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Paixão Fatal

Capítulo 01 – Paixão Fatal

A promessa de Vingança.

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CENA 1. FACHADA DA PENITENCIÁRIA/DIA.

Ao som ensurdecedor do portão da penitenciária, Marina fecha os olhos, aliviada por estar em liberdade. Ao abri-los, percebe uma lágrima caindo dos seus olhos. De repente, uma expressão de ira transparece em sua face e reluta a lágrima.
MARINA— Nada de choro, Marina. Agora você está livre pra se vingar.
Cristina está em sua frente acompanhada de Anselmo. Corre e abraça a irmã.
CRISTINA — (emocionada) Oh! Minha irmã, que bom que você está livre. Esperei tanto por esse dia. Estou tão feliz.
Cristina percebe que o rosto de Marina está transfigurado.
CRISTINA — Marina, o que aconteceu com o seu rosto? Da última vez que eu vim aqui, você estava ótima.
MARINA— Uma vagabunda da penitenciária me atacou… Vamos embora daqui, Cristina.
CRISTINA — Claro, vamos sim. O Anselmo vai nos levar pra casa.
Anselmo acena para elas.
MARINA— Eu prefiro ir a pé a entrar no carro daqueles infelizes.
CRISTINA — Marina, por favor, pra que tanto ódio? Você está livre para viver uma nova vida.
MARINA— Você já se esqueceu do que ele me fez? Mas eu não. A única coisa que eu quero agora é me vingar dos Villaça.
Depois de convencida, Marina e Cristina entram no carro e vão embora. Ela derrama algumas lágrimas ao apreciar novamente as ruas de São Paulo.
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CENA 2. CASA DE CRISTINA/DIA.
Marina coloca sua bolsa no chão e admira sua casa.
CRISTINA — Eu vou só me despedir do Anselmo. Já volto.
Cristina sai da sala.
MARINA — Em pensar que eu poderia ter me tornado uma pessoa melhor, se não fosse aquela maldita arma… Mas agora eu tenho tempo de sobra para me vingar de vocês Villaça de merda.
Marina caminha um pouco pela sala e encontra um Jornal na mesa. Na capa está estampado: “SAULO VILLAÇA INAUGURA UM DOS SEUS MAIORES PROJETOS: O PODEROSO VILLAÇA PALACE.” Há uma foto de Saulo sorridente.
MARINA— Você me paga Saulo Villaça. Vou fazer da sua vida um inferno.
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CENA 3. MANSÃO VILLAÇA/SUITE MASTER/DIA.
Madá está em sua banheira tomando banho de espumas.
MADÁ— (grita) Odete, sua inútil, estou perdendo a paciência.
ODETE— Me desculpe, dona Madá. Aqui está sua sidra.
MADÁ— Champanhe, sua tapada. Vocês pobres envergonham a nossa raça. Não sei por que ainda continuo com vocês.
ODETE— Me desculpe, é que no nosso bairro, nós conhecemos de sidra, nós toma muito no ano novo.
MADÁ— Me poupe desses detalhes sórdidos. Eu não quero saber o que vocês fazem ou deixam de fazer.
ODETE— A senhora sabe que dia hoje, dona Madá?
MADÁ— Que pergunta é essa Odete?
ODETE— Parece que é hoje que a assassina de dona Ali/
MADÁ— Não ouse pronunciar esse nome na minha casa, ou você está demitida junto com aquela sua filha piriguete… Saia daqui, eu não quero saber de nada.
CENA 4. ESCRITÓRIO VILLAÇA/DIA.
Estão na sala Saulo Villaça, Artur Villaça e Altino Gouveia. Saulo está assinando uns papéis.
SAULO— Quero que tudo saia perfeito para a inauguração do imponente Villaça Palace.
ARTUR— Com certeza, meu pai. O Villaça Palace vai ser o hotel mais bem-sucedido de São Paulo. Aqui irão se instalar as maiores celebridades do mundo.
A secretária de Saulo os interrompe.
SECRETÁRIA— Senhor, dona Bibi Villaça na linha dois.
SAULO— Falando em celebridades… (ao telefone) Diga Bibi, a Europa não está te fazendo bem?
BIBI — Pelo contrário, meu irmão querido. A Europa é um paraíso. Mas a escassez de homem está altíssima. Estou voltando pro Brasil, espero encontrar o homem da minha vida por aí. E claro… Não poderia deixar de prestigiar meu irmão com a inauguração do Villaça Palace. Espero que uma suíte esteja à minha espera.
SAULO— Com certeza, Bibi.
Saulo desliga e volta a conversar com Altino e Artur.
SAULO— A Bibi está voltando… Altino, eu preciso saber da proposta do Ernesto Santelli, ele não vai sossegar enquanto não fizer um acordo comigo.
ALTINO— O Ernesto é um banqueiro famoso. Tem grandes investimentos… Mas o que está me instigando é a saída de certa pessoa da prisão…
Saulo encara Altino.
CENA 5. JORNAL/SALA DE DANTE/DIA.
Dante está lendo algumas matérias. Judith entra com duas xícaras de café.
JUDITH— Trouxe um café para meu redator preferido.
DANTE— Obrigado, dona Judith.
JUDITH— Dante, eu já pedi para não me chamar de dona. Além de colegas de trabalho, nós somos amigos.
DANTE— Mas você é a editora-chefe e dona do Jornal.
JUDITH— Como será que o meu sogro reagiu com a saída de Marina Sampaio, a assassina de Alice e Susana?
DANTE— Eu tenho certeza que a Marina jamais faria isso. Ela só estava no lugar errado na hora errada.
JUDITH— Mas ela estava com a arma na mão, Dante. Eu sei que ela é sua amiga, aliás, sua antiga namorada, e não vou julgá-la.
DANTE— Por que de repente você não gostou de falar que ela foi minha antiga namorada?
JUDITH— Por nada… O Olavo e o Artur sofreram muito com a perda da mãe e da irmã.
CENA 6. BOATE LUXURY/ESCRITORIO/DIA.
Olavo está enraivecido.
OLAVO— O show de vocês está uma merda. As pessoas estão cada vez mais deixando de frequentar a minha boate. E isso é muito ruim para a reputação da Luxury.
DJ— Por favor, Dr. Olavo. Nós prometemos melhorar. Estamos compondo novos hits, as pessoas vão gostar.
OLAVO— É o que eu espero. Vocês têm somente essa noite pra bombar, senão cairão fora daqui.
CENA 7. CASA DE CRISTINA/SALA/DIA.
Cristina encontra a irmã segurando o Jornal e enraivecida.
MARINA — Eu vou acabar com ele. Ele vai sofrer cada minuto que eu passei naquela prisão por 15 anos. Tá vendo essa cara horrível aqui? É culpa dele. Eu fiquei horrível por causa dele, Cristina.
CRISTINA — Minha irmã, você vai acabar com sua vida. Você não vai a lugar algum com essa vingança. O que importa agora é que você está livre. Tem uma vida nova te esperando. Esquece isso.
MARINA— Não, Cristina, eu não vou desistir da minha vingança agora. Eu passei 15 anos arquitetando tudo pra quando eu saísse. E agora que eu estou livre vou até o fim. Eu vou acabar com Saulo Villaça.

