Diva – Capítulo 29

“Charlote não podia crer no que estava estampado na matéria principal do Sala De Fofocas. Aquele jornalista só poderia estar mentindo. Charles com uma prostituta? Não poderia ser o seu Charles. Ele não! Deu um zoom na foto. E realmente, não havia como negar.”

 

CHARLOTE : Meu Deus. É ele mesmo!

 

“Charlote fecha o notebook.”

 

CHARLOTE : Aquele cafajeste passou uma tarde inteira comigo me iludindo pra no final da noite se encontrar com uma qualquer. Mas, eu sou muito trouxa mesmo. Esses homens não prestam.

 

(Enquanto Isso, no Quarto de Dora…)

 

“Dora também acabava de ler a nota no Sala De Fofocas. E para comemorar ela abria uma garrafa de Moet Chandon.”

 

DORA : Essa vitória me custou um olho roxo. Mas o que é levar uma surra de um monte de viado comparado com o deleite de se ter o Charles só pra mim!

 

“Dora dá uma gargalhada.”

 

DORA : Eu estou novamente sobre o pódio. E todo o resto seria perfeito se eu não estivesse sendo subornada pela minha irmã, aquela cretina, vaca miserável!

 

“Alguem bate a porta de Dora. Ela vai atender. Ao abrir a porta Constança entra no quarto.”

 

DORA : O que tu quer aqui?

 

CONSTANÇA : Bom dia procê também José!

 

DORA : José é o meu cu. Meu nome é Dora Farrell.

 

CONSTANÇA : Seja como for. Vim aqui porque tenho um pedido!

 

DORA : Diga logo de uma vez!

 

CONSTANÇA : Quero andá de limusine!

 

DORA : Mas, eu não tenho limusine.

 

CONSTANÇA : Bom, isso já não é um problema meu. Ocê que se vire! Alugue uma, sei lá! De o seu jeito.

 

“Constança sai de dentro do quarto.”

 

DORA : (grita) Mas eu não tenho dinheiro!!

 

CONSTANÇA : (grita) Foda-se!!

 

“Dora apoia a taça de Moet Chandon sobre o criado mudo.”

 

DORA : Onde eu vou encontrar uma limusine?

 

(Mais Tarde…)

 

“Uma limusine estaciona bem na frente da casa de Dora.”

 

DORA : Aí está ela!

 

“Constança bate palminhas.”

 

CONSTANÇA : Maravia! Que bicho espetacular!

 

“Charlote sai de dentro de casa.”

 

CONSTANÇA : Qué dá uma volta comigo, fia?

 

CHARLOTE : Depois mãe. Eu tenho um assunto a resolver!

 

“Charlote sai do condomínio e pega um taxi na rua para o centro.”

 

CONSTANÇA : Aff, suzinha eu num vô!

 

“Constança olha para Dora.”

 

DORA : Ah não! Não conte comigo. Isso é vergonhoso! Eu não vou me prestar a esse papel!

 

CONSTANÇA : A escolha é sua. Eu tô bem suave!

 

DORA : Tá bom. Eu vou!

 

CONSTANÇA : E, ah…Dora, eu quero o seu cartão de crédito emprestado.

 

“Dora entrega seu cartão de crédito a Constança.”

 

DORA : Você é um abutre!

 

“Dora e Constança entram dentro da limusine.”

 

(Enquanto Isso…)

 

“Pâmela aproveita o tempo livre para ir às compras no Shopping American.”

 

PÂMELA : Isso é divino!

 

“Pâmela entra numa loja de perucas.”

 

ATENDENTE : Pois não?

 

PÂMELA : Me mostre as suas mais lindas perucas.

 

ATENDENTE : Me acompanhe, por favor!

 

“A atendente conduz Pâmela Braga pelas vitrines onde manequins altos de veludo possuem suas perucas dispostas sobre o topo de suas cabeças.”

 

ATENDENTE : Que cor madame? Loura? Ruiva? Platinada? Cor de avelã? Laranja?

 

PÂMELA : Quero essa!

 

“Pâmela veste a peruca loira.”

 

ATENDENTE : As perucas estão em alta nessa estação. São os novos acessórios que a moda trouxe pro mercado!

 

PÂMELA : Verdade?

 

“Dora e Constança passam na frente da loja.”

 

PÂMELA : Olha lá!

 

“Pâmela acena pra Dora.”

 

CONSTANÇA : Quem é aquela!?

 

DORA : É apenas uma bruxa! Vamos!

 

“Constança segura Dora pelo braço.”

 

CONSTANÇA : Ei, vamos até lá!

 

DORA : (incrédula) Por que?

 

CONSTANÇA : Porque eu estou mandando!

 

“Constança e Dora entram na loja de perucas.”

 

(No Hospital…)

 

“Nos sonhos de Pasquale, Bárbara o apresenta a Tim Maia.”

 

BÁRBARA : O Tim Maia foi um dos maiores cantores, compositores, e multi instrumentistas de todo o Brasil!

 

TIM MAIA : Gentileza sua.

 

BÁRBARA : Modéstia a parte, ele foi um dos responsáveis pela introdução do estilo soul na música popular brasileira e reconhecido mundialmente como um dos maiores ícones da música no Brasil!

 

PASQUALE : (sussurra) Bárbara, abre parêntesis, dá pra parar de ficar bancando a Wikipédia? Já encheu o saco. As nossas cenas nesse limbo da música são umas das mais chatas. Chegam a ser mais chatas que as da Ginástica. E olha que as cenas da Ginástica são de dar sono. E outra, todo mundo sabe quem foi o Tim Maia! Fecha Parêntesis!

