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Saber Viver

Capítulo 9 – Saber Viver

Capítulo 9|| SABER VIVER

ESCRITO POR: GABRIEL ADAMS

 

CENA 1. RIO DE JANEIRO/ SANTO CRISTO – CEMITÉRIO SÃO LUCAS/DIA

O coveiro começa a colocar o caixão na cova e Lukas interrompe gritando.

LUKAS                     NÃ-A-A-A-A-AO! NÃ-A-A-A-A-AO! NÃ-A-A-A-A-AO! – grita

O coveiro para de colocar o caixão na cova e todos fixam os olhares em Lukas. 

MADALENA                       Lukas, o que é isso? – pergunta, assustada.

LUKAS                     Eu não vou deixarem enterrar minha mãe! Se jogarem ela ali eu vou junto. – fala, ameaçando se jogar.

MADALENA                       Lukas, você não vai fazer isso. – fala. – Pode continuar. – fala para o coveiro.

LUKAS                     NÃ-A-A-A-A-AO! MINHA MÃE NÃ-A-A-A-A-AO! – grita, chorando.

 

CENA 2. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/DIA

Enzo e Alice estão no quarto. Alice está deitada na cama e Enzo está se arrumando em frente ao espelho.

ALICE                       Não cansa de ajeitar essa gravata? Todo dia é a mesma coisa.

ENZO                        Não me canso! – fala. – Davi, onde está? – pergunta.

ALICE                      Você perguntando pelos filhos? Que milagre! – fala, ironicamente.

ENZO                        Desde do dia que você falou que eu não dava atenção para os meus filhos… – ele é interrompido.

ALICE                      Nossos filhos! – interrompe.

ENZO                        Que seja! – fala. – Você ainda não me respondeu. Davi, onde está? – completa.

ALICE                      Está no quarto ou já desceu para o café.

O telefone de Alice começa a tocar e ela se assusta ao lê o nome de Edu.

ENZO                        Não vai atender? – provoca.

ALICE                      Vou, mas não agora.

ENZO                        Estou descendo para o café. Não vem? – pergunta.

ALICE                      Sim, já desço.

Ela atende o telefone.

ALICE                      Quantas vezes pedi que não me ligasse e sim mandasse mensagem?

EDU (telefone)          Alice eu vou ser direto ao ponto. Desde do nosso encontro eu não paro de pensar na possibilidade da Rebeca ser minha filha. E eu exijo um teste de DNA.

ALICE                      O quê? – pergunta, indignada. – Eu não devo satisfações da minha vida. E pela milésima vez eu vou repetir: A Rebeca não é sua filha! – fala, com raiva.

EDU (telefone)          Alice, eu quero saber se ela é ou não é, me tire essa curiosidade.

ALICE                      Ela não é sua filha e acabou, chega! – fala. – Adeus! – ela desliga o telefone.

Alice se levanta da cama, ajeita o roupão e sai do quarto para a mesa de café.

 

CENA 3. RIO DE JANEIRO/ TAQUARA – FAVELA DA ESQUINA/DIA

 Vítor se aproxima dos traficantes.

TRATRA                  Então você é o tal do Vítor? – pergunta, alisando o queixo.

VÍTOR                      Isso, sou eu mesmo. – ele estende a mão. – Como sabe meu nome? – pergunta, desconfiado.

TRATRA      Me contaram que você estava louco para fazer parte do nosso mundo. Aqui dentro você me conhece como TRATRA. E quando eu te jogar no mundo, você nunca mais vai me vê.

VÍTOR                      Tratra. Jamais esquecerei. – fala.

TRATRA                  Mas pode esquecer. Já falei que você nunca mais vai me vê.

VÍTOR                      Hm. E quando eu começo com os meus experimentos? – pergunta, sorridente.

TRATRA                  Hoje você só vai conhecer. Vem comigo. – fala.

Vítor segue Tratra pela favela.

 

CENA 4. RIO DE JANEIRO/ TAQUARA – CASA DA CRISTINA/DIA

Telma desce as escadas e Cristina está sentada no sofá assistindo televisão.

TELMA                    Cadê Vítor? – pergunta, descendo as escadas.

CRISTINA               Saiu cedo. – fala.

TELMA                    Nem para impedir né, o menino foi atropelado ontem, mal se recuperou. – fala.

CRISTINA               Se já saiu é porque já está bem.

Telma senta no sofá ao lado de Cristina.

TELMA                    Você não sabe quem eu encontrei ontem.

CRISTINA               Quem? – pergunta.

TELMA                    Enzo. Na verdade não encontrei eu fui até a empresa.

CRISTINA               HA-A-A-AM. – fala, assustada.

TELMA                    A mulher dele mandou eu me afastar da família dela.

CRISTINA               Essa mulher é perigosa em, toma cuidado! – fala.

TELMA                    Eu sou mais. – garante.

Algumas horas depois…

 

CENA 5. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/TARDE

Lorenzo está dormindo no quarto e o seu telefone toca.

LORENZO               Alô?! – atende, com a voz de sono.

VALENTINA (telefone)      Dormindo até agora Lorenzo? Francamente!

LORENZO               Não! Eu acordei tomei café, tomei banho, fui na rua, já voltei, almocei e agora voltar a dormir.

VALENTINA (telefone)      Sei. Estou te ligando para desmarcar o jantar de hoje à noite. Vou fazer plantão. – lamenta.

LORENZO               Nossa, que falta de compromisso. Mas tudo bem. – fala.

VALENTINA (telefone)      Desculpa meu amor, sabe como é hospital.

LORENZO               Tudo bem. Depois marcamos para sair.

VALENTINA (telefone)      Ok. Deixa eu ir trabalhar. Beijos! – se despede.

LORENZO               Beijos! – se despede, desligando o celular.

Lorenzo coloca o celular ao lado do travesseiro e volta a dormir.

 

CENA 6. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – EMPRESA DAN QUADROS/TARDE

Aline está em sua sala quando Alice chega.

ALICE                      Vai participar da reunião que terá essa semana? – pergunta.

ALINE                      Tudo bem que você é minha mãe, mas licença se usa e uma boa tarde!

ALICE                      Não foi isso que eu te perguntei.

ALINE                      Sim, irei participar da reunião.

ALICE                      Ótimo! Estou louca para chegar logo esse veredito de quem será o dono disso tudo. Consequentemente você está falando com a pessoa certa.

ALINE                      Por mim tanto faz. Mas assim como você e os outros, eu também tenho direito a tudo isso.

ALICE                      Tem direito à herança, não ser a dona da empresa. – fala.

ALINE                      Eu não me importo mãe. – rebate.

ALICE                      Ótimo. Porque se eu não for a dona disso tudo, eu sou capaz de matar o seu pai e o ou a herdeira. – fala, rindo.

ALINE                      Como é que é? – pergunta, assustada.

Aline se levanta assustada.

ALICE                      Isso mesmo que você ouviu. Eu mato. Mato o Enzo e o seu herdeiro. – fala.

FIM DO 9° CAPÍTULO!

Gabriel Adams

O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.

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