.

Isabela: Esse filme é bem chatinho, viu.

Duda: Eu também achei. Mas eu preciso assistir. Tenho um trabalho que envolve esse filme. Às vezes esses professores fazem é tortura comigo.

Isabela: Quem deve ta se divertindo é a Lud. Realmente você não se importou dela ir à festa com o Marcelo? Eu achei que você tinha dito aquilo porque ela tava animada com a festa.

Duda: Claro que não. Eles também são amigos. Assim como eu não me importaria de você ter ido com eles, ou só com o Marcelo.

Isabela: Eu nunca faria isso.  Falando assim, parece que a Ludmila vai fazer alguma coisa. Mas não é isso que eu to tentando dizer.

Duda: Eu entendi. Você fala por causa de você. Você se importaria se fosse ao seu caso. Não precisa se desculpar. E obrigado por se preocupar comigo.  Agora eu tenho que terminar esse filme chato.

Cena  5.

Na praia, Lual.

Todos se divertem, muitos jovens dançando, bebendo. Alguns se beijando, Outros sentados na área perto da fogueira. Ludmila muito animada dança perto de Marcelo que não está tão animado assim.

Ludmila: Que cara é essa? Essa festa ótima. Uma loira linda dançando com você. Não era pra está com essa cara.

Marcelo: Eu queria que a Duda estivesse aqui comigo. Não faz sentindo eu vim com você. Muito menos aquele beijo que você meu.

Ludmila: Não faz sentindo?  Se a Duda gostasse realmente de você, ela estaria aqui.

Marcelo: Ela gosta de mim. Estamos quase namorando.

Ludmila: Não gosta. Vocês não estão quase namorando. Vocês ficam, e não vai passar disso. Só você que não entende isso. Olha pra mim. Eu sou super afim de você. Só você que não enxerga.

Ludmila o beija e Marcelo corresponde.

Cena 6.

No apartamento de Ludmila.

Ludmila entra no apartamento contente, Duda chega da cozinha com um copo d’água na mão.

Duda: Que cara de felicidade é essa?

Ludmila: Estava muito bom o lual, você perdeu. Tocou ate aquela música que você gosta.

Duda: Eu realmente estava indisposta. Da próxima eu vou.

Ludmila: Vai sim. Eu vou deitar que eu estou cansada.

Ludmila caminha em direção ao quarto.

Duda: Lud.

Ludmila olha pra trás.

Ludmila: Oi.

Duda: E o Marcelo? Ele gostou da festa?

Ludmila: Sim. Ele se divertiu também.

Duda: Só? Não tem mais nada?

Ludmila: Uai não. Você quer saber o que exatamente? Se ele bebeu?

Duda: Não. Não quero saber nada não. Bobeira minha. Vamos dormir que amanhã temos facul.

Cada uma vai para seu quarto.

Cena 7.

asa dos Camargo.

Sentado no sofá, Maria e Pedro conversam.

Pedro: Eu gostei muito do jantar. Obrigado.

Maria: Não precisa me agradecer. Eu acho que eu te devo isso há muitos anos.

Pedro: Eu não sei Maria. Eu não acho que eu seja o seu filho sequestrado. As informações não batem. Minha mãe era Conceição e meu pai José. Os da sua historia são Joana e Matheus. Sua mulher era loira a minha mãe era morena.

Maria: Eles podem ter mudado de nome como fizeram com você. Identidades falsas. E o cabelo podem ter pintado. Meu cabelo não é dessa cor assim sempre. Tenho que retocar todo mês.

Pedro: Eu não quero que você pense que eu estou te enganando.

Maria: Eu jamais pensaria isso. Vamos ter que fazer o exame de DNA. Espero que você não ache que…

Pedro: Claro que não. Não podemos confirmar se sou ou não seu filho sequestrado sem esse exame. Se pudermos fazer o mais rápido possível eu agradeço.

Maria: Claro. O mais rápido possível. Posso te dar um abraço?

Pedro: Claro.

Os dois se abraçam.

Cena 8.

Quarto de Maria.

Samuel prepara a cama para dormirem. E Maria entra no quarto.

Maria: Coitado, ele voltou para o abrigo. Eu disse que ele podia dormir aqui, mas não quis.

Samuel: Ainda bem, né. Não o conhecemos.

Maria: Ele pode ser meu filho.

Samuel: Nada confirmado ainda. Por enquanto ele é só um estranho. Enquanto isso é melhor que ele fique assim.

Maria: Eu não gostei desse seu jeito de falar.

Samuel: Que jeito? Eu só estou tentando proteger minha família. Você realmente acreditou naquela historia do incêndio na casa dele?

Maria: Ele estava com depressão. Ele tinha acabado de perder os pais dele.

Samuel: Sério, Maria? Você sempre teve um coração bom, mas ingênua a esse ponto você não é.

Maria: Chega Samuel. Eu vou trocar de roupa e vou dormir antes que essa conversa termine de um jeito que nenhum de nós dois vai gostar.

Maria entra no banheiro da suíte.

Cena 9./Manhã.

Shopping.

No pátio do shopping, Maria e Bia caminhão olhando as vitrines das lojas.

Bia: Sério, mãe? Vocês discutiram assim?

Maria: Seu pai desconfia do Vítor. Quer dizer Pedro.

Bia: Ele não está totalmente errado. Tem muita gente ruim nesse mundo. E o Pedro pode ser uma delas.

Maria: Foi o Investigador que o achou. Ele está procurando pelo Vítor a mais de 15 anos.

Bia: Eu sei mãe, ele pode ter enganado o investigador também. Mas eu não quero fazer julgamentos assim. Temos que dar uma chance pra ele.

Juliana saindo da loja do outro lado do pátio vê de longe Maria e Bia. Sem que elas a veja. Juliana olha bem pra Maria e lembra se de quando Maria serviu chá pra ela ha 23 anos atrás.

Juliana: Eu não acredito que é você Maria.

Cena 10.

Mansão dos Brandão/Leblon

No quarto, Joana em frente ao espelho se olha, ajeita os cabelos.

Joana: Cada dia que passa você fica mais linda.

Juliana entra desesperada no quarto de Joana.

Juliana: Você não vai acreditar…

Joana: Que desatino é esse? Acalma-se. EU não consigo entender nada que você está falando.

Juliana: É melhor você se sentar. Você pé mais nervosa que eu, é capar de sofrer um troço quando eu te contar.

Joana: Para de enrolação e fala logo.

Juliana: Eu estava no shopping e acabei de ver a Maria.

Joana: O que?

Joana fica pasma e assustada.