Capítulo 9 – Formas de Amar
Capítulo 9
Continuação do capitulo anterior…
Cena 1.
Laura pega a mochila e abre e vê a que esta cheia de joias e objetos de valor da casa de Ana, e fica surpresa.
Laura: Que isso? Que joias são essas? Onde o Cesar arrumou isso? Meu Deus não deixe que meus pensamentos sejam verdades.
Cena 2.
Dentro do carro de Guto.
P.J: Achou que eu tinha se esquecido do meu dinheiro?
Guto: Que susto P.J, não precisa apontar esse canivete pra mim.
P.J: Será que não precisa mesmo?
Guto: Eu sou seu irmão, você sabe que não precisa. Como que você conseguiu entrar no meu carro?
P.J: Eu tenho meus truques, consigo invadir qualquer lugar sem que me notem, seu prédio, seu carro, seu apartamento se eu quiser também.
Guto: Já entendi que você consegue ser mais marginal que eu imaginava.
P.J: Quase tão marginal como você, à diferença é que eu sou pobre sou marginal, você que é rico, é o que?
Guto irônico: Inocente, rico nesse país sempre é inocente.
P.J: Esse papinho já me cansou, vamos direto ao que interessa. Minha grana.
Guto: Eu não consegui ainda.
P.J: Seu prazo já acabou, acho melhor arrumar meu dinheiro, antes que fique bem ruim sua situação.
Guto: Não precisa me ameaçar, eu sei como eu vou conseguir seu dinheiro, eu preciso de mais tempo.
P.J: Não brinca com fogo, você vai se queimar.
Guto: Me da mais um tempo, uma semana. São 100 mil, não da pra arrumar assim de uma hora pra outra.
J.P: 2 dias, caso contrario eu esqueço que você é meu irmão.
Cena 3.
No apartamento de Maria.
Na mesa do café, Maria e Ana continuam a conversa.
Maria: Eu não estou acreditando nisso.
Ana: Eu não devia ter dito isso, saiu sem querer. Eu não quero ficar colocando você contra seu pai.
Maria: Não esta me colocando contra ele, esta me falando o que aconteceu. Eu estou chocada, meu pai não é mais o mesmo. Que tipo de homem bate na esposa? Ainda bem que ele não fez nada com você.
Ana: Eu não ia deixar também, se ele tentasse qualquer coisa eu gritava, reagiria batia nele também, chamava a policia.
Maria: Esta tudo fora do controle mãe, eu não entendo quando que o papai se tornou esse homem louco.
Ana: Ele sempre teve o temperamento forte, sempre foi machista, sempre achou que podia mandar em todos, principalmente quando começou a controlar tudo na Aromas.
Maria: É como dizem, quer saber quem um homem é de verdade, dê poder a ele.
Cena 4.
No quarto de Cesar.
Laura sentada na cama de Cesar com a Mochila na mão, Cesar entra enrolado na toalha.
Cesar: Que cara é essa? Aconteceu alguma coisa?
Cesar percebe que o guarda roupa esta aberto.
Cesar: O que você estava fazendo?
Laura: Cala a boca. A única coisa que você vai-me dizer é a verdade sobre essas coisas que esta aqui dentro.
Laura joga a mochila em Cesar.
Laura: Você gostou de ficar preso aquela vez, não foi?
Cesar: Calma mãe, não é isso que você esta pensando.
Laura: Não é? Então pode começar a explicar, porque eu quero saber direitinho.
Cesar: Essas coisas aqui não são minhas, são do P.J.
Laura: Piorou, ele é um bandido da pior espécie, você esta guardando roubos dele.
Cesar: Como você disse mãe, ele é bandido perigoso eu não tive outra saída, ele podia fazer alguma coisa contra mim, ou pior contra a senhora.
Laura: Ok Cesar, já que não são suas, eu vou chamar a policia, e nos explicamos toda essa situação, e as ameaças que o P.J fez contra você. Ameaça é crime, nos colocamos ele na cadeia de uma vez.
Cesar: Não, não podemos fazer isso, ele pode se vingar de nos mãe.
Laura nervosa: Pare de mentir, eu sei que é seu. Seu não, você roubou essas coisas. Onde você esta com a cabeça Cesar, você quer acabar o fim dos seus dias na prisão, eu não tenho coração pra isso.
Cesar: Eu confesso mãe, eu roubei sim e eu vou fazer uma grana bacana com esse dinheiro e vou te pagar, essa divida com a senhora eu não vou ter mais. Ai eu paro com isso.
Laura: Eu não quero dinheiro sujo.
Cesar: É o que eu vou ter pra te dar. Eu estou me virando, vou começar a controlar a minha vida mãe, não se preocupa comigo.
Cesar pega uma calça e uma camisa, a mochila e sai do quarto.
Cena 5.
No apartamento de Maria.
Ana sentada no sofá triste, Maria chega à sala.
Maria: Eu não quero sair e deixar a senhora aqui em casa sozinha, nesse estado que você está.
Ana: Nada disso, você não vai parar sua vida por minha causa, você vai pra agencia sim, trabalhar normal, eu vou ficar bem.
Maria: Tem certeza?
Ana: Claro, eu não quero atrapalhar você, e não se preocupe que eu não vou ficar aqui por muito tempo, vou arrumar um cantinho pra mim, logo.
Maria: Para com isso mãe, você não atrapalha em nada, pode ficar aqui comigo pra sempre, eu não estava lá na sua casa? Agora a senhora esta aqui comigo. “Mi casa su casa”.
