Séries de Web
Corujas sem Asas - Temporada 2

Corujas Sem Asas 2×09 – Asas e Nuilloppahs

Cartaz 02- Corujas Sem Asas - 2ª Temporada

“Corujas Sem Asas”

uma web-série de Pedro Paulo Gondim

2ª temporada || Episódio 09

https://youtu.be/S9V9u8RuRG8

“Asas e Nuilloppahs”

LEMBRANDO QUE O EPISÓDIO 10 “A VERDADEIRA RAZÃO” TAMBÉM JÁ ESTÁ DISPONÍVEL HOJE!

Sul/Cidade de Corujiah. Centro. Floresta [Tarde]

Sophia: [olha-a fixamente] Está vendo aquela árvore? Se ver melhor, verá que mais ao fundo tem uma cabana lá longe.

Laura: [assentindo] Sim, estou vendo. Vamos antes que seja tarde demais!

Ouvem-se berros. Elas voltam a correr. Vinícius aparece deprimido gritando “vocês devem morrer! Salvem a humanidade”. Heitor aparece feliz. Seu sorriso não esboça felicidade e sim sede de morte. Grita: “Morram desgraçadas, morram!”. Eles voltam à correr atrás delas.

De volta há muitos anos atrás…

Antigo Graclapecha. Piso 03. Ala 04/Sala 16 [Manhã].

As luzes, piscando freneticamente, atordoavam alguns cientistas. Naklada chega em uma nuvem lilás.

Naklada: [sorrindo] Quanto tempo, queridinhos?

Cientista 01: [assustado] Fale logo o que quer e se mande daqui!

Naklada: Que desrespeito é esse comigo? Mas, não tem problema. Hoje vim pegar apenas uma informação.

Cientista 02: E de que necessita?

Naklada: [fazendo pose] Quero saber onde estão as corujas. E rápido!

Eles pegam um mapa-múndi hanisinediensiano e lhes mostram uma porção do sul do planeta. Eles informam ainda mais.

Cientista 03: As corujas criaram inteligência com a magia dentro delas. O rei conversou com elas. Até o filho dele brincou com elas. Foi incrível.

Cientista 01: Por isso, o rei quis montar somente um espaço para a “espécie” delas, tendo como foco uma parte da porção sul. Se você já ouviu o nome Corujiah, é esse o que a cidade delas recebe.

Naklada sorri e agradece. Mas para não perder o costume, derruba várias peças do laboratório e joga um ácido no jaleco de um dos cientistas. A feiticeira sai por sua nuvem de fumaça. Eles se olham com horror.

Ruas de Joxansa. Beco. [Manhã]

A feiticeira, com um movimento das mãos, faz aparecer um livro. Ela abre na página que lhe ensinou a não usar mais a varinha e sorri. Passando mais algumas páginas, ela se depara com uma página toda amassada.

Naklada: Estranho. Não havia visto essa daqui.

Quando começa a desamassa-la, impressiona-se e exibe um sorriso radiante.

Naklada: Que felicidade! Irei recuperar minha magia! Só preciso achar esse livro que está indicado aqui no papel. Mas antes… [ri maleficamente] irei visitar as “emplumadas”.

Alguns anos mais tarde…

Antigo Palácio Real. Piso 02/Quarto de Comansavá [Manhã]

Guikoltra: [preocupado] O que há, filho?

Comansavá: [deitado na cama; suas mãos brilhando] Não sei… deve ser uma “gripe mágica”. [cabisbaixo] Aliás, queria lhe confessar algo.

Guikoltra: [atencioso] Pois diga!

Comansavá: Andei treinando magia, sozinho. Sei que o senhor não gosta, mas…

Guikoltra: Está tudo bem. [sorri] O importante é que chamei as corujas para lhe ajudar.

Comansavá: [impressionado] As “sem asas”? Gente, isso é superlegal!

Guikoltra: Sabia que isso iria te fazer feliz. Elas virão para ver o problema que você tem. Você sabe que as corujas são especialistas em magia!

