Escolhas da Vida _ Capítulo 13

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Capitulo 13

Continuação do capítulo anterior…

Cena 1

Aline: Eu consegui ir até a um hospital onde eu fiquei dois dias e depois fugi para o interior. Um mês depois eu descobri que estava grávida de você.

João: Eu não to acreditado nisso. Esse homem é um monstro. Ele tem que ir pra cadeia.

Aline: Eu nunca esperei algo assim dele. Eu fui enganada durante anos achando que ele me amava, pra no final acontecer isso.

João: Mãe, eu prometo pra senhora que eu vou fazer justiça.

Aline: Fazer justiça? Como assim?

João: Antes eu queria encontrar o meu pai, porque eu queria um pai. Agora eu vou encontrar o meu pai e vou fazê-lo pagar por todo mal que ele fez à senhora passar. O Matheus Brandão vai mofar na cadeia. Eu faço questão disso.

Aline: Não, você vai prometer pra mim que você não vai fazer nada. Você não vai procurar ninguém. Eu até acho melhor a gente procurar outra cidade pra morar.

João: Não mãe, isso não pode ficar assim. Ele causou tanto sofrimento pra gente. Ele tem que pagar.

Aline: Eu não quero que ele saiba de você. Se acontecer qualquer coisa com você eu não vou me perdoar. Promete pra mim que você não vai procurar o Matheus. Promete João.

João: Esta bem. Eu prometo.

Aline e João se abraçam.

Cena 2/Noite.

Apartamento de Samara.

Na sala, Samara ajeita a gravata de Geraldo.

Samara: Esse seu terno está fedendo a naftalina. Eu disse você pra deixar ele no sol pra tirar esse cheiro.

Geraldo: Eu deixei, mas não adiantou. Também tem tanto tempo que eu não uso esse terno. Achei que ele nem iria servir mais.

Samara: É só você passar mais perfume pra disfarçar esse cheiro horrível.

Carol chega à sala.

Samara: Até que enfim a madame chegou. Eu não acredito que você não deu uma ajeitada melhor no seu cabelo.

Carol: Eu já estou indo contra a minha própria vontade. Eu vou com meu cabelo assim.

Geraldo: Você sabe que ela está fazendo porque ela quer espantar os pretendentes dela.

Carol: Eu não preciso fazer nada papai, só o seu cheiro de naftalina já espanta qualquer um.

Samara: Você faça o favor de ficar longe de mim e da sua filha nessa festa. Acho melhor você até nem ir.

Geraldo. Mas é nunca que eu vou ficar em casa. Vamos embora que o taxi já esta ai embaixo.

Cena 3.

Mansão dos Brandão.

Na sala, Joana se ajeita em frente o espelho, Matheus impaciente, fica sentado no sofá.

Matheus: Eu não quero chegar atrasado, Joana. Vamos embora.

Joana: Só estava retocando o batom. Que impaciente.

Matheus: Já terminou?

Joana: Já sim. Como estou?

Matheus: Deslumbrante. Agora vamos.

Vítor arrumado desce a escada.

Joana: Você vai com a gente?

Vítor: É o único lugar que meu pai me deixa ir. Melhor do que ficar aqui trancado.

Joana: Você esta lindo.

Vítor: A senhora que está.

Matheus: Estão todos lindos. Agora vamos embora.

Os três saem de casa.

Cena 4.

Casa Bruna.

Bruna arrumada entra no quarto de Laura.

Bruna: Como estou?

Laura: Ta bonitona. Aonde a senhora pensa que vai?

Bruna: Eu marquei de encontrar com vampirão no shopping.

Laura dispara a rir.

Laura: A senhora não está falando sério né?

Bruna: Claro que sim. Estamos conversando já há algum tempo. Já estava na hora de ver meu vampirão.

Laura: Às vezes eu acho que meu pai não te largou não foi por causa da empregada, não. Foi porque você não bate bem.

Bruna: Nem me fale no traste do seu pai. Eu ele não depositou o dinheiro da pensão esse mês, eu vou colocar ele na cadeia e aquela vagabunda ladra de marido vem já se separou dele pra tirar o pouco que ele tem. Maldita hora que eu me casei com aquele traste.

Laura: Não me põe no meio dessa história de vocês não. Onde você vai encontrar o vampirão?

Bruna: Naquele café que tem perto daquela escada que leva pro segundo piso.

Laura: Ali nesse horário é bem escurinho. Você quer é que esse seu vampirão chupe seu pescoço.

Bruna: Me respeita menina.

Bruna sai do quarto e em seguida volta.

Bruna: Só um pouquinho.

Cena 5.

Casa dos Camargo.

Na mesa do jantar, a família inteira junta.

Bia: Por milagre divino o Pedro resolveu descer e fazer a refeição com a família.

Maria: Ele disse que ficou com vergonha, acredita.

Bia: Vergonha de que?

Pedro: Não sei, Acho que eu sou assim.

Caio: Eu já te acho bem sem vergonha.

Maria: Caio, não foi essa educação que eu te dei.

Caio: Não é sem vergonha no sentido ruim. É sem vergonha de não ter vergonha.

Bia: Desinibido.

Caio: Isso que eu quis dizer.

Samuel: O que ta achando da família nova, Pedro?

Pedro: Vocês são ótimos. Sinceramente, eu só tenho a agradecer.

Maria: Você não precisa agradecer. Você é parte da família.

