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Escolhas da Vida

Escolhas da Vida – Capítulo 3

https://www.youtube.com/watch?v=Ai9oDOMTfk4

Capítulo 3

Continuação do capítulo anterior…

Cena 1.

Quarto de Joana.

Matheus: Eu vou ser o novo presidente de uma filial da empresa no Rio de Janeiro. Nós vamos nos mudar para o Rio de Janeiro.

Joana: Nós mudar?

Matheus: Sim. Daqui um mês. Você sempre gostou do Rio de Janeiro. Não gostou?

Joana: Gostei sim.

Matheus: Vou tomar meu banho.

Matheus entra para o banheiro. Joana senta na cama.

Joana: Rio de Janeiro. Isso é perfeito. Eu já sei como eu vou tirar a Maria do meu caminho pra sempre.

Joana entra no banheiro.

Joana: Matheus, eu quero muito ir pro Rio de Janeiro.

Matheus: Vai ser muito bom mesmo. O emprego também é ótimo.

Joana: Eu quero uma casa tão bonita como essa. É enorme aqui, não vou pro Rio pra morar num apartamento com dois quartos.

Matheus: Pode deixar. Já vou olhar uma casa maravilhosa pra nós.

Joana: Eu quero te pedir outra coisa também. Não comenta nada aqui em casa com os empregados. Com nenhum. Você sabe como são invejosos. Você cuida da casa nova que eu aqui eu cuido.

Matheus: Tudo bem.

Cena 2.

Quarto de Vítor.

Maria troca a roupa de Vítor e o amamenta no peito, sentados na cama. Joana entra no quarto.

Maria: Que susto, dona Joana. Achei que era o Dr. Matheus.

Joana: Graças a Deus não é ele. Nem brinca com isso. Sempre que for dar de mamar você tranca a porta.

Maria: Eu vou tomar mais cuidado.

Joana: Você viu Maria? Ele me beijou. Já fazia tanto tempo que ele não me beija e tudo isso graças a esse anjinho do Vítor. Obrigada. Você está salvando meu casamento.

Maria: Eu ainda fico com meu coração disparado só de pensar nessa situação. Eu morro de medo de perder meu filho.

Joana: Nós já conversamos sobre isso. Não vai acontecer. Vítor vai ser muito feliz, duas mães.

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Cena 3./Manhã.

Mansão dos Brandão/No quarto de Joana.

Joana e Juliana conversam no quarto.

Juliana: Que suspense é esse?

Joana: Calma.

Joana fecha a porta do quarto.

Joana: Eu to indo embora.

Juliana: Está indo embora? Como assim? Pra onde?

Joana: Rio de Janeiro. O Matheus recebeu uma proposta maravilhosa de trabalhar lá. Vamos viajar amanhã.

Juliana: Mas quando foi isso? Você vai embora assim de nada?

Joana: Não. Já tem um mês que isso está programado, mas eu não disse nada com medo dessa informação vazar. Ninguém pode saber pra onde eu vou.

Juliana: Você vai fugir com o filho da Maria?

Joana: Meu filho. Foi registrado no com meu filho.

Juliana: Isso é loucura.

Joana: Eu não vou perder tudo que eu lutei pra conquistar. Suportar esse casamento ridículo foi mais difícil do que você imagina.

Juliana: Eu estou sem palavras.

Joana: Quando eu for pro Rio de Janeiro, a Maria vai atrás de você. Eu tenho uma quantia muito boa aqui pra te dar. Eu quero que você desapareça também, ninguém pode te achar.

Juliana: Eu vou ter que fugir também?

Joana: Você nunca gostou daqui, aproveita. Juliana, você é a minha única amiga. Não me trai.

Juliana: Jamais.

As duas se abraçam.

Cena 4.

Mansão de Joana. /Sala.

Joana desce a escada e vê Maria ninando Vítor no carrinho.

Joana: Como que meu príncipe está?

Maria: Mamou e dormiu. Ele dorme muito.

Joana: É normal.

Maria: Você acha que ele parece comigo?

Joana: Acho que ele tem alguns traços sim, mas são poucos.

Maria: Eu também acho que ele parece bem pouco comigo. Ele lembra muito o Henrique.

Joana: Você não teve mais nenhuma notícia dele?

Maria: Nunca mais.

Joana: Sinto muito. As fraudas do Vítor estão acabando você viu?

Maria: Eu estou esperando o José chegar pra ele ir comprar. Tem mais uma lista enorme pra comprar no mercado.

Joana: José está de folga hoje. Motoristas também têm direito de folga.

Maria: Mas as folgas dele não são as terças?

Joana: Ele pediu pra trocar. Deixei o dinheiro para o taxi e pra compra lá na mesa da cozinha. Você vai lá e compra.

Maria: Está bem. Eu vou levar o Vítor.

Joana: Claro que não. Imagina se o Matheus chega e procura por ele.

Maria: Tudo bem.

Maria beija Vítor e sai.

Cena 5.

Garagem da mansão.

Matheus coloca a ultima mala no porta-malas do carro, Joana chaga na garagem com Vítor nos braços.

Matheus: Está tudo certo?

Joana: Sim. Já dispensei todo mundo. O advogado vai acerta com todos, e vai fazer a venda da casa.

Matheus pega Vítor no colo.

Matheus: Então vamos para o aeroporto que a viagem é longa.

Joana: Você não vai dirigir com meu filho no colo.

Matheus: Claro que não. Né filhão?

Joana pega Vítor e entram no carro, no banco de trás. Matheus entra no carro e dirige.

Cena 6.

Rua em frente à mansão.