João David Alves

Nunca reveles com facilidade o teu pensamento, nem executes nunca o que bem não tenhas ponderado. - William Shakespeare

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João David Alves

Nunca reveles com facilidade o teu pensamento, nem executes nunca o que bem não tenhas ponderado. - William Shakespeare

13 comentários sobre “Capítulo 01 – Paixão Fatal

  • João! Gostei do capítulo. Você tem um enredo bacana que te dá fôlego pra inúmeras situações. Toda vez que se fala de vingança é algo muito intenso e envolvente, espero que você siga escrevendo com sabedoria. parabéns!

  • Já vi que seca web promete um bom suspense e uma guerra de Titãs, Marina me parece bem decidida no que quer fazer, e quando estamos nesta situação só nosso propósito nos influência.
    A família Villaça pareceu uma família bem influente e muito carregada do bom de do melhor, mas pelo visto grandes segredos se escondem atrás desses holofotes! Parabéns pela estréia, tens uma ótima história em mãos 😉

    • Obrigado Wagner, é uma das melhores webs que escrevi, depois de Flor Morena, lembra-se? Infelizmente não pude concluí-la, mas enfim, Marina fará de tudo pra se vingar. Continue acompanhando-a, você vai se surpreender. 😀

  • João, Parabéns, Adorei o primeiro capítulo. Ótimo presente de aniversário, rsrsrs, só não consegui comentar ontem porque não conseguia me logar no portal. Mas, parabéns novamente, me instigou a acompanhar a sua web.

  • NOSSA!!!!!!! Essa Marina parece que vai fazer de tudo pra acabar com a vida do Saulo e sua família. Se não estou enganado, essa história é similar com a novela mexicana “A Madrasta”. Estou enganado? Óóóótima estreia!

    • Quando iniciamos uma web novela, por exemplo, sempre nos espelhamos ou nos inspiramos em produções brasileiras e mexicanas, elas nos ajudam a construir nossa própria história. Há uma pitada de uma aqui, uma pitada acolá. Mas sempre com a nossa marca. Eu assisto um pouco de tudo. Se você está certo ou não, só os próximos capítulos de Paixão Fatal poderão dizer. Aguarde, você não perde por esperar. 😀

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