Séries de Web
Corujas sem Asas

Corujas Sem Asas |Episódio 1×15

“Corujas Sem Asas”

uma web-série de Pedro Paulo Gondim

1ª Temporada || Episódio 15

“O Preço do Pecado”

———————————————————–

Mansão dos Barny. Térreo/Cozinha [Manhã].

Antônio: (sentando-se num dos banquinhos, com uma xícara de café na mão) Nem imaginava que você tivesse alguma ligação com meu irmão. (bebe um pouco; põe a xícara em cima do balcão) Ele nunca mencionou você, em nossas conversas.

Ana: (lavando a louça) Foi uma época difícil. Foram apenas cinco meses, mas foi tão mágico como um amor de um ano. Sempre tivemos algo em comum, como se nós… tivéssemos uma ligação. Não de namorados, mas sim de irmãos!

Antônio: (bebe mais um pouco; põe a xícara de volta no balcão) E… Por que vocês brigaram?

Ana: (secando um dos pratos com um pano) Não brigamos. Ainda somos melhores amigos! O problema foi minha carreira profissional. Tive que ir, e…

Antônio: (cortando diretamente) Vocês acharam que era melhor terminar!

Ana confirma que sim com a cabeça. Ela sente algo como uma tontura, e sem explicação, desmaia.

Antônio corre para acudi-la. Wally entra na cozinha no mesmo instante.

Antônio: (olhando com preocupação para Ana) Por favor, Wally! Chame uma ambulância… Imediatamente! Por que isso sempre tem que acontecer aqui em casa…

Wally: (com uma pá em mãos) Você e ela não irão a lugar algum!

O mais previsto que você, meu caro leitor, pensou que aconteceria, acontece! Wally mete a pá com bastante força, contra a cabeça de Antônio. 

O pobre homem desmaia, e Wally ri, e olha Antônio com bastante desdém.

Wally: (pisando com a bota [direita] na face de Antônio) Agora, você tem que reconhecer! Gustavo me fez um favor imenso, me contando sobre a morte de meu filho Nicolas. COMO PODE? (cospe na cara de Antônio, chegando perto da cara dele) Você vai pagar pelo que seu irmão, fez a mim. Ele escondeu esse tempo todo, que aquele amiguinho dele, Bernardo, matou meu precioso filho.

Pedro: (com uma arma na mão [esquerda], apontando para a cabeça de Wally) Mas você deve saber, que matar Antônio, não resolverá nada que você tenha contra Heitor!

Wally: (se levantando calmamente) Não sabe com quem está se metendo, seu desgraçado. Tem que aprender, que isso… EU NÃO IREI PERMITIR!

Pedro: (se afastando, mas continuando a apontar a arma para Wally) Violência nunca resolveu nada nesta vida! Mas admito que esteja merecendo… É ALGO PIOR!

Pedro dispara uma vez a arma, e Wally se abaixa. Atira novamente, mas Wally consegue correr.

Pedro procura pela mansão. O momento é tenso, perigoso, e suspensivo.

Enquanto isso no jardim, uma borboleta pousa numa flor, uma abelha está em outra, um homem com bicicleta passando em frente à mansão… (tava melhorando o suspense, gente!).

Casa de Gilda. Quarto de Vinícius [Manhã].

Vinícius: (sentado em sua cama, segura as mãos dela) Por que você está com essa cara de “cachorrinho perdido”?

Laura: (séria) Saiba que não gostei daquela perua ter dado em cima de você!

Vinícius: A Jenny? Ela é uma linda garota.

Laura: (lhe dá alguns tapas, mas ele a consegue a controlar) Que absurdo!

Vinícius: (se levanta da cama; olha-a seriamente) Você está se excedendo um pouco demais, não acha? Somos somente amigos.

Laura põe a mão no rosto e começa a chorar. Vinícius pergunta a ela o motivo do choro. Laura diz para ele a deixar quieta, mas se surpreende com a fala do menino.

Vinícius: (chegando mais perto) Eu disse que acho Jenny bonita, mas não disse que a amava. Eu gosto… Eu te amo!

Laura levanta rapidamente da cama. Vinícius e ela vão chegando perto do rosto um do outro, até seus lábios se tocarem. Eles se beijam totalmente apaixonados.

No apartamento de Bernardo, Augusto tenta tirar a faca das mãos de Gustavo.

Augusto: (nervoso) Seu animal desgraçado! (soca a cara dele) Você o matou!

Gustavo: (revida com outro soco) E você, fica dando em cima dele!

Augusto: (se levantando com a mão no rosto) Você vai pagar por isso!

Eles se agarram e rolam no chão. Bernardo ainda continua no chão, ensanguentado, e morto. 

Gustavo tenta acertar Augusto com a faca, mas erra acertando sua própria perna.

Augusto: (se levantado rapidamente) Já chega! Pare! Só quero saber de uma única coisinha de nada: (levantando a voz) Por que você matou Bernardo?!

Gustavo tira a faca da perna e grita de dor. Ele se levanta mancando, e com sangue escorrendo pelo ferimento.

Gustavo: (pondo uma das mãos na perna do corte [esquerda]) Bernardo e eu… éramos namorados. Agora, não somos mais! Mas, de qualquer modo, queria matá-lo! Bernardo matou meu melhor amigo. Ele se chamava Nicolas, filho de um jardineiro, mas não sei onde ele trabalha atualmente.