De volta aos tempos atuais em Hanisined…

Cidade de Corujiah. Centro-oeste. Floresta [Tarde]

No lugar onde as árvores começam a se afastar uma das outras, Savabian estava dormindo numa das duas barracas armadas. Rodrigo estava catando galhos para fixar sua barraca. Arthur estava numa outra barraca, comendo amendoim hanisinedianensse.

Arthur: [sai da barraca; olha para a floresta densa] Está ouvindo isso?

Rodrigo: Não. [levanta-se] O que parece ser?

Arthur: [atarantado] Talvez… algum animal grande.

Rodrigo: Espere! [escuta atentamente] Passos pesados estão vindo de lá e outros mais leves estão vindo de cá, mas dá para se ver a pressa.

Arthur: Vamos nos esconder nas barracas!

Eles entram. Ouvem gritos agudos e reconhecem ser das guardiãs. Voltam a sair da barraca. Arthur grita para Savabian acordar rapidamente. O príncipe logo desperta.

Sophia e Laura chegam correndo ao local. Assustadas, cansadas e com sede, elas bebem algo e contam ao príncipe sobre o ocorrido.

Savabian: [pensativo] Isso não me é estranho. Parece… um efeito bipolar.

Arthur: [curioso] Queria saber mesmo o porquê de somente os dois.

Savabian: De qualquer maneira, precisamos agir rápido. Estou ouvindo alguns passos mais pesados à leste. [olha para a floresta] Vocês sabem o que é?

Sophia: [preocupada] Não. Mas temos que fazer algo!

Rodrigo: [pegando algumas coisas] Vamos guardar tudo.

Um pouco antes de isso acontecer…

Floresta. Centro-leste. [Tarde]

Os nuilloppahs estavam lá, todos eles. Seus olhos, deliciando-se com o medo exalado pelas corujas. O chefe deles pigarreia e tira a chave da grande gaiola de seus cabelos de tentáculo azul.

As emplumadas, mesmo as que eram castanho-escuros, estão brancas feito papel. Elas olham para o maior nuilloppah (um de 2.92 de altura) e o encaram. 

Chefe: Nós temos essa rivalidade há muitos anos, desde que Comansavá nos criou para vingar-se do irmão. É uma pena que o rei nos impediu de matar Savabian.

Macho: [zangado] Você não deveria encostar um dedo naquela família!

Chefe: [debochando] Agora são “corujas revoltadas”? Isso é bom demais. Não sei o porquê de vocês impedirem meu sucesso.

Fêmea: [nervosa] Nós juramos fidelidade à linhagem real. Desde que fomos criadas, Guikoltra foi como um pai para meus tataravôs. É uma pena Jerlo não poder estar aqui!

Chefe: [entristecido] O pobrezinho morreu?

Macho: Não, se mudou para a Terra.

O “chefe” começa a rir. Grita e berra como um louco. O efeito bipolar parecia estar afetando a quase todos no planeta.

As “sem asas” esperam ele se distrair. Assim, cada uma começa a piar baixinho. Uma a uma, até todas estarem. Ele se vira. Os outros nuilloppahs ficam com uma expressão curiosa.

Quando menos se espera, as corujas berram e fortes raios saem de suas cabeças, quebrando a gaiola. Com mais intensidade, elas agitam suas penas e acertam raios em vários nuilloppahs. O “chefe” se esconde e resmunga.

Assim, as “sem asas” liberam sua raiva e as árvores da floresta começam a queimar os galhos. Assim, elas lançam um feitiço com seus olhos. Raios vermelhos saem no meio daquela multidão branca.

Os nuilloppahs começam a se defender. Alguns pegam facas e lanças. Outros, tochas e preparam suas garras. Algumas corujas são acertas, ficam feridas, mas acabam se levantando e partindo com suas garras das patas para cima dos azulados.