O taxi para em frente à mansão, Maria desce do carro e estranha a casa estar toda fechada, ela aperta a campainha.

Maria: Que estranho.

Maria insiste na campainha, o advogado sai da casa e caminha até o portão.

Maria: Quem é você? Por que a casa está toda fechada?

Advogado: Quem é você?

Maria: Maria, eu trabalho ai. Abri o portão, por favor. Eu sou a baba do filho da Dona Joana.

Advogado: Há sim, Maria. Seus pertences estão ali guardados. Eu estava só esperando você chegar pra pegar. Você confere se está tudo lá, por favor.

Maria: Pegar minhas coisas? Do que você está falando? Abri esse portão que eu quero ver o menino. Eu tenho que cuidar dele.

Advogado: Minha senhora, A família Brandão não mora mais aqui.

Maria: Oi? O senhor está enganado. Eu moro ai com a família. Eu saí pra fazer compra. Chama a dona Joana, por favor.

Advogado: Impossível. Eles mudaram.

Maria: Como assim? Pra onde? Para de mentir. Eu quero ver meu filho. Abre esse portão.

Advogado: Eu vou abrir pra você pegar suas coisas. E na segunda feira eu vou fazer todo o acerto salarial pelo seu tempo de trabalho.

Advogado abre o portão e Maria entra correndo desesperada.

Cena 7.

Casa de Bruna.

Maria desesperada, aos prantos de choro, conversa com Bruna.

Bruna: Como assim ela fugiu com o Vítor?

Maria: Fugiu. Ela me enganou. Você tem que me ajudar Bruna. Ela fugiu com meu filho. O meu filho. O que eu vou fazer?

Bruna: Eu te avisei Maria. Eu te disse. Não confie nela. Não confie na Joana. Nunca me enganou. Mas você preferiu cair na lábia dela.

Maria: Eu fui burra. Burra. Ela soube me manipular. No momento que eu tava mais frágil. Eu preciso fazer alguma coisa. Me ajude Bruna.

Bruna: Pra onde ela foi?

Maria: O advogado não disse. Ele só fala que eles não revelaram detalhes. Ele ta mentindo. Ela deve ter pagado ele pra não contar. Me ajude, por favor.

Bruna: Vamos à delegacia. Isso é sequestro eles têm que fazer alguma coisa.

As duas saem de casa.

Cena 8.

Porta da casa de José.

Na porta da casa de José. Maria e Bruna conversam com José.

José: Ela me deu a noticia ontem. Disse que o advogado vai acertar tudo comigo segunda feira.

Maria: Foi o que ele me disse. Mas eu preciso saber pra onde ela foi. Eu to desesperada seu José.

José: Eu não sei. Eu trabalhava pra eles igual a você. Eles não eram de contar as coisas pra empregados. Você era a mais próxima deles Maria.

Maria: Mas eu não sei. Ela nunca me contou nada. Eu fui surpreendida. Me mandou ir ao mercado e quando eu voltei eles já tinha sumido.

Bruna: Seu José, por favor. Tenta lembrar alguma coisa. O senhor era motorista deles. Alguma coisa eles devem ter comentado dentro do carro.

José: Eu não me lembro de nada. Sinceramente.

Maria: É questão muito séria José. Vida ou morte. Por favor. Faz um esforço.

José: Espera. Eu não sei se pode ser isso. Mas há Joana um dia comentou como Dr. Matheus sobre a paisagem do Rio de Janeiro, que eram lindas.

Maria: Já basta.

Maria sai andando e Bruna vai atrás dela.

Bruna: Aonde você vai?

Maria: Eu vou atrás do meu filho.

Bruna: No Rio de Janeiro? Você nem sabe onde eles ficaram no Rio de Janeiro. Você nem sabe se é na cidade do Rio de Janeiro.

Maria: Eu só tenho essa informação. Eu não posso esperar a policia tomar alguma atitude. Você viu que o delegado nem acreditou no que eu disse pra ele.

Bruna: Pode ser perigoso. Rio de Janeiro é muito grande.

Maria: Eu vou atrás do meu filho, nem que seja no inferno. Mas eu vou.

Bruna: Você não pode ir assim. Sozinha. Eu vou com você.

As duas param de andar.

Maria: Você não precisa fazer isso.

Bruna: Eu quero. É meu afilhado que ela levou. Temos uma divida com a Joana.

As duas se abraçam.

Cena 9./Noite.

Rodoviária.

O ônibus parado no ponto de embarque, Maria e Bruna entram no ônibus.

Maria: Com licença motorista. Até o Rio de Janeiro, são quantas horas?

Motorista: Aproximadamente 20 horas.

Maria e Bruna sentam nos bancos.

Maria: Meu Deus me abençoe. Ajude-me a encontrar meu filho no Rio de Janeiro.

Bruna: Amém.

Cena 10.

Eles seguem viagem até ao rio de Janeiro durante 20 horas de desconforto dentro de um ônibus. Elas chegam ao finalzinho da tarde do dia seguinte.

Maria e Bruna descem do ônibus e pegam as malas no porta-malas.

Maria: Essa cidade é a maior do que eu imaginava.

Bruna: Mas é linda. Uma pena nós termos vindo nessa situação. Mas por onde vamos começar?

Maria: Eu sinceramente não sei.

Elas caminham pra fora da rodovia, Maria nervosa com a situação e pensando apenas no filho, caminha sem olhar para o lado, sem perceber esbarra em Samuel que estava parado no caminho, Maria deixa a mala cair. Ela se abaixa pra pegar as coisas e Samuel se abaixa pra ajuda-la.

Samuel: Você está bem?

Os dois se olham nos olhos fixamente.

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