Ana: Obrigada filha.
Maria: Eu vou lá então que eu preciso trabalhar. A senhora viu meu celular?
Ana: Ali em cima da mesinha.
Maria vai ate a mesinha do lado do sofá, e esbarra no celular que cai no chão, Nesse instante Maria se lembra de quando trombou em Cesar em frente a agencia e o celular caiu.
Maria volta dos pensamentos e sorri: Eu não acredito nisso.
Ana: O que foi?
Maria: Nada não mãe, beijo. Qualquer coisa me liga.
Maria sai do apartamento.
Cena 6.
Na agencia Flash.
Na sala de Nazaré e Tânia. Tânia pega a foto de Luana nas mãos de Nazaré.
Nazaré: Você pode ate achar que é implicância minha, mas eu ainda acho que essa garota, vai dar problemas pra gente.
Tânia: Não exagera, ela é ótima, fotogênica, pela minha experiência, ela vai estourar rapidinho e vai dar mais prestigio a agencia.
Nazaré: Pela minha experiência ela vai dar problema pra gente. Eu conheço bem esse tipinho dela, não me engana.
Tânia: Você sabe que o jeito dela me lembra de você, quando começou.
Nazaré: Que absurdo, eu sempre fui uma ótima modelo, tinha leveza, suavidade, e estilo em tudo que eu fazia, ate mesmo em andar, isso conquistava todos. Essa garota é uma gata seca, sonsa, vai por mim. Devíamos desligar ela da agencia enquanto é tempo.
Luana bate na porta e abre um pouco.
Luana: Posso entrar, eu preciso conversar com você Tânia.
Tânia: Claro, pode entrar.
Nazaré: Eu vou lá embaixo, quero conferir uns books que estão prontos.
Nazaré sai. Tânia e Luana se olham.
Cena 7.
Na empresa Aromas.
Guto entra na sala de Jonas e percebe que esta vazia.
Guto: Ótimo, tudo que precisava era dessa sala vazia.
Guto senta em frente o computador e entra na conta online da empresa e transfere mais dinheiro da conta da empresa pra sua conta pessoal.
Guto: Eu só estou pegando o que é meu por direito.
Cena 8.
Na agencia Flash.
Tânia: Por favor, senta.
Luana: Obrigada.
Luana senta na cadeira, Tânia vai sua cadeira do outro lado da mesa, e fica de frente pra Luana.
Tânia: Você quer falar comigo. Pode falar, alguma duvida?
Luana: Sim, quer dizer, talvez.
Tânia: Eu não estou entendendo.
Luana: Eu não sei por onde começar.
Tânia: Que tal pelo começo?
Luana: O que rola entre você e Julio?
Tânia: Como?
Luana: Desculpe falar assim, eu não quero me meter na sua vida, longe de mim, mas ontem parecia que você estava incomoda quando ele estava conversando comigo.
Tânia: Só pareceu mesmo, não tem nada entre nos dois.
Luana: Tem certeza? Porque todo mundo fala que vocês tiveram um romance e…
Tânia: Fofocas, não temos nada. Por que você esta me fazendo essas perguntas?
Luana: Ontem ele me convidou pra almoçar, eu não queria, mas ele insistiu muito, e eu acabei indo, passamos uma tarde bem agradável, e no final acabou que nos beijamos.
Tânia enciumada: Você veio aqui saber se eu me importo desse relaciomento de vocês? Se for isso, a resposta é não estou nem ai, sua vida pessoal não me desrespeita, só não deixe esse romance atrapalhar seu trabalho, isso eu não vou admitir. Se você não se importa eu tenho muito que fazer aqui agora.
Luana: Claro, obrigada, e desculpe atrapalhar.
Luana sai da sala.
Cena 9.
No estoque de açougue.
Cesar e Tony conversam. Tony é um compra relíquias e objetos de valores.
Tony olha as joias: São realmente verdadeiras, eu analisei todas.
Cesar: Quanto me paga nelas?
Tony anota em um papel e mostra Cesar, Cesar olha.
Cesar: Não imaginei que valeria isso tudo. Estão vendidas.
Cesar olha o colar de coração no meio das joias, e o pega.
Cesar: Esse eu não vou vender.
Tony vai ate um armário, pega 3 envelopes e joga sobre a mesa.
Tony: Está ai seu dinheiro, confere, e vai embora. Você nunca esteve aqui.
Cesar: Com certeza.
Cena 10.
No prédio de Maria.
Maria entra no prédio e cumprimenta o porteiro, e vê que a porta do elevador esta aberto, vai ate ele e entra. As portas se fecham e o elevador começa a subir, passa por alguns andares a porta se abre.
Maria: Droga. Eu me esqueci de pegar as correspondências.
Maria aperta o botão para o elevador descer e a porta do elevador se fecha, o elevador começa a descer e para no andar abaixo, a porta se abre e Cesar entra, a porta se fecha.
Maria: O que você esta fazendo aqui?
Cesar: Antes que você comece falar que é eu estou te seguindo, foi uma coincidência, eu aluguei um apartamento, somos vizinhos agora.
Maria: Era só o que me faltava.
O prédio tem um curto e a energia acaba. Fazendo o elevador travar.
Maria: Que isso?
Cesar: Parece que a energia do prédio acabou, estamos presos.
Maria: Era só o que me faltava, ficar presa no elevador com você.
Cesar e Maria se olham.