 

BÁRBARA : (sussurra) Abre parêntesis! Eu vou fazer o que? O autor não estava muito inspirado quando nos criou! Fecha Parêntesis!

 

TIM MAIA : Ei, o que vocês tão cochichando?

 

BÁRBARA : Nada, nada!

 

“Bárbara olha pra Pasquale.”

 

BÁRBARA : (sussurra) Tá. Abre parêntesis. Chega de palhaçada. Agora, a gente volta a ser sério como sempre fomos! Fecha Parêntesis. E ponto final!

 

“Pasquale vai até Tim Maia.”

 

PASQUALE : Meu Deus, eu nunca imaginei que eu iria conhece-lo um dia!

 

“Durante aquela conversa, Tim Maia conta algumas coisas engraçadas sobre a sua carreira fazendo Pasquale e Bárbara explodirem em risos. Ele era um cara muito boa praça. E quando ele se foi, Pasquale e Bárbara ficaram mais uma vez a sós.”

 

PASQUALE : Bárbara, ainda há uma coisa que não entendi.

 

BÁRBARA : O que?

 

PASQUALE : Por que me fez conhecer todos eles? Estou me sentindo como aquelas crianças com câncer que antes de morrer os pais levam até a Disney para se divertirem pela sua última vez.

 

“Bárbara olha tristemente pra Pasquale.”

 

PASQUALE : Não precisa se preocupar em me poupar. Sei que estou morrendo!

 

“Um portal luminoso se abre. Bárbara estende a mão a Pasquale.”

 

BÁRBARA : Venha comigo!

 

PASQUALE : Este é o fim, não é mesmo?

 

BÁRBARA : (sorri) Ainda não! Temos mais um pouco de Disney pra você! (ri)

 

(Na Chic Record…)

 

“Raul está em seu escritório junto com Leonid, o seu assistente pessoal.”

 

LEONID : Foi lançado o álbum do Pasquale?

 

RAUL : Sim. Spotify, Deezer, Oi FM, iTunes, e a Saraiva já fez a pré venda do estoque de versões físicas. Estão esgotadas!

 

LEONID : Uma pena ela não estar conosco pra comemorar!

 

RAUL : Isso é muito triste, Leonid! Eu não sei se ele sobrevive!

 

(No Bar SP Bourgeois Society…)

 

“Após ser dispensado por Galdéria, Guto Parson desatou a se embebedar. Primeiro com bellini, e depois com Whisky puro. Em plena tarde, já havia perdido a sua sanidade.”

 

GUTO : Eu estou em oz?

 

GARÇOM : Não, o senhor está num bar completamente embriagado às 3 horas da tarde!

 

GUTO : Eu sou o espantalho, não?

 

GARÇOM : Não! Apenas um homem muito rico. Suponho que você tenha dinheiro para pagar a conta!

 

GUTO : Você é a Galdéria?

 

GARÇOM : Não.

 

GUTO : (triste) Quero que você seja a Galdéria!

 

“Guto se debruça sobre a mesa. Um paparazzi faz sua fotografia.”

 

(Na Rede Redação…)

 

“Galdéria chega toda descomposta no trabalho. E encontra Nélson no corredor.”

 

GALDÉRIA : Olá (tosse) doutor Vargas!

 

NÉLSON : Galdéria, você está um caco!

 

GALDÉRIA : (debocha) Mentiraa!

 

“Galdéria faz uma gargalhada forçada e em seguida ergue os olhos em sinal de impaciência seguindo adiante pelo corredor.”

 

NÉLSON : Galdéria!

 

“Nélson vai atrás de Galdéria até seu camarim.”

 

NÉLSON : O que houve com você?

 

GALDÉRIA : (grita) Cai fora!

 

“Galdéria fecha a porta na cara de Nélson.”

 

(Enquanto Isso…)

 

“Amanda havia acabado de chegar em casa quando recebeu um recado da secretária eletrônica.”

 

CAMILO : (recado na sec. Eletrônica) Amanda, trago boas notícias. A Marcela Tavares aceitou participar da estreia do seu programa. Me ligue assim que puder!

 

“Amanda dá uma pirueta de felicidade indo até a geladeira para pegar a garrafa de G.H. Mumm.”

 

AMANDA : Isso pede um brinde!

 

“Amanda serve uma taça de champanhe pra si mesma e corre até um espelho de corpo inteiro pendurado na parede de sua sala.”

 

AMANDA : A você Amanda!

 

“Amanda brinda com o seu reflexo no espelho, bebe um gole do champanhe e em seguida o joga sobre a sua cabeça se molhando toda.”

 

AMANDA : (ri) Aposto que você não esperava por isso! (ri)

 

“Amanda acena para o seu reflexo.”

 

(Na Casa de Charles…)

 

“Ao tocar a campainha Charlote estava petrificada pela dor. O rapaz pelo qual havia se apaixonado era um traidor. Mas ela não ia deixar barato. Agora ela o odiava com a mesma intensidade com a qual um dia o amou perdidamente. Ao atender a porta, Charles ficou evidentemente feliz de ver sua namorada.”

 

CHARLES : Amor!

 

“Charles abraça Charlote que o empurra e com asco lhe dá um tapa na cara.”

 

CHARLOTE : (chorando) Cafajeste!

 

“Surpreso Charles olha pra Charlote, alisando a área onde ela o antingíra.”