Cena 6.

Mansão dos Castro.

Na mansão, os convidados se divertem na festa. Muitos garçons servem bebidas, outros aperitivos. Rita e Lucio dão atenção aos convidados. Samara, Geraldo e Carol chegam na festa. Rita a vê na entrada e cochicha com Lucio.

Rita: Eu não acredito que ela teve coragem de vim.

Lucio: Quem?

Rita: A Samara e o Geraldo. Eu te contei que ela veio aqui e quase implorou pra ser convidada.

Lucio: Meu amor. Não vamos trata-los mal por isso.

Rita: Jamais.

Samara se aproxima de Rita e se cumprimentam com beijos no rosto.

Samara: Linda sua festa.

Rita: Obrigada. Espero que gostem.

Carol: Obrigada pelo convite. Desculpe falar, mas eu não sei o que a senhora tem na cabeça de convidar a minha mãe.

Samara: Tão espirituosa essa menina.

Rita: Essa é a sua filha?  Quantos anos eu não a via. Ela esta linda. Já é uma mulher.

Carol: Obrigada.

Samara vê Joana e Juliana conversando no canto  da sala.

Samara: Joana… Querida.

Joana sem olhar pra trás: Por favor, não me diga que é a Samara.

Juliana: Sinto te informar, mas é ela sim.

Joana se vira pra Samara e fingi.

Joana: Oi, Samara. Quanto tempo?

Samara beija o rosto de Joana e Juliana.

Samara: Como vocês estão? Que pele linda é essa mulher? Jequiti? Olha esse cabelo, arrasando.

Em outro canto da festa. Geraldo e Lucio apertam as mãos em sinal de cumprimento.

Geraldo: Casa maravilhosa. Quem dera um dia eu com uma assim.

Lucio: Você consegue. Muito trabalho e esforço.  Tenho certeza que terá uma melhor que essa.

Geraldo: Trabalho?

Lucio: Não se consegue nada sem trabalho.

Geraldo: Com certeza. Eu vou procurar a minha mulher pra conter ela. Antes que ela estrague sua festa.

Geraldo sai andando.

Cena 7.

Apartamento de Ludmila.

Na sala, sentada no sofá, Duda se lembra de quando Vítor a ajudou na universidade.

Isabela e Ludmila chegam à sala, e veem Duda com um sorriso no rosto.

Isabela: Conheço esse sorrisinho. Isso é sorriso de gente apaixonada.

Duda: Que conversa é essa?

Ludmila: É o Marcelo? Descobriu que está apaixonada depois que se separaram?

Duda: Eu não estou apaixonada por ninguém. Vocês gostam de pegar no meu pé. Minha nossa. Só falta a Vanessa. Cadê ela que não veio falar que eu estou apaixonada também?

Isabela: Ela saiu a tarde e até agora não chegou.

Ludmila: Só espera que ela não esteja bebendo.

Duda: Não está. Ela prometeu.

Ludmila: Ela sempre promete. Eu vou tomar meu banho que eu quero arrumar minha unha.

Ludmila vai pro quarto, o telefone do apartamento toca e Duda atende.

Duda: Alô… É da casa dela sim, mas ela não esta no momento, quem é? Como assim? Mas onde? Ta bom. Obrigada por ligar.

Duda desliga o telefone.

Isabela: Que cara é essa? Quem era?

Duda: Era de um bar, a Vanessa está bêbada no bar e não consegue vim embora.

Cena 8.

Shopping.

No pátio, Bruna caminha pelo pátio em direção ao café onde ela marcou com vampirão.  Bruna entra no café.

Bruna: Ele disse que iria estar de camisa azul.

Bruna olha ao redor e vê um homem de costas com uma camisa azul na mesa do fundo.

Bruno: Até que ele é bonitinho.

Bruna caminha a mesa.

Bruna: Vampirão?

O homem levanta e sorri pra Bruna e ela percebe que é Daniel.

Bruna: Eu não mereço isso.

Daniel: Eu que não mereço isso.

Bruna: É você mesmo vampirão? Por favor, diga que não.

Daniel: Se você for a Jovem donzela eu não sou não.

Bruna: Só pode ser pegadinha. Tem câmeras aqui não tem? Faustão pode aparecer.

Daniel: Você acha mesmo que eu ia fazer pegadinha com você? Já tive que ver sua cara durante anos, o que eu quero é distancia. E você cuide melhor da nossa filha. Cada dia que passa, eu a vejo com uma erva diferente. Um chá estranho.

Bruna: Ela á da natureza. Você quer que eu faça o que?

Daniel: Que ela não vire maconheira.

Bruna: Vai catar.

Bruna sai correndo do café.

Cena 9.

Casa dos Camargo.

No quarto de Pedro, Samuel aproveita que não tem ninguém no quarto e procura alguma pista nas coisas de Pedro. Samuel vai até o guarda-roupa, abre as portas e procura algo no meio das blusas. Samuel vai até as gavetas no criado mudo e procura algo.

Samuel: Eu sei que eu vou achar alguma coisa aqui.

Samuel vai até a cômoda e abre a porta e acha uma caixa trancada.

Samuel: Eu sabia que você estava escondendo alguma coisa.

Maria entra no quarto e vê Samuel mexendo nas coisas de Pedro.

Maria: O que está acontecendo aqui, Samuel?

Samuel e Maria se encaram.