Sangue começa a fazer parte da cena, onde até uma coruja, uma de aparência mais velha, arranca um olho de um dos bichos. Corujas são queimadas, feridas, algumas perfuradas, mas a magia é mais forte.

Elas começam a derrubar árvores em cima de várias criaturas e lhes deixam sérios arranhões. Por fim, as “sem asas” voltam a berrar, desta vez mais alto ainda. Alguns nuilloppahs começam a girar no ar, outros são arremessados. Depois disso, muito sangue no chão, corujas e nas criaturas.

As “sem asas” voltam às suas devidas cores originais e saem correndo. O “chefe” não fica nada contente e, pegando um de seus servos, o quebra ao meio.

Chefe: Não se preocupem, emplumadas. Já estarei indo atrás de vocês!

Ele pega uma lança maior e espera alguns outros acordarem. Sorrindo, lhes dão outros objetos e puxa a “crina” de alguns nuilloppahs, fazendo suas garras das mãos ficarem mais afiadas e grandes. Seus tentáculos também aumentam de tamanho.

Chefe: Esperem. Vou dar alguns minutos de distancia. De qualquer forma, vamos pegá-las. Eu preciso da magia delas! Eu preciso! Tenho que ir à Terra!

Voltando ao tempo atual em Hanisined…

Sul/Cidade de Corujiah. Centro-oeste. Floresta [Tarde]

Macho: [sorrindo] Não precisa guardar nada, guardião.

Savabian: [feliz] Corujas!

Ele abraça algumas que aparecem logo atrás. Os guardiões também fazem o mesmo. Todos comemoram por alguns instantes, até se lembrarem de seus problemas.

Os guardiões contam às “sem asas” sobre o tal efeito bipolar que está acontecendo com Heitor e Vinícius. Por sua vez, as emplumadas contam sobre a batalha que tiveram contra os nuilloppahs.

As corujas dizem aos guardiões que deve ser um tipo de proteção da própria magia. Estando aqui, todos eles são mágicos graças às asas, as quais os poderes ainda não são muito bem conhecidos.

Fêmea: (…) E isso, desde que alguém, que não foi Comansavá, mandou a magia para a Terra. Isso, até hoje, nem Savabian sabe o porquê.

Savabian: [curioso] Espere… meu pai havia me contado mentiras? Ele disse que foi meu irmão o causador da destruição hanisinediana!

Macho: E agora você vê que o rei estava mentindo. Mas… [sentindo algo] Irmãs, vocês sentem alguma coisa tipo… um sinal de… morte?

Fêmea: Sim, como se alguém tivesse acabado de ser enterrado!

Sophia: [preocupada] Alguma coisa deve ter acontecido à Heitor ou Vinícius. Se não for, talvez alguém do palácio.

Rodrigo: Aliás, como vamos “lutar” contra os dois? Eles querem nossa morte!

Savabian: É sério, estou espantado demais para responder essa pergunta, a qual também nem saberia responder.

Fêmea: Não se preocupem, eles estão bem. Sinto isso! Aliás, eles estão chegando. Vou explicar como devem fazer. O efeito bipolar já esteve por aqui antes.

Macho: Nós sabemos como acabar com isso. Será rápido!

Arthur: E é melhor mesmo, pois estou ouvindo passos mais pesados ainda. Acho que são os que vinham do oeste.

Antes que uma coruja pudesse dar uma resposta à isso, Heitor e Vinícius aparecem de lados opostos, vindos da floresta densa.

Eles olham para as emplumadas por alguns instantes, sorriem e olham para os guardiões, em que no mesmo instante ficam com cara demoníaca.

Sophia corre até Heitor, que estava mais perto dela, e o segura. Ela fecha os olhos, se esforça, e as asas dela começam a se levantar. Num angelical aspecto, elas começam a brilhar. De repente, Sophia o olha nos olhos e assopra uma espécie de poeira mágica interna.

