[crítica] Dark King: um convite irrecusável a adentrar no mundo da fantasia
- Conhecer a história de Dark King somente lendo a sinopse é quase que impossível, a impressão obtida com ela desvanece a partir do momento que você começa a acompanhar a trama. Antes de apresentar minha crítica desejo que todos façam a leitura da sinopse para que compreendam a minha apreciação da história.
- Tiago é um garoto Nerd e ninguém o nota, até o dia em que seu colega de quarto o leva para o submundo noturno da faculdade onde estudam. É um lugar escuro, hostil e violento, comandado por um Rei jovem que adora ver brigas e mortes, dizem até que ele tem poderes especiais. E todos seguem as regras:
- 1- Tudo é do Rei.
2- Todos pertencem ao Rei.
3- Todos se curvam diante do Rei.
4- Todos Obedecem o Rei. - O problema é que o Rei se apaixonou pelo jovem Tiago e o quer de qualquer maneira.
- Dark King de Thay Marapon Kin está, no momento dessa crítica, na exibição do seu terceiro episódio denominado Feridos. A história é exibida semanalmente aos domingos com classificação indicativa de 18 anos, e com previsão de 15 episódios. A história que é um amontado de gêneros (ação, aventura, comédia, drama, LGBT+, romance, fantasia e suspense) tem se destacado na audiência pela queda acentuada de leitores (na semana do dia 27/09 a 03/10 a história ficou com 22,5 pontos de audiência, bons números em relação a frequência de exibição; na semana do dia 04/10 até 10/10 a história sofreu uma grande queda de público ficando com 4,3 pontos de audiência, bem próxima de histórias que estão sendo reprisadas).
Com a leitura do primeiro episódio (O Rei) se é possível perceber a busca do autor pela originalidade da sua obra, com diálogos bem construídos. Quando o personagem Tiago é convidado por Robert para conhecer o submundo foi como se ele estivesse me convidando a navegar no desenrolar dessa aventura, e confesso que se não houve intenção do autor em fazer com que o leitor se sentisse convidado à adentrar na história foi um ato sem intenção perfeito. Confesso que é impossível ler a história e não ficar criando teorias. Na tentativa de enturmar o jovem Tiago, Robert acaba o apresentando para o submundo “um lugar escuro, hostil e violento”, muito próximo às aventuras universitárias que essa fase da vida apresenta. Continuando a leitura pelo segundo e terceiro episódios (Cabelos Prateados e Feridos respectivamente), ainda se consegue perceber bons diálogos, uma trama calma o que não deixa a leitura tornar-se uma leitura frustrante. Pouco a pouco a história vai fazendo jus às regras do submundo apresentadas na sinopse.
Faltando ainda 12 episódios para chegar ao fim e acompanhando as cenas tensas como foi a última do episódio três onde Tiago está ferido, com toda a certeza se pode afirmar o seu sucesso. Ainda não se pode acompanhar escancaradamente a proposta principal da história que é o fato do rei se apaixonar pelo Tiago, porém de certa maneira já se percebe o encaminhamento para isso ocorrer.
A escrita de Thay agrega ainda mais à história, um bom vocabulário, poucos erros gramaticais e muito suave: sem palavras complexas.
- IMPORTANTE
- Não se tem previamente uma lista com os personagens onde poderíamos encontrar alguns dos seus conflitos, características físicas etc., tudo bem, muitos autores não optam por descrever fisicamente em um perfil os seus personagens, porém estes acabam por fazendo isso no decorrer da história. Fique claro aqui que não é por ter eu achado a história tão “perfeitinha” que eu deveria procurar algum erro para querer complicar, muito pelo contrário, o erro que aponto não é de extrema preocupação por ainda a história estar no seu terceiro episódio, quero que a história se torne ainda mais perfeita. Acredito que se deva apresentar mais os personagens, criar conflitos em que possamos perceber a personalidade de cada um e não somente o descrever fisicamente. Sem a oportunidade de antecipadamente conhecer os conflitos de cada um em alguns momentos me senti um tanto perdido, sem preparo para determinada reação e ação de determinado personagem. Também possuo uma ressalva a fazer com relação a ambientação, à forma que você descreve o ambiente. Acho que seria interessante já que você não trabalha com roteiro, utilizar um método pouco conhecido mas que acredito casar muito bem com a sua forma de desenvolver a história, estou falando dos quadrinhos independentes ou também história interativa. Mas o que se trata isso? se trata do fato de você incluir imagens aos seus episódios, acho que seria maravilhoso poder ler vendo as imagens, tenha certeza que isso muito irá aguçar a imaginação das pessoas, pois confesso que também me encontrei em dúvida em vários momentos por não conseguir entender a época em que se passa a trama.
- Faltam cerca de 12 episódios ainda, é uma história que eu indico e que acabei por tomar gosto. Um sucesso.
NOTA 4 DE 5
Adorei a crítica @gabriel-vargas!
Me interessei bastante pela história de Thay Marapon. As suas observações foram muito pertinentes e é mais um convite para ler a história.