Augusto: (espanta-se) Espere! Olhe, eu… fui quem tirou a… virgindade de Bernardo. Gostava muito dele, mas… ele nunca, nunca gostou de mim de verdade. Forcei-o a transar comigo, e foi assim por uma noite toda.

Gustavo: (não entendendo nada) Mas… O que isso tem haver com meu ex?

Augusto: (ajoelhando-se e passando uma das mãos no “volume” de Bernardo) Bem… Você estava namorando seu melhor amigo? Essa é uma história repetida! Mas, saiba que Bernardo pegou trauma disso. Pelo menos, superou-o contigo. Não era bem dotado, mas sempre foi uma delícia, não?

Gustavo: (também passando a mão no “volume” de Bernardo) Vamos dizer que sim! Descobri aquilo ontem. Olhei o celular dele, e vi uma foto junto a Nicolas, na cama de um motel. No mesmo em que meu amigo foi assassinato por essa delícia em pessoa!

Augusto: (acariciando os peitos de Gustavo) Será que… Não dá tempo de fazer alguma coisa antes que a polícia chegue?

Gustavo: (acariciando, desta vez, o “volume” de Augusto) Acho que sim! O povo desse prédio é muito sonso! Vamos… Esquentar um pouquinho mais!

Eles começam a se beijar e se agarrar, como se não estivessem quase se matando agora pouco. 

Gustavo ajoelhado (se é que me entende), Augusto quase tendo orgasmos de tanto prazer.

Neste momento, a polícia, acionada por outro morador, chega.

Policial: (derrubando a porta) Mãos para o alto! Não tentem escapar!

Augusto levanta as mãos com muito medo. Gustavo cai no chão, e ri discretamente, de terem o pegado… numa cena… (deixa pra lá)!

A cena mostra Augusto sendo algemado, Gustavo sendo atendido pelos paramédicos, e Bernardo também.

Mansão dos Barny. 2º andar/Quarto de Guilherme [Fim da manhã].

Pedro procura por Wally, apontando a arma por onde passa. Quando chega neste quarto, ele senta na antiga cama de Guilherme para descansar um pouco. Ele não percebe quando Wally abre a porta do quarto.

Wally: (enforcando Pedro) Não sei quem é você, mas vou te matar de qualquer jeito!

Pedro: (tentando tirar as mãos de Wally de seu pescoço) Sou alguém, que você nunca imaginaria que fosse capaz de matar!

Eu também não sabia! Esses personagens secundários têm o poder de surpreender o escritor, gente! 

Pedro consegue morder uma das mãos de Wally, que solta um grito, e as mãos da garganta do outro. Pedro pega a arma e…

O jardim ficaria mais bonito se ainda continuasse um jardineiro na mansão, mas eu acho que você já sabe o que acontece!

Pedro atira três vezes. Uma das balas vai à testa de Wally, as outras duas, diretamente para o coração.

Restaurante “Victor” (nome fictício) [Início da tarde].

Luana: (sentando-se) Ai… Obrigada por me acompanhar, Arthur.

Arthur: (já sentado pegando o cardápio) Por nada. Estava com fome mesmo e até queria almoçar em algum lugar diferente.

Luana: (pegando as mãos dele) Você quer me acompanhar na festa da redação também?

Arthur: (mentindo e soltando suas mãos das dela) Bem… Pode ser que eu não vá. Tenho algumas coisas para fazer lá em casa. Está uma bagunça.

Luana: (tentando paquerá-lo) Sabe, uma presença feminina em sua vida até que faria bem! Um homem tão bonito assim sem ninguém por perto?

Uma garçonete perguntou-lhes o que queriam. Eles olharam o cardápio, e pediram seus pratos.

Luana comentava sobre a ecologia do parque da festa da redação, quando de repente Arthur sentiu uma dor gigantesca em sua coluna. 

Luana se levanta para ajudá-lo, e sem ninguém esperar, ela o beija.

De longe, num vidro no telhado deste restaurante, a cena mostra algumas corujas sem asas, em algo como se fosse discos voadores, mas de médio porte.

Coruja: [macho {01}] Se acontecer novamente, o apocalipse será real, nós temos poucas horas para fazer o que estamos planejando. Savabian não gostará de saber, que mesmo depois de mais de 100 anos, não conseguimos ao menos salvar 1% do planeta Terra.

Coruja: [fêmea {01}] Ainda há esperanças. Poderíamos usar nossas outras colegas emplumadas… ou não?

Coruja: [macho {01}] É uma pena que  não podemos cumprir a missão destes terráqueos, pois aconteceria algo pior que um apocalipse.

Coruja: [macho {02}] Só uma dúvida: Por que Arthur tem que namorar alguém? Por que não o deixam sozinho logo?

Coruja: [fêmea {02}] Porque todos merecem amar e serem amados!

Coruja: [macho {01}] E Sophia? Como a coitada fica nessa história toda?

Hospital da cidade. Sala de espera/poltronas [Tarde].

Heitor: (levanta e vai até uma atendente da recepção) Moça, você pode me informar ao sobre uma paciente?

Atendente: E quem seria, meu jovem?

Heitor: (debruçando os braços no balcão) O nome dela é Mariana. Mariana Luzzy.

Ela entrou aqui na emergência.

Atendente: Aguarde um momento. Irei perguntar a alguém.

Quando a moça retorna, conta a Heitor coisas incríveis.

Continua…

Pedro Paulo Gondim

Acompanhe também:
Twitter

Deixe um comentário

Séries de Web