Mais impulsivo, Rodrigo se concentra e, com suas grandes asas cintilando um lindo dourado-claro, ele bate-as com força. Um pó mágico atinge Vinícius na hora, fazendo-o cair em cima de algumas corujas. Suas asas voltam ao tamanho normal e ele sorri.

Tudo corre bem. Calmo e pacífico. Até… demais. Quando menos se espera, uma lança atravessa o coração de Arthur. Começa a sair sangue de sua boca. Sophia grita assustada. O guardião se ajoelha e pede desculpas. Com seu coração ficado na ponta da lança, a qual atravessou seu corpo, ele cai morto. As corujas berram nervosas.

Macho: [para os guardiões] Eu sinto muito. O coração dele foi arrancado e as asas, bem… foram totalmente danificadas. Não possuem mais magia.

Heitor: [horrorizado] Não, isso não pode acontecer! Por que ele tinha que morrer?

Sophia: [aos prantos] Quem será que fez isso?

O nuilloppah chefe aparece de repente no meio das árvores junto a outros. As corujas revidam com alguns raios, mas, por algum motivo, estão falhando.

Vinícius se concentra e, ao sentir um imenso fogo por dentro, coloca sua força em sua mão, a qual dispara uma fervente bola de fogo.

Todos, impressionados com isso, começam a imitá-lo. Sophia, sentindo uma dor por sua perda, lança um glorioso jato de água nas criaturas. Heitor consegue soltar raios pelos olhos, igual às corujas.

Rodrigo tenta e lança gosmas negras sobre eles, a qual parece ser um ácido extremamente perigoso.

Infelizmente, o chefe dos azulados consegue pegar Savabian. Ele grita e tenta se soltar, mas isso é em vão. Todos param.

Chefe: Se vocês continuarem, a vida do principezinho acaba aqui!

Os guardiões e as corujas se rendem. Os nuilloppahs vão embora felizes e sorrindo. As corujas consolam os guardiões pela perda de um membro.

Macho: Não se preocupem, ele ficará bem. Nós salvaremos Savabian mais tarde. O importante agora é que vocês saim de Corujiah.

Casa de Pedra. 3º andar/ “Apê” 215. [Tarde].

Naklada está bela, maquiada, com seu velho traje de bruxa e sorridente. Comansavá está usando um terno velho, sua barba mais “cheinha” e com o cabelo para o alto.

Comansavá: [curioso] Aonde iremos?

Naklada: [sorrindo] A um lugar muitíssimo especial.

Eles comem os “cogumelos mágicos” e desaparecem em nuvens azul e roxa do local.

Mudando de cena, os guardiões fazem, com sua magia, uma cova. Nela, colocam o corpo de Arthur, o qual está embolado num pano branco e liso. Logo após cobrirem a cova de terra novamente, todos choram por alguns longos minutos.

Os guardiões, comandados pelas corujas, erguem suas asas e soltam raios brancos com as mãos, pensando no palácio real. Então, numa grande nuvem alva, corujas (umas 500) e guardiões deixam Corujiah.

Palácio Real. Entrada principal. [Tarde]

Mariana entra no palácio com os bebês ao seu colo e uma cara abatida. Sua tristeza pela morte de Guikoltra é aparente.

Assim, ela deixa as crianças num canto enquanto quer buscar água para beber. Mas, se assusta quando ouve um barulho vindo de um dos quartos do piso 2, onde duas nuvens aparecem, uma azul e outra roxa, revelando Comansavá e Naklada. Numa enorme nuvem branca, os guardiões e as corujas chegam à entrada principal. Numa nuvem amarela, chega Ybanô no dos grande salão do palácio.

Mariana: [sorri] Oi pessoal!

LEMBRANDO QUE O EPISÓDIO 10 “A VERDADEIRA RAZÃO” TAMBÉM JÁ ESTÁ DISPONÍVEL HOJE!

https://youtu.be/EwKWP3E-SLc

Pedro Paulo Gondim

Acompanhe também:
Twitter

Deixe um comentário

